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RESUMO: SISTEMA ESQUELÉTICO

@farmadoamor
CONCEITO DE ESQUELETO

O esqueleto pode ser definido como o conjunto de ossos e cartilagens que se


interligam para formar o arcabouço do corpo do animal.

FUNÇÕES DO ESQUELETO

• Proteção para órgãos como o coração, pulmões e o sistema nervoso central.


• Sustentação e conformação do corpo.
• Armazenamento de minerais como o cálcio e o fosfato, principalmente.
• Movimentação.
• Hematopoese.

TIPOS DE ESQUELETO

• Quando se percorre a escala zoológica, verificam-se diferenças na posição do


esqueleto.

• Em animais como os artrópodos, a base de sustentação é externa, ou seja,


existe uma porção externa mais rígida que sustenta as partes moles
localizadas internamente, o que caracteriza um exoesqueleto.

• Com o processo evolutivo, os animais foram desenvolvendo uma base de


sustentação interna, ou seja, um endoesqueleto em substituição ao
exoesqueleto, que é menos funcional.

• Nos peixes, tatus, quelônios e crocodilos, é possível observar a presença de


um endoesqueleto bastante desenvolvido, embora ainda exista um exoesquele-
to com graus variados de desenvolvimento.

• Já as aves e mamíferos apresentam apenas endoesqueleto.

DIVISÃO DO ESQUELETO

O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções:

• Esqueleto axial: porção mediana que forma o eixo do corpo, sendo compos-
ta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.

• Esqueleto apendicular: formado pelos ossos dos membros superiores e


inferiores.

A união entre o esqueleto axial e apendicular é feita por meio dos cíngulos do
membro superior e do membro inferior.
NÚMERO DE OSSOS

• O indivíduo adulto possui um total de 206 ossos.

• Contudo, esse número pode variar se forem levados em consideração fatores


como os etários, os individuais e os critérios de contagem.

CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

• Quanto à forma, os ossos podem ser classificados como longos, alongados,


planos ou curtos, de acordo com a dimensão predominante.

• Existem ainda, ossos que apresentam características peculiares e são


classificados como irregulares, pneumáticos ou sesamóides.

OSSOS LONGOS

• O comprimento predomina sobre a largura e a espessura (exemplos:


úmero e fêmur).

• Os ossos longos apresentam duas extremidades, as epífises proximal e


distal e um corpo, a diáfise, que possui no eu interior a cavidade
medular, que aloja a medula óssea.

• Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou, é possível


verificar entre a epífise e a diáfise, um disco de cartilagem, a cartilagem
epifisial, relacionada com o crescimento do osso em comprimento.

OSSOS ALONGADOS

• Também apresentam comprimento predominando sobre


largura e espessura, mas não apresentam cavidade medular
(exemplos: clavícula e costelas).

OSSOS PLANOS

• Apresentam comprimento e largura equivalentes, que


predominam sobre a espessura (exemplos: parietal, frontal,
escápula e osso do quadril).

OSSOS CURTOS

• Apresentam equivalência entre as três dimensões, comprimento,


largura e espessura (exemplos: ossos do carpo e do tarso).

OSSOS IRREGULARES

• Apresentam uma morfologia complexa, que não encontra


correspondência em nenhuma forma geométrica conhecida (exem-
plos: vértebras, osso temporal e osso esfenoide).

OSSOS PNEUMÁTICOS

• Apresentam no seu interior, uma ou mais cavidades, revestidas


de mucosa e contendo ar. Essas cavidades recebem o nome de
seios.

• Os ossos pneumáticos estão situados no crânio, sendo eles o


frontal, maxila, esfenóide e etmóide.

OSSOS SESAMÓIDES

• Desenvolvem-se na substância de certos tendões ou cápsulas


fibrosas que envolvem certas articulações (exemplo: patela).

TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA

• Há dois tipos de substância óssea, a


compacta ou cortical e a esponjosa ou
trabecular.

• Na substância óssea compacta, as


lamínulas de tecido ósseo estão fortemente
unidas umas às outras pelas suas faces,
sem que haja espaço livre interposto, por
isso, esse tipo é mais denso e rijo.

