DIREITO CIVIL I

PARTE 1

AULA I – 05/04/16

CONCEITO DE DIREITO CIVIL

 TRADICIONALMENTE O DIREITO CIVIL É DEFINIDO COMO UM RAMO DO

DIREITO PRIVADO QUE REGULA AS RELAÇÕES ENTRE OS
PARTICULARES NO QUE DIZ RESPEITO A FAMÍLIA, AOS BENS, AOS
CONTRATOS E À PROPRIEDADE.

O DIREITO CIVIL E O DIREITO EMPRESARIAL SÃO MATÉRIAS DO DIREITO

PRIVADO – NÃO TINHAM UMA PREOCUPAÇÃO COM O COLETIVO.

NO DIREITO PÚBLICO HÁ UMA PREOCUPAÇÃO COM O COLETIVO – DIREITO

PENAL ESTÁ AQUI – PREOCUPAÇÃO COM A COLETIVIDADE, PREOCUPAÇÃO
COM QUE NÃO SE COMETA CRIMES.

PORÉM HOJE EM DIA O DIREITO PÚBLICO E O PRIVADO SE ENCONTRAM. O

DIREITO CIVIL SE INTRODUZ TAMBÉM NO DIREITO PÚBLICO QUANDO, POR
EXEMPLO, NÃO SE PODE FIRMAR UM CONTRATO QUE VIOLE A COLETIVIDADE.

 HÁ ALGUM TEMPO, OUTROS CONCEITOS SÃO PROPOSTOS PARA O

DIREITO CIVIL OU, ENTÃO, OUTRAS METODOLOGIAS DE ESTUDO. UMA
DELAS É O DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL QUE TEM AS SEGUINTES
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
o AO ESTUDAR QUALQUER ASSUNTO DE DIREITO CIVIL, DEVE-SE
BUSCAR ANALISAR NÃO SÓ O QUE É DETERMINADA FIGURA
JURÍDICA, MAS, TAMBÉM, PARA QUE ELA SERVE. A IDEIA É
ANALISAR DE FORMA ESTRUTURAL (O QUE É) E DE FORMA
FUNCIONAL (PARA QUE SERVE?).
o ESSA METODOLOGIA TAMBÉM TRABALHA COM O QUE SE
CHAMA DE HISTORICIDADE, OU SEJA, DEVE-SE SEMPRE
BUSCAR ANALISAR O CONTEXTO HISTÓRICO NO QUAL A FIGURA
JURÍDICA FOI CRIADA.

O DIREITO TRADICIONAL VAI BUSCAR A ORIGEM – O DIREITO ROMANO DIZ

QUE SURGIU ISSO (...) ETC.
O DIREITO CONSTITUCIONAL VAI MAIS ALÉM AO ESTUDAR O QUE É E PARA
QUE SERVE – CONTRATO DE COMPRA E VENDA, POR EXEMPLO, SE
PERGUNTA NÃO SÓ O QUE É, MAS PARA O QUE SERVE.

HÁ DIFERENÇA ENTRE SITUAÇÕES/RELAÇÕES EXISTENCIAIS – LIGADAS A

EXISTÊNCIA DA PESSOA, AO SER – E SITUAÇÕES/RELAÇÕES PATRIMONIAIS –
BENS, SERVIÇOS, PATRIMÔNIO.

HOJE, SÓ SE DÁ A TUTELA DO ORDENAMENTO JURÍDICO ÀS SITUAÇÕES DE

PATRIMÔNIO QUE NÃO VIOLEM A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.

CASO DE UM SENHOR FALECIDO QUE PEDIU A UMA DAS FILHAS QUE SEU
CORPO FOSSE PRESERVADO CRIOGENICAMENTE, POR ACREDITAR QUE NO
FUTURO ELE PODERIA SER REAVIVIDO. O PROBLEMA É QUE ELE NUNCA
ESCREVEU ISSO, SOMENTE FALOU PARA UMA DAS FILHAS. MANTER O
CORPO CONGELADO CRIOGENICAMENTE É ABSOLUTAMENTE CARO. ASSIM
QUE O PAI FALCEU, AS FILHAS QUE NÃO MORAVAM COM ELE QUERIAM FAZER
O SEPULTAMENTO DO PAI, ENQUANTO A OUTRA FILHA QUERIA UTILIZAR O
DINHEIRO DA HERANÇA PARA MANTER O CORPO CRIOGENICAMENTE
CONGELADO ATÉ ONDE O DINHEIRO DER.

 EM PRIMEIRA INSTÂNCIA A DECISÃO FOI FAVORÁVEL À FILHA QUE O

QUERIA MANTER CRIOGENICAMENTE CONGELADO
 HOUVE APELAÇÃO E, EM MEIO DE MUITA DÚVIDA, O JUIZ DECIDIU DAR
A LIBERAÇÃO PARA AS OUTRAS FILHAS O ENTERRAREM, PORÉM,
DEVIDO AS DÚVIDAS, FOI NECESSÁRIO MANTER O CORPO
CONGELADO ATÉ QUE SE CHEGASSE A UMA DECISÃO

ESSA SITUAÇÃO ESTARIA LIGADA A RELAÇÕES EXISTENCIAIS OU

PATRIMONIAIS?

 APESAR DE HAVER UM POUCO DOS DOIS, A QUE PREVALECE É A

EXISTENCIAL!

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

 NÃO É FÁCIL DISTINGUIR AS DUAS SITUAÇÕES, CONTUDO É POSSÍVEL

AFIRMAR QUE O DIREITO CIVIL SÓ IRÁ TUTELAR AS SITUAÇÕES, OU
SEJA, SÓ PROTEGERÁ JURIDICAMENTE AS SITUAÇÕES OU RELAÇÕES,
PATRIMONIAIS QUE NÃO VIOLAREM AS QUESTÕES LIGADAS A
EXISTÊNCIA.
 AULA II – 07/04/16

O QUE SÃO OS SUJEITOS DO DIREITO

O QUE É A PERSONALIDADE JURÍDICA OU CIVIL – SINÔNIMOS

 É A APTIDÃO DA PESSOA PARA CONTRAIR DIREITOS E DEVERES NO

MUNDO CIVIL.

QUANDO SE DÁ O INÍCIO DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL NO

NOSSO ORDENAMENTO?

HÁ UMA CONTROVÉRSIA.

 HÁ 3 TEORIAS
o TEORIA NATALISTA;
o CONCEPCIONISTA;
o PERSONALIDADE CONDICIONAL – NÃO ADOTADA PELO NOSSO
ORDENAMENTO!

DIREITOS E DEVERES NO ÂMBITO CIVIL

 DIREITOS ADQUIRIDOS A PARTIR DO NASCIMENTO;

o REGISTRO DE NASCIMENTO.
 DEVERES ADQUIRIDOS A PARTIR DO NASCIMENTO;
o UM BEBÊ QUE ACABA DE NASCER GANHA UM APARTAMENTO DE
PRESENTE – OS PAIS FICAM RESPONSÁVEIS PELO IPTU ATÉ
QUE A CRIANÇA SEJA MAIOR DE IDADE.
 DEVERES DO CASAMENTO;
 DEVERES NA UNIÃO INSTÁVEL;
 DEVERES DECORRENTES DA AQUISIÇÃO DE UMA PROPRIEDADE.

EM QUE MOMENTO A PESSOA NATURAL ADQUIRE PERSONALIDADE CIVIL?

O CÓDIGO NÃO FOI OU É CAPAZ DE RESPONDER ISSO.

ASSIM, SURGIRAM E UTILIZAM-SE DUAS PRINCIPAIS TEORIAS

 TEORIA NATALISTA
o A PARTIR DO NASCIMENTO COM VIDA.
 TEORIA CONCEPCIONISTA
o O NASCITURO JÁ POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA.
 CONCEITO DE NASCITURO
  SER JÁ CONCEBIDO, MAS QUE AINDA SE
ENCONTRA NO VENTRE MATERNO AGUARDANDO O
NASCIMENTO.

SEGUNDO O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

 A PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA COMEÇA DO NASCIMENTO COM

VIDA – SE O CÓDIGO PARASSE AQUI, TERÍAMOS ABSOLUTA CERTEZA
QUE SERIA A TEORIA NATALISTA A UTILIZADA PELO CC BRASILEIRO;
 PORÉM O CC CONTINUA FALANDO SOBRE OS DIREITOS DO
NASCITURO.

UMA COISA É A PESSOA TER PERSONALIDADE CIVIL OU JURÍDICA, OUTRA

COISA É TER CAPACIDADE!

CAPACIDADE CIVIL É UM GÊNERO E TEM DUAS ESPÉCIES

 CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO

o CONCEITO: ESSE TIPO DE CAPACIDADE DECORRE DA PRÓPRIA
AQUISIÇÃO DE PERSONALIDADE CIVIL E SIGNIFICA QUE A
PESSOA PODE USUFRUIR DOS SEUS DIREITOS;
o TODAS AS PESSOAS POSSUEM.

UMA COISA É USUFRUIR DE UM DIREITO, OUTRA É EXERCER ESSE DIREITO.

 CAPACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE FATO

o CONCEITO: É A CAPACIDADE DA PESSOA EXERCER SOZINHA OS
ATOS DA VIDA CIVIL.
o NEM TODAS AS PESSOAS TÊM E NEM TODAS AS PESSOAS
TERÃO.
o COMO A ADQUIRE NO BRASIL?
 AOS 18 ANOS COMPLETOS;
 POR MEIO DA EMANCIPAÇÃO.

CAPACIDADE E INCAPACIDADE CIVIL SÃO RELACIONADAS AO

DISCERNIMENTO – TAL SUJEITO TEM CAPACIDADE DE DISCERNIR TAL COISA?

EMANCIPAÇÃO

 CONCEITO: É A ANTECIPAÇÃO DA CAPACIDADE DE EXERCÍCIO ANTES

DA IDADE LEGAL.
 AQUELA PESSOA QUE PRECISARIA TER UM REPRESENTAMTE OU UM
ASSISTENTE PARA EXECUTAR ATOS CIVIS, NÃO PRECISARÁ MAIS.
  EXISTEM 3 FORMAS/ESPÉCIES DE EMANCIPAÇÃO – NÃO SE PODE
ESCOLHER UMA DAS 3 – VOCÊ FARÁ DE ACORDO COM A FORMA NA
QUAL ESTÁ INSERIDO.
o EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA – POR CONCESSÃO OU POR
OUTORGA DOS PAIS.
 É UM DIREITO DOS PAIS, NÃO DOS FILHOS;
 3 REQUISITOS DEVEM EXISTIR (AOS MESMO TEMPO)
PARA QUE SEJA FEITA.
 O MENOR A SER EMANCIPADO DEVE TER NO
MÍNIMO 16 ANOS;
 DEVE SER FEITO POR DOCUMENTO PÚBLICO
(ESCRITURA PÚBLICA) FEITA NO OFÍCIO DE NOTAS;
 DEVE EXISTIR A CONCORDÂNCIA DE AMBOS OS
PAIS.

O QUE O LEGISLADOR QUIS DIZER QUANDO SE REFERIU A FALTA DE UM DOS

PAIS?

 QUANDO UM DOS PAIS ESTÁ FALECIDO;

 QUANDO UM DOS PAIS ESTÁ AUSENTE – DESAPARECIDO;
 QUANDO UM DOS PAIS PERDE O PODER FAMILIAR SOBRE O FILHO.

ART. 5º, PARÁG. ÚNICO, ART. 1635, INCISO II, CC.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

 UMA VEZ FEITA A EMANCIPAÇÃO, ELA É IRREVOGÁVEL, OU SEJA, OS

PAIS NÃO PODEM IR AO CARTÓRIO DESFAZER O ATO, MAS, SE OS PAIS
REALIZARAM A EMANCIPAÇÃO DE MÁ FÉ, O MENOR EMANCIPADO
PODE IR AO JUDICIÁRIO E INVALIDAR A EMANCIPAÇÃO.

QUAL É O ENTENDIMENTO ATUAL DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

SOBRE A RESPONSABILIDADE DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS ATOS DO FILHO
EMANCIPADO?

 SE O EMANCIPADO FOR RESPONSABILIZADO POR UM DANO MORAL,

MATERIAL À ALGUÉM, OS PAIS NÃO DEVERIAM PERMANECER
RESPONSÁVEIS PELOS FILHOS ATÉ A MAIORIDADE E SEREM
RESPONSABILIZADOS JUNTO AOS FILHOS?
  ATUALMENTE, O STJ ENTENDE QUE OS PAIS PODEM SER
RESPONSABILIZADOS CIVILMENTE JUNTAMENTE COM OS FILHOS POR
DANOS QUE TENHAM CAUSADO A TERCEIROS.
 ASSIM, A EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA POR SI SÓ NÃO AFASTA A
RESPONSABILIDADE DOS PAIS.

AULA III – 12/04/2016

CONCLUSÃO DO ESTUDO DE EMANCIPAÇÃO

 QUEM TEM MENOS DE 18 ANOS VAI RESPONDER POR ATO

INFRACIONAL, NÃO POR CRIME.
 NENHUM TIPO DE EMANCIPAÇÃO TEM REFLEXO NA ÁREA PENAL.
o O FATO DE UMA PESSOA SER EMANCIPADA NA ÁREA CIVIL, NÃO
FARÁ COM QUE ELA RESPONDA POR CRIME NA ÁREA PENAL!
o ELA CONTINUARÁ RESPONDENDO POR ATO INFRACIONAL COMO
MENOR DE IDADE.

EMANCIPAÇÃO JUDICIAL – ART. 5º, § ÚNICO, I, 2ª PARTE.

 PARA QUE ESSE TIPO DE EMANCIPAÇÃO SEJA FEITA TERÁ QUE

PASSAR POR UM PODER JUDICIÁRIO, UM JUIZ DEVERÁ AUTORIZAR.
 SÓ OCORRE EM CASOS DE MENOR SOB TUTELA
 SÃO EXIGIDOS CRITÉRIOS MAIS RIGOROSOS PARA ESSE TIPO DE
EMANCIPAÇÃO
 OCORRE SOMENTE PARA OS MENORES DE IDADE

QUANDO UM MENOR ESTÁ SOB TUTELA?

 QUANDO AMBOS OS PAIS ESTÃO FALECIDOS;

 QUANDO AMBOS OS PAIS SÃO DADOS COMO
AUSENTES/DESAPARECIDOS PELO JUIZ;
 QUANDO HÁ DESTITUIÇÃO DO PODER PARENTAL, DO PODER FAMILIAR
– POR MAUS TRATOS;
o HÁ UMA DENÚNCIA E O JUIZ TIRA O PODER FAMILIAR DE UM DOS
PAIS OU DE AMBOS
 QUANDO A CRIANÇA NASCE SEM AMBOS OS PAIS
o CASOS DE ABANDONO
QUAIS OS REQUISITOS DEVEM EXISTIR PARA QUE ESSA EMANCIPAÇÃO
JUDICIAL OCORRA? COMO EMANCIPAR UM MENOR QUE ESTÁ SOB TUTELA?

 TUTELANDO DEVE TER ENTRE 16 E 17 ANOS;

 DEVE HAVER PEDIDO JUDICIAL – AÇÃO DE TUTELA;
 O TUTOR PRECISA SER OUVIDO;
 MINISTÉRIO PÚBLICO VAI DAR O SEU PARECER;
 DEVE HAVER UMA SENTENÇA JUDICIAL;
o DAÍ O NOME – EMANCIPAÇÃO DEVE VIR POR SENTENÇA
JUDICIAL

SE UMA CRIANÇA SOB TUTELA, OU SEJA, QUE PASSOU POR SITUAÇÕES

EXTREMAMENTE DIFÍCEIS – TER PERDIDO AMBOS OS PAIS, SER
MALTRATADO PELOS PAIS, PAIS SEREM DADOS COMO DESAPARECIDOS – E
QUE JÁ ESTÁ FRAGILIZADA, FOR EMANCIPADA SEM ESTAR PREPARADA, FOR
JOGADA NO MUNDO CIVIL SEM RESPONSABILIDADE, PODE ACARRETAR EM
GRAVES CONSEQUÊNCIAS. POR ISSO OS JUÍZES TOMAM MUITO CUIDADO
COM ESSES CASOS.

EMANCIPAÇÃO LEGAL – ART. 5º, § ÚNICO, INCISOS II AO V.

 OCORRE SEMPRE QUE A PESSOA PREENCHE QUALQUER DOS

REQUISITOS ENTRE OS INCISOS II E V DO CÓDIGO CIVIL.

INCISO II – CASAMENTO – ART. 1517 CC

 É NECESSÁRIA A AUTORIZAÇÃO DOS PAIS

o AUTORIZAÇÃO SAI EM DIÁRIO OFICIAL E TEM-SE 90 DIAS PARA
CASAR NO CIVIL.
o É IMPORTANTE RESSALTAR QUE NÃO É A AUTORIZAÇÃO DOS
PAIS QUE EMANCIPA.
 CASOU, EMANCIPOU
o É O CASAMENTO CIVIL QUE GERA A EMANCIPAÇÃO!
 16 ANOS – IDADE NÚBIL
o IDADE QUE BIOLOGICAMENTE, FISICAMENTE SE ESTÁ APTA
PARA CASAR.

É POSSÍVEL CASAR ANTES DE COMPLETAR 16 ANOS?

 SIM, SOMENTE EM UMA HIPÓTESE!

 o EM CASOS DE GRAVIDEZ, POIS SE PROVA QUE,
BIOLOGICAMENTE E FISICAMENTE, JÁ SE ESTÁ APTA PARA O
CASAMENTO.

A EMANCIPAÇÃO MAIS DIFÍCIL DE PROVAR É A DO INCISO V, APESAR DE NÃO

SER DIFÍCIL DE OCORRER. QUAIS SÃO SEUS REQUISITOS?

 TER 16 ANOS
 ECONOMIA PRÓPRIA – ESTADO DE INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA.
o EM VIRTUDE DE UM EMPREGO
o EM VIRTUDE DE UM COMÉRCIO QUE ELA EXERÇA
 SERÁ NECESSÁRIAO REUNIR DOCUMENTOS PARA A COMPROVAÇÃO E
TUDO SERÁ REGISTRADO EM REGISTRO PÚBLICO

INCAPACIDADES

É UM SISTEMA BINÁRIO COMPOSTO POR AQUELAS QUE TÊM PLENA

CAPACIDADE E AQUELAS INCAPACITADAS.

 O LEGISLADOR SEMPRE SE PREOCUPOU

o COM AS PESSOAS QUE NÃO POSSUEM DISCERNIMENTO ALGUM;
o COM AQUELAS QUEM OU POSSUEM ALGUM DISCERNIMENTO,
MAS QUE POR ALGUM MOTIVO NÃO FOI DESENVOLVIDO;
o OU COM AQUELAS QUE POSSUÍAM PLENA CAPACIDADE DE
EXERCÍCIO, MAS QUE, EM RAZÃO DE ALGUMA DOENÇA,
TIVERAM A CAPACIDADE COGNITIVA DIMINUÍDA.
 A IDEIA DA TEORIA DAS INCAPACIDADES É PROTEGER ESSAS
PESSOAS, PRINCIPALMENTE NO QUE DIZ RESPEITO ÀS QUESTÕES
PATRIMONIAIS.
 NO BRASIL, A INCAPACIDADE TEM GRAUS E É SUBDIVIDIDA EM
INCAPACIDADE ABSOLUTA E INCAPACIDADE RELATIVA.

