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Elementos de
Máquinas I
Prof. Jonatas Quirino
Jonatas.Quirino@usu.edu.br
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Carregamento axial

• São aqueles que


tendem a provocar
deformações no eixo
da peça.

• Podem ser de TRAÇÃO ou COMPRESSÃO


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Teorema de Castigliano

• Usado para determinar a deformação de estruturas simples e complexas.


• Baseado em relações entre deformações e trabalho.
• Para tração:
𝐹2𝐿
𝑈=
2𝐴𝐸
• Derivando em relação à 𝐹:
𝜕𝑈 𝐹𝐿
= =𝛿
𝜕𝐹 𝐴𝐸
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Deformação Axial

• Quando um material é submetido a uma carga


axial 𝐹, a deformação 𝛿 é modelada com base
na Lei de Hook.
𝛿 𝐹 𝐹𝐿
𝐸= ⟹𝛿=
𝐿 𝐴 𝐴𝐸
• Onde:
• 𝐿: Comprimento inicial do elemento.
• 𝐴: Seção transversal.
• 𝐸: Módulo de elasticidade.
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Flambagem

• Ocorre frequentemente em elementos de


máquinas sujeitos a carregamento axial.
• Se é esforço axial é de tração, aplica-se a
equação 𝜎 = 𝑃/𝐴.
• Se é esforço de compressão, aplicam-se
equações específicas.
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Equação de Euler

• Para carregamentos críticos de colunas esbeltas se seção transversal


uniforme:
𝐶𝜋 2 𝐸𝐴
𝐹𝑐𝑟 =
𝐿/𝑘 2
Onde:
• 𝐹𝑐𝑟 : carregamento máximo antes • 𝐴: Área da seção transversal;
da flambagem; • 𝐿: Comprimento da coluna;
• 𝐶: constante de extremidades;
• 𝑘: Raio de giração.
• 𝐸: Módulo de elasticidade;
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Equação de Johnson

• A carga crítica para colunas de comprimento


médio e seção transversal uniforme é dada por:
𝜎𝑦 𝐿/𝑘 2
𝐹𝑐𝑟 = 𝜎𝑦 𝐴 1 −
4𝐶𝜋 2 𝐸
Onde:

• 𝜎𝑦 : Tensão de escoamento
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Raio de giração

• Uma determinada área 𝐴 tem um Momento de Inércia


𝐼em relação ao eixo 𝑥. Ao concentrar 𝐴 em uma faixa
estreita, paralela a 𝑥, a distância dessa faixa ao eixo 𝑥, é
𝑘= 𝐼/𝐴

• Para seção transversal circular


𝑘 = 𝐷/4
• Para seção transversal retangular
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𝑘=ℎ
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Constante de extremidades

• As equações de carga crítica dependem


das condições dos apoios.
• Então a Equação de Euler genérica:
𝜋 2 𝐸𝐼
𝐹𝑐𝑟 = 2
𝐿𝑓
Comprimentos de flambagem:
• Peças bi-articuladas: 𝐿𝑓 = 𝐿
• Peças bi-engastadas: 𝐿𝑓 = 0,5 𝐿
• Peças engastadas e livres: 𝐿𝑓 = 2𝐿
• Peças articuladas e engastadas: 𝐿𝑓 = 0,7 𝐿
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Razão de esbeltez

• É a relação numérica que define se uma coluna


pode ser considerada esbelta ou não.
• Tal conclusão é necessária para definir qual
equação utilizar.
• Para colunas esbeltas, utilizar Equação de Euler.
• Para colunas curtas, utilizar Equação de
Johnson.
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𝝈𝒚 𝟐 (𝑳/𝒌)
𝑪 𝑳/𝒌
Razão de esbeltez 550 𝑀𝑃𝑎 1.849 43
480 𝑀𝑝𝑎 2.113 46
¼ 415 𝑀𝑃𝑎 2.465 50
• Os valores de 𝐿/𝑘 acima dos quais deve-se 345 𝑀𝑃𝑎 2.958 54
usar a Eq. de Euler 275 𝑀𝑃𝑎 3.697 61
• Para definir qual Equação será usada (Euler 550 𝑀𝑃𝑎 7.394 86
ou Johnson), é necessário saber 480 𝑀𝑝𝑎 8.451 92
1 415 𝑀𝑃𝑎 9.860 99
𝐶𝜋 2 𝐸𝐴 𝜎𝑦 𝐿/𝑘 2
= 𝜎𝑦 𝐴 1 − 345 𝑀𝑃𝑎 11.832 109
𝐿/𝑘 2 4𝐶𝜋 2 𝐸
275 𝑀𝑃𝑎 14.789 121
𝐿 2𝐶𝜋 2 𝐸 550 𝑀𝑃𝑎 14.789 121
= 480 𝑀𝑝𝑎 16.902 130
𝑘 𝜎𝑦
2 415 𝑀𝑃𝑎 19.719 140
345 𝑀𝑃𝑎 23.663 154
275 𝑀𝑃𝑎 29.579 172
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Carregamento excêntrico
• Em algumas máquinas tais desvios são críticos.
𝑑2 𝑦 𝑃 𝑃𝑒
+ 𝑦 = −
𝑑𝑥 2 𝐸𝐼 𝐸𝐼
• Utilizando as condições de contorno 𝑦(0) = 0 e 𝑦(𝐿) = 0:

𝑙 𝑃 𝑃 𝑃
𝑦 = 𝑒 𝑡𝑔 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑥 −1
2 𝐸𝐼 𝐸𝐼 𝐸𝐼

• Ao substituir 𝑥 = 𝐿/2

𝐿 𝑃
𝛿 = 𝑒 sec − 1 (𝑃𝑅𝑂𝑉𝐴𝑅!)
2 𝐸𝐼
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Carregamento excêntrico
• O momento fletor máximo se dá no meio do vão

