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11/11/2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI


CAMPUS ALTO PARAOPEBA

Agregados

AGREGADOS

Definição (em Tecnolog


Tecnologia
ia do Concreto)
Concreto)::
 Material particulado e inerte que entra na composição das
argamassas e dos concretos.
Importância::
Importância
 Cerca de 70% - 80% do concreto são constituídos por
agregados (em volume);
 Dos materiais componentes, os agregados são os menos
homogêneos;
 Materiais de custo mais baixo por unidade de volume do
concreto e
 Responde por propriedades físicas e mecânicas
fundamentais de argamassas e concretos (redução da
retração, aumento da resistência ao desgaste).

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS

 Quanto à origem
 Naturais
 areia de mina
 areia de rio
 seixos rolados
 pedregulhos
 Artificiais ou industrializados
 areia artificial
 brita
 escória de alto-forno
 argila

CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS


Classificação mais importante em
virtude do comportamento
diferenciado de ambos no concreto

Quanto às dimensões
 Agregado miúdo
 Areia natural quartzosa ou areia
artificial resultante de britamento de
rochas estáveis, de diâmetro
máximo igual ou inferior a 4,8 mm

 Agregado graúdo
 Pedregulho natural ou pedra britada
resultante de britamento de rochas
estáveis, de diâmetro superior a 4,8
mm

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS

Quanto ao peso unitário


 Agregados leves (d < 1 ton/m3)
 Pedras-pomes

 Vermiculita

 Argila expandida

 Agregados normais (1 ton/m3 < d < 2 ton/m3)


 Areias quartzosas

 Seixos

 Britas

 Agregados pesados (d > 2 ton/m3)


 Barita

 Magnetita

 Limonita

DESIGNAÇÕES DOS AGREGADOS

Filler: material que passa na peneira nº200


(0,075 mm);

Areia: material natural que passa na peneira de


4,8 mm;

Pedrisco (areia artificial): material obtido pela


fragmentação de rocha e que passa na peneira
de 4,8 mm;

Seixo rolado: material encontrado fragmentado


na natureza e que fica retido na peneira de 4,8
mm e

Brita: material obtido por trituração e que fica


retido na peneira de 4,8 mm.

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APLICAÇÕES DOS AGREGADOS

 Lastro de vias férreas;


 Bases para calçamentos;

 Camadas drenantes;

APLICAÇÕES DOS AGREGADOS

 Reforço das camadas


de um pavimento;
 Concretos asfálticos;

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APLICAÇÕES DOS AGREGADOS

 Argamassas para
assentamento e
revestimento de pisos,
paredes e tetos;

APLICAÇÕES DOS AGREGADOS

 Concretos:
 Simples,
 Armado,
 Protendido e
 Especiais.

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS -


TAMANHO DOS GRÃOS

 Filer
Filer:: material que passa na # 0,075 mm
 rejeito da britagem de rochas;
 Miúdo
Miúdo: material que passa na # 4,8 mm
 areia natural ou artificial;

CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS -


TAMANHO DOS GRÃOS

 Graúdo: material que fica retido na # 4,8 mm


 seixo rolado:

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS -


TAMANHO DOS GRÃOS

 Graúdo: material que fica retido na # 4,8 mm


 pedra britada:

DESIGNAÇÃO DE BRITAS: COMERCIAL

Tipo Tamanho (mm) Aspecto

Brita 0 4,8 - 9,5

Brita 1
9,5 – 19

Brita 2
19 – 38

Brita 3
38 – 50

Brita 4
50 – 76

Pedra de mão > 76

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DESIGNAÇÃO COMERCIAL DE BRITAS

Brita 0 (4,8-9,5) mm Brita 1 (9,5-19) mm

Brita 2 (19-38) mm Brita 3 (38-50) mm

DESIGNAÇÃO COMERCIAL DE BRITAS

Brita 4 (50-76) mm Pedra de mão >76 mm

Bica corrida Pó de pedra

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS -


TAMANHO DOS GRÃOS

 Mescla: mistura de miúdo com graúdo

APLICAÇÕES DO FILER

 Espessador de asfaltos diluídos;

 Mastiques betuminosos;

 Argamassas e concretos betuminosos;

 Borracha artificial;

 Concretos pobres e

 Cimentos.