INCAPACIDADE ABSOLUTA – ART. 3º CC

 NESSE CASO NÃO HÁ DISCERNIMENTO, LOGO A PESSOA ESTÁ

IMPEDIDA DE EXERCER ATOS CIVIS. ELA NÃO TEM CAPACIDADE DE
EXERCÍCIO, MAS TEM CAPACIDADE DE DIREITO E TAMBÉM
PERSONALIDADE, LOGO ALGUÉM PRECISARÁ REPRESENTÁ-LA. ASSIM,
TODO ABSOLUTAMENTE INCAPAZ PRECISA DE UM REPRESENTANTE.
OS COM INCAPACIDADE ABSOLUTA REDAÇÃO ATUAL DO ART. 3º CC
ANTES DA REDAÇÃO ATUAL LEI 13.146
MENORES DE 16 ANOS APENAS OS MENORES DE 16 ANOS
TODOS QUE POR DEFICIÊNCIA OU
EFEMERIDADE NÃO TENHA O
VIDE COMPARAÇÃO NA
NECESSÁRIO DISCERNIMENTO PARA
FOLHINHA ENTREGUE NO
OS ATOS CIVIS
DIA 14/04!
OS QUE, MESMO POR CAUSA
TRANSITÓRIA, NÃO PUDEREM
EXPREMIR VONTADE

INCAPACIDADE RELATIVA

 É A HIPÓTESE NA QUAL O LEGISLADOR ENTENDE QUE HÁ REDUÇÃO

DO DISCERNIMENTO OU, ENTÃO, QUE ESTE NÃO FOI DESENVOLVIDO
COMPLETAMENTE. NESSE CASO, O LEGISLADOR JÁ CONSIDERA A
VONTADE DA PESSOA, MAS ELA PRECISARÁ DA FIGURA DO
ASSISTENTE PARA RATIFICAR OS SEUS ATOS.

AULA IV – 14/04/2016

INCAPACIDADES

INCAPACIDADE RELATIVA – SEGUNDO GRAU DE INCAPACIDADE

 1 - PESSOA NÃO CONSEGUIU DESENVOLVER A PARTE COGNITIVA, SEU

DISCERNIMENTO.
 2 - PESSOA TINHA PLENO DISCERNIMENTO E FOI ATINGIDA POR UMA
PATOLOGIA QUE REDUZIU SEU DISCERNIMENTO.
 EM TESE, EM PESSOAS QUE NÃO POSSUI COMPLETO DISCERNIMENTO
E, NA MAIORIA DAS VEZES, PRECISAM DE UM ASSISTENTE.
o ASSINA JUNTO À PESSOA, OPINA.
o A VONTADE DO ASSISTIDO É LEVADA EM CONSIDERAÇÃO, POIS
TEM ALGUM DISCERNIMENTO, MAS NÃO TOTAL
DISCERNIMENTO.
É POSSÍVEL HAVER CONFLITO DE INTERESSES ENTRE ASSISTENTE E
ASSISTIDO?

o SIM.
o EXEMPLO DA MENOR PEDINDO PENSÃO AO PAI – FOI
OFERECIDO POR ELE UM ÓTIMO VALOR, BEM ALTO, A MÃE
MENOR ACEITOU, PORÉM A ASSISTENTE, SUA AVÓ, RECUSOU-
SE A ASSINAR O CONTRATO ACEITANDO TAL QUANTIA.

É POSSÍVEL HAVER ESSE MESMO CONFLITO DE INTERESSES ENTRE O

ABSOLUTAMENTE INCAPAZ E SEU ASSITENTE?

o NÃO, POIS O ASSISTIDO, NESTE CASO, NÃO TEM

DISCERNIMENTO ALGUM PARA OPINAR.

COMO ERA TRATADO ISSO ANTES DO NOVO CPC? FOLHINHA

o AO COMPLETAR 16 ANOS, AUTOMATICAMENTE SAI DA

INCAPACIDADE ABSOLUTA PARA RELATIVA!

MENOR DE 16 ANOS – MENOR IMPÚBERE

PRÓDIGOS

 É AQUELE QUA GASTA DESORDENADAMENTE O QUE TEM A PONTO DE

PODER TER UMA RUÍNA FINANCEIRA E, ÀS VEZES, LEVAR A PRÓPRIA
FAMÍLIA À ESSA RUÍNA.
 ELE NÃO TEM NENHUM OUTRO PROBLEMA QUE NÃO SEJA A
ADMINISTRAÇÃO DO PATRIMÔNIO, POR ISSO, HAVENDO CURATELA, O
PRÓDIGO SÓ FICA PROIBIDO DE PRATICAR ATOS PATRIMONIAIS. OS
DEMAIS DITOS EXISTENCIAIS, COMO: CASAR, VIVER EM UNIÃO
ESTÁVEL, RECONHECER UM FILHO, ADOTAR, DENTRE OUTROS, É
POSSÍVEL PARA ELE.
 FIGURA BEM CONTROVERSA;
 UMA PESSOA NORMAL, MAS QUE GASTA DELIBERADAMENTE, VENDE
COISAS A PREÇOS MUITO BAIXOS, ETC;
 POSSUIRÁ UMA PESSOA QUE IRÁ ASSISTENCIÁ-LO SOMENTE NO
ÂMBITO PATRIMONIAL, POIS É SOMENTE ESTE O PROBLEMA DO
PRÓDIGO, AUXILIANDO-O E DECISÕES, ETC.
 AULA V – 19/04/2016

EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE – ART. 6º CC

 A PERSONALIDADE CIVIL OU JURÍDICA É EXTINTA COM A MORTE.

 MORTE REAL
o OCORRE QUANDO É POSSÍVEL ENCONTRAR O CORPO PARA
EXAME, IDENTIFICAÇÃO E DECLARAÇÃO DE ÓBITO
 REGISTRADA NO REGISTRO CIVIL
 MORTE PRESUMIDA – ART.88 DA LEI 6015/73 E ART. 7º, I E II DO CC
o SEM PROCESSO DE AUSÊNCIA
 É A HIPÓTESE NA QUAL SE TEM NOTÍCIA DA PESSOA, MAS
NÃO É POSSÍVEL ENCONTRÁ-LA PARA ATESTAR O ÓBITO.
 CASO A PESSOA VOLTE, ANULA-SE
 O INCISO II É BEM RARO
 REQUISITOS – NO ART. 88
 TER DESAPARECIDO NUMA TRAGÉDIA;
 PROVAR A PRESENÇA DA PESSOA NO LOCAL DA
TRAGÉDIA;
 PROVAR QUE NÃO FOI POSSÍVEL ENCONTRAR O
CORPO PARA EXAME.

ART. 7º ART. 88 DA LEI 6015/73

Poderão os Juízes togados admitir
justificação para o assento de óbito de
Pode ser declarada a morte presumida, pessoas desaparecidas em naufrágio,
sem decretação de ausência: inundação, incêndio, terremoto ou qualquer
outra catástrofe, quando estiver provada a
sua presença no local do desastre e não for
possível encontrar-se o cadáver para exame.
Parágrafo único.
I - se for extremamente provável a morte de Será também admitida a justificação no caso
quem estava em perigo de vida; de desaparecimento em campanha, provados
a impossibilidade de ter sido feito o registro
nos termos do artigo 85 e os fatos que
convençam da ocorrência do óbito.
II - se alguém, desaparecido em campanha
ou feito prisioneiro, não for encontrado até
dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único.
A declaração da morte presumida, nesses
casos, somente poderá ser requerida depois
de esgotadas as buscas e averiguações,
devendo a sentença fixar a data provável do
falecimento.
 o COM PROCESSO DE AUSÊNCIA – ART. 22 AO 39 CC
 EXISTEM CASOS EM QUE UMA PESSOA SIMPLESMENTE
DESAPARECE DOS LOCAIS EM QUE NORMALMENTE
COSTUMA SER ENCONTRADA, COMO A SUA CASA, SEU
TRABALHO, LOCAIS DE ESTUDO ETC.
FEITAS TODAS AS BUSCAS E AVERIGUAÇÕES DE PRAXE,
CHEGA-SE A FIGURA DO AUSENTE QUE É AQUELE QUE
DESAPARECEU DO SEU DOMICÍLIO SEM DEIXAR
QUALQUER NOTÍCIA NEM PROCURADOR QUE POSSA E
QUEIRA ADMINISTRAR OS SEUS BENS.
 DOMICÍLIO É UM CONCEITO JURÍDICO – TEM-SE
ÂNIMO E VONTADE DE PERMANECER
DEFINITIVAMENTE – CENTRO DA VIDA CIVIL

A AUSÊNCIA É O NÃO SABER!

 FASES DO PROCESSO JUDICIAL DE AUSÊNCIA

o 1ª FASE: CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE – ART. 22 AO 25
CC
 ESSA É A PRIMEIRA FASE DO PROCESSO JUDICIAL DE
AUSÊNCIA QUE PODE SER REQUERIDA POR PARTE DO
INTERESSADO – FAMÍLÍARES, CREDORES, MINISTÉRIO
PÚBLICO, ETC.

AULA VI – 26/04/2016

CONTINUAÇÃO E CONCLUSÃO DO ESTUDO DE AUSÊNCIA

 FASES DO PROCESSO JUDICIAL DE AUSÊNCIA

o 2ª FASE: SUCESSÃO PROVISÓRIA
 A ABERTURA DESSA FASE PODE SER REQUERIDA EM
DUAS HIPÓTESES
 DECORRIDO 1 ANO DA ARRECADAÇÃO DOS BENS
DO AUSENTE;
 SE O AUSENTE DEIXAR PROCURADOR, SOMENTE
APÓS 3 ANOS DO DESAPARECIMENTO.
 FASE COM DURAÇÃO DE 10 ANOS

DO ART. 26 AO 36 CC
COMO RECORRER AO JUIZ A ABERTURA DA SUCESSÃO PROVISÓRIA?

 CASO O AUSENTE TENHA DEIXADO UM PROCURADOR, NÃO SE PODE

RECORRER À SUCESSÃO PROVISÓRIA IMEDIATAMENTE, SOMENTE
APÓS 3 ANOS DO DESAPARECIMENTO.
o ISSO PORQUE A FASE INICIAL É EXATAMENTE PARA A
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DO AUSENTE E, QUANDO HÁ UM
PROCURADOR, ESSA FASE É FEITA POR ELE.

O QUE OCORRE NA SUCESSÃO PROVISÓRIA?

 O INVENTÁRIO SEMPRE SERÁ ABERTO ASSIM COMO EVENTUAL

TESTAMENTO COMO SE AUSENTE TIVESSE FALECIDO, EMBORA NESSA
FASE, QUE TEM DURAÇÃO DE 10 ANOS, NÃO HAJA PRESUNÇÃO DE
MORTE.
 OS HERDEIROS RECEBEM A POSSE DOS BENS PODENDO USUFRUIR
DELES, MAS SEMPRE CUIDANDO PARA A HIPÓTESE DO AUSENTE
VOLTAR.
o OBS: DURANTE A FASE DE SUCESSÃO PROVISÓRIA PODE-SE
USUFRUIR DOS BENS, MAS NÃO DISPOR!

 FASES DO PROCESSO JUDICIAL DE AUSÊNCIA

o 3ª FASE: SUCESSÃO DEFINITIVA – ART. 37 AO 39 CC
 PODE SER REQUERIDA EM DUAS HIPÓTESES
 DECORRIDOS 10 ANOS DO TRÂNSITO EM JULGADO
– NÃO CABEM MAIS RECURSOS – DA DECISÃO QUE
DEFERIU A SUCESSÃO PROVISÓRIA;
 SE O AUSENTE DESAPARECEU AOS 75 ANOS DE
IDADE E AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DATAM 5 ANOS
(AUSENTE TERIA 80 ANOS NO MOMENTO DA
PROPOSITURA DA AÇÃO).
o OBS: PRECISA DATAR, NO MÍNIMO, 5 ANOS
DO DESAPARECIMENTO!!!
 DEVE EXISTIR O REQUEIMENTO DO JUIZ PARA QUE SEJA
ABERTA
 APÓS ABRIR A SUCESSÃO PROVISÓRIA, DEVE-SE
ESPERAR O TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO E, 10
ANOS DEPOIS, PODE-SE REQUERIR A SUCESSÃO
DEFINITIVA.
ART. 38 – LEI SOBRE O QUE OCORRE APÓS A AUSÊNCIA.

O QUE OCORRE NESSA FASE?

 EFEITOS PESSOAIS
o PRESUME-SE A MORTE DO AUSENTE E, SE ELE ERA CASADO, O
CÔNJUGE PRESENTE TORNA-SE VIÚVO.
 ASSIM QUE O JUIZ FAZ A ABERTURA DA SUCESSÃO
DEFINITIVA, AUTOMATICAMENTE, PRESUME-SE A MORTE,
O QUE GERA A CERTEZA DO ÓBITO.
 EFEITOS PATRIMONIAIS
o HERDEIROS RECEBERÃO A PROPRIEDADE DOS BENS, CASO
ESSES AINDA EXISTAM APÓS O PAGAMENTO DE TODOS OS
CREDORES.
 ESSA FASE DURA MAIS 10 ANOS, PORQUE, SE O AUSENTE OU
EVENTUAL DESCENDENTE OU ASCENDENTE RETORNAR NESSE
PRAZO, TERÁ DIREITO A RECEBER TODOS OS BENS NO ESTADO EM
QUE SE ENCONTRAREM OU A RECEBER OS SUB-ROGADOS
(SUBSTITUÍDOS) SEU LUGAR.
 POR ISSO DOUTRINADORES COSTUMAM DIZER QUE A PROPRIEDADE
DOS BENS ADQUIRIDA NA SUCESSÃO DEFINITIVA É RESOLÚVEL, OU
SEJA, PODE SER EXTINTA NESSES 10 ANOS.

RESOLUÇÃO = EXTINÇÃO

COMORIÊNCIA – ART. 8º CC

O QUE PRECISO SABER PARA ENTENDER?

 PRINCÍPIO OU DIREITO DE SAISINE (FRANCÊS)

o SEGUNDO ESSE PRINCÍPIO, A HERANÇA, POR FICÇÃO, É
TRANSMITIDA NO EXATO INSTANTE DA MORTE.
 DESCENDENTES / ASCENDENTES / CÔNJUGES
o HERDEIROS QUE TÊM UM PERCENTUAL RESERVADO EM LEI
PARA FINS DE HERANÇA
o HERDEIROS NECESSÁRIOS!
 IRMÃOS / TIOS / SOBRINHOS / PRIMOS
o HERDEIROS QUE NÃO TÊM PERCENTUAL DE HERANÇA
GARANTIDO POR LEI.
o PODEM NÃO SER INCLUÍDOS, AFASTADOS EM TESTAMENTO,
SEM QUALQUER JUSTIFICATIVA;
 o SE INCLUÍDOS, PODEM RECEBER SOMENTE ATÉ 50%.

O QUE É PREMORIÊNCIA?

 QUANDO UM PRÉ MORREU AO OUTRO

 OCORRE QUANDO 2 OU + PESSOAS FALECEM E É POSSÍVEL
DETERMINAR QUEM FALECEU PRIMEIRO.

INTERESSE JURÍDICO

 DETERMINAR QUEM PODERÁ RECEBER QUALQUER HERANÇA OU

SEGURO DE VIDA QUANDO NÃO FOR POSSÍVEL AFIRMAR QUEM
FALECEU PRIMEIRO EM DADO MOMENTO ENVOLVENDO PESSOAS COM
ESSE VÍNCULO.

O QUE É COMORIÊNCIA?

 É A PRESSUNÇÃO DE MORTE SIMULTÂNEA ENTRE 2 OU MAIS PESSOAS

ENVOLVIDAS EM FALECIMENTO, NÃO SENDO POSSÍVEL DETERMINAR
QUAL DELES FALECEU PRIMEIRO.

RESULTADO PRÁTICO

 COMO A HERANÇA É TRANSMITIDA NO MOMENTO DA MORTE, SE O

LEGISLADOR CONSIDERA QUE NÃO HÁ TRANSMISSÃO DA HERANÇA
ENTRE OS COMORIENTES, UM COMORIENTE NÃO HERDA DO OUTRO.
 EXEMPLO
o CASAL SEM FILHOS OU SEM PAIS VIVOS FALACE EM ACIDENTE.
CADA UM DEIXOU UM IRMÃO
o 2 SOLUÇÕES POSSÍVEIS
 PREMORIÊNCIA – MARIDO FALECEU PRIMEIRO –
TRANSMITE A HERANÇA PARA A MULHER QUE
TRANSMITE 100% PARA SEU IRMÃO.
 COMORIÊNCIA – PRESUNÇÃO DE MORTE SIMULTÂNEA –
CADA IRMÃO RECEBE 50%.
 AULA VII – 28/04/2016

DIREITOS DE PERSONALIDADE – ROTEIRO DE ESTUDO

 CONCEITO
o SÃO OS DIREITOS CRIADOS PARA GARANTIR A DIGNIDADE DA
PESSOA HUMANA.
 SUJEITOS TUTELADOS
 CARACTERÍSTICAS
 ESTUDO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE EM ESPÉCIE

ART. 5º, X DA CRFB

ART. 11 AO 21 E 52 DO CC

QUAIS SÃO AS PESSOAS QUE TEM A PROTEÇÃO DA PERSONALIDADE?

 PESSOAS NATURAIS
o ART. 11 CC / ART. 52 CC – SÚMULA 227 STJ

DEVIDO AO ARTIGO 5º DA CRFB QUE ERA MUITO PROBLEMÁTICO E CAUSAVA

MUITO ALVOROÇO NOS TRIBUNAIS, OS JUÍZES COMEÇAM A COPIAR A
SENTENÇA DE OUTROS A FIM DE EVITAR O PROBLEMA. SIMPLESMENTE
COPIAM E COLAM E É AÍ QUE SURGE A JURISPRUD/ÊNCIA (SOBRE
DETERMINADO ASSUNTO, ERA DESSA MANEIRA QUE TODOS OS TRIBUNAIS
TRATAVAM A SENTENÇA, DE MODO QUE AS PESSOAS JÁ SABEM O
RESULTADO) → CRIAÇÃO DA SÚMULA 227 DO STJ E, POSTERIORMENTE, A
SÚMULA 37 DO STJ.

SÚMULA 227 SÚMULA 37

A PESSOA JURÍDICA PODE SOFRER SÃO CUMULÁVÉIS AS INDENIZAÇÕES
DANO MORAL. POR DANO MATERIAL E DANO MORAL
ORIUNDOS DO MESMO FATO.

CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE PERSONALIDADE

 SÃO ABSOLUTOS
o POIS SÃO OPONÍVEIS / ERGA OMNES, OU SEJA, TODOS DEVEM
RESPEITAR TODOS OS DIREITOS DA PERSONALIDADE;
o ERGA OMNES – OPONÍVEL À TODOS = QUE SE OPÕE A TODOS.
 SÃO GERAIS OU NATOS
o PESSOAS OS POSSUEM PELO SIMPLES FATO DE EXISTIREM
  SÃO EXTRAPATRIMONIAIS
o NÃO É POSSÍVEL ATRIBUIR UM VALOR A ELES, OU SEJA, ELES
NÃO SÃO SUSCETÍVEIS DE VALORIZAÇÃO ECONÔMICA. NO
ENTANTO, SE HOUVER VIOLAÇÃO POR QUALQUER DESSES
DIREITOS, É POSSÍVEL REQUERER INDENIZAÇÃO DE QUEM
CAUSOU/PRATICOU O DANO;
o DIFICULDADE DE ESTABELECER UM PREÇO A SE PAGAR
NESSAS INDENIZAÇÕES, JÁ QUE SÃO EXTRAPATRIMONIAIS.
 SÃO IRRENUNCIÁVEIS
o POR MAIS QUE VOCÊ NÃO OS QUEIRA, NÃO SE PODE
RENUNCIAR A ELES. SE PODE, SOMENTE, CEDER
TEMPORARIAMENTE (EX: REVISTAS – POSAR NÚ);
o NÃO SE PODE ABRIR MÃO DE SEUS DIREITOS DE
PERSONALIDADE, NO ENTANTO, EM ALGUNS DIREITOS É
POSSÍVEL ACESSÃO (ADESÃO, CONSENTIMENTO) TEMPORÁRIA
GRATUITA OU ONEROSA.
 SÃO INTRANSMISSÍVEIS
o CADA PESSOA TEM SEU DIREITO DE PERSONALIDADE.
 SÃO IMPENHORÁVEIS
o NÃO PODEM SOFRER PENHORA
o NÃO PODEM SER NEGOCIADOS EM LEILÃO PARA EFEITO DE
PAGAMENTO DE DÍVIDA;
o PENHORA = UM ATO DE CONSTRIÇÃO JUDICIAL
 SÃO IMPRESCRITÍVEIS
o O PASSAR DO TEMPO SEM A UTILIZAÇÃO DOS DIREITOS DE
PERSONALIDADE OU A INVOCAÇÃO DESTES NÃO FAZ COM QUE
O TITULAR OS PERCA.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO OU PROPOR AÇÃO DE INDENIZAÇÃO

EM CASO DD MORTE, QUEM PODE?

