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domínio das TIC, corresponde a uma verdadeira eternidade, o texto mantém uma
curiosa actualidade que se adequa à temática deste segundo módulo que agora se inicia
No texto é apresentada uma classificação do uso das TIC de acordo com os seus
inovação das práticas do professor (como se ensina) que se pode expandir para o que se
se ensina.
tecnologias como factor de inovação e mudança não só dessas práticas mas também dos
governamentais.
Os fundamentos teóricos que conduziram à definição dos dois tipos de uso das
como Veículos para a Mudança (TVM) – estão representados na figura 1 como cinco
canais históricos que evoluem lado a lado e que se podem influenciar entre si:
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elementos acerca das TIC na educação foram em grande parte extraídos do livro de
Greeno (1980), Brown, Collins & Duguid (1989), e Scott, Cole & Engel (1992).
menos tempo e de um modo menos dispendioso. Assim, o seu uso não se traduz numa
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neste grupo, por exemplo, certos usos do Power Point e das aplicações do Quadro
receber essa informação. Podemos considerar, também, como fazendo parte deste grupo
todos os exercícios básicos de prática, muitos deles que o professor disponibiliza com
prévias de ensino programado com recurso ao computador, como o ensino assistido por
aprende.
desenvolvido, nos anos 1920, por John Franklin Bobbit (Kliebard, 1979). Bobbit
concepção dos princípios básicos segundo os quais se deveria alicerçar o então chamado
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“currículo científico” (Kliebard, 1979). De acordo com Giroux (1979) este movimento
ser eminentemente pragmática, não teórica e não histórica. O modelo de Tyler (1949) de
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computador. Bialo & Sivin (1990) concluíram, ao rever a literatura da especialidade: (a)
o computador pode ser utilizado não só para apoiar abordagens tradicionais mas
tempo numa dada tarefa quando utilizam o computador; (d) os alunos demonstram um
interesse mais continuado num dado tópico que estão a estudar quando utilizam o
desta categoria de uso: (a) utilização mais económica dos recursos e equipamentos; (b)
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vividas por aquele que aprende na resolução de problemas e nas suas interacções com o
meio. No domínio da educação está ligada a correntes centradas no aluno que implicam
como Veículos para a Mudança (TVM), na qual se integram diferentes autores em que
aqui se destaca Giroux (1979), coloca a ênfase na íntima ligação entre a teoria e a
versus a prescrição.
sala de aula ou, dito de outra maneira, de as integrar no currículo, provoca uma
tecnologia e das mudanças que traz. De acordo com Seymour Papert (1990), o objectivo
deste criticismo em relação à tecnologia não é para a condenar e recusar o seu papel
educativo, mas sim para a compreender, explicar e perspectivar, numa atitude que é
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Bialo & Sivin (1990) também se debruçaram sobre as TVM ao realizar a sua
estudantil, o papel do professor, o modo como os alunos trabalham quer em grupo quer
Escola é real – e deve ser explorado; (c) a tecnologia, por si só, não pode afectar os
necessidades dos alunos, entre outros; (d) para que as TVM sejam integradas nas
das TVM na sala de aula: (a) o professor torna-se um orientador, um facilitador; (b) os
alunos envolvem-se mais e tornam-se mais responsáveis pelas suas aprendizagens; (c)
uma maior ênfase é colocada no trabalho em pequeno grupo; (d) o professor dispõe de
mais tempo para dedicar aos alunos que necessitam de mais apoio; (e) é enfatizada a
de uma estrutura social mais colaborativa; (g) ocorre uma mudança de aprendizagem
que aqui se propõe é a realização de uma versão 2010 deste texto com os up-gradings e
Referências
Bialo, E., & Sivin, J. (1990). Report on the effectiveness of microcomputers in schools.
Brown, J., Collins, A., & Duguid, P. (1989). Situated cognition and the culture of
University, Boston.
248-253.
Kliebard, H. (1979). The drive for curriculum change in the United States, 1890-1958 --
Noble, D. D. (1991). The classroom arsenal. New York: The Falmer Press.
Papert, S. (1990). Computer criticism versus technocentric thinking. E & L Memo No.
Ravitch, D. (1983). The troubled crusade: American education 1945-1980. New York:
Basic Books.
Scott, T., Cole, M., & Engel, M. (1992). Computers and education: A cultural
Teaching machines and programmed learning, II. Data and directions (pp. 5-
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