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AGREGADO MIÚDO

 NBR 7211 – Agregados


para concreto: areia
natural ou resultante da
britagem de rochas
estáveis, ou a mistura
de ambas, cujos grãos
passam na # 4,8 mm e
ficam retidos na # 0,075
mm

AGREGADO MIÚDO - CARACTERÍSTICAS

Massa específica real

Valor médio 2,65 g/cm3

 Picnômetro

 Frasco de Chapman

 NBR 9777

Picnômetro de hélio

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AGREGADO MIÚDO

Massa unitária Inclui no volume os vazios entre os


grãos
 NBR 7251
 Estados solto ou
compactado
 Varia com:
 Teor de umidade
 Areia seca: 1,50 kg/dm
3

 Areia pouco úmida:


1,30 kg/dm3
 Areia muito úmida:
1,20 kg/dm3
 Granulometria
 Areia média seca 1,50 kg/dm³
 Areia fina seca 1,40 kg/dm³

AGREGADO MIÚDO

Umidade e Absorção
Seco em Seco ao Saturado Saturado
estufa ar sup. seca sup. molhada

água livre

absorção
efetiva
absorção umidade
superficial

umidade total

Umidade interna Umidade superficial


 Há absorção  Aderida à superfície dos grãos
 É pequena  2%  Inchamento

Mh  Ms
Umidade (%) h *100
Ms

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AGREGADOS MIÚDOS

Métodos de determinação de umidade


 Secagem em estufa;
 Secagem por aquecimento ao
fogo (frigideira ou álcool);
 Frasco de Chapman;
 NBR 9776
 Picnômetro e
 Speedy moisture tester
(umidímetro).

A umidade contida na amostra reage com o carbureto, criando


uma reação instantânea, produzindo acetileno  medida pelo
Manômetro  comparação na tabela, determinando desta maneira
a pressão correspondente a um nível de teor de umidade
CaC2 + 2 H2O  Ca(OH)2 + C2H2

AGREGADOS MIÚDOS

Inchamento da areia

Na areia úmida a água forma em torno dos grãos uma tênue


película provocando um afastamento entre eles ocasionando o
aumento de volume do conjunto

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AGREGADOS MIÚDOS
Inchamento em areias

AGREGADOS

Inchamento da areia

 Coeficiente de inchamento  Inchamento (%)

Vh  Vs Vh  Vs
I I ( ) *100
Vs Vs

Relação entre volumes úmido e seco

Vh s 100  h
 ( )
Vs h 100

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AGREGADOS MIÚDOS

Como ocorre o Inchamento da areia

 A água livre adere aos grãos e provoca afastamento


entre eles  Inchamento

 Depende da composição granulométrica e do grau de


umidade  mais fina  maior superfície específica 
mais inchamento

 Normalmente, os valores máximos ocorre para teores


de umidade de 4 a 6%, depois destes teores  o
inchamento decresce para praticamente anular com a
areia saturada

AGREGADOS MIÚDOS

Curva de inchamento da areia


Umidade crítica e Inchamento médio
Umidade crítica
1,36

1,32
hcrit = 4,4%
1,28

1,24
Relação Vh/Vs

1,20 Inchamento médio


1,16

1,12

Vh
1,08
 1,30
1,04

1,00
Vs
0 2 4 6 8 10 12 14

Umidade, %

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AGREGADOS

Composição granulométrica

 É a proporção relativa dos diferentes tamanhos de


grãos que se encontram constituindo o todo;

 É expressa em termos de porcentagem em massa:


 do material que passa ou
 do material retido por peneira.