ART. 12 CC

 TODOS OS DIREITOS DA PERSONALIDADE. EXCETO A IMAGEM, SE A

PESSOA ESTIVER MORTA.
o CÔNJUGE OU COMPANHEIRO
o DESCENDENTES
o ASCENDENTES
o IRMÃO, TIO, SOBRINHO OU PRIMO
ART. 20 CC, § ÚNICO

 DIREITO À IMAGEM DA PESSOA MORTA

o CÔNJUGE OU COMPANHEIRO
o DESCENDENTES
o ASCENDENTES

ART. 12 CC REMISSÃO AO ART. 20 CC.

AULA VIII – 03/05/2016

ESTUDO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE EM ESPÉCIE

1- DIREITO DO CORPO
 ART. 13 AO 15 CC – COMO DISPOR SOBRE O CORPO
 RESOLUÇÕES CFM (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA)
o Nº 1955/2010
o Nº 2121/2015 – SOBRE REPRODUÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA
o LEI 9434/97 – LEI DE TRANSPLANTES

ATÉ ONDE NÓS TEMOS AUTONOMIA AO NOSSO CORPO? ATÉ ONDE O

ESTADO PODE INTERVIR NO NOSSO CORPO?

EM QUE CONSISTE ESSE DIREITO DE PERSONALIDADE PARA O CÓDIGO

CIVIL?

 O DIREITO AO CORPO CONSISTE NA REGULAÇÃO DOS ATOS DE

DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO E A GRANDE QUESTÃO É DEFINIR
ATÉ ONDE SE PODE DISPOR DO PRÓPRIO CORPO MESMO QUE O ART.
11 NÃO O PERMITA. CABE LEMBRAR QUE O DIREITO AO CORPO É UM
DIREITO A IDENTIDADE PSICO-FÍSICA AGREGANDO A PROTEÇÃO DO
CORPO FÍSICO, PROPRIAMENTE DITO, E DA MENTE.

EX: CANDIDATO PASSOU EM UM CONCURSO PÚBLICO E NÃO PODE ASSUMIR

POSSE DEVIDO A UMA TATUAGEM – CASO REAL.

BARRIGA DE ALUGUEL → TERMO ERRÔNEO, POIS NÃO PODE HAVER FINS

LUCRATIVOS NESSE MEIO. A FORMA CORRETA DE SE FALAR É BARRIGA
SOLIDÁRIA OU ÚTERO SOLIDÁRIO.
CFM COMEÇOU A ESTABELECER REGRAS PARA ISSO, COMO IDADE MÁXIMA
(50 ANOS), GRAU DE PARENTESCO (COSANGUÍNEOS ATÉ O QUARTO GRAU E
OS DEMAIS DEPENDEM DA AUTORIZAÇÃO DE UM JUIZ), NÃO PODE TER
CARÁTER LUCRATIVO OU COMERCIAL ETC.

 DISPOR DO CORPO → PROIBIDO

 EXCEÇÕES DO ART. 13 CC – EXCEÇÕES PARA NÃO DISPOR DO
PRÓPRIO CORPO
o EXIGÊNCIA MÉDICA. NÃO CONTRARIAR OS BONS COSTUMES;
o NÃO CAUSAR DIMINUIÇÃO PERMANENTE.

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

 INTERVIVOS (DURANTE A VIDA)

ART. o SÓ ÓRGÃOS DUPLOS

9º o PARTES QUE NÃO COMPROMETAM APTIDÕES QUE CAUSEM
DEFORMAÇÕES – RINS, PEDAÇO DO FÍGADO – LEI 9434

POST MORTEM → CONFLITO

FINS LUCRATIVOS TRANSPLANTE

 ART. 4º LEI 9434/97
 ART. 14 CC/02 – ENUNCIADO Nº277 – IV JORNADA CJF

EXEMPLO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E DA CONTRADIÇÃO ENTRE O ART. 14 CC

E ART. 4º DA LEI 9434/97

ART. 14 CC ART. 4º DA LEI 9434/97

A retirada de tecidos, órgãos e partes do
É válida, com objetivo corpo de pessoas falecidas para transplantes ou
científico, ou altruístico, a disposição outra finalidade terapêutica, dependerá da
gratuita do próprio corpo, no todo ou autorização do cônjuge ou parente, maior de idade,
em parte, para depois da morte. obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o
segundo grau inclusive, firmada em documento
Parágrafo único. O ato de subscrito por duas testemunhas presentes à
disposição pode ser livremente verificação da morte.
revogado a qualquer tempo.

DECISÃO FINAL: O QUE A PESSOA DECIDIU ANTES DA MORTE PREVALECE, OU

SEJA, SEGUE-SE O ART.14 CC. SÓ SE UTILIZARÁ O ART. 4º DA LEI 9434 CASO A
PESSOA EM VIDA NÃO TENHA DEIXADO NADA POR ESCRITO.
ART.15 CC → PRINCÍPIO DO CONSENTIMENTO INFORMADO.

 O LEGISLADOR DESEJA QUE, AO EMITIR A VONTADE, A VONTADE

ESTEJA LIVRE DE QUALQUER VÍCIO, DE QUALQUER ENGANO. POR ISSO
OS MÉDICOS, HOSPITAIS E CLÍNICAS SÃO OBRIGADOS A ESCLARECER
TUDO O QUE PODE OCORRER EM UM PROCEDIMENTO QUE ENVOLVA
RISCO DE VIDA. O QUE SE QUER É QUE A PESSOA NÃO SE SUBMETA A
TRATAMENTO OU INTERVENÇÃO DE RISCO DE VIDA NÃO O DESEJA.

AULA IX – 05/05/2016

DIREITO AO NOME – ART. 16 AO 19 CC

 CONCEITO E FUNÇÃO
 PARTES DO NOME
o PRENOME
o PATRONÍMICO / NOME DE FAMÍLIA / SOBRENOME
o AGNOME

É POSSÍVEL MODIFICAR O NOME? QUAL PRINCÍPIO ORIENTA A RESPOSTA?

CONCEITO

 O NOME É, AO MESMO TEMPO, UM DIREITO E UM DEVER. SEU

FUNDAMENTO É O DIREITO A IDENTIDADE PESSOAL E DE SER
RECONHECIDO SOCIALMENTE.
 1ª PARTE – PRENOME → SINAL QUE IDENTIFICA O INDIVÍDUO
o PODE SER SIMPLES OU COMPOSTO
 2ª PARTE – PATRONÍMICO / SOBRENOME → EXPLICA, IDENTIFICA A
PROCEDÊNCIA FAMILIAR DE UMA PESSOA.
o OBS: SOBRENOME ≠ FILIAÇÃO
 3ª PARTE – AGNOME → É O SINAL QUE DIFERENCIA PESSOAS COM
MESMO NOME NA MESMA FAMÍLIA

o EX: JOÃO MATOS

JOÃO MATOS FILHO
JOÃO MATOS NETO
AGNOMES
JOÃO MATOS SEGUNDO
JOÃO MATOS JUNIOR
MODIFICAÇÃO DE NOME → É POSSÍVEL!

 É O PRINCÍPIO DA IMUTABIULIDADE RELATIVA.

 HIPÓTESES DE MUDANÇA DO PRENOME – PODE MODIFICÁ-LO ATÉ UM

ANO APÓS A MAIORIDADE;
o EVIDENTE ERRO GRÁFICO;
o NOME QUE EXPONHA O PORTADOR AO RIDÍCULO;
o PROTEÇÃO A TESTEMUNHA, ADOÇÃO, TRANSEXUAIS (COM O
NOME SOCIAL) – OPERADOS E NÃO OPERADOS POSEM MUDAR
O PRENOME, POIS PODE AGREDIR A DIGNIDADE HUMANA;
o PESSOAS QUE SE NATURALIZAM BRASILEIRAS E QUEREM
TRADUZIR O PRENOME PARA A LÍNGUA PORTUGUESA;

OBS: NOME SOCIAL → NO CASO DOS TRANSEXUAIS QUE AINDA NÃO

CONSEGUIRAM OU, POR ALGUM MOTIVO, NÃO QUISERAM MUDAR O
PRENOME, EXISTE O CHAMADO NOME SOCIAL.

 NOME SOCIAL É O NOME PELO QUAL A PESSOA GOSTARIA DE SER

CHAMADA. JÁ HÁ UMA RESOLUÇÃO DO CNCD / LGBT – RES. Nº12 –
DETERMINANDO QUE TODAS AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO, EM TODOS
OS NÍVEIS, RECONHEÇA A ADOÇÃO DO NOME SOCIAL PARA AQUELES
OU AQUELAS CUJA IDENTIDADE CIVIL NÃO REFLITA A SUA IDENTIDADE
DE GÊNERO.

 HIPÓTESES DE MUDANÇA DO PATRONÍMICO – NÃO HÁ PRAZO!

o ADOÇÃO – MUDANÇA NECESSÁRIA – DESLIGA-SE TOTALMENTE
DA FAMÍLIA ANTERIOR, COM EXCEÇÃO DE QUANDO VAI SE
CASAR;
 AO SE CASAR, SERÁ NECESSÁRIO ANALISAR O NOME DO
PORTADOR ANTES DA ADOÇÃO PARA CONFIRMAR SE A
PESSOA E O NOIVO/NOIVA NÃO SÃO PARENTES.
o PROGRAMA DE PROTEÇÃO À TESTEMUNHA;
o CASAMENTO;
o DIVÓRCIO – PODE OU NÃO RETOMAR AO NOME DE SOLTEIRO;
o É POSSÍVEL ACRESCENTAR O SOBRENOME DO
PADRASTO/MADRASTA DESDE QUE HAJA CONCORDÂNCIA
DESTES E NÃO PREJUDIQUE O SOBRENOME;
  DEVE HAVER CONCORDÂNCIA DA PESSOA CUJO NOME
SERÁ INSERIDO!
o PODE-SE RETIRAR UM SOBRENOME EM CASO DE ABANDONO
AFETIVO;

APÓS 98, HOUVE A SUBSTITUIÇÃO DO PRENOME POR APELIDO PÚBLICO

NOTÓRIO – EXEMPLO DO CASO DA XUXA – O NOME REAL DA XUXA É MARIA
DAS GRAÇAS MENEGUEL, PORÉM SE ELA QUISESSE ADICIONAR O “XUXA”,
APELIDO PÚBLICO NOTÓRIO, AO SEU NOME, ATÉ 98, ISSO SÓ PODERIA SER
FEITO BOTANDO “XUXA” COMO UM SOBRENOME. APÓS 98, A LEI MUDOU E, SE
ELA QUISER, “MARIA DAS GRAÇAS”, SEU PRENOME, PODE SER SUBSTITUÍDO
PELO APELIDO PÚBLICO: “XUXA”!

PROTEÇÕES DO NOME – ART. 17 E 18

 NÃO SE PODE USAR O NOME EM PROPAGANDAS SEM AUTORIZAÇÃO;

 O NOME DA PESSOA NÃO PODE SER USADO PARA EXPÔ-LA AO
DESPREZO, MESMO QUE NÃO EXISTA ESSA INTENÇÃO.

DIREITO À IMAGEM – ART. 20

 CONCEITO
o IMAGEM, EM SENTIDO AMPLO, É A REPRESENTAÇÃO ATRAVÉS
DAS PINTURAS, ESCULTURAS, FOTOGRAFIAS, FILMES E OUTRAS
FORMAS INTELECTUAIS DE UM TEMA QUALQUER, INCLUSIVE DA
PESSOA HUMANA.
o ATUALMENTE, A IMAGEM TEM O SIGNIFICADO E A FUNÇÃO DA
EXTERIORIZAÇÃO DA PERSONALIDADE DE UMA PESSOA.
 IMAGEM-RETRATO OU IMAGEM ESTÁTICA
o É A PROTEÇÃO JURÍDICA DISPENSADA À FISIONOMIA DA
PESSOA. DIZ RESPEITO AO SEU RETRATO, VOZ E PARTES DO
CORPO.
 IMAGEM-ATRIBUTO OU IMAGEM DINÂMICA
o TRATA DAS CARACTERÍSTICAS EM GERAL DE UMA PESSOA. É O
CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS QUE
IDENTIFICAM O SUJEITO;
o EX: A PESSOA PODE TER A IMAGEM ATRIBUTO DE SER
DILIGENTE OU PREGUIÇOSA; PROGRESSISTA OU REACIONÁRIA;
 ALTRUÍSTA OU EGOÍSTA; OU SEJA, ATRIBUTOS TAL QUAL UMA
IMAGEM EM GERAL QUE PARTICULARIZA A PESSOA NO TRATO
COM OUTRAS PESSOAS E NO DESENVOLVIMENTO DE SUAS
ATIVIDADES SOCIAIS E PROFISSIONAIS;
 RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO À IMAGEM

COMO SE DÁ A PROTEÇÃO DA IMAGEM DE UMA PESSOA, QUAIS AS

EXCEÇÕES? – PRÓXIMA AULA!

AULA X – 10/05/2016

CONCLUSÃO DE ESTUDO DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE

 PROTEÇÃO À IMAGEM
o NÃO PODE UTILIZAR SEM AUTORIZAÇÃO;
o CASO SEJA VIOLADA, SURGE A RESPONSABILIDADE CIVIL.
 RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO À IMAGEM
o DEPENDENDO DO CASO
 DANO PATRIMONIAL DIRETO;
 LUCROS CESSANTES;
 DANO MORAL.
o SUGESTÃO DE REMISSÃO: ART. 20 – SÚMULAS 37 E 403 – STJ
 EXCEÇÕES À RESPONSABILIDADE CIVIL
o AUTORIZAÇÃO (PARA UTILIZAR A IMAGEM PARA CERTO FIM);
o NECESSIDADE DE ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA;
o NECESSIDADE DE MANUNTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA.

PROTEÇÃO À IMAGEM SE DÁ DA SEGUINTE FORMA:

 IMAGEM NÃO PODE SER UTILIZADA SEM AUTORIZAÇÃO DA PESSOA

 SE DÁ DE FORMA EXPRESSA – ESCRITA OU VERBAL – E PODE SE DAR
DE MANEIRA TÁCITA
o TACITAMENTE, UMA MODELO POSANDO SE COMPORTA DE
MODO QUE ESTEJA AUTORIZANDO O USO DE SUA IMAGEM.
o CASO A IMAGEM SEJA VIOLADA, SURGE A REPARAÇÃO CIVIL –
INDENIZAÇÃO, PERDAS E DANOS;
 DEPENDENDO DO CASO, PODE-SE REQUERIR UM DOS TRÊS OU OS
TRÊS TIPOS DE DANO!
 o CASO MAITÊ PROENÇA – POSOU NUA PARA A PLAYBOY E O
JORNAL TRIBUNA DA IMPRENSA, SEM AUTORIZAÇÃO,
ESTAMPOU NA CAPA POR 2 DIAS UMA DAS FOTOS DELA
SEMINUA! – MAITÊ PEDIU INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS,
LUCRO CESSANTE E DANO PATRIMONIAL DIRETO.
 DIREITO AO DANO PATRIMONIAL ERA FATO, POIS
UTILIZARAM INDEVIDAMENTE A SUA IMAGEM, OU SEJA,
LUCRARAM ILEGALMENTE COM A SUA IMAGEM E ELA NÃO
RECEBEU NENHUM CACHÊ OU PERCENTUAL DO LUCRO.
 DIREITO AO LUCRO CESSANTE TAMBÉM ERA
INDISCUTÍVEL – ELA TEM DIREITO A UM PERCENTUAL DO
LUCRO.
 PORÉM A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NÃO ERA
CABÍVEL – “A AUTORA NÃO SOFREU NENHUMA DOR
PSICOLÓGICA, NEM FICOU HUMILHADA, POIS MULHER
BONITA NÃO PODE SE SENTIR HUMILHADA SENDO
EXPOSTA, DEVERIA FICAR FELIZ, DIFERENTE DAS FEIAS
COM PELANCAS, CELULITES. ELAS, SIM, DEVERIAM SE
SENTIR ENVERGONHADAS E HUMILHADAS. JÁ QUE ELA É
LINDA, QUAL FOI A HUMILHAÇÃO DELA?”.

CONCEITOS DOS 3 TIPOS DE DANOS

 DANO PATRIMONIAL DIRETO → DANO QUE JÁ ACONTECEU, FÁCIL DE

QUANTIFICAR;
 LUCRO CESSANTE → É A FRUSTRAÇÃO NA EXPECTATIVA DO LUCRO
FUTURO
o EX: ALGUÉM BATEU NO CARRO DE UM TAXISTA QUE FICOU SEM
CARRO DURANTE 15 DIAS. O LUCRO CESSANTE SERIA O
QUANTO ELE TERIA GANHADO NESSES 15 DIAS, EM MÉDIA, SE
ESTIVESSE TRABALHANDO, É A FRUSTRAÇÃO NA EXPECTATIVA
DO LUCRO FUTURO.
 DANO MORAL → PODE TER SENTIDO OBJETIVO OU SUBJETIVO;
o SUBJETIVO → DOR PSICOLÓGICA, VEXAME, HUMILHAÇÃO,
VERGONHA PROFUNDA;
o OBJETIVO → QUALQUER VIOLAÇÃO AOS DIREITOS DE
PERSONALIDADE.
IMAGEM ATRIBUTO

 É A IMAGEM SUBJETIVA – EXEMPLO DA MAITÊ PROENÇA SENDO

MULHER PROPAGANDA DAS PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS – IMAGEM
DE MULHER MADURA, CONFIÁVEL, QUE SABE O QUE FAZ, EXPERIENTE,
PESSOA QUE PASSA CREDIBILIDADE.
o QUANDO AS PÍLULAS FORAM DESCOBERTAS COMO SENDO
FEITAS DE FARINHA DE TRIGO E NÃO DE MEDICAMENTO, A
ATRIZ SENTIU QUE SUA IMAGEM ATRIBUTO FORA QUEIMADA –
PEDIU INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – QUER RECUPERAR
A CREDIBILIDADE DE SUA IMAGEM - PORÉM ELA PERDEU O
RECURSO!

SÚMULA 37 → ADMITE DANOS MORAIS E MATERIAIS NUMA MESMA AÇÃO

SÚMULA 403 → O ART.20 COLOCA QUE PODE REQUERER AUTORIZAÇÃO,

CASO SEJA VIOLADO A BOA FAMA, A RESPEITABILIDADE OU SE FOR USADO
PARA FINS COMERCIAIS. EM RESPOSTA, O STJ FEZ UMA SÚMULA DIZENDO
QUE PARA HAVER INDENIZAÇÃO NÃO HÁ NECESSIDADE QUE A SUA IMAGEM
TENHA SIDO UTILIZADA PARA FINS COMERCIAIS – PODE APENAS SER
DIVULGAÇÃO DE UMA FOTO QUALQUER SEM AUTORIZAÇÃO – PODE-SE
ENTÃO, REQUERIR DANOS MORAIS POR ESSA SÚMULA.