𝐿 𝑃
𝑀𝑚á𝑥 = −𝑃 𝑒 + 𝛿 = −𝑃𝑒 × 𝑠𝑒𝑐
2 𝐸𝐼

• A intensidade da máxima tensão 𝜎𝑐 no meio do vão é


dada pela sobreposição das componentes axial e fletora
𝑃 𝑀𝑐 𝑃 𝑀𝑐
𝜎𝑐 = − = − 2
𝐴 𝐼 𝐴 𝐴𝑘
• Portanto

𝑃 𝑒𝑐 𝐿 𝑃
𝜎𝑐 = 1 + 2 𝑠𝑒𝑐
𝐴 𝑘 2𝑘 𝐸𝐴
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Razão de excentricidade
• Impondo-se à resistência de
escoamento de compressão
𝑆𝑦𝑐 como o valor máximo de 𝜎𝑐
𝑃 𝑆𝑦𝑐
=
𝐴 1 + 𝑒𝑐/𝑘 2 sec 𝐿/2𝑘 𝑃/𝐸𝐴
• Essa equação é conhecida
como Fórmula da secante de
colunas.
• O termo 𝑒𝑐/𝑘 2 é a razão de
excentricidade.
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Razão de esbeltez para

• Basicamente a razão de esbeltez 𝐿/𝑘 será


limitada a 1% de 𝑒, ou seja
1/2
𝐿 𝐴𝐸
= 0,282
𝑘 𝑙𝑖𝑚 𝑃
• Se 𝐿/𝑘 < 𝐿/𝑘 𝑙𝑖𝑚 , então
𝑃 𝑀𝑐 𝑃 𝑀𝑐
𝜎𝑐 = − = − 2
𝐴 𝐼 𝐴 𝐴𝑘
• Se 𝐿/𝑘 > 𝐿/𝑘 𝑙𝑖𝑚 , então
Utilizar Fórmula da secante!
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Exercício

• Uma barra de aço retangular tem seção reta de 5 𝑐𝑚 × 7,5 𝑐𝑚 e um


comprimento de 100 𝑐𝑚. A tensão de escoamento do material é de
3.500 𝑘𝑔/𝑐𝑚2 . Aplicam-se cargas axiais aos extremos da barra.
• Determinar
a) a relação de Euler-Johnson.
b) qual equação deve ser usada.
c) o carregamento crítico para extremidades rígidas.
d) a carga axial máxima para um fator de segurança 𝑁 = 3.
e) a tensão de compressão equivalente.
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Solução

𝐿 100
a) = = 69,3
𝑘 5/ 12

b) Valor limite de 𝐿/𝑘 para usar a Equação de Johnson considerando 𝐶 = 1

𝐿 2𝐶𝜋 2 𝐸 𝐿 2 × 1 × 𝜋 2 × 20 × 105
= ⟹ = = 107
𝑘 𝜎𝑦 𝑘 3500

Para o valor encontrado, será utilizada a Equação de Johnson.


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Solução d) Carga axial com segurança:


𝐹𝑐𝑟
𝐹=
𝑁
c) A carga crítica é 103000
𝐹=
3
𝜎𝑦 𝐿/𝑘 2 𝐹 = 34.300 𝑘𝑔
𝐹𝑐𝑟 = 𝜎𝑦 𝐴 1 −
4𝐶𝜋 2 𝐸
e) Tensão de compressão equivalente
3500 69,3 2
𝐹𝑐𝑟 = 3500 × 37,5 1 − 𝐹
4 × 1 × 𝜋 2 × 20 × 105 𝜎𝑒𝑞 =
𝜎𝑦
34.300
𝐹𝑐𝑟 = 103.000 𝑘𝑔 𝜎𝑒𝑞 =
37,5
𝜎𝑒𝑞 = 1.160 𝑘𝑔/𝑐𝑚2
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Exercício

• Uma peça a ser trabalhada presa a uma mesa de fresadora por um


parafuso de porca apertado a uma tração de 8,9 𝑘𝑁. O contato de
fixação está deslocado do eixo centroidal do pilarete por uma distância
𝑒 = 2,5 𝑚𝑚. O montante, ou bloco, é de aço, de 25 𝑚𝑚 por 0,1 𝑚 de
comprimento.
• Determine a tensão máxima no bloco.
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Solução

• A área da seção transversal • O raio de giração


𝐴 = 𝑏ℎ = 0,025 0,025 𝐼
𝑘2 =
𝐴 = 625 × 10−6 𝑚 𝐴
• O momento de inércia 2
32,55 × 10−9
𝑘 =
625 × 10−6
𝑏ℎ3 𝑘 2 = 52,1 × 10−6 𝑚2
𝐼= =
12
0,025 0,025 3 • A relação de esbeltez
𝐼= 𝐿 0,1
12
= = 13,9
𝐼 = 32,55 × 10−9 𝑚4 𝑘 52,1 × 10−6 1/2
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Solução

• O limite de esbeltez é • Portanto será utilizada a Equação


1/2 𝑃 𝑒𝑐
𝐿 𝐴𝐸 𝜎𝑐 = 1+ 2
= 0,282 𝐴 𝑘
𝑘 𝑙𝑖𝑚 𝑃
8900 0,0025 0,0125
𝐿 625 × 10−6 210 × 109
1/2 𝜎𝑐 = 1+
625 × 10−6 52,1 × 10−6
= 0,282
𝑘 𝑙𝑖𝑚 8900 𝜎𝑐 = 22,8 𝑀𝑃𝑎
𝐿
= 34,2
𝑘 𝑙𝑖𝑚

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