 MB 7 (NBR 7217) Análise granulométrica de agregados


 MB 6 (NBR 7216) Amostragem de agregados

AGREGADOS
Tyler Série Série
Composição granulométrica Mesh Normal Intermediária
76 mm
64 mm
50 mm
38 mm
32 mm
25 mm
19 mm
12,5 mm
9,5 mm
6,3 mm
n.º 4 4,8 mm
n.º 8 2,4 mm
n.º 14 1,2 mm
n.º 28 0,6 mm
n.º 48 0,3 mm
n.º 100 0,15 mm

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AGREGADOS
Análise granulométrica
Peneiras (mm) Massa retida (g) % retida % acumulada
9,5 0 0 0
6,3 0 0 0
4,8 30 3 3
2,4 260 26 29
1,2 200 20 49
0,6 190 19 68
0,3 150 15 83
0,15 100 10 93
Fundo 70 7 100
Massa final (g) 1000
Dimensão máxima característica 4,8 mm
Módulo de finura 3,25

Dimensão máxima característica (Diâmetro máximo)


Abertura da peneira em que ficar retida, acumulada, uma
porcentagem igual ou imediatamente inferior a 5%
Módulo de finura (Módulo de Abrams)
Soma das porcentagens retidas, acumuladas, na série normal
de peneiras, dividida por 100.

AGREGADOS MIÚDOS

Limites granulométricos de agregado miúdo

NBR 7211 - 2009

Peneira %, em massa, retida acumulada na peneira ABNT


ABNT Zona Zona
Zona ótima Zona ótima
utilizável utilizável
9,5 mm 0 0 0 0
6,3 mm 0 0 0 7
4,75 mm 0 0 5 10
2,36 mm 0 10 20 25
1,18 mm 5 20 30 50
0,6 mm 15 35 55 70
0,3 mm 50 65 85 95

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AGREGADOS
Análise granulométrica

100

90

80

70
% acumulada

60

50

40

30

20

10

0
Fundo 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 6,3 9,5

Abertura das peneiras, mm

AGREGADOS MIÚDOS

Os módulos de finura* para areia bem graduada, enquadrados


na NBR 7211 - 2009, variam entre os seguintes limites:

Zona ótima de 2,20 a 2,90


Zona utilizável
de 1,55 a 2,20
inferior
Zona utilizável
de 2,90 a 3,50
superior

*Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de


um agregado, nas peneiras de série normal, dividida por 100

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AGREGADOS
CONSTANTES FÍSICAS DOS AGREGADOS

Granulometria ótima
Aquela que, para uma mesma consistência e o mesmo fator água/cimento,
corresponde a um consumo mínimo de cimento
 Agregados de granulometria contínua conduzem a concretos mais
trabalháveis
 Agregados de granulometria descontínua:
 menor trabalhabilidade do concreto
 maior energia de vibração durante adensamento

AGREGADOS MIÚDOS
Impurezas

Materiais pulverulentos

É constituído de partículas de:


 Silte (0,002 < f < 0,06 mm)

 Argila (f < 0,002 mm)

 Em pó
 preenche os vazios da areia, aumentando a
trabalhabilidade
 Em filmes ou película
 envolve cada grão  impede a aderência à pasta de
cimento
 Determinação do teor de materiais pulverulentos
MB 9 - NBR 7219

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AGREGADOS MIÚDOS

Materiais pulverulentos

Lavagem com uma


Remoção da argila em filmes solução a 0,05% de
carbonato de sódio

A resistência mecânica

Aumenta pela Diminui pelo carreamento


eliminação das das partículas mais finas
impurezas da areia

Aumento do índice de
vazios

AGREGADOS MIÚDOS

Impurezas orgânicas

 São constituídas por húmus geralmente de origem


vegetal. Influem negativamente:
 Pega;
 Endurecimento.
 Ação nas argamassas e concretos:
 Parte do húmus (ácida) neutraliza a água alcalina das
argamassas e concretos inibindo as reações de hidratação
do cimento
 retardamento da pega;
Baixas resistências nas
 endurecimento lento.
primeiras idades
 A outra parte do húmus envolve os grãos  prejudicando
a aderência  diminuindo a resistência

Cura cuidadosa

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AGREGADOS MIÚDOS

Avaliação do teor de impurezas orgânicas nas areias

 MB 10 (NBR 7220) - Ensaio colorimétrico

 MB 95 (NBR 7221) - Ensaio de qualidade da areia

AGREGADOS MIÚDOS

Impurezas orgânicas – MB 10
 Comparação colorimétrica

Valor de
Mais impureza do
impureza dentro
que o permitido
do permitido

Solução de
hidróxido de
sódio e solução
de ácido tânico

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AGREGADOS MIÚDOS

Impurezas orgânicas

O que fazer para minimizar o efeito das impurezas


orgânicas nas argamassas e concretos?
 Exposição da areia ao ar por longos períodos 
neutralizar a acidez
 Lavagem da areia com água de cal  neutralizar a
acidez
 Substituição de 5% do peso de cimento por cal  atua
como a lavagem com cal  neutraliza a acidez