O ART.20 FALA DE DUAS SITUAÇÕES NAS QUAIS NÃO É NECESSÁRIO

INDENIZAR – SÃO AS EXCEÇÕES À RESPONSABILIDADE CIVIL

 NECESSIDADE DE ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

o FORAGIDOS DA JUSTIÇA
 NÃO PRECISAM AUTORIZAR O USO DE SUA IMAGEM, POIS
ESSA IMAGEM É DE INTERESSE PÚBLICO!
 INTERESSE PÚBLICO > INTERESSES INDIVIDUAIS DA
PESSOA
 ESSA IMAGEM É DE INTERESSE PÚBLICO? A SOCIEDADE PRECISA
SABER DISSO? A PUBLICAÇÃO DA IMAGEM SERÁ MAIS PREJUDICIAL DO
QUE BENÉFICA?

OBS: CASO QUALQUER DIREITO DE PERSONALIDADE SEJA VIOLADO, A

PESSOA TEM O PRAZO DE 3 ANOS PARA REQUERER A REPARAÇÃO CIVIL NA
JUSTIÇA. → REMISSÃO AO ART. 206 – ART. 11 §3º, INCISO V.
 HONRA

(NÃO HÁ ARTIGO ESPECÍFICO. ESTÁ IMPLÍCITA NOS ART. 17 E 20 CC)

 HONRA SUBJETIVA ≠ HONRA OBJETIVA

HONRA OBJETIVA PROFISSIONAL

CONCEITO

 É A RESPEITABILIDADE QUE UMA PESSOA TEM.

HONRA SUBJETIVA – ESTÁ LIGADA A AUTOESTIMA DO TITULAR DA HONRA, OU

SEJA, É O QUE A PESSOA PENSA OU A IDEIA A PESSOA TEM DE SI PRÓPRIA.

 DIRETAMENTE LIGADO AO ÍNTIMO, AO PENSAMENTO, AUTOESTIMA DA

PESSOA.

HONRA OBJETIVA – É A IDEIA QUE AS PESSOAS FAZEM DE ALGUÉM, É

EXTERNO (BOA FAMA), É O RESPEITO QUE A PESSOA GOZA PERANTE OS
MEMBROS DA SOCIEDADE.

HONRA OBJETIVA PROFISSIONAL – É O QUE A SOCIEDADE PENSA DAQUELA

PESSOA NO DESENVOLVER DA SUA PROFISSÃO.

 É PONTUAL, É RESPONSÁVEL, TEM DOMÍNIO DA MATÉRIA?

 EX: GRUPO DA FND – QUANDO ALUNOS PERGUNTAM SOBRE COMO É
CADA PROFESSOR, SUAS AULAS, PROVAS, ENSINO.

VIDA PRIVADA – ART. 21 CC

 TEM POR OBJETIVO PRESERVAR A INTIMIDADE DA PESSOA NÃO SÓ NO

AMBIENTE DOMICILIAR, MAS TAMBÉM NO QUE DIZ RESPEITO À
PROTEÇÃO DOS SEUS DADOS, SEJAM ELES DADOS RELACIONADOS A
DOCUMENTOS, À SAÚDE, ÀS CORRESPONDÊNCIAS, DENTRE OUTROS.
→ ESFERA ÍNTIMA DA PESSOA.
 PESSOA JURÍDICA – ART. 40 AO 69 CC

 CONCEITO

PESSOAS JURÍDICAS DO DIREITO PÚBLICO

 EXTERNO
 INTERNO

PESSOAS JURÍDICAS DO DIREITO PRIVADO

 QUADRO GERAL  ASSOCIAÇÕES

 FUNDAÇÕES PARTICULARES
 SOCIEDADES
 ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
 PARTIDOS POLÍTICOS
 E.I.R.E.L.I. – EMPRESA INDIVIDUAL DE
RESPONSABILIDADE LIMITADA

CONCEITO

 PESSOA JURÍDICA É UM ENTE QUE, QUANDO DEVIDAMENTE

CONSTITUÍDO, POSSUI VÁRIOS ATRIBUTOS DISTINTOS DOS SEUS
INTEGRANTES, TAIS COMO: NOME, NÚMEROS DE IDENTIFICAÇÃO,
DOMICÍLIO, PATRIMÔNIO E RESPONSABILIDADE PRÓPRIOS.

AULA XI – 12/05/2016

CONTINUAÇÃO PESSOA JURÍDICA – ROTEIRO DE ESTUDO

 MOMENTO DA AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE (ART.45 CC);

 EFEITOS DA AQUISIÇÃO DE PERSONALIDADE;
 A REPRESENTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA;
 ESPÉCIES DE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO;
 EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA;
 TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE (ART. 50 CC).

PESSOA JURÍDICA - É O SEGUNDO SUJEITO DE DIREITO E OBRIGAÇÕES.

NÃO HÁ GRANDE DIFERENÇA ENTRE O MUNDO DO DIREITO PÚBLICO E O

MUNDO DO DIREITO PRIVADO

EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – REGIME DUPLO – SÓ

VEREMOS EM DIREITO ADMINISTRATIVO.
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO

 EXTERNO → EX: QUALQUER PAÍS – ESTADO NACIONAL – PESSOA

JURÍDICA DE DIR. PÚBLICO EXTERNO – TAMBÉM TEMOS A ONU,
UNESCO;
 INTERNO → EX: UNIÃO, ESTADO FEDERATIVOS, MUNICÍPIOS, DISTRITO
FEDERAL.

VAMOS DIFERENCIAR: ASSOCIAÇÃO VS SOCIEDADE (AÇÕES PARTICULARES).

VAMOS VER QUE EMPRESA / FIRMA NÃO É PESSOA JURÍDICA.

 ENTE ≠ PESSOAS QUE O COMPÕE

o ESSE ENTE PODE SER ATÉ REUNIÃO DE BENS E NÃO DE
PESSOAS, COMO A FUNDAÇÃO, POR EXEMPLO.
 O CASO DA PESSOA JURÍDICA

VONTADE

AFFECTIS SOCIETATIS – INTENÇÃO DAS PESSOAS DE SE REUNIR E

PERMANECER REUNIDAS PARA O EXERCÍCIO DE UM FIM SOCIAL.

PESSOA JURÍDICA SÓ TERÁ EXISTÊNCIA PARA O DIREITO QUANDO ADQUIRIR

PERSONALIDADE.

MAS QUAL O MOMENTO DE AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE DA PESSOA

JURÍDICA? ART. 45

 OCORRE A PARTIR DA INSCRIÇÃO DOS ATOS CONSTITUTIVOS NO

ÓRGÃO COMPETENTE.

ATOS CONSTUTUTIVOS

ESTATUTO ATA DA
OU ASSEMBLÉIA
CONTRATO QUE APROVOU
SOCIAL O ESTATUTO
OU CONTRATO
QUANDO SE CONSTITUI UMA PESSOA JURÍDICA, PRECISA ELABORAR UM
DOCUMENTO QUE SERÁ OU UM CONTRATO SOCIAL OU UM ESTATUTO. QUEM
DIZ QUAL DOS DOIS SERÁ É A LEI.

CRIAMOS UMA PESSOA JURÍDICA PARA LUCRAR E TODOS DA TURMA SERÃO

SÓCIOS. PRECISA-SE FAZER UM DOCUMENTO.
O QUE INSERIR NESSE DOCUMENTO?

 NOME;
 NOME DA PESSOA JURÍDICA;
 QUEM SÃO OS SÓCIOS;
 QUALIFICAR AS PESSOAS;
 NACIONALIDADE, ESTADO CIVIL, RG, CPF, LOCAL DE MORADIA ETC;
 FINALIDADE DA PESSOA JURÍDICA;
 CAPITAL SOCIAL – INVESTIMENTO QUE CADA SÓCIO FEZ NA PESSOA
JURÍDICA – CADA UM TERÁ UMA FATIA DE ACORDO COM O QUE FOI
INVESTIDO – É O PATRIMÔNIO DO DEVEDOR QUE RESPONDE PELAS
SUAS DÍVIDAS, POR ISSO É NECESSÁRIO FORMAR UM PATRIMÔNIO
PARA A PESSOA JURÍDICA.
 QUEM SERÁ O ADMINISTRADOR, QUEM SERÁ O REPRESENTANTE DA
PESSOA JURÍDICA?
 PODE-SE PREVER SITUAÇÕES: SE MORRER ALGUÉM, A PESSOA
JURÍDICA SERÁ DESFEITA;
 SERÁ POR PRAZO DETERMINADO OU INDETERMINADO?

TODOS SÃO CONVOCADOS PARA UMA ASSEMBLÉIA, VOTAM AS CLÁUSULAS

DO DOCUMENTO E, SE APROVADAS, TODOS ASSINAM E O DOCUMENTO VAI
PARA O REGISTRO COMPETENTE.

A PESSOA JURÍDICA SÓ EXISTE PARA O DIREITO SE DEVIDAMENTE

REGISTRADA.

NA PESSOA JURÍDICA COM FINS LUCRATIVOS O VALOR DO SEU VOTO SERÁ

PROPORCIONAL AO VALOR DO SEU INVESTIMENTO.

ART. 45 – A EXISTÊNCIA LEGAL DA PESSOA JURÍDICA NO DIREITO PRIVADO

COMEÇA A PARTIR DA INSCRIÇÃO DOS ATOS CONSTITUTIVOS DO ÓRGÃO
COMPETENTE.
PODE TER O
SINÔNIMO DE
REGISTRO

NESSA ETAPA DE INSCRIÇÃO / REGISTRO, PRECISA-SE INDICAR 3 NOMES

PARA VER SE NÃO HÁ OUTRA PESSOA JURÍDICA COM O MESMO NOME.

SE PROTOCOLARMOS HOJE, DIA 12/05, OU SEJA, FIZERMOS O PEDIDO DE

REGISTRO HOJE E ELE SÓ SAIR DIA 13/12, O REGISTRO RETROAGE AO DIA
12/05 – É COMO SE A PESSOA JURÍDICA TIVESSE CONSEGUIDO O REGISTRO
NO DIA EM QUE FOI PROTOCOLADO.

BRASIL ADOTA A TEORIA DA REALIDADE JURÍDICA – A PESSOA JURÍDICA É

UMA REALIDADE, MAS PARA O DIREITO – SÓ COMEÇA A EXISTÊNCIA A PARTIR
DO REGISTRO.

OS EFEITOS DA AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA

 PRO TEÇÃO DO NOME JURÍDICO

o NENHUMA PESSOA JURÍDICA NO MESMO ESTADO DA
FEDERAÇÃO, NENHUM OUTRO ENTE PODE USAR O MESMO
NOME JURÍDICO QUE AQUELA PESSOA JURÍDICA;
o NOME JURÍDICO É O NOME PELO QUAL A PESSOA JURÍDICA VAI
NOGOCIAR, INGRESSAR NA JUSTIÇA, PROCESSAR OU
RESPONDER;
o EX: MARCA → PÃO DE AÇÚCAR
NOME JURÍDICO → SENDAS DISTRIBUIDORAS S.A;
o O NOME JURÍDICO É UTILIZADO PARA FINS NEGOCIAIS E PARA
PROPOR OU RESPONDER AÇÕES NA ÁREA ADMINISTRATIVA OU
JUDICIAL.
 NÚMEROS PRÓPRIOS DE IDENTIFICAÇÃO
o EX: CNPJ
 DOMICÍLIO PRÓPRIO
o INDICAR NO CONTRATO OU ESTATUTO O LOCAL DA SEDE DA
PESSOA JURÍDICA / DIRETORIA / ADMINISTRAÇÃO;
o PODE TER MUITAS FILIAIS – TODAS AS FILIAIS SÃO
CONSIDERADAS DOMICÍLIOS PARA FACILITAR RECURSOS E
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.
 OCORRE O FENÔMENO DA SEPARAÇÃO PATRIMONIAL OU AUTONOMIA
PATRIMONIAL, OU SEJA, COM O REGISTRO, HÁ A DIFERENCIAÇÃO BEM
ESPECÍFICA ENTRE PATRIMÔNIO DA PESSOA JURÍDICA E DAS
PESSOAS QUE A CONSTITUÍA. O QUE NOS LEVA A OUTRO EFEITO QUE
É A RESPONSABILIDADE PRÓPRIA PELAS OBRIGAÇÕES.
o E.I.R.E.L.I. – PESSOA JURÍDICA DE UMA PESSOA SÓ –
DETERMINOU-SE CAPITAL MÁXIMO DE INSVESTIMENTO;
o S.A. / LIMITADAS – LIMITA A RESPONSABILIDADE JURÍDICA DE
QUEM INVESTE;
 o SE A EMPRESA PROMETEU ENTREGAR 10 CARROS EM UM DIA E
NÃO O FEZ, PROCESSA-SE A PESSOA JURÍDICA, NÃO OS
SÓCIOS.

REPRESENTAÇÃO / PRESENTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA

 SE DÁ PELO ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO QUE PODE SER COMPOSTO

POR UMA OU MAIS PESSOAS.

PRESENTAR = REPRESENTAR

TORNAR
PRESENTE A
VONTADE DA
PES. JURÍDICA

ESPÉCIES DE PESSOAS JURÍDICAS DO DIREITO PRIVADO:

ESPÉCIE DE ÓRGÃO
PESSOA CARACTERÍSTICAS ATO COMPETENTE
JURÍDICA CONSTITUTIVO PARA REGISTRO
 REUNIÃO DE  ESTATUTO  RCPJ
PESSOAS (SOCIAL) (REGISTRO CIVIL
ASSOCIAÇÕES  NÃO PODE TER FINS  ART. 54 DE PESSOAS
/ ONG’S LUCRATIVOS TUDO O QUE JURÍDICAS)
SE DEVE
ESTAR NO
ESTATUTO.
 REUNIÃO DE BENS  ESTATUTO  RCPJ
LIVRES SOCIAL
 ÚNICO TIPO DE
PESSOA JURÍDICA QUE
PODE SER INSTITUÍDA
FUNDAÇÕES POR TESTAMENTO OU
PARTICULARES POR ESCRITURA
PÚBLICA (EXCEÇÃO
IMPORTANTE)
 ÚNICA PESSOA
JURÍDICA FISCALIZADA
DIRETAMENTE PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO
 É UMA REUNIÃO DE  S/A:  S/A – JUNTA
PESSOAS (SALVO A ESTATUTO COMERCIAL
E.I.R.E.L.I.)  LTDA:  LTDA –
 FIM ECONÔMICO CONTRATO DEPENDE DE
SOCIEDADES  SÓCIOS OU SOCIAL COMO A
(ART. 981) ACIONISTAS QUE ATIVIDADE É
INVESTEM ESPERAM EXERCIDA.
RESULTADOS PODE SER
JUNTA
COMERCIAL
OU RCPJ.
 AULA XII – 17/05/2016

FINALIZAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA

SOBRE AS ASSOCIAÇÕES / ONG’S:

TODA ONG É UMA ASSOCIAÇÃO, MAS NEM TODA ASSOCIAÇÃO É UMA ONG!

ASSOCIAÇÕES → REUNIÃO / CONJUNTO / UNIVERSALIDADE DE PESSOAS.

(UNIVERSITAS PERSONARAM)

ART. 54 – TUDO QUE DEVE CONSTAR NO ESTATUTO SOB PENA DE NULIDADE.

O QUE SIGNIFICA TER FINS LUCRATIVOS? ART.53

SIGNIFICA QUE, AO FINAL DO PERÍODO CONTÁBIL (FIM DO ANO), EM SENDO

APURADO O LUCRO, ESTE PODE SER DISTRIBUÍDO ENTRE OS SÓCIOS OU
ACIONISTAS, VISTO QUE É O FIM QUE TODO INVESTIDOR ESPERA. AS
ASSOCIAÇÕES NÃO PODEM TER ESSA FINALIDADE, MAS NADA IMPEDE QUE A
ASSOCIAÇÃO NEGOCIE PRODUTOS, SERVIÇOS, BENS. MAS SE HOUVER
LUCRO AO FINAL DO PERÍODO CONTÁBIL, O QUE O ART. 53 PROÍBE É A
DISTRIBUIÇÃO DESSES LUCROS ENTRE OS ASSOCIADOS. O EVENTUAL
LUCRO PODE SER INVESTIDO NA PRÓPRIA ASSOCIAÇÃO.

 ESSE INVESTIMENTO PODE SER AO ABRIR UMA NOVA FILIAL,

COMPRAR CADEIRAS MAIS CONFORTÁVEIS, MELHORIA DOS QUADROS
PARA AS AULAS, CONTRATAR MAIS GENTE, AUMENTAR OS SALÁRIOS,
GUARDAR O DINHEIRO PARA UMA EVENTUAL NECESSIDADE ETC.
 SÓ SE PODE DISTRIBUIR O LUCRO PARA OS ASSOCIADOS NA PESSOA
JURÍDICA SOCIEDADE.

SOBRE AS FUNDAÇÕES PARTICULARES:

MUITO DIFERENTE DAS ASSOCIAÇÕES.

QUERO DESENVOLVER SOZINHO BOAS ATIVIDADES E, PARA ISSO, VOU

DISPOR DE PARTE DE MEUS BENS QUE ESTÃO DESEMBARAÇADOS PARA
INSTITUIR ALGO → SE É ESSA A SUA IDEIA, DEVE-SE CRIAR A PESSOA
JURÍDICA DA FUNDAÇÃO.

1ª CARACTERÍSTICA: É UMA REUNIÃO DE BENS LIVRES – O INSTITUIDOR

PRECISA TER BENS LIVRES
O QUE SÃO BENS LIVRES?

 SÃO BENS QUE ESTÃO DESEMBARAÇADOS DE QUALQUER TIPO DE

ÔNUS.
 EXEMPLO: NÃO GARANTEM DÍVIDA ALGUMA E NÃO TÊM DÍVIDAS
RECAINDO SOBRE SI.

HIPOTECA

 É A GARANTIA SOBRE ALGO

 UM BEM HIPOTECADO NÃO É UM BEM LIVRE, POIS GARANTE UMA
DÍVIDA.

ART. 62 – FUNDAÇÕES

O INSTITUIDOR, PESSOA QUE INSTITUI A FUNDAÇÃO, VAI DISPOR DE SEUS

BENS, OU SEJA, VAI DEIXAR DE SER PROPRIETÁRIO DESSES BENS.

PORÉM ESSAS FUNDAÇÕES PODERIAM VIRAR UMA GRANDE MÁQUINA DE

FAZER DINHEIRO, ASSIM, ELA É A ÚNICA PESSOA JURÍDICA CONTROLADA
DIRETAMENTE PELO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE DEVE APROVAR QUALQUER
MUDANÇA NO ATO CONSTITUTIVO, PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL, ETC.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A FUNDAÇÃO:

OBSERVAÇÃO 1: SE, POR ALGUMA RAZÃO, OS BENS DISPONIBILIZADOS PARA

INSTITUIR A FUNDAÇÃO NÃO FOREM SUFICIENTES, A IDEIA DO LEGISLADOR É
QUE ELES SEJAM DISPONIBILIZADOS À OUTRA FUNDAÇÃO DE FIM
SEMELHANTE, SE O INSTITUIDOR NÃO TIVER PREVISTO OUTRA SOLUÇÃO NO
ESTATUTO.

PREVEMOS MUITAS COISAS NOS ATOS CONSTITUTIVOS, MAS, SE NÃO

PREVERMOS, A JUSTIÇA DEVE DAR UMA SOLUÇÃO – ART. 63.

OBSERVAÇÃO 2: CASO O FIM A QUE SE PROPÕE A FUNDAÇÃO VENHA A SE

TORNAR ILÍCITO OU IMPOSSÍVEL, OU SE FOR VENCIDO O PRAZO DA SUA
EXISTÊNCIA, ELA DEVERÁ SER EXTINTA E O SEU PATRIMÔNIO SERÁ
INCORPORADO A OUTRA DESIGNADA PELO JUIZ COM FIM SEMELHANTE,
SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO AO ESTATUTO.

ART. 69 – FUNDAÇÃO

 EX: CRIOU-SE UMA FUNDAÇÃO PARA PROTEGER O MICO LEÃO

DOURADO, MAS TAL ESPÉCIE SE TORNOU EXTINTA, ASSIM, A
 FUNDAÇÃO TAMBÉM DEVERÁ SER EXTINTA E O SEU PATRIMÔNIO
ENVIADO PARA OUTRA INSTITUIÇÃO DE FIM SEMELHANTE.
 LEI AQUI TEM O CARÁTER SUPLETIVO.