• Na substância óssea esponjosa, as lamínulas ósseas são mais irregulares


em forma e tamanho e se arranjam de forma a deixar entre si, espaços ou
lacunas que se comunicam umas com as outras e são preenchidas por medula
óssea.

• Nos ossos longos, o osso compacto predomina na diáfise e o osso esponjoso


nas epífises, onde é revestido por uma fina camada de osso compacto.

• Já nos ossos planos, existem duas camadas delgadas de ossos compacto,


contendo osso esponjoso entre elas. No crânio, a camada de osso compacto
recebe o nome de díploe.

PERIÓSTEO

• Camada de tecido conjuntivo


especializada que reveste os ossos,
com exceção das superfícies
articulares.

• Possui dois folhetos ou camadas,


um superficial e um profundo.
• A camada profunda é osteogênica, produzindo células do tecido ósseo que
vão sendo incorporadas à superfície do osso, promovendo seu espessamento.

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO

• Os ossos são altamente vascularizados, pois além de possuírem função


hematopoiética, apresentam desenvolvimento lento e contínuo.

• Sua irrigação é realizada por artérias nutrícias que penetram na cavidade


medular por forames nutrícios, por ramos das artérias do periósteo e ramos de
artérias que irrigam as articulações.

• As veias e os nervos acompanham as artérias que irrigam o osso.

• O periósteo tem rica inervação sensitiva e é muito sensível à tensão ou


ruptura, o que explica a dor aguda em casos de fraturas ósseas.

OSSOS DO CORPO

CRÂNIO

• O crânio pode ser dividido em duas grandes porções, o neurocrânio e o


viscerocrânio.

• O neuroncrânio é superior e posterior e abriga o encéfalo.

• O viscerocrânio ou face é anterior e inferior e está relacionado com os


órgãos dos sistemas digestório e respiratório, ou seja, com vísceras, daí o seu
nome.

• A caixa craniana é constituída de 22 ossos, sendo 8 pertencentes ao


neurocrânio e 14 ao viscerocrânio.

• Os ossos do neurocrânio são: frontal (1), parietais (2), temporais (2),


occipital (1), esfenoide (1), etmóide (1).

• Os ossos do viscerocrânio são: maxilas (2), zigomáticos (2), nasais (2),


lacrimais (2), vômer (1), palatinos (2), conchas nasais inferiores (2) e
mandíbula (1).
OSSO HIÓIDE

• Possui formato de U. É um osso móvel que não se articula com nenhum outro
osso. Está situado na parte anterior do pescoço, no nível da vértebra C3.

COLUNA VERTEBRAL

• Forma o eixo ósseo do corpo e está constituída de modo a oferecer a


resistência de um pilar de sustentação, mas também a flexibilidade necessária
à movimentação do tronco.

• Ela protege a medula espinhal, que está alojada no seu interior.

• É formada por 33 vértebras dispostas umas sobre as outras.

• As vértebras são:

– cervicais (7)
– torácicas (12)
– lombares (5)
– sacrais (5)
– coccígeas (4).

• As vértebras sacrais são fundidas em uma peça única, o sacro.

• Do mesmo modo que as vértebras coccígeas são fundidas em uma peça


única, o cóccix.

• Antes do nascimento, a coluna vertebral acompanha o formato da parede da


cavidade uterina, apresentando concavidade anterior.

• Quando a criança começa a sustentar a cabeça, na região cervical ocorre


uma inversão da curvatura que passa a ter concavidade posterior e quando a
criança começa a andar, o mesmo ocorre na região lombar.

• Nas regiões torácica e sacral, as curvaturas mantêm a concavidade anterior,


constituindo as curvaturas primárias da coluna vertebral.

• Já as curvaturas cervical e lombar são denominadas secundárias, pois


adotam concavidade posterior com o desenvolvimento.
ESQUELETO DO TÓRAX

• A caixa torácica constitui-se do esterno, das vértebras torácicas e das


costelas e suas cartilagens costais.