A simples lavagem da areia não minimiza o problema  os


ácidos do húmus são dificilmente solúveis e aderem
fortemente aos grãos

AGREGADOS MIÚDOS

Outras substâncias nocivas

 Torrões de Argila
 Diminuem a resistência
 Determinação pelo MB 8 (NBR 7218)
 Gravetos
 Materiais carbonosos
 Intumescem e desagregam o concreto
 Afetam o endurecimento do cimento
 Determinação pela ASTM C123

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AGREGADOS MIÚDOS

Outras substâncias nocivas

 Mica
 Afeta a resistência e a consistência
 Sais
 Cloretos
 Gera revestimentos higroscópicos

 Manchas de umidade

 Eflorescências

 Favorecem a corrosão das armaduras do concreto


armado
 Sulfatos
 Podem acelerar ou retardar a pega

 Dão origem ao sal de Candlot  expansivo

AGREGADOS MIÚDOS

Areias artificiais
 Originadas da britagem de rochas
 Granito: são as melhores
 Basalto: grãos lamelares e aciculares

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AGREGADOS MIÚDOS

Areia artificial – Influência nas argamassas e concretos

 Trabalhabilidade
 Forma do grão  em geral, muitos grãos em forma
de placas ou agulhas  menos trabalháveis
 Possuem elevado teor de material pulverulento
 Requer lavagem

AGREGADOS MIÚDOS

Substâncias nocivas – EB 4

Limites máximos em massa (%)


 Torrões em argila (NBR 7218)
 1,5
 Materiais carbonosos (ASTM C123)
 Em concreto aparente
 0,5

 Nos demais concretos

 1,0

 Materiais pulverulentos (NBR 7219)


 Em concreto submetido a desgaste superficial
 3,0

 Nos demais concretos

 5,0

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AGREGADOS MIÚDOS

Substâncias nocivas – EB 4

 Impurezas orgânicas (NBR 7220 – MB 10)

 Deve ser mais clara que a solução padrão

 (300 ppm)

 Caso contrário (NBR 7221 - MB 95)

 Ensaio de qualidade da areia

AGREGADOS GRAÚDOS

Agregados graúdos – NBR 7211

 Pedregulho ou a brita proveniente de rochas


estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam
pela peneira 152 mm e ficam retidos na peneira 4,8
mm.
 Rochas utilizadas na produção de agregado graúdo
 Granito
São as melhores  são mais
 Basalto
estáveis
 Gnaisse
 Diorito  Calcário
 Gabro  Quartizito
 Diabase  Arenito

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AGREGADOS GRAÚDOS

Forma dos grãos

 Arredondados  usados como cascalhos

 Angulares com arestas vivas  usados


como britas

 Melhor forma
 Esférica para cascalhos;

 Cúbica para britas

AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo suas dimensões

 Comprimento (C) - maior dimensão

 Largura (L) - diâmetro da menor abertura circular

que o agregado passa

 Espessura (e) - distância mínima entre dois planos

paralelos que contêm o grão

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AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo suas dimensões

 Normais

 quando as três dimensões têm a mesma ordem de


grandeza

 C/L<2 e L/e<2

 Aparência:

 Cúbicos

 Esféricos

 Tetraédricos

AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo suas dimensões

 Lamelares
 quando há grande variação na ordem de grandeza das
três dimensões
 Alongados ou em forma de agulhas (aciculares)
 C/L>2 e L/e<2
 Discóides ou quadráticos
 C/L<2 e L/e>2
 Planos ou em forma de placas
 C/L>2 e L/e>2

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AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo às arestas, cantos e faces

 Normais
 Angulosos
 Arestas vivas, cantos angulosos e faces planas
 Arredondados
 Sem arestas, cantos arredondados e faces convexas
 Irregulares
 Conchoidais
 Uma ou mais faces côncavas
 Defeituosos
 Apresentam partes com seções grossas ou
enfraquecidas em relação à forma geral do agregado