SOBRE AS SOCIEDADES – ART. 981 – REMISSÃO AO ART. 53.

 TIPO DE PESSOA JURÍDICA NA QUAL UMA OU MAIS PESSOAS QUEREM

INVESTIR PARA LUCRAR, QUEREM GANHAR DINHEIRO COM UMA
PESSOA JURÍDICA → A ÚNICA PESSOA JURÍDICA POSSÍVEL AQUI É A
SOCIEDADE.
 PRECISA NECESSARIAMENTE TER FIM ECONÔMICO – INVESTE-SE
ESPERANDO LUCRAR – QUANDO HÁ PREJUÍZO E LUCRO ELES DEVEM,
NECESSARIAMENTE, SER DIVIDIDOS ENTRE OS SÓCIOS ACIONISTAS.
 S/A DEVE SER FEITA POR MEIO DE UM ESTATUTO POR UMA JUNTA
COMERCIAL.
 LIMITADA DEVE SER REGISTRADA POR CONTRATO SOCIAL, MAS NÃO
DÁ PARA DIZER POR QUAL ÓRGÃO, POIS DEPENDE DE COMO A
ATIVIDADE É EXERCIDA.

EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA – ART. 51

 A PESSOA JURÍDICA PODE SER EXTINTA POR VÁRIAS RAZÕES, COMO

POR EXEMPLO:
o PELA VONTADE DAS PESSOAS QUE A COMPÕE
o PELO FALECIMENTO DE UM DOS SEUS COMPONENTES, SE
ASSIM ESTAVA DECIDIDO NO ATO CONSTITUTIVO.
o SE FOR UMA SOCIEDADE ESTRANGEIRA, A MESMA É EXTINTA SE
TIVER OCORRIDO A CASSAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO PARA SEU
FUNCIONAMENTO, PELO VENCIMENTO DO PRAZO PARA SEU
FUNCIONAMENTO, DENTRE TANTAS OUTRAS RAZÕES.

COMO PROCEDER?

 EM QUALQUER CASO A PESSOA JURÍDICA DEVE ENTRAR EM

LIQUIDAÇÃO, OU SEJA, DEVE PROMOVER O PAGAMENTO DE TODOS OS
SEUS CREDORES, SUAS DÍVIDAS, CASO EXISTAM, E COBRAR
EVENTUAIS DÉBITOS. SÓ DEPOIS DE SALDADAS AS CONTAS É
POSSÍVEL REALIZAR UMA ASSEMBLÉIA PARA A APROVAÇÃO FINAL DAS
CONTAS E AÍ, SIM, DAR BAIXA NA PESSOA JURÍDICA NO MESMO
REGISTRO NO QUAL ELA RECEBEU PERSONALIDADE.
É COMUM A DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA PESSOA JURÍDICA!

 EXTINGUIR UMA PESSOA JURÍDICA É DIFÍCIL, DEMORADO E CARO.

 OS SÓCIOS CONTINUAM RESPONSÁVEIS ATÉ QUE ELA SEJA EXTINTA
OFICIALMENTE POR MEIO DE REGISTRO.
 A SAÍDA DE UM SÓCIO DE UMA PESSOA JURÍDICA DEVE SER FEITA POR
MEIO DE REGISTRO → SAÍDA OFICIAL.

TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE – ART. 50

PESSOA JURÍDICA QUANDO RECEBE PERSONALIDADE, RECEBE TAMBÉM

VÁRIOS ATRIBUTOS QUANDO REGISTRADA, MAS A MAIS IMPORTANTE É A
DIVISÃO DE PATRIMÔNIOS!

O MÁXIMO QUE SE PODER PERDER É O QUE VOCÊ INVESTIU – SEGURANÇA

JURÍDICA

ESSA TEORIA É UMA EXCEÇÃO!

QUAL SEU OBJETIVO?

 A TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO SEMPRE É UTILIZADA POR EXCEÇÃO

E TEM POR FINALIDADE AUTORIZAR O JUIZ A DEIXAR DE CONSIDERAR
NAQUELE PROCESSO DE FORMA MOMENTÂNEA QUE EXISTE
PERSONALIDADE JURÍDICA PARA, NA PRÁTICA, FAZER COM QUE OS
INTEGRANTES DA PESSOA JURÍDICA RESPONDAM POR SUAS DÍVIDAS.

NORMALMENTE É A PESSOA JURÍDICA QUE RESPONDE PELAS DÍVIDAS, MAS,

EM CERTAS CIRCUNSTÂNCIAS, EXCEPCIONALMENTE, PODE-SE REQUERIR OS
SÓCIOS PARA PAGAR AS DÍVIDAS COM SEUS PRÓPRIOS BENS.

CIRCUNSTÂNCIAS PRESENTES NO ART. 50!

ART. 50
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou
sócios da pessoa jurídica.

SE O JUIZ DESCONSIDERAR A PERSONALIDADE A TODO MOMENTO, NINGUÉM

VAI QUERER MAIS CONSTITUIR PESSOA JURÍDICA, POR ISSO SÓ OCORRE EM
CASOS DE ABUSO, DESVIO DE FINALIDADE, CONFUSÃO PATRIMONIAL.
PRECISA-SE COMPROVAR A FRAUDE!

 TRANSFERÊNCIA A CREDORES SUSPEITOS

 CAPITAL FICTÍCIO
 FINALIDADE DA PESSOA JURÍDICA FALACIOSA
 CADERNO CIVIL I | CÍNTIA KONDER
PARTE 2

AULA XIII – 25/05/2016

DOMICÍLIO

● CONCEITO DE DOMICÍLIO ​– ​ART.70

● ELEMENTOS DO DOMICÍLIO
o ELEMENTO SUBJETIVO → VONTADE DE PERMANECER EM DEFINITIVO
o ELEMENTO OBJETIVO → RESIDÊNCIA ​(LOCAL)
● ESPÉCIES DE DOMICÍLIO
o VOLUNTÁRIO ​– ​ART.70
o NECESSÁRIO OU LEGAL ​– ​ART.76
▪ ART. 76
● CAPUT – DIZ QUEM TEM
● § ÚNICO – DIZ ONDE É
o CONTRATUAL ​– ​ART.78
● PONTOS IMPORTANTES
o PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS ​– ​ART.71
o DOMICÍLIO “APARENTE” ​– ​ART.73
o DOMICÍLIO DE PESSOS JURÍDICA ​– ​ART.75
o DOMICÍLIO PROFISSIONAL ​– ​ART.72

PARA QUE SERVE O DOMICÍLIO PARA O DIREITO CIVIL?

● CRIANÇA QUE PRECISA REQUERER ALIMENTOS AO PAI – CRIANÇA RESIDE NO

RJ E PAI EM SP – ONDE SE DEVE ENTRAR COM A AÇÃO?
● COBRANÇA DE DÍVIDAS;
● QUESTÕES RELACIONADAS A TRABALHO;
● PROCESSOS ADMINISTRATIVOS;
● UMA HERANÇA FOI DEIXADA À VOCÊ – COMO TE ACHAR?

CONCEITO DE DOMICÍLIO​ – HÁ 2 CONCEITOS – CC E DOUTRINA

● É O LOCAL ONDE A PESSOA TEM A INTENÇÃO/ÂNIMO DE PERMANECER

DEFINITIVAMENTE​ – CONCEITO DO CÓDIGO CIVIL
● NA DOUTRINA, O DOMICÍLIO É O CENTRO JURÍDICO DA PESSOA, OU SEJA, É O
LOCAL PARA ONDE ELA RETORNA TODOS OS DIAS, ONDE COSTUMA
CONTRATAR, TER SUAS RELAÇÕES SOCIAIS E PROFISSIONAIS.
o É UM CONCEITO JURÍDICO, NÃO É FÁCIL DE VISUALIZAR.
o LOCAL NO QUAL A PESSOA SÓ PRECISA TER A ​INTENÇÃO DE
PERMANECER
▪ CASA / APARTAMENTO / TRAILER / BANCO DE PRAÇA.
 o ELEMENTO OBJETIVO → EM QUALQUER SITUAÇÃO É O LOCAL DE
RESIDÊNCIA;
o ELEMENTO SUBJETIVO → VOCÊ DEMONSTRA A VONTADE DE
PERMANECER ALI? VOCÊ MOSTRA ÀS PESSOAS QUE TEM INTENÇÃO
DE PERMANECER ALI?

ELEMENTO OBJETIVO ELEMENTO SUBJETIVO

NOSSO CC TRAZ 3 TIPOS DE DOMICÍLIO, MAS NOS PERGUNTAMOS: ONDE ESTÁ O

DOMICÍLIO ELEITORAL? O DOMICÍLIO ELEITORAL É NO DIREITO CONSTITUCIONAL E
ESTÁ NA LEI ELEITORAL.

DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO​ – ​ART. 70

● AQUELE ESTABELECIDO LIVREMENTE PELO SEU TITULAR.

o VEM DA VONTADE
o NÃO SÃO TODAS AS PESSOA QUE PODEM EXERCER LIVREMENTE SEU
DOMICÍLIO
▪ PESSOAS QUE NÃO TÊM CAPACIDADE JURÍDICA
● TER 18 ANOS
● SER EMANCIPADO
▪ PESSOAS PRIVADAS DA LIBERDADE – PESSOAS QUE NÃO TÊM
CAPACIDADE DE EXERCÍCIO

DOMICÍLIO NECESSÁRIO OU LEGAL​ – ​ART. 76

● É ​NECESSÁRIO, POIS PESSOA TERÁ NECESSARIAMENTE AQUELE DOMICÍLIO E

É ​LEGAL​, POIS É IMPOSTO POR LEI
● QUEM SÃO OS DETENTORES DESSE TIPO DE DOMICÍLIO?
o INCAPAZES TÊM DOMICÍLIO NECESSÁRIO / LEGAL;
▪ RELATIVAMENTE INCAPAZ – DOMICÍLIO DO ASSISTENTE;
▪ ABSOLUTAMENTE INCAPAZ – DOMICÍLIO DO REPRESENTANTE.
o PRESO;
▪ LUGAR ONDE ELE CUMPRE A SENTENÇA;
● PRISÃO;
● REGIME ABERTO – EM CASA;
● HOSPITALIZADA – HOSPITAL;
o MARÍTIMO – PESSOA QUE TRABALHA COM MARINHA MERCANTE;
▪ LOCAL ONDE O NAVIO ESTÁ MATRICULADO;
o SERVIDORES PÚBLICOS;
 ▪ LOCAL DE TRABALHO;
o PESSOAS LIGADAS ÀS FORÇAS ARMADAS.

DOMICÍLIO CONTRATUAL​ – ​ART. 78

● É O TIPO DE DOMICÍLIO QUE ​PODE SER INSERIDO NOS CONTRATOS ESCRITOS

PARA DEFINIR O LOCAL DA SOLUÇÃO DE LITÍGIOS.
o CASO NÃO HAJA CUMPRIMENTO DE UMA DAS PARTES, ONDE
ENCONTRÁ-LA PARA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS?
o CLÁUSULA QUE PODE SER INSERIDA.

PONTOS IMPORTANTES

● PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS​ – ​ART. 71

o É POSSÍVEL QUE UMA PESSOA TENHA MAIS DE UM DOMICÍLIO, BASTA
QUE TENHA DOIS DOMICÍLIOS VOLUNTÁRIOS ONDE POSSA SER
ENCONTRADA E TENHA A INTENÇÃO DE PERMANECER, OU AQUELAS
PESSOAS QUE TÊM DOMICÍLIO IMPOSTO POR LEI – DOMICÍLIO
NECESSÁRIO – ​E TAMBÉM PODEM TER UM VOLUNTÁRIO.
▪ MUITO COMUM ENTRE ADVOGADOS; PILOTOS DE AVIÃO;
ATORES E ATRIZES.
● DOMICÍLIO “APARENTE”​ – ​ART. 73
o DOMICÍLIO DAS PESSOAS QUE NÃO TÊM PARADEIRO CERTO. ​O
DOMICÍLIO DESSAS PESSOAS SERÁ O LOCAL ONDE PUDEREM SER
ENCONTRADAS.
▪ CIRCENSES / CIGANOS;
▪ QUESTÕES PROFISSIONAIS;
▪ QUESTÕES DE CRENÇA / FILOSOFIA DE VIDA;
● DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS​ – ​ART. 75
o O ESTATUTO OU CONTRATO SOCIAL DEVEM INFORMAR O DOMICÍLIO
DA PESSOA JURÍDICA, CASO NÃO O FAÇAM, O DOMICÍLIO SERÁ A SEDE
DA ADMINISTRAÇÃO OU DA DIRETORIA.
● DOMICÍLIO PROFISSIONAL​ – ​ART. 72
o O LOCAL ONDE A PESSOA TRABALHA É CONSIDERADO DOMICÍLIO
PARA OS FINS RELACIONADOS A SUA PROFISSÃO.
▪ SOMENTE PARA QUESTÕES CONDIZENTES AO TRABALHO.

___________________________
 BENS
ART. 79 AO 103

● CONCEITO
● COISA X BEM
● COISA COMUM

CONCEITO​ – CLÁSSICO / MODERNO / COISA x BEM

● CONCEITO CLÁSSICO
o BEM – NO SENTIDO CLÁSSICO – É CONSIDERADO A COISA OU O
SERVIÇO QUE TEM DUAS CARACTERÍSTICAS: PODE SER ​SUSCETÍVEL
DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA E PODE SER ​SUSCETÍVEL DE
APROPRIAÇÃO​ PELA PESSOA NATURAL OU PESSOA JURÍDICA.
▪ CONCEITO QUE, AINDA HOJE, PREVALECE NOS LIVROS;
▪ NÃO É UNÂNIME, MAS O CONCEITO CLÁSSICO É O MAIS
UTILIZADO;
▪ SUSCETÍVEL DE APROPRIAÇÃO: OLHAR PARA ALGO E PENSAR:
“POSSO SER PROPRIETÁRIO DISSO?” “É SUSCETÍVEL DE
AVALIAÇÃO PECUNIÁRIA?”;
● DIFERENÇA ENTRE COISA X BEM
o MUITOS AUTORES AINDA DISCUTEM SE EXISTE DIFERENÇA ENTRE
COISA E BEM. PARA OS QUE ENTENDEM QUE SIM, USAM A DISTINÇÃO
ACIMA OU FAZEM O CONTRÁRIO, ENTENDEM QUE É A COISA QUE
PRECISA TER TAIS CARACTERÍSTICAS.
▪ NEM TODAS AS COISAS SÃO BENS!
● CONCEITO MODERNO
o DE FORMA MAIS MODERNA, ENTENDE-SE QUE BEM SÃO TODOS OS
BENS JURÍDICOS EXISTENCIAIS OU PATRIMONIAIS ENTENDENDO-SE
POR BEM JURÍDICO AQUELE BEM QUE TEM A PROTEÇÃO DO
ORDENAMENTO.
▪ TEM PROTEÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO, PROTEÇÃO DO
DIREITO;
▪ BENS LIGADOS À EXISTÊNCIA, AO PATRIMÔNIO.
COISA COMUM → É ​TUDO AQUILO QUE NÃO PODE SER APROPRIADO​, TUDO O QUE
NÃO É SUSCETÍVEL DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA E DE APROPRIAÇÃO.

● AS ESTRELAS / O SOL / O MAR / O AR.

o O QUE NÃO IMPEDE ESSAS COISAS COMUNS DE SOFREREM ALGUMA
REGULAMENTAÇÃO, DEPENDENDO DO CASO.

CONCLUSÃO:​ COISA, PARA SER CONSIDERADA BEM, DEVE SER SUSCETÍVEL DE

APROPRIAÇÃO E DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA.

AULA XIV – 31/05/2016

ESTUDO DOS BENS

● COISAS SEM DONO

o RES NULLIUS
o RES DERELICTA
● PATRIMÔNIO
● CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
o 1ª CLASSIFICAÇÃO
o DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO ​– ​ART. 79 AO 91
A) QUANTO À MOBILIDADE
a. BENS IMÓVEIS
b. BENS MÓVEIS
c. BENS JURIDICAMENTE IMÓVEIS
d. BENS JURIDICAMENTE MÓVEIS

B) BENS QUANTO À FUNGIBILIDADE

a. BENS FUNGÍVEIS
b. BENS INFUGÍVEIS
c. BENS JURIDICAMENTE INFUNGÍVEIS
C) BENS QUANTO À DIVISIBILIDADE
a. BENS DIVISÍVEIS
b. BENS INDIVISÍVEIS
c. BENS JURIDICAMENTE INDIVISÍVEIS

DUAS NOÇÕES SÃO IMPORTANTES:

● COISAS SEM DONO

o EXISTEM PARA O DIREITO E PODEM SER OBJETO DE APROPRIAÇÃO;
o RES NULLIUS → COISAS QUE NUNCA PERTENCERAM A NINGUÉM,
NUNCA TIVERAM DONO;
 o RES DERELICTA → ALGO QUE FOI ABANDONADO | PESSOA ABRE MÃO
DA PROPRIEDADE DAQUELE BEM;

NATUREZA JURÍDICA → É A CLASSIFICAÇÃO DE DETERMINADA COISA.

● PATRIMÔNIO​ – CLÓVIS BEVILAQUA

o CONJUNTO DE ​RELAÇÕES JURÍDICAS POSITIVAS E NEGATIVAS DE UMA
PESSOA.

RELAÇÃO JURÍDICA​ É UMA RELAÇÃO ENTRE DUAS OU MAIS PESSOAS, NATURAIS OU

JURÍDICAS, QUE PRODUZ EFEITOS JURÍDICOS PARA O DIREITO.

o O PATRIMÔNIO É RELEVANTE PARA TRATAR DE FALÊNCIA,

INSOLVÊNCIA, FRAUDE CONTRA CREDORES E QUESTÕES DE
HERANÇA | E É GARANTIDOR DOS PAGAMENTOS DE DÍVIDAS!

COMO SABER SE O PATRIMÔNIO É POSITIVO OU NEGATIVO?

● VER TUDO O QUE SE TEM (BENS);

● VER TUDO O QUE SE TEM A GANHAR;
● VER TUDO O QUE TEM A PAGAR (DÍVIDAS).

CLASSIFICAÇÕES DOS BENS

● DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO → ESTUDA A ​NATUREZA DOS BENS

1. QUANTO À MOBILIDADE
a. BENS IMÓVEIS | ​ART. 79 → SÃO AQUELES QUE NÃO PODEM SER
DESLOCADOS SEM QUE OCORRA UMA ALTERAÇÃO OU DESTRUIÇÃO
NA SUA FORMA;
▪ MEXER NO SOLO O FAZ SOFRER ALTERAÇÕES;
▪ MEXER NA ÁRVORE FAZ AS FOLHAS CAIREM;
▪ TENTAR MOVER EDIFÍCIOS E PONTES – DESTRUIÇÃO /
ALTERAÇÕES;
o IMÓVEIS POR NATUREZA
▪ O SOLO, AS ÁRVORES – INDESCUTÍVEL;
o IMÓVEIS POR ACESSÃO (INCORPORAÇÃO NO ART. 79 É CHAMADA DE
ACESSÃO).
▪ NATURAL​ → PROVÉM DA NATUREZA – ILHA, ÁRVORES;
 ▪ ARTIFICIAL → PROVÉM DA INDÚSTRIA, DO TRABALHO DO
HOMEM – PONTE, CASA, PRÉDIO, PLANTAÇÕES.

ART. 79 CC ART. 80 CC

São bens imóveis o solo e tudo quanto se Consideram-se imóveis para os efeitos
lhe incorporar natural ou artificialmente. legais:
I – os direitos sobre imóveis e as ações que
os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.