• Esterno:
– É uma longa e estreita placa óssea mediana na parede anterior do tórax.
– Articula-se com a clavícula e com as costelas por meio das cartilagens cos-
tais.

• Costelas e cartilagens costais:


– As costelas são fitas ósseas arqueadas que se estendem de suas junções
com a coluna vertebral à porção anterior da parede do tórax.
– As sete superiores são ditas verdadeiras, por se articularem com o
esterno através de suas cartilagens.
– A 8ª, 9ª e 10ª são chamadas de falsas por se fixarem ao esterno
indiretamente, unindo suas cartilagens à cartilagem da sétima costela.
– A 11ª e 12ª são denominadas flutuantes, são curtas e possuem
extremidades cartilagíneas rombas, não se unindo ao esterno.

CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR

• Constituído pela clavícula e pela escápula.

• Clavícula:
– É um osso alongado.
– Articula-se medialmente com o esterno e lateralmente com a escápula.

• Escápula:
– É um osso plano.
– Se articula com a clavícula e com o úmero.
ESQUELETO APENDICULAR DO MEMBRO SUPERIOR

• Úmero:
– É o osso do braço.
– Um osso longo.
– Se articula superiormente com a escápula.
– Se articula inferiormente com os ossos do antebraço, radio e
ulna.

• Rádio e ulna:
– São os ossos do antebraço.
– São dois ossos longos situados lado a lado, sendo o
radio lateral e a ulna medial.
– Ambos se articulam com o úmero, superiormente.
– Entretanto, distalmente, somente o rádio participa da
articulação com os ossos do carpo.

ESQUELETO DA MÃO

• Pode ser dividido em ossos do carpo, metacarpo e falanges.

• Carpo:
– É constituído por oito ossos dispostos em duas fileiras, proximal e distal.
– Na fileira proximal, estão o escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme.
– Na fileira distal, estão o trapézio, trapezóide, capitato e hamato.

• Metacarpo:
– Os ossos são numerados de I a V, a partir da margem radial e apresentam
base, corpo e cabeça.

• Falanges:
– Formam o esqueleto dos dedos.
– Cada dedo possui falanges proximal, média e distal, com exceção do
polegar, que não possui falange média.
– Cada falange possui: base, corpo e cabeça.
CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR

• É constituído pelos ossos


do quadril, que unem-se
anteriormente na sínfise
púbica e articulam-se com o
osso sacro e com o fêmur.

• É um osso plano formado


por três partes, ílio, ísquio,
púbis.

• Até a puberdade, as três


partes permanecem unidas
umas às outras por
cartilagem.

• Posteriormente, ocorre a ossificação da cartilagem e o osso do quadril passa


a ser único, embora as peças que originalmente o constituía, conservem as
suas denominações.

ESQUELETO APENDICULAR DO MEMBRO INFERIOR

• Fêmur:
– É o maior osso do corpo.
– Forma o esqueleto da coxa.
– É um osso longo.
– Articula-se proximalmente com o osso do quadril.
– Articula-se distalmente com a tíbia.
• Tíbia e fíbula:
– São dois ossos longos.
– Formam o esqueleto da perna.
– Unem-se ao esqueleto do pé.
– A tíbia é medial e mais robusta do que a fíbula.
– Superiormente, a tíbia articula-se com o fêmur.
– Distalmente, tanto a tíbia quanto a fíbula
articulam-se com o tálus.

• Patela:
– É um osso sesamóide.
– Incluído no tendão de inserção do músculo quadríceps femoral.

ESQUELETO DO PÉ

• O esqueleto do pé pode ser dividido em tarso, metatarso e falanges.

• Tarso:
– Os ossos são o tálus, calcâneo, navicular, cuboide e os três cuneiformes
(lateral, medial e intermédio).

• Metatarso:
– Os ossos são numerados de I a V a partir do hálux e apresentam base,
corpo e cabeça.

• Falanges:
– As falanges foram o esqueleto dos dedos.
– Cada dedo é formado por três falanges (proximal, média e distal) com
exceção do hálux apresenta apenas duas falanges (proximal e distal).
– Cada falange possui base, corpo e cabeça.

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