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DE FRANCISCO SÁ - MG
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DOS FATOS e FUNDAMENTOS
As partes viviam em uniaã o estaá vel, como se casados fossem, desde o dia
30/05/2000, conforme faz prova a escritura puá blica de uniaã o estaá vel em anexo.
Dessa uniaã o adveio duas filhas, sendo elas Lara Gonçalves Fernandes (nascida
em 13/09/2001) e Maria Cecilia Gonçalves Fernandes (nascida em 11/06/2008) –
conforme se percebe das certidoã es acostadas.
Nessa mesmo eá poca o Reá u foi surpreendido espionando tambeá m a sua filha mais
velha Lara Gonçalves Fernandes e suas amigas, quando estas tomavam banho e trocavam de
roupa, tudo devidamente descrito no B.O. em anexo.
M.M. Juiz, a escritura puá blica de uniaã o estaá vel em anexo comprova a existeô ncia
da uniaã o estaá vel desde 30/05/2000, eis que tal fato jaá foi confessado pelas partes perante o
tabeliaã o quando da lavratura da mesma.
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alega a uniaã o estaá vel leva aà presunçaã o de veracidade dos fatos narrados na escritura
puá blica.
Aleá m desses, possui as seguintes díávidas: cartaã o de creá dito Bradesco no valor de
R$ 617,09; cartaã o de creá dito Ítauá no valor de R$ 655,13; empreá stimo na Caixa no valor de
R$ 1.666,56; empreá stimo na Caixa no valor de R$ 4.533,84; empreá stimo na Caixa no valor
de R$ 4.233,49; empreá stimo na Caixa no valor de R$ 11.620,22; empreá stimo na Caixa no
valor de R$ 950,15; empreá stimo na Caixa no valor de R$ 3.644,39; e, empreá stimo no BB no
valor de R$ 8.756,13. O valor total dessas díávidas eá de R$ 36.677,00 (trinta e seis mil,
seiscentos e setenta e sete reais).
Ocorre que ao decidirem viver em uniaã o estaá vel, o casal optou pelo sistema de
separaçaã o total de bens, onde os bens ficariam pertencendo ao seu titular.
Tal decisaã o, inclusive, foi registrada na escritura puá blica de uniaã o estaá vel, que
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em seu toá pico (03) que diz: “Que, quantos aos bens móveis e imóveis, inclusive aplicações
financeiras, adquiridos e realizados na constância da União Estável, por cada um dos
conviventes, todos pertencem exclusiva e respectivamente ao companheiro titular desses bens,
constituindo patrimônio particular deste, conforme nota fiscal. Escritura pública, certificado
de registro de veículo, extrato bancário ou outro documento hábil para esse fim, não havendo
condomínio entre os conviventes sobre o patrimônio exclusivo de cada companheiro”.
Portanto, concluíámos que cada qual dos conviventes possui seu patrimoô nio
particular, que, pelo acordado, naã o se comunicam, naã o havendo, pois, em se falar em
partilha de bens.
Pela eventualidade, naã o entendendo V. Exa. dessa forma, o que se admite apenas
por suposiçaã o, deveraã o os bens e as díávidas serem partilhados entre o casal, inclusive o síátio
pertencente ao Reá u.
DOS ALIMENTOS
O casal possui duas filhas comuns, sendo elas Lara Gonçalves Fernandes
(nascida em 13/09/2001) e Maria Cecilia Gonçalves Fernandes (nascida em 11/06/2008).
Nesse caminho, o coá digo civil, ao regulamentar a mateá ria, assim diz:
“Art. 1695. Saã o devidos os alimentos quando quem os pretende naã o tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, aà proá pria mantença, e aquele, de
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quem se reclamam, pode forneceô -los, sem desfalque do necessaá rio ao seu sustento.
“Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixaraá desde logo alimentos provisoá rios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles naã o
necessita.”
Assim, requer que seja arbitrado alimentos provisoá rios em favor dos menores
em 1 (hum) salaá rio-míánimo.
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O dano moral como um sofrimento humano causado por uma perda naã o
pecuniaá ria abrange o atentado aà reputaçaã o da víátima, aà sua autoridade legitima, sua
tranquü ilidade, etc.
Ora, num fato desagradaá vel, frustrante e ilegal, como eá o caso objeto dessa lide, o
aspecto moral deve ser observado.
Nesse diapasaã o eá o magisteá rio do Ílustre Savatier que explica que o dano moral:
"é qualquer sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária, e
abrange todo atentado à reputação da vítima, à sua autoridade legitima, ao seu
pudor, à sua segurança e tranqüilidade, ao seu amor próprio estético, à integridade
de sua inteligência, a suas afeições, etc". (Traité de La Responsabilité Civile, vol.II, nº
525, in Caio Mario da Silva Pereira, Responsabilidade Civil, Editora Forense, RJ,
1989). grifo nosso
"é a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do
homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a
integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos,
classificando-se desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio
moral(honra, reputação, etc.) e dano que molesta a parte afetiva do patrimônio
moral (dor, tristeza, saudade, etc.), dano moral que provoca direta ou indiretamente
dano patrimonial (cicatriz deformante, etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)"
(Cahali, Yussef Said. Dano Moral, Editora Revista dos Tribunais, SP, 1998, 2ª edição,
p. 20). Grifo nosso
Assim, o Requerido deve ressarcir a Autora os danos morais que lhe foram
causados pelas suas condutas criminosas que culminaram nos abusos sexuais aà s suas filhas
e pela dor da traiçaã o por mais de 16 anos, jaá que ela acreditava viver do lado de um homem
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honesto e honrado, ao passo que vivia ao lado de um tarado e pedoá filo.
O quantum a ser pago pelo dano moral sofrido pela Requerente, em nosso
entendimento deve ser de pelo menos 50 (cinquenta) salaá rios-míánimos.
DOS PEDIDOS/CONCLUSÕES
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alimentos definitivos a favor das menores no patamar dos provisoá rios; d) condenar o
Requerido a pagar indenizaçaã o danos morais no importe de 50 (cinquenta) salaá rios-
míánimos ou outro valor a ser arbitrado por equidade.
4. Que seja deferido o paá lio da justiça gratuita aà Autora, nos termos da Lei
1.060/50, e por naã o poder arcar com as custas do processo sem prejuíázo do sustento
proá prio e da sua famíália.
5. Que seja o Requerido condenado ao pagamento das custas processuais e
honoraá rios advocatíácios, aà ordem de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa.
Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento.
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