EXPLICANDO O ART.80:

BENS JURIDICAMENTE IMÓVEIS → POR NATUREZA, O BEM EM QUESTÃO NÃO É

CONSIDERADO UM BEM IMÓVEL, MAS SÃO IMÓVEIS POR FICÇÃO, POR
DETERMINAÇÃO DA LEI.

● NÃO É UM BEM IMÓVEL POR NATUREZA, COMO O SOLO | COMO TRANSFIRO A

PROPRIEDADE DESSE BEM? | PRECISA-SE DA ASSINATURA DO CÔNJUGE
PARA DOAR ESSE BEM?

DIREITOS REAIS → DIREITO SOBRE ALGO | SÃO OPONÍVEIS À TODOS – OPONÍVEIS

ERGA OMNES

● DIREITO À PROPRIEDADE DE UM BEM.

● BEM ESTÁ EM USUFRUTO DE ALGUÉM?
● BEM ESTÁ GARANTINDO UMA DÍVIDA?
● SÃO ASSIM CONSIDERADOS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DO REGISTRO –
QUE É PÚBLICO;
● E PARA QUE UMA PESSOA QUE SE INTERESSE POSSA TER UMA CERTIDÃO DE
ÔNUS REAIS → DOCUMENTO QUE ATESTA SE EXISTEM ÔNUS OU
OBRIGAÇÕES RELACIONADAS À COISA.

OBS:​ DIREITO A SUCESSÃO ABERTA = DIREITO À HERANÇA

TRANSMISSÃO DE PROPRIEDADE → A TRANSMISSÃO DE PROPRIEDADE NO DIREITO

CIVIL DIFERE SE O BEM É MÓVEL OU É IMÓVEL.

● PARA O BEM IMÓVEL → PESSOA SÓ TEM A PROPRIEDADE DESSE IMÓVEL

APÓS O REGISTRO NO REGISTRO DE IMÓVEIS!
o EXISTEM ALGUMAS FORMALIDADES AQUI A SEREM SEGUIDAS PARA A
TRANSMISSÃO DESSES BENS:
▪ REGISTRO​ → DEVERÁ SER FEITO NO REGISTRO DE IMÓVEIS;
▪ VÊNIA CONJUGAL → SE O PROPRIETÁRIO FOR CASADO, A
DEPENDER DO REGIME DE BENS, PRECISARÁ DA
CONCORDÂNCIA DO CÔNJUGE;
 ● HIPOTECA → BEM IMÓVEL GARANTINDO UMA DÍVIDA |
DEVE SER REGISTRADA NO REGISTRO DE IMÓVEIS,
POIS É CONSIDERADA UM DIREITO REAL SOBRE BEM
MÓVEL, SENDO CONSIDERADA, POR FICÇÃO, UM BEM
IMÓVEL.
● DIREITO À SUCESSÃO ABERTA → O DIREITO QUE OS
HERDEIROS TÊM DE HERDAR É CONSIDERADO, POR
FICÇÃO, UM BEM IMÓVEL.
o E SE O FALECIDO SÓ DEIXOU BENS MÓVEIS
COMO HERANÇA, COMO CARRO, RELÓGIOS,
JÓIAS?
▪ O TODO, OU SEJA, O CONJUNTO DE BENS
SERÁ CONSIDERADO IMÓVEL, POR
FICÇÃO, ENQUANTO NÃO FOR FEITA A
PARTILHA.
● SE UM DOS HERDEIROS QUISER CELEBRAR UMA
CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS​, DEVERÁ
REGISTRÁ-LA NO REGISTRO DE IMÓVEIS.
o CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS → É A
TRANFERÊNCIA OU ALIENAÇÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS | HERDEIRO CEDE / ALIENA SEU
DIREITO / BEM A OUTRO HERDEIRO OU
TERCEIRO.
▪ EX:
● PARA O BEM MÓVEL​ → BASTA A TRADIÇÃO: A EFETIVA ENTREGA DO BEM;

b. ​BENS MÓVEIS ​| ​ART. 82 → BENS QUE PODEM SER DESLOCADOS OU QUE SE

DESLOCAM POR FORÇA ORGÂNICA PRÓPRIA (ANIMAL).

SOBRE O ANIMAL, DÁ-SE A CUSTÓDIA NA DIVISÃO DE BENS.

o MÓVEIS POR NATUREZA → SÃO AQUELES QUE PODEM SER

DESLOCADOS SEM QUE HAJA A DESTRUIÇÃO DA SUBSTÂNCIA OU ​SEM
QUE A SUA FUNÇÃO ECONÔMICO SOCIAL SEJA PERDIDA!
▪ FUNÇÃO ECONÔMICO SOCIAL SE MANTÊM!
o BENS SEMOVENTES → AQUELES QUE SE DESLOCAM POR FORÇA
ORGÂNCIA PRÓPRIA – QUALQUER ANIMAL. NO BRASIL, GATO,
CACHORRO, BOI, VACA, POIS A ELES SÃO ATRIBUÍDOS VALORES.
▪ ALGUNS CÓDIGOS ESTRANGEIROS JÁ CONSIDERAM OS
ANIMAIS COMO SERES SENCIENTES, QUE TÊM SENTIMENTOS,
QUE TÊM IMPRESSÕES, MAS O CÓDIGO BRASILEIRO NÃO FOI
MODIFICADO NESSE SENTIDO AINDA.
 o MÓVEIS POR DETERMINAÇÃO DA LEI | ​ART. 83 → JÁ SABEMOS QUE
ESTAMOS LIDANDO COM UMA FICÇÃO, APENAS JURIDICAMENTE
CONSIDERADOS MÓVEIS!
▪ ENERGIAS COM VALOR ECONÔMICO → ENERGIA EÓLICA,
SOLAR, TÉRMICA;
▪ PENHOR → PEGA-SE UM EMPRÉSTIMO E EMPENHA-SE UM BEM
MÓVEL PARA GARANTIR O PAGAMENTO DA DÍVIDA. SE HOUVER
A QUITAÇÃO DA DÍVIDA, RESGATA-SE AQUELE BEM.
● BRINCO, COLAR, ANEL;
● É BEM MÓVEL, POIS:
o NÃO É NECESSÁRIO LEVAR À REGISTRO;
o NÃO É NECESSÁRIA A VÊNIA CONJUGAL;
▪ DIREITO PESSOAL DE CARÁTER PATRIMONIAL → DIREITOS
AUTORAIS QUE SÃO DIREITOS PESSOAIS, MAS QUE GERAM
VALOR ECONÔMICO.

2. QUANTO À FUNGIBILIDADE
a. FUNGÍVEIS | ​ART. 85 → SÃO SEMPRE BENS MÓVEIS SUBSTITUÍVEIS
POR OUTRO DA MESMA QUALIDADE, QUANTIDADE E ESPÉCIE.
b. INFUNGÍVEIS ​→ BENS NÃO SUBSTITUÍVEIS POR OUTRO SEMELHANTE.
▪ DOCUMENTO HISTÓRICO;
▪ OBRA DE ARTE;
▪ CARTA ESCRITA POR ALGUÉM.
c. JURIDICAMENTE INFUNGÍVEIS ​→ BEM QUE, POR NATUREZA, É
SUBSTITUÍVEL, MAS QUE, POR FICÇÃO, PELA LEI OU POR CONTRATO,
TORNA-SE UM BEM INFUNGÍVEL, INSUBSTITUÍVEL.
o HÁ DOIS TIPOS DE EMPRÉSTIMOS NO BRASIL:
▪ COMODATO → ​EMPRÉSTIMO DE USO ​DE UM BEM INFUNGÍVEL –
USA E DEVOLVE!
● DEVE-SE DEVOLVER O MESMO BEM;
● EMPRÉSTIMO DE UM LIVRO NA BIBLIOTECA;
EMPRÉSTIMO DO CÓDIGO CIVIL, DE UM CADERNO.
▪ CONTRATO MÚTUO → ​EMPRÉSTIMO DE CONSUMO DE UM BEM
FUNGÍVEL​ – PEGA E CONSOME.
● EMPRÉSTIMO DE UM BEM FUNGÍVEL;
● EMPRÉSTIMO DE DINHEIRO – DEVOLVE-SE A MESMA
QUANTIA, MAS EM NOTAS E MOEDAS DIFERENTES.
3. BENS QUANTO À DIVISIBILIDADE
 a. DIVISÍVEIS → PODEM SER FRACIONADOS, POIS CADA PARTE
FRACIONADA GUARDA UM VALOR PROPORCIONAL AO TODO, OU SEJA,
MANTÊM SUA FUNÇÃO SOCIAL DO BEM​!
▪ BARRAS DE OURO;
▪ COLEÇÃO DE LIVROS EM VOLUME;
▪ TERRAS QUE PODEM SER DIVIDIDAS EM LOTES.
b. INDIVISÍVEIS → PERDEM SUA FUNÇÃO SOCIAL E / OU ECONÔMICA
QUANDO FRACIONADOS.
▪ CASA / MESA / LIVRO.
c. JURIDICAMENTE INDIVISÍVEIS ​→ BEM NATURALMENTE DIVISÍVEL, MAS
QUE, POR FICÇÃO, POR DETERMINAÇÃO DE UMA LEI, TORNA-SE
INDIVISÍVEL.
▪ PESSOA VENDE UMA COLEÇÃO DE LIVROS QUE É SUBDIVIDIDA
EM VOLUMES, MAS NÃO ACEITA VENDER OS VOLUMES
SEPARADAMENTE, SOMENTE A COLEÇÃO INTEIRA.
▪ TRANSFORMA A COLEÇÃO DE LIVROS – BEM DIVISÍVEL – EM UM
BEM JURIDICAMENTE INDIVISÍVEL.

___________________________

AULA XV – 02/06/2016

D) BENS QUANTO A INDIVIDUALIDADE

a. BENS SINGULARES
b. BENS COLETIVOS
● UNIVERSALIDADE DE FATO
● UNIVERSALIDADE DE DIREITO
E) BENS QUANTO A CONSUMABILIDADE | CONSUNTIBILIDADE
a. CONSUMÍVEIS
b. INCONSUMÍVEIS
c. JURIDICAMENTE CONSUMÍVEIS
d. JURIDICAMENTE INCONSUMÍVEIS

CONTINUAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DOS BENS

D) QUANTO A INDIVIDUALIDADE

a. BEM SINGULAR → SÃO AQUELES CONSIDERADOS EM SI PRÓPRIOS, NA SUA

INDIVIDUALIDADE.

● EX: LIVRO.
b. BEM COLETIVO → É UMA REUNIÃO DE BENS SINGULARES QUE POSSUEM UMA
MESMA DESTINAÇÃO, DA MESMA ESPÉCIE.

● EX: COLEÇÃO DE LIVROS | BIBLIOTECA.

UNIVERSALIDADE DE FATO UNIVERSALIDADE DE DIREITO

ART. 90 ART. 91

REUNIÃO DE BENS REUNIDOS PELA VONTADE REUNIÃO DE RELAÇÕES JURÍDICAS. É O LEGISLADOR

DE UMA PESSOA NATURAL OU JURÍDICA QUE QUEM DETERMINARÁ TUDO O QUE SERÁ LISTADO.
DEVEM TER UMA DESTINAÇÃO ESPECÍFICA.

REUNIÃO DE ​CONJUNTOS DE BENS​. REUNIÃO DE RELAÇÕES JURÍDICAS.

É O LEGISLADOR QUEM DETERMINA O CONJUNTO DE

É A PESSOA QUEM ESCOLHE OS BENS A SEREM
RELAÇÕES JURÍDICAS REUNIDAS | ​REUNIÃO OCORRE
REUNIDOS, OU SEJA, POR ​VONTADE PRÓPRIA.
POR DISPOSIÇÃO DA LEI.

EX¹: ESPÓLIO – HERANÇA;

EX²: MASSA FALIDA – HÁ + DÍVIDAS DO QUE BENS

E) QUANTO A CONSUMABILIDADE | CONSUNTIBILIDADE

a. CONSUMÍVEIS ​→ AQUELES QUE SE DESTROEM COM O USO IMEDIATO!

● ALIMENTOS EM GERAL;

b. INCONSUMÍVEIS → BENS QUE NÃO SE DESTROEM COM O USO IMEDIATO. SÃO

BENS + COMUNS.

● CARROS / ROUPAS / SAPATOS.

c. JURIDICAMENTE INCONSUMÍVEIS → SÃO BENS QUE POR SUA NATUREZA SÃO

CONSUMÍVEIS, MAS QUE A LEI, O CONTRATO OU AS CIRCUNSTÂNCIAS CONSIDERAM
INCONSUMÍVEIS.

● VENDA DE UM BEM.
o CASO DA VENDA DE UM LIVRO:
▪ NATURALMENTE, OS LIVROS SÃO BENS INCONSUMÍVEIS, POIS
PODEM SER USADOS DIVERSAS VEZES E DURAM ANOS;
▪ PORÉM NA SUA VENDA, O LIVRO PASSA A SER UM BEM
CONSUMÍVEL AO VENDEDOR, POIS ELE DESAPARECE.
● EXEMPLO ABSTRATO.

___________________________

AULA XVI – 07/06/2016

CONTINUAÇÃO DE BENS

o 2ª CLASSIFICAÇÃO
 o DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS ​– ​ART. 92 AO 97
▪ BENS PRINCIPAIS
▪ BENS ACESSÓRIOS
● FRUTOS
o NATURAIS
o INDUSTRIAIS
o CIVIS
● PRODUTOS
● BENFEITORIAS
o NECESSÁRIAS
o ÚTEIS
o VOLUPTUÁRIAS

● PERTENÇAS

● BENS PRINCIPAIS → SÃO BENS AUTÔNOMOS / INDEPENDENTES CAPAZES DE

EXISTIR POR SI SÓ.
o SÃO CRIADOS, SÃO PRODUZIDOS E SÃO FEITOS SEM DEPENDER DE
NUNHUM OUTRO PARA EXISTIR.
● BENS ACESSÓRIOS → BENS QUE SÓ EXISTEM EM RAZÃO DO BEM PRINCIPAL
E NÃO FAZEM SENTIDO ALGUM PRODUZÍ-LO SE NÃO UTILIZADO PELO BEM
PRINCIPAL – RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA!
o EX: PROPAGANDA DE CARRO – ACESSÓRIOS DE CARRO.
▪ VIDRO ELÉTRICO.

DENTRO DE BEM ACESSÓRIO, ESTÃO:

OS FRUTOS, AS BENFEITORIAS, OS PRODUTOS E AS PERTENÇAS.

● FRUTOS → É UM TIPO DE BEM ACESSÓRIO QUE PODE SER DESTACADO /

RETIRADO DO BEM PRINCIPAL SEM QUE LHE CAUSE DESTRUIÇÃO. (​NÃO HÁ
DESTRUIÇÃO!)
o FRUTOS NATURAIS ​→ SÃO ORIUNDOS DA NATUREZA.
▪ COLHEITA DE PLANTAÇÕES, DE SAFRAS → RETIRAR LARANJA
DE UMA LARANJEIRA;
▪ BEZERRO, FRUTO DA VACA.
o FRUTOS INDUSTRIAIS ​→ BENS PROVENIENTES DA FORÇA DE
TRABALHO DO HOMEM. BASICAMENTE, É TUDO O QUE PENSAMOS
COMO PRODUTO.
▪ BOLSAS / SAPATOS / CARROS.
 o FRUTOS CIVIS ​→ SEMPRE SÃO RENDIMENTOS! TEM-SE UM BEM
PRINCIPAL – INVESTIMENTOS, AÇÕES, IMÓVEIS – E HÁ UM
RENDIMENTO PROVENIENTE DISSO.
● PRODUTOS → BENS QUE, AO SEREM RETIRADOS DO BEM PRINCIPAL, LHE
CAUSAM O DESGASTE OU DESTRUIÇÃO.
o PEDRAS DE UMA PEDREIRA.
● BENFEITORIAS – ​ART. 96 E 97 CC → SÃO OBRAS OU MELHORAMENTOS FEITOS
NO BEM PRINCIPAL, OU SEJA, PRECISA TER A PARTICIPAÇÃO DO HOMEM.
o NECESSÁRIAS ​→ SÃO AS OBRAS E / OU MELHORAMENTOS QUE SÃO
INDISPENSÁVEIS PARA A MANUTENÇÃO OU CONSERVAÇÃO DO BEM
PRINCIPAL​.
▪ TROCA DE FIAÇÃO DETERIORADA;
▪ TROCA DE ENCANAMENTO COM INFILTRAÇÃO;
▪ CONSERTO DE FREIO OU MOTOR DO CARRO.
o ÚTEIS ​→ SÃO AS OBRAS E / OU MELHORAMENTOS QUE TÊM A
FINALIDADE DE ​MELHORAR A UTILIDADE DO BEM.
▪ INSTALAÇÃO DE RAMPA, DE CORRIMÃO;
▪ CONSTRUÇÃO DE UM NOVO CÔMODO.

OBS¹: PARA PENSAR NOS BENS ACESSÓRIOS QUE SÃO ​BENFEITORIAS NECESSÁRIAS
E ÚTEIS, É ESSENCIAL PENSAR NO BEM PRINCIPAL E NUNCA NA PESSOA! O QUE É
ESSENCIAL PARA O BEM PRINCIPAL? A UTILIDADE DEVE SER PARA O BEM, NUNCA
PARA A PESSOA.

o VOLUPTUÁRIAS → SÃO OBRAS FEITAS A FIM DE ​TORNAR O BEM MAIS

BONITO OU MAIS APRAZÍVEL​, CAUSANDO MAIS DELEITE AO SER
UTILIZADO.
▪ NESSE CASO, DEVE-SE ​PENSAR NA PESSOA​, O QUE CAUSA
PRAZER À PESSOA.
● PISCINA / JARDIM DE INVERNO / CHAFARIZ / SAUNA.

OBS²: ​DEPENDENDO DO PONTO DE VISTA O TIPO DE BENFEITORIA PODE MUDAR.

UMA LAREIRA, POR EXEMPLO, EM UM LOCAL DE SERRA É ÚTIL – BEM ACESSÓRIO
BENFEITORIA ÚTIL! JÁ A MESMA LAREIRA EM UMA RESIDÊNCIA EM BANGU É UM BEM
UTILIZADO APENAS PARA CAUSAR DELEITE OU PARA TORNAR A RESIDÊNCIA MAIS
BONITA, SENDO ASSIM É UM BEM VOLUPTUÁRIO – BEM ACESSÓRIO BENFEITORIA
VOLUPTUÁRIA.

___________________________

OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA 1
 NOS BENS ACESSÓRIOS ATÉ ENTÃO ESTUDADOS – FRUTOS, PRODUTOS E
BENFEITORIAS – HÁ UMA REGRA GERAL E UMA EXCEÇÃO MUITO IMPORTANTES!

● REGRA GERAL​ – ​PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA / UNIVERSAL

o OS BENS ACESSÓRIOS – ​FRUTOS, PRODUTOS E BENFEITORIAS ​–
SEGUEM O DESTINO DO BEM PRINCIPAL!
▪ EX: HÁ UMA VACA CAMPEÃ MUITO DISPUTADA QUE É POSTA À
VENDA | APÓS A VENDA, DESCOBRE-SE QUE A VACA ESTAVA
PRENHA | O BEZERRO QUE ESTÁ SENDO GESTADO É VALIOSO
PELO FATO DE VIR DA VACA CAMPEÃ | COMO REGRA, O
BEZERRO – BEM ACESSÓRIO FRUTO – SEGUIRÁ O MESMO
DESTINO DA VACA – BEM PRINCIPAL –, OU SEJA, FICARÁ COM
QUEM COMPROU A VACA.
● EXCEÇÃO ​→ DISPOSIÇÃO LEGAL OU CONTRATUAL EM CONTRÁRIO!
o CASO A LEI OU CONTRATO DISSEREM O CONTRÁRIO DA REGRA, O BEM
ACESSÓRIO OBEDECERÁ AO DESTINO POSTO EM LEI OU CONTRATO.
▪ CONTINUANDO O EXEMPLO DA VACA: CASO O ADVOGADO
RESPONSÁVEL PELA COMPRA E VENDA TENHA PENSADO EM
TODAS AS POSSIBILIDADES E POSTO UMA CLÁUSULA DE
EXCEÇÃO PARA O CASO DA VACA ESTAR PRENHA, O BEZERRO
NÃO MAIS SEGUIRÁ O DESTINO DA VACA, COMO REGRA | O
DESTINO DO BEZERRO SERÁ O QUE ESTÁ POSTO NO
CONTRATO.