AGREGADOS GRAÚDOS

Influência da forma do agregado graúdo nas propriedades


do concreto e características do agregado

 Propriedades do concreto
 Trabalhabilidade do concreto fresco
 Resistência do concreto endurecido
 Características do agregado
 Dimensão máxima característica
 Granulometria

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AGREGADOS GRAÚDOS

Influência da forma do agregado graúdo nas propriedades


do concreto
 Forma arredondada gera:
 Menor índice de vazios;
 Menor quantidade de areia no concreto;
 Menor superfície específica da mistura fresca;
 Facilita o movimento dos grãos;
 Boa trabalhabilidade com menos água;
 Para a mesma quantidade de água  o concreto
de seixo rolado é mais plástico que o de pedra
britada;
 Para a mesma trabalhabilidade  consome se
menos água.

AGREGADOS GRAÚDOS

Influência da forma do agregado graúdo nas propriedades


do concreto

 Pedra britada:
 Forma angulosa e superfície áspera Maior
aderência à argamassa que envolve o grão;
 Para a mesma relação água/cimento:
 Menor trabalhabilidade;
 Maior resistência.

O material pulverulento afeta mais o concreto de


seixo rolado que o concreto de pedra britada pela
diminuição da aderência

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AGREGADOS GRAÚDOS
Vazios acessíveis (Va)
Massa específica

 Absoluta  sólido Vazios inacessíveis (Vi)

 Real  com vazios, exceto os acessíveis


 Aparente  com vazios
Vr = Vap - Va
 Varia com o tipo de rocha
 Rocha densa e impermeável
 Porosa
 Volume aparente do grão
 Espaço ocupado pelo grão no concreto  supostamente
envolvido por uma membrana impermeável

AGREGADOS GRAÚDOS
Massa específica e absorção de água de agregado
graúdo: MB 2698
 Colocar a amostra em imersão em água
durante 24 horas;
 Secar a superfície dos grãos e
determinar a sua massa no estado
saturado superfície seca (B);
 Colocar a amostra na balança
hidrostática e determinar a sua massa
imersa na água (C);
 Colocar a amostra para secar em estufa
por 24 horas e determinar a sua massa no
estado seco em estufa (A).
B B A
γ sss = a= × 100
B C A

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AGREGADOS GRAÚDOS

Massa unitária de agregado graúdo

 Massa da unidade de volume aparente do agregado


(inclui no volume os vazios entre os grãos)
 Importância

 Conversão de traços;
 Cálculo do consumo de material por m³ de concreto;

AGREGADOS GRAÚDOS

Massa unitária de agregado graúdo

 Fatores que afetam


 Teor de umidade
 Aumento da massa (não ocorre o fenômeno do
inchamento)
 Grau de adensamento
 Menos dependente do que o agregado miúdo
 Forma e volume do recipiente
 Cilíndrico ou paralelepipédico

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AGREGADOS GRAÚDOS

Resistência e durabilidade
 Rochas inertes
 Não sofrem alterações química sobre o cimento
 Inalteráveis

 ao ar

 à água

 a variações de temperatura

 Verificação da alterabilidade do agregado pelo método


M-14 do IPT-SP
 Determinação da perda de massa após 5 ciclos de
imersão do agregado em uma solução de sulfato de
sódio, por 20h, seguido de secagem em estufa a
105ºC, por 4h
 perda de massa máxima de 15%

 O ensaio de absorção pode dar também uma indicação


de aptidão do agregado para a alterabilidade.

AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-
Álcali-Agregado

 Hidróxidos alcalinos liberados na hidratação do


cimento
 KOH, NaOH
 Minerais reativos presentes em certos agregados
(sílica ativa)
 Opala;  Cristobalita; e
 Calcedônia;  Zeólitas.
 Tridimita;
Teor máximo de álcalis permitido quando se utiliza agregados
reativos
Na2O + 0,658K2O < 0,6%

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AGREGADOS GRAÚDOS

Métodos para verificação da nocividade do agregado


(reação alcalina)

 Método químico: mede-se a redução da alcalinidade


de uma solução normal de NaOH (hidróxido de
sódio) colocada em contato com o agregado
pulverizado, em temperatura de 80ºC; e determina-
se o teor de sílica dissolvida.