___________________________

● PERTENÇAS – ​ART. 93 E 94 CC → SÃO SEMPRE ​BENS MÓVEIS QUE SÃO

PRODUZIDOS PARA SEREM INSTALADOS AO BEM PRINCIPAL, SEJA PARA USO
OU EMBELEZAMENTO.
o A PERTENÇA DEVE GUARDAR UMA ​RELAÇÃO DE INTIMIDADE PARA
COM O BEM PRINCIPAL.
▪ EX¹:​ MOBÍLIA → PERTENÇA DE UMA RESIDÊNCIA;
▪ EX²: MESA / CADEIRA / MURAL / QUADRO BRANCO / CANETA
PILOT → SÃO PERTENÇAS DE UMA SALA DE AULA;
▪ EX³: ​UMA MÁQUINA AGRÍCOLA EM UM PRÉDIO COMERCIAL NÃO
FAZ O MENOR SENTIDO – NÃO PODE SER UMA PERTENÇA. MAS
ESSA MESMA MÁQUINA AGRÍCOLA EM UMA FAZENDA, É UMA
PERTENÇA.

ART. 93 CC
São pertenças os bens que, não constituindo partes
integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso,
ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
ART. 94 CC
Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem
principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário
resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso.
 “NÃO CONSTITUINDO PARTES INTEGRANTES”​ → ​NÃO PODE SER NADA QUE JÁ PERTENÇA AO BEM OU
QUE TENHA SIDO CONSTRUÍDO JUNTO AO BEM (ARMÁRIO EMBUTIDO, POR EXEMPLO).
“AFORMOSEAMENTO” = ​EMBELEZAMENTO!
OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA 2

EM ​PERTENÇAS​, A REGRA É CONTRÁRIA A REGRA UTILIZADA NOS OUTROS BENS

ACESSÓRIOS, OU SEJA, ​NÃO INCIDE O PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL​,
SALVO POR DISPOSIÇÃO CONTRATUAL OU LEGAL​!

● REGRA ​→ OS BENS ACESSÓRIOS – ​PERTENÇAS – NÃO SEGUEM O DESTINO

DO BEM PRINCIPAL!
o EX: AO ALUGAR UM APARTAMENTO, ESPERA-SE QUE ELE ESTEJA
VAZIO, SEM MOBÍLIA.
● EXCEÇÃO ​→ POR DISPOSIÇÃO LEGAL, CONTRATUAL OU EM RAZÃO DAS
CIRCUNSTÂNCIAS, UTILIZA-SE O PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA.
o CONTINUANDO O EXEMPLO DO ALUGUEL DE APARTAMENTO: SE NO
SEU ANÚNCIO ESTÁ: ​“ALUGO APARTAMENTO MOBILIADO”​, SE ESTÁ
EXCEPCIONANDO A REGRA. A MOBÍLIA – BEM ACESSÓRIO – SEGUIRÁ O
IMÓVEL – BEM PRINCIPAL!

_____________________

o DOS BENS QUANTO A TITULARIDADE ​– ​ART. 98 AO 103

▪ BENS PRIVADOS OU PARTICULARES
▪ BENS PÚBLICOS
● DE USO COMUM OU GERAL
● DE USO ESPECIAL
● DOMINICAIS OU DOMINIAIS
▪ TEORIA DA AFETAÇÃO E DA DESAFETALÇAO DOS BENS
PÚBLICOS

_____________________

● BENS PRIVADOS / PARTICULARES → SÃO ​DEFINIDOS POR EXCLUSÃO​, POIS

SÃO TODOS OS BENS QUE NÃO SÃO DE PROPRIEDADE DOS ENTES PÚBLICOS.
● BENS PÚBLICOS → SÃO AQUELES QUE SÃO DE PROPRIEDADE DE QUALQUER
ENTE PÚBLICO – ALTARQUIA, ESTADO, UNIÃO, DISTRITO FEDERAL, MUNICÍPIO.
o DE USO COMUM / GERAL / COLETIVO → SÃO BENS DO ESTADO, MAS
AFETADOS AO USO DA POPULAÇÃO​, OU SEJA, SÃO DESTINADOS AO
USO GERAL DO POVO.
▪ EX: MARES / ESTRADAS / RUAS / PRAÇAS.
▪ O FATO DE COBRAR PELO SEU USO NÃO FAZ COM QUE O BEM
DEIXE DE SER PÚBLICO!
o DE USO ESPECIAL ​→ SÃO BENS ​AFETADOS À UMA FINALIDADE
ESTATAL​, SÃO UTILIZADOS PARA ​UMA FUNÇÃO PÚBLICA​.
 ▪ EX: PRÉDIOS PÚBLICOS EM FUNCIONAMENTO / VIATURA
POLICIAL.

A CONTINUAÇÃO A SEGUIR FOI DADA NA AULA DO DIA 16/16/2016, MAS ESTÁ AQUI,
POIS FAZ PARTE DESSA MATÉRIA DE BENS.

o DOMINICAIS / DOMINIAIS ​→ SÃO ​BENS DESAFETADOS​, OU SEJA, QUE

NÃO POSSUEM AFETAÇÃO / DESTINAÇÃO ESPECÍFICA, PODENDO SER
VENDIDOS, DOADOS, NEGOCIADOS.
▪ EX: ESTRADAS DE FERRO E PRÉDIOS PÚBLICOS DESATIVADOS
QUE NÃO POSSUEM DESTINAÇÃO E PODEM SER NEGOCIADOS.

OBS¹: ​NAS DUAS PRIMEIRAS CATEGORIAS DE BENS PÚBLICOS – ​BENS DE USO

COMUM E BENS DE USO ESPECIAL – OS BENS ESTÃO AFETADOS / DESTINADOS À
ALGUMA ATIVIDADE ​NÃO PODENDO SER ALIENADOS – O ESTADO NÃO PODE DISPOR
DA PROPRIEDADE. JÁ NO CASO DOS ​BENS DOMINICAIS, A ALIENAÇÃO É POSSÍVEL​,
POIS TAIS BENS NÃO SÃO AFETADOS A NENHUMA ATIVIDADE.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE | QUESTÃO DA USUCAPIÃO

ART. 102

▪ USUCAPIÃO ​→ FORMA ORIGINÁRIA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE POR

MEIO DE SENTENÇA JUDICIAL A PARTIR DO PREENCHIMENTO DE ALGUNS
CRITÉRIOS ESTABELECIDOS PELO LEGISLADOR. DENTRE ELES, O CRITÉRIO
TEMPORAL DE OCUPAÇÃO DO BEM.

OBS²: O QUE IMPORTA NÃO É O CONCEITO DE USUCAPIÃO, MAS O FATO DE QUE

ESSE FENÔMENO (DA USUCAPIÃO) NÃO PODE OCORRER EM BENS PÚBLICOS​!

o EX: UMA PESSOA ENCONTRA UM BEM, NO CASO UM IMÓVEL,

ABANDONADO | FICA HABITANDO E CUIDANDO DELE COMO SE FOSSE
SEU | APÓS UM TEMPO DETERMINADO POR LEI, DEMONSTRANDO UMA
SÉRIE DE REQUISITOS, COMO BOA FÉ, POR EXEMPLO, ELA PODE SE
DIRIGIR AO JUDICIÁRIO PARA QUE SEJA RECONHECIDA A
PROPRIEDADE EM SEU NOME | PORÉM ESSE FENÔMENO NÃO OCORRE
QUANDO HÁ A OCUPAÇÃO DE UM IMÓVEL PÚBLICO, POR EXEMPLO.

___________________________

AULA XVII – 09/06/2016 + AULA XVIII – 16/06/2016

ANOTAÇÕES DA SUBSTITUTA,​ MUITAS CLASSIFICAÇÕES DESNECESSÁRIAS QUE NÃO SERÃO COBRADAS

NA PROVA + ​ACRÉSCIMO DE CONCEITOS DADOS PELA CÍNTIA​ NO DIA 16/16/2016!
 NEGÓCIO

1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
3. CLASSIFICAÇÃO
3.1. QUANTO AO NÚMERO DE DECLARANTES
3.1.1.UNILATERAIS – EX: RENÚNCIA / TESTAMENTO
3.1.2.BILATERAIS – EX: CONTRATOS EM GERAL
3.1.3.PLURILATERAIS – EX: CONTRATOS DE SOCIEDADE
3.2. QUANTO AO EXÉRCITO DE DIREITOS
3.2.1.NEGÓCIOS DE DISPOSIÇÃO – EX: DOAÇÃO
3.2.2.NEGÓCIOS DE ADMINISTRAÇÃO
3.3. QUANTO ÀS VANTAGENS PATRIMONIAIS
3.3.1.GRATUITO
3.3.2.ONEROSO
3.3.3.NEUTROS
3.3.4.BIFRONTES – EX: DEPÓSITO
3.4. QUANTO AO MOMENTO DE PRODUÇÃO DE EFEITOS
3.4.1.INTERVIVOS
3.4.2.CAUSA MORRIS
3.5. QUANTO À EXISTÊNCIA
3.5.1.PRINCIPAIS
3.5.2.ACESSÓRIOS

NEGÓCIO JURÍDICO
ART. 104 AO 184 CC
● FATO​ → UM ACONTECIMENTO;
● FATO JURÍDICO​ → FATO QUE PRODUZ EFEITOS NA ÁREA JURÍDICA.
▪ EX: QUANDO PEGAMOS UM ÔNIBUS, O MOTORISTA É OBRIGADO
A SEGUIR UMA ROTA E LHE LEVAR ATÉ O PONTO QUE VOCÊ
DESEJA DENTRO DAQUELA ROTA. PORÉM NÃO HÁ ASSINATURA
DE NENHUM DOCUMENTO.
● FATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO → FATOS DA NATUREZA QUE
ACONTECEM ​INDEPENDENTE DA VONTADE HUMANA E QUE REPERCUTEM NA
ÁREA JURÍDICA PODENDO SER ORDINÁRIOS OU EXTRAORDINÁRIOS.
o FATO ORDINÁRIO​ → AQUELE QUE OCORRE TODO DIA.
● EX: NASCIMENTO | MORTE.
o FATO EXTRAORDINÁRIO ​→ AQUELE QUE NÃO ACONTECE SEMPRE,
ALGO INTERMITENTE QUE CAUSE EFEITOS JURÍDICOS.
● EX: TERREMOTOS | GRANDES ENCHENTES | GRANDES
SECAS | EPIDEMIAS.
● AÇÃO HUMANA → UM DETERMINADO FATO É ​PRODUZIDO POR ALGUÉM – A
PARTIR DA CONDUTA HUMANA​ – GERANDO EFEITOS NA SOCIEDADE.
o ILÍCITA ​→ AÇÃO PRATICADA POR UM INDIVÍDUO ​EM
DESCONFORMIDADE COM A LEI QUE CAUSA ALGUM DANO E ​GERA O
DEVER DE INDENIZAR​, CASO HAJA DANO.
o LÍCITA → ATO PRATICADO POR AÇÃO HUMANA EM CONFORMIDADE
COM A LEI. OS ATOS LÍCITOS DA VONTADE HUMANA SÃO
SUBDIVIDIDOS EM DUAS CATEGORIAS:
▪ ATOS NÃO NEGOCIAIS / ATOS MERAMENTE LÍCITOS / ATO
JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO (​STRICTO SENSU​) ​→ ​NESSE
TIPO DE ATO EXISTE POUCA LIBERDADE PARA O AGENTE QUE
O PRATICA, PORQUE OS EFEITOS DE UM ATO NÃO NEGOCIAL JÁ
ESTÃO PREVIAMENTE DESCRITOS E DETERMINADOS PELA LEI.
O AGENTE NÃO PODE MUDAR OS EFEITOS JURÍDICOS, POIS
ESTES SÃO ​EX LEGE​, ISTO É, ESTIPULADOS PELA LEI.
● EX¹: ​PERFILHAÇÃO → É O RECONHECIMENTO DE FILHO
HAVIDO FORA DO CASAMENTO | SE UM PAI QUISER
 RECONHECER UM FILHO CONCEBIDO FORA DO
CASAMENTO, MAS NÃO QUISER QUE O MESMO SEJA
CONSIDERADO HERDEIRO – ISSO NÃO SERIA POSSÍVEL,
POIS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL IGUALOU TODOS OS
FILHOS DE MODO QUE “FILHO É FILHO” E TODOS
POSSUEM O MESMO DIREITO, OU SEJA, OS EFEITOS
JURÍDICOS ESTÃO PREVIAMENTE PREVISTOS EM LEI E
NÃO HÁ COMO ALTERÁ-LOS OU NEGOCIÁ-LOS.
● EX²: ​EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA → OS PAIS
EMANCIPAM O FILHO, PORÉM SE ARREPENDEM COM O
TEMPO E QUEREM REVOGAR A DECISÃO DE
EMANCIPAÇÃO – IMPOSSÍVEL! EFEITOS JURÍDICOS SÃO
PREVIAMENTE PREVISTOS – A EMANCIPAÇÃO É
IRREVOGÁVEL – E NÃO PODEM SER NEGOCIADOS!
● EX³: ​PROCESSO DE ADOÇÃO → CASAL ADOTA UMA
CRIANÇA, MAS SE ARREPENDE E QUER DEVOLVÊ-LA
POR ALGUM MOTIVO – IMPOSSÍVEL, POIS A LEI NÃO
AUTORIZA.
▪ ATO FATO ​→ TIPO DE ATO NO QUAL NÃO É ANALISADA A
VONTADE NEM A CAPACIDADE DA PARTE.
● EX: UM LOUCO, PESSOA SEM CAPACIDADE, QUE ACHA
UM TESOURO TORNA-SE PROPRIETÁRIO DELE |
CRIANÇA VAI À PRAIA, ACHA UMA CONCHA E LEVA PARA
CASA – ELA SE TORNA PROPRIETÁRIA DESSA CONCHA.

___________________________

NEGÓCIO JURÍDICO

● CONCEITO
● PRINCÍPIO INSPIRADOR (PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA)
● CARACTERÍSTICAS (DIFERENÇAS PARA COM O ATO NÃO NEGOCIAL)
● EXEMPLOS

A CELEBRAÇÃO DE UM NEGÓCIO JURÍDICO DEPENDE DA:

o DECLARAÇÃO DE VONTADE​ DO INDIVÍDUO;

o CAPACIDADE​ DO INDIVÍDUO.
● CONCEITO → NEGÓCIO JURÍDICO É UM TIPO DE ATO LÍCITO QUE TEM COMO
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
1. A AUTORIZAÇÃO DO SISTEMA JURÍDICO PARA QUE UMA OU MAIS
PESSOAS CRIEM, MODIQUEM OU ETINGUAM RELAÇÕES JURÍDICAS.
 2. POSSAM DECIDIR OS EFEITOS JURÍDICOS QUE DESEJAM QUE SEJAM
PRODUZIDOS POR OCASIÃO DESSE ATO.
● NO NEGÓCIO JURÍDICO OS EFEITOS JURÍDICOS SÃO ​EX VOLUNTATE​, OU SEJA,
SÃO CRIADOS PELOS NEGOCIANTES. A AUTONOMIA PRIVADA NESSE TIPO DE
ATO É MUITO AMPLA PERMITINDO ATÉ QUE O AGENTE CRIE NEGÓCIOS QUE
NÃO ESTÃO TIPIFICADOS EM LEI.

ATO NÃO NEGOCIAL NEGÓCIO JURÍDICO

NÃO SE PODE MODIFICAR OS É POSSÍVEL ESCOLHER OS EFEITOS JURÍDICOS.

EFEITOS JURÍDICOS.

O QUE NÃO PODE OCORRER, POIS LEVARIA À ILICITUDE

PRATICA-SE O ATO E SOFRE OS DO NEGÓCIO, É A VIOLAÇÃO À LEI E/OU AOS BONS
EFEITOS PREVISTOS EM LEI. COSTUMES E/OU À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.
/

TODO CONTRATO É UM NEGÓCIO JURÍDICO,

MAS NEM TODO NEGÓCIO JURÍDICO É UM CONTRATO.

EXISTEM VÁRIAS FORMAS DE OBSERVAR O NEGÓCIO JURÍDICO, CLASSIFICAÇÕES

QUE MESCLAM ENTRE SI.

● QUANTO AO NÚMERO DE DECLARANTES

o UNILATERAL → ​REQUER UMA ÚNICA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE
PARA SE APERFEIÇOAR. PESSOA MANIFESTA A SUA VONTADE POR SI
SÓ, POR VONTADE PRÓPRIA, VEM DELA MESMA.
▪ EX¹: ​PROMESSA DE RECOMPENSA → BASTA APENAS A
VONTADE DO ESTADO PARA CELEBRAR A RECOMPENSA POR
UM CRIMINOSO.
▪ EX²: ​TESTAMENTO → BASTA A VONTADE DO PRÓPRIO AUTOR
PARA A CELEBRAÇÃO DE SUA VONTADE PREVIAMENTE
ESCRITA NO TESTAMENTO.
o BILATERAL / CONTRATO → DEPENDE DE ​DUAS DECLARAÇÕES DE
VONTADE​ PARA SER CELEBRADO.
▪ EX¹: CONTRATO DE COMPRA E VENDA →PRECISA-SE DE
ALGUÉM INTERESSADO EM VENDER E OUTRO ALGUÉM EM
COMPRAR.
▪ EX²: DOAÇÃO → ALGUÉM QUER DOAR E ALGUÉM QUER
RECEBER.
o PLURILATERAL ​→ NEGÓCIO PODE PARTIR DE ​MAIS DE DUAS
PESSOAS​, COMO UMA EMPRESA COM VÁRIOS SÓCIOS.
● QUANTO AO EXERCÍCIO DE DIREITOS
 o NEGÓCIOS DE DISPOSIÇÃO → FORMA DE PRATICAR UM ATO JURÍDICO
DISPONDO COMPLETAMENTE DO BEM​, SENDO PERMITIDO DISPOR,
USUFRUIR O BEM.
▪ EX: DOAÇÃO – QUER-SE DOAR UM IMÓVEL PARA UM PARENTE,
HÁ, ENTÃO, A POSSIBILIDADE DE DISPOR COMPLETAMENTE
DAQUELE IMÓVEL CONFORME A SUA VONTADE.
o NEGÓCIOS DE ADMINISTRAÇÃO → APENAS HÁ A CAPACIDADE DE
ADMINISTRAR, TOMAR CONTA E CUIDAR DAQUELE BEM. NÃO SE PODE
DISPOR, GOZAR OU USUFRUIR O BEM, APENAS ADMINISTRÁ-LO.
● QUANTO ÀS VANTAGENS PATRIMONIAIS → ​OS EFEITOS DOS NEGÓCIOS
JURÍDICOS REALIZADOS NA ESFERA JURÍDICA PODEM GERAR VANTAGENS
PATRIMONIAIS, COMO NA VENDA DE UM BEM – DINHEIRO.
o GRATUITO → PRATICA-SE UM ATO COM INTUITO DE PRODUZIR
EFEITOS NA ÁREA JURÍDICA, MAS ​NÃO HÁ O OBJETIVO DE OBTER
VANTAGENS PATRIMONIAIS​. REALIZA-SE O ATO DE FORMA GRATUITA.
o ONEROSO → ​ATO QUE EXIGE PAGAMENTO – NÃO SÓ EM DINHEIRO,
PODE SE DAR DE OUTRAS FORMAS.
o NEUTRO → NEGÓCIOS QUE NÃO POSSUEM NATUREZA PATRIMONIAL,
COMO O BEM DE FAMÍLIA NO QUAL NÃO EXISTE UMA VANTAGEM
PECUNIÁRIA.
o BIFRONTES → NEGÓCIO QUE PODE SER ​ORA ONEROSO, ORA
GRATUITO​, SEMPRE DE ACORDO COM OS INTERESSES DAS PESSOAS
ENVOLVIDAS.
● QUANTO AO MOMENTO DE PRODUÇÃO DE EFEITOS ​→ PRATICA-SE UM ATO
LÍCITO QUE PRODUZ EFEITOS NA ÁREA JURÍDICA. NO MOMENTO DA PRÁTICA
DO ATO, ESSES EFEITOS PODEM SE DAR:
o INTERVIVOS ​→ ENTRE PESSOAS QUE ESTÃO VIVAS.
o CAUSA MORRIS ​→ EFEITOS QUE SÃO PRODUZIDOS NA ÁREA JURÍDICA
APÓS A MORTE DE ALGUÉM.
● QUANTO À EXISTÊNCIA → ​PARA O NEGÓCIO JURÍDICO EXISTIR, ELE PODE
SER UM NEGÓCIO JURÍDICO:
o PRINCIPAIS → O PRINCIPAL OBJETIVO DA PESSOA AO PRATICAR UM
DETERMINADO ATO FOI O DE REALIZAR AQUELE NEGÓCIO JURÍDICO
PARA PRODUZIR AQUELE DETERMINADO EFEITO.
▪ EX: ​LOCAÇÃO – CONTRATO JURÍDICO DE LOCAÇÃO – OBJETIVO:
LOCAR O IMÓVEL - NEGÓCIO BILATERAL: ENTRE DUAS
PESSOAS.
o ACESSÓRIOS ​→ SÃO NEGÓCIOS QUE ACONTECEM EM DECORRÊNCIA
DO NEGÓCIO JURÍDICO PRINCIPAL.
 ▪ EX: ​AO CONTRATAR UMA ATRAÇÃO PARA A CHOPPADA DA FND,
HÁ OUTROS NEGÓCIOS POR TRÁS DESSA CONTRATAÇÃO DO
ARTISTA, COMO A CONTRATAÇÃO DA LUZ, SOM, PALCO, ETC.