AGREGADOS GRAÚDOS

Métodos para verificação da nocividade do agregado


(reação alcalina)

 ASTM C 227: Medida da expansão a 1, 3, 6, 9 e 12


meses de idade de corpos de prova de 25 x 2,5 x 2,5
cm, preparados com agregado e cimento em estudo,
conservados a 37ºC em ambiente saturado;
 A reação alcalina é perigosa se a expansão longitudinal
for superior a:
 0,05% aos 3 meses;
 0,10% aos 6 meses.

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AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-Agregado

A RAA consiste numa reação química lenta


entre constituintes do agregado e hidróxidos
alcalinos, na presença de água. Na foto, topo
de pilar de vertedouro de barragem afetado
por RAA.

AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-Agregado depende de:

 Existência de uma quantidade mínima de álcalis, do cimento


ou de outras fontes,
 Existência de um agregado reativo e
 Presença da água.

"Vale lembrar que sem um mínimo de 80% de umidade relativa


não há reação expansiva significativa”

O principal sintoma da existência de RAA em peças de


concreto armado é a fissuração. Entretanto, cabe ressaltar
que a ocorrência de fissuras também pode estar associada a
diversas outras causas como retração por secagem ou por
origem térmica, ataque de sulfatos e carregamento
(relacionado ao dimensionamento das peças).

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AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-Agregado

Quadro fissuratório em bloco de


fundação de edifício de 23
Casos de colapso na estrutura por RAA são pavimentos: recuperação de
raros, mas a reação possibilita uma perigosa estruturas comprometidas por
entrada para outras formas de deterioração da RAA é cara e complexa.
estrutura.

AGREGADOS GRAÚDOS
Reação Álcali-Agregado

No caso de expansão livre,


a reação pode acarretar
redução de 40% a 60% na
resistência à compressão,
redução de 60% a 80% na
resistência à tração e iguais
índices de redução no
módulo de elasticidade.

Detalhe de reação álcali-agregado: a


seta indica a borda de reação
circundando o agregado graúdo

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AGREGADOS GRAÚDOS
Reação Álcali-Agregado

Minimização do efeito

 A adoção de agregados não reativos tem sido considerada a


maneira mais eficiente de evitar a ocorrência da reação;
 Se por questões econômicas isso não for possível, uma boa
alternativa é lançar mão de materiais que permitam a
neutralização da reatividade como:
 Cimento Portland Pozolânico – CP-IV (com quantidade de
pozolana que comprovadamente neutralize a reação) ou
 Cimento Portland de Alto-forno – CP-III (com quantidades
de escórias suficientes para neutralizar a reação)

AGREGADOS GRAÚDOS

Granulometria

 Amostragem: NBR 7216 (MB 6)

 Análise granulométrica: NBR 7217 (MB 7)

 Composição granulométrica

 Dimensão máxima característica

 Módulo de finura

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AGREGADOS GRAÚDOS
Limites da composição granulométrica do agregado graúdo:

Classificação do agregado graúdo


quanto à dimensão

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AGREGADOS GRAÚDOS

Índices de qualidade para o agregado graúdo – EB 4

 Os agregados graúdos para serem de qualidade

devem:

 Ter grãos resistentes;

 Duráveis;

 Inertes;

 Não ter impurezas e

 Apresentar boa composição granulométrica.

AGREGADOS GRAÚDOS

Índices de qualidade para o agregado graúdo – EB 4

 Forma dos grãos (NBR 7809)

 O índice de forma não deve ser maior que 3

 Abrasão Los Ângeles (NBR 6465)

 Inferior a 50%

 Tendo em vista que a resistência do concreto é

função do constituinte mais fraco  agregado graúdo

deve ter resistência superior à argamassa

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AGREGADOS GRAÚDOS

Substâncias nocivas – EB 4

Limites máximos de material em massa (%):

 Torrões de argila e partículas friáveis (NBR 7218)


 Em concreto aparente 1,0
 Em concreto submetido à abrasão 2,0
 Nos demais concretos 3,0
 Materiais pulverulentos (NBR 7219)
 1,0
 Materiais carbonosos (ASTM C123)
 Em concreto aparente 0,5
 Nos demais concretos 1,0

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