___________________________

VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

ART. 104 CC → ART.166 CC

● TESE DE PONTES DE MIRANDA → “ESCADA PONTIANA”

● REQUISITOS SUBJETIVOS → ​ART. 104, I

● REQUISITOS OBJETIVOS → ​ART. 104, II
● REQUISITOS FORMAIS → ​ART. 104, III
1. EXISTÊNCIA → VER SE O NEGÓCIO JURÍDICO EXISTE EM RELAÇÃO A PESSOA
A QUAL ELE ESTÁ SENDO ATRIBUÍDO, AO CLIENTE EM QUESTÃO.
2. VALIDADE​ → ANÁLISE DA VALIDADE DESSE NEGÓCIO JURÍDICO.
3. EFICÁCIA​ → ANÁLISE DA APTIDÃO PARA A PRODUÇÃO DE EFEITOS JURÍDICOS.

O NOSSO CC COMEÇA A ANÁLISE DO NEGÓCIO PELA VALIDADE, CONTUDO

EXISTE UMA TESE ACEITA POR MUITOS DE QUE, INICIALMENTE, É PRECISO
VERIFICAR SE O NEGÓCIO JURÍDICO EXISTE EM RELAÇÃO A QUEM ESTÁ SENDO
ATRIBUÍDA A VONTADE. DESSA FORMA, O INTÉRPRETE DEVE VERIFICAR SE OS
SEGUINTES ELEMENTOS ESTÃO PRESENTES:

● ESTUDO DA EXISTÊNCIA → AGENTE QUE DECLARA A VONTADE ACERCA

DE UM OBJETO DE ALGUMA MANEIRA.
● ESTUDO DA VALIDADE​ – ​3 REQUISITOS
o REQUISITO SUBJETIVO – ART. 104, I → O AGENTE DEVE ​SER CAPAZ
E DEVE ​SER LEGITIMADO PARA O ATO​.
▪ LEGITIMIDADE → É UMA CARACTERÍSTICA OU REQUISITO
ESPECÍFICO EXIGIDO PARA A PRÁTICA DE CERTO ATO.
● EX¹: ALÉM DE PRECISAR SER CAPAZ, É PRECISO SER
PROPRIETÁRIO DE UM BEM PARA PODER VENDÊ-LO.
 ● EX²: SÓ SE PODE PRATICAR ATOS PRIVATIVOS DE
ADVOGADO TENDO A CARTEIRA DA ORDEM.

___________________________

AULA 28/06/2016

CONTINUAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO

● PLANO DE VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

1. INTRODUÇÃO
2. REQUISITOS DO NJ – ​ART. 104 CC
1. REQUISITOS SUBJETIVOS DO NJ – ​ART. 104, I CC
● CAPACIDADE DE FATO | DE EXERCÍCIO
● INCAPACIDADE ABSOLUTA | RELATIVA
1. REQUISITOS OBJETIVOS DO NJ – ​ART. 104, II CC
1. OBJETO LÍCITO ​– ​ART. 182 CC
2. OBJETO POSSÍVEL – ​ART. 426 CC (EX. DE OBJETO IMPOSSÍVEL)
3. OBJETO DETERMINADO / DETERMINÁVEL​ – ​ART. 243 E 252 CC
1. REQUISITOS FORMAIS DO NJ – ​ART. 104, III CC
● CONSENSUALISMO x FORMALISMO
1. FORMA LIVRE
2. FORMA ESPECIAL
1. FORMA ÚNICA
2. FORMA MÚLTIPLA OU PLURAL
3. FORMA CONTRATUAL
● FORMA ≠ PROVA

______________________________

SOBRE A VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO:

● REQUISITOS SUBJETIVOS – ​ART. 104, I CC → CONDIÇÕES SUBJETIVAS PARA O

NEGÓCIO JURÍDICO ACONTEÇA | OS PRESSUPOSTOS | AQUILO QUE PRECISA
EXISTIR PARA QUE HAJA NJ | DIZ RESPEITO A CAPACIDADE DE
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE.
● AGENTE CAPAZ → INDIVÍDUO COM APTIDÃO PARA INTERVIR NA
SOCIEDADE POR MEIO DE UM NEGÓCIO JURÍDICO | SEJA ELE
DECLARANDO SUA PRÓPRIA VONTADE (DECLARANTE) | SEJA ELE
 RECEBENDO A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE POR PARTE DE ALGUÉM
(DECLARATÁRIO).
● CAPACIDADE JURÍDICA → É A APTIDÃO PARA EXERCER
DIREITOS E CONTRAIR OBRIGAÇÕES
● DE FATO → INDIVÍDUO QUE ATINGE A MAIORIDADE CIVIL
(18 ANOS)
● DE EXERCÍCIO → INDIVÍDUO QUE PRECISA DE
REPRESENTAÇÃO (ABSOLUTAMENTE INCAPAZES) –
MENORES DE 16 ANOS – OU DE ASSSISTÊNCIA
(RELATIVAMENTE INCAPAZES) – ​ENTRE 16 E 18 ANOS.
● REQUISITOS OBJETIVOS – ​ART. 104, II CC → CONDIÇÕES OBJETIVAS PARA
QUE O NJ ACONTEÇA | AQUILO QUE DIZ RESPEITO AO OBJETO DO NJ | AQUILO
QUE SE DESTINA A PRATICAR EFEITOS | ALVO ALMEJADO.
● QUANDO FALAMOS EM OBJETO DO NJ, ELE PODE SER TANTO
UMA CONDUTA PRATICADA POR UM AGENTE (OBJETO LÍCITO)
EM CONFORMIDADE COM O ORDENAMENTO JURÍDICO QUANTO
UMA COISA, UM BEM, UM PAGAMENTO (OBJETO MATERIAL) A
SER FEITO DE ACORDO COM O ORDENAMENTO JURÍDICO.
● EX: UMA PESSOA ESTÁ VENDENDO UM PRODUTO NA
FND | ESSE PRODUTO PODE SER UM SANDUÍCHE
(OBJETO MATERIAL LÍCITO) OU UM PACOTE DE DROGAS
(OBJETO MATERIAL ILÍCITO) | A CONDUTA HUMANA DE
VENDER ALGO É LÍCITA, MAS O BEM QUE ESTÁ SENDO
VENDIDO É ILÍCITO, NÃO ESTÁ EM CONFORMIDADE COM
A LEI.
● OBJETO LÍCITO → NÃO DEVE ATENTAR CONTRA O QUE ESTÁ
POSITIVADO OU CONTRA A MORAL E BONS COSTUMES | O ALVO, A
INTENÇÃO, ​O OBJETIVO DO NJ DEVE ESTAR EM CONFORMIDADE COM
A LEI.
● TU QUOQUE ​→ ​QUANDO O OBJETO JURÍDICO É IMORAL → QUANDO HÁ NO
NEGÓCIO JURÍDICO RECIPROCIDADE DE MÁ FÉ.
● EX: COMPRADOR DE FITAS DE VIDEOGAME COMPRA
PRODUTOS ORIGINAIS USADOS POR R$150,00 | UMA OUTRA
PESSOA DECIDE VENDER À ELE UMA FITA DE VIDEOGAME
PIRATA AFIRMANDO QUE A MESMA É ORIGINAL (VENDEDOR
AGE DE MÁ FÉ PARA COM O COMPRADOR, AGE IMORALMENTE)
| PORÉM O PREÇO DE UMA FITA ORIGINAL NO MERCADO É DE
R$800,00 , MAS O COMPRADOR ESTÁ COMPRANDO-A POR
R$150,00 (COMPRADOR ESTÁ AGINDO DE MÁ FÉ PARA COM OS
VENDEDORES DE FITAS ORIGINAIS | OFERECE UM PREÇO
MUITO ABAIXO DO JUSTO) | NESSE CASO, TEMOS ATITUDES DE
 MÁ FÉ RECÍPROCAS ENTRE VENDEDOR E COMPRADOR | UM
AGIU COM O OUTRO IMORALMENTE | UM ENGANOU O OUTRO.
● NESSE CASO, NO ÂMBITO JURÍDICO, ENTRA O ​TU
QUOQUE – NINGUÉM PODE SE BENEFICIAR OU SE
VALER DA PRÓPRIA TORPEZA!
● OBJETO POSSÍVEL → TANTO FISICAMENTE (TEM QUE EXISTIR)
QUANTO JURIDICAMENTE.
● IMPOSSIBILIDADE FÍSICA → EMANA DE LEIS FÍSICAS, DE LEIS
NATURAIS, DIZ À RESPEITO DA CONCRETUDE – ESSA
IMPOSSIBILIDADE DEVE ATINGIR TODAS AS PESSOAS, NINGUÉM
PODE SER CAPAZ DE FAZER.
● EX: É IMPOSSÍVEL ESTABELECER UM CONTRATO COM
UM INDIVÍDUO NO QUAL VOCÊ PAGARÁ A ELE UM
MILHÃO DE REAIS, CASO ELE CONSIGA COLOCAR TODA
A ÁGUA DO MUNDO EM UM COPO DESCARTÁVEL, POIS É
IMPOSSÍVEL JURIDICAMENTE.
● IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA → ACONTECE QUANDO O
INDIVÍDUO É IMPOSSIBILITADO, UMA VEZ QUE DEVEDOR DESSA
RELAÇÃO, DE ENTREGAR A COISA | ALGO IMPOSSÍVEL APENAS
AO DEVEDOR.
● CONCEITO DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA - ​CARLOS
ROBERTO GONÇALVES → IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA
OCORRE QUANDO O ORDENAMENTO JURÍDICO PROÍBE
EXPRESSAMENTE NEGÓCIOS A RESPEITO DE
DETERMINADOS BENS.
● EX: NÃO SE PODE DISPOR DE BENS​ [...]
● CLÁUSULA DE INALIENABILIDADE → OBJETO SE TORNA
IMPOSSÍVEL DE SER VENDIDO POR UM PERÍODO X DE
TEMPO POR FORÇA DESSA CLÁUSULA.
● OBJETO DETERMINADO / DETERMINÁVEL → CONDUTA DEVE SER
ESPECÍFICA.
● EX¹: PESSOA PROMETE LHE DAR UM OBJETO ROSA |
AQUI, POR MAIS QUE O OBJETO SEJA INCERTO, JÁ HÁ
UMA ESPECIFICIDADE: A COR ROSA.
● EX²: PESSOA PROMETE LHE DAR ALGUMA COISA | VOCÊ
NÃO PODE EXIGIR NADA, POIS NÃO ERA NADA
ESPECÍFICO, NADA DETERMINADO.
● EXCEÇÃO​: ​VENDA DE COISA INCERTA → OBJETO
INDETERMINADO
 ● NÃO SE PODE VENDER ALGUMA COISA QUE VOCÊ NÃO
SABE O QUE É, MAS, SE VOCÊ CONSEGUIR DEFINIR O
GÊNERO OU A QUANTIDADE FICA MAIS FÁCIL
● EX¹: VOCÊ QUER 1 TONELADA DE RAÇÃO.
● O ​OBJETO É INDETERMINADO​, A MARCA É
INDETERMINADA, MAS HÁ UMA
ESPECIFICIDADE SOBRE O GÊNERO –
RAÇÃO​ – E A QUANTIDADE – ​1 TONELADA.
● O CONTRATO CELEBRADO PODE SER
DETERMINADO E, ANTES DA ENTREGA, VOCÊ
PODE DECIDIR A MARCA – ​QUERO A MARCA X | A
MARCA PODE SER DETERMINADA APÓS, OU
SEJA, OBJETO DETERMINÁVEL (PODE SER
DETERMINADO NO FUTURO).
● EX²: ​VENDA ALTERNATIVA → QUANDO
COMPRADOR QUER UMA COISA OU OUTRA E O
VENDEDOR DECIDE NO FUTURO O QUE ELE LHE
ENTREGARÁ.

ART. 243 CC ART. 252 CC

A coisa incerta será indicada, ao menos,
pelo gênero e pela quantidade.
Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor,
se outra coisa não se estipulou.
§ 1​o​ Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte
em uma prestação e parte em outra.

§ 2​o​ Quando a obrigação for de prestações periódicas, a

faculdade de opção poderá ser exercida em cada
período.

§ 3​o​ No caso de pluralidade de optantes, não havendo

acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo
por este assinado para a deliberação.

§ 4​o​ Se o título deferir a opção a terceiro, e este não

quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha
se não houver acordo entre as partes.

● REQUISITOS FORMAIS – ​ART. 104, III CC → DIZ RESPEITO À FORMA DO NJ – A

FORMA DE CELEBRAÇÃO DO NJ ​DEVE ESTAR PRESCRITA EM LEI OU ESSA
FORMA A SER CELEBRADA ​NÃO PODE SER PROIBIDA PELA LEI​.
● MEIO DA REVELAÇÃO DE VONTADE POR PARTE DESSE AGENTE QUE
PRATICA O NJ. COMO ESSE AGENTE REVELA A SUA VONTADE AO
PRATICAR ESSE NJ.
● CONSENSUALISMO → PRIORIZAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO DE
VONTADE DAS PARTES ENVOLVIDAS NO NJ | ​LIBERDADE NA
FORMA DO NJ​.
 ● FORMALISMO → DEFENDEM UMA FORMA OBRIGATÓRIA NA
CELEBRAÇÃO DE TODOS OS NJ | ​FORMA OBRIGATÓRIA DO
NJ​.

ART. 104 CC – A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou
determinável
III - forma prescrita
ou não defesa em lei.
REQUISITOS SUBJETIVOS:
PARA MANIFESTAÇÃO DA VONTADE.
REQUISITOS OBJETIVOS:
A INTENÇÃO, O ALVO, O OBJETIVO DO NJ.
REQUISITOS FORMAIS:
DIZ RESPEITO À FORMA DO NJ.

● FORMA LIVRE - ​ART. 107 CC → ​QUALQUER MEIO DE MANIFESTAÇÃO DE

VONTADE NÃO IMPOSTO OBRIGATORIAMENTE PELA LEI | CELEBRAÇÃO
DO NJ PRIORIZARÁ O ACORDO ENTRE AS PARTES | SUA FORMA SERÁ
A MAIS ADEQUADA DE ACORDO COM A VONTADE DAS PARTES.
● FORMA PREDOMINANTE NO DIREITO BRASILEIRO.
● FORMA ESPECIAL → LEI EXIGE ALGUMAS ESPECIFICIDADES PARA
ALGUNS TIPOS DE CONTRATO | NÃO PODE SER SUBSTITUÍDA POR
OUTRA DE NENHUMA MANEIRA, POIS A LEI ASSIM O DETERMINOU.
● FORMA ÚNICA → FORMA QUE NÃO PODE SER SUBSTITUÍDA
POR NENHUMA OUTRA.
● EX: ​DESERDAÇÃO E CASAMENTO → FEITAS APENAS
SEGUNDO ALGUMAS FORMALIDADES IMPOSTAS EM LEI.
● FORMA MÚLTIPLA → NÃO ESTÁ DEFESO EM LEI | DEVE EXISTIR
UM ATO SOLENE PARA PRÁTICA DE NJ, MAS A LEI PODE
PERMITIR A FORMALIZAÇÃO DESSE NJ POR DIVERSAS FORMAS.
● EX: ​RECONHECIMENTO DE FILHO → PODE SER FEITO DE
DIVERSAS FORMAS | PRECISA PRATICAR DE FORMA
SOLENE, FORMAL, MAS O MEIO DE RECONHECIMENTO
PODE SER LIVRE.
● EX: ​RENÚNCIA DE HERANÇA → NECESSIDADE DE
MANIFESTAÇÃO DE UM ATO SOLENE, MAS PODE SER
FEITA POR ESCRITURA PÚBLICA OU PELA VIA JUDICIAL.
● FORMA CONTRATUAL ​→ FORMA CONVENCIONADA ENTRE AS PARTES |
PARTES ACORDAM COMO QUEREM CELEBRAR ESSE NEGÓCIO
JURÍDICO | PARTES ESTABELECEM OS CRITÉRIOS E REQUISITOS PARA
O NJ | AGEM EM COMUM ACORDO ENTRE SI.
● ALGUNS AUTORES DEFENDEM QUE ESSA FORMA
NÃO EXISTE, FOI UMA INVENÇÃO.

FORMA CONTRATUAL POSSUI 2 FORMAS:

● FORMA → PRÁTICA DESSE ATO É INERENTE AO ATO EM SI |

FORMA ESCOLHIDA PELAS PARTES PARA A CELEBRAÇÃO DO
 NJ É INDISPENSÁVEL PARA QUE O NJ SEJA VÁLIDO E PRODUZA
EFEITOS | FORMA ESCOLHIDA É TÃO IMPORTANTE QUE, SE NÃO
FOR ASSIM FEITA, PODE COMPROMETER O PRÓPRIO NJ EM SI |
FORMA QUE EXISTE COMO REQUISITO ESSENCIAL PARA QUE O
NJ PRODUZA EFEITOS.
● PROVA → FORMA CONTRATUAL ESTABELECIDA ENTRE ESSAS
PARTES COMO FORMA DE FAZER COM QUE EXISTA UMA
POSSIBILIDADE MAIOR DE PROVAR QUE AQUELE NJ FOI
CELEBRADO | ​FORMA QUE FACILITA A COMPROVAÇÃO DA
CELEBRAÇÃO DO NJ.
● FORMA É DIFERENTE DE PROVA!
● FORMA​ → MEIO DE EXPRIMIR A VONTADE.
● PROVA → MEIO DE ADMINISTRAR/DEMONSTRAR
A EXISTÊNCIA DE UM ATO JURÍDICO | MEIO DE
COMPROVAR QUE AQUELE NJ EXISTIU E FOI
CELEBRADO.

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AULA 30/06/2016