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língua escrita.
Por
Mara Mansani
OUTROS BLOGS
Blog Tecnologia na
Educação
Blog de Leitura
Blog Questão de
Ensino
Um roteiro semanal
completo de atividades
permanentes de
alfabetização
POR:
Mara Mansani
03 de Abril | 2017
Troque experiências e boas práticas sobre o processo de aquisição da
língua escrita.
Por
Mara Mansani
OUTROS BLOGS
Blog Tecnologia na
Educação
Blog de Leitura
Blog Questão de
Ensino
Um roteiro semanal
completo de atividades
permanentes de
alfabetização
POR:
Mara Mansani
03 de Abril | 2017
Atividades de leitura que envolvam o professor e a turma podem ocorrer todos os dias.
(Foto: Mariana Pekin)
Desde que Emilia Ferreiro e Ana Teberosky descobriram o papel ativo das crianças no
processo de alfabetização, amplas linhas da Pedagogia passaram a defender que o
professor exerça um papel de mediador, que cria situações reais de leitura e escrita que
permitam o avanço. É daí que vem a preocupação, que você já conhece muito bem, de
construir uma rotina de imersão na cultura escrita, sem amenizar artificialmente a
complexidade dela.
Diante dessa necessidade, é preciso entender que os grandes projetos são
importantíssimos na alfabetização, mas as chamadas atividades permanentes, aquelas
rotineiras, tem um papel fundamental (conheça aqui as modalidades organizativas). São
elas que garantem o contato constante do aluno com o sistema de escrita.
Por isso, hoje eu quero falar do básico, do arroz com feijão da alfabetização! Abaixo, há
um roteiro semanal com atividades de leitura e escrita simples, permanentes e
diversificadas. Elas podem ser individuais, em duplas ou em grupos (sempre levando
em conta as hipóteses de escrita dos alunos) e contemplam diversos tipos de textos,
como listas, artigos informativos, canções etc.
A partir desses modelos, você poderá escolher os textos que desejar, adaptá-los ao
tempo de aprendizagem da sua turma (algumas precisam de mais tempo para
desenvolver as atividades) e adequá-las à faixa etária. Ah, e um detalhe importante:
todos os materiais impressos devem estar em letra de imprensa – se possível, maiúscula
– para facilitar a leitura.
Segunda-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Para essa atividade, escolhi o livro A cesta da Dona
Maricota, de Tatiana Bellinky. É uma narrativa divertida, toda feita em versos
rimados. As crianças adoram!
Escrita de texto: lista com nomes de alimentos. Cada aluno
deve elaborar uma lista de compras para a sua família. Os silábico-alfabéticos e
alfabéticos (entenda as diferenças entre as hipóteses de escrita) escrevem sozinhos. Pré-
silábicos e silábicos com ou sem valor sonoro podem fazer a tarefa em dupla, com as
devidas intervenções do professor. Outra opção é que eles escrevam na lousa e
socializem suas escritas com os demais colegas que estejam em hipóteses iguais ou
próximas às suas, discutindo modificações para chegar à forma correta. Tanto na
primeira como na segunda opção, faça perguntas a respeito das escolhas feitas e peça
que leiam a palavra acompanhando-a com o dedo.
Leitura de texto: lista de nomes de vegetais. Ofereça uma
lista impressa com nomes de vegetais e dite as palavras de forma aleatória. Ao ouvirem
o nome, os alunos devem procurá-lo na lista e numerá-lo (Primeira palavra, número 1,
segunda palavra, número 2, e assim por diante). Escolha palavras que iniciem com a
mesma letra ou com sons próximos, como escarola e espinafre, cenoura e cebola etc.
Isso porque, nessa fase, os alunos silábicos com valor sonoro, muitas vezes, se baseiam
na primeira letra para ler a palavra, o que faz com que a sequência semelhante se torne
um desafio, uma vez que ele precisará das outras letras para identificar as palavras. Se,
por exemplo, a lista tiver apenas uma palavra que começa com a letra e, e eu ditar
"espinafre", o aluno acertará, mas isso não quer dizer que ele a leu necessariamente.
Terça-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Nesta, sugiro Sabores da América, de Ana Maria
Pavez e Constanza Recart. Esse livro é simplesmente maravilhoso: a cada página,
encontramos a origem de um alimento do continente americano.
Leitura pelos alunos de texto de memória. Faça um cartaz com
a letra da canção Fui no mercado comprar café (há uma versão da Eliana e outra
da Galinha Pintadinha) e o coloque em um local onde todos tenham boa visão. Cante e
leia com os alunos a letra da canção, indicando linha a linha a leitura. Depois, distribua
cópias impressas da letra, uma para cada um, e leiam juntos. Peça que os alunos
acompanhem a leitura com o dedo e dite palavras a serem procuradas no texto.
Escrita de palavras com o alfabeto móvel. Peça que os alunos
escrevam nomes de frutas, legumes ou verduras utilizando as peças. Os silábico-
alfabéticos e alfabéticos escrevem individualmente e escolhem livremente as letras que
usarão. Já os pré-silábicos e silábicos com e sem valor sonoro podem trabalhar em
dupla, se necessário, mas devem receber o conjunto de letras correto. O desafio de
formar a palavra corretamente sem deixar nenhuma letra de fora leva a criança a
confrontar sua hipótese de escrita e avançar rumo à escrita alfabética.
Quarta-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Aqui, vamos retomar um dos textos do livro Sabores
da América, usado no dia anterior. Escolhi “A origem do tomate”.
Leitura de texto. Os alunos alfabéticos leem para os demais alunos outras
páginas do livro, sobre a origem de outros alimentos.
Escrita de texto coletivo no formato “Você sabia”. Releia a
página do texto sobre o tomate pelo menos duas vezes. Em seguida, peça que os alunos
destaquem oralmente as principais informações sobre o fruto. Por fim, eles devem ditar
a você, que será a escriba, essas informações para construir o texto na lousa. Uma
observação importante: se os alunos não conhecem esse formato “Você sabia”, é preciso
oferecer modelos antes (para saber mais sobre como fazer isso, veja o texto que escrevi
sobre modelização).
Quinta-feira
Leitura do livro. O escolhido é Rimas saborosas, de César Obeid.
Nele, o autor explica como pode ser divertido e gostoso se alimentar bem. O livro traz
curiosidades sobre vegetais, receitas e informações nutricionais, tudo escrito em versos
cheios de rima.
Escrita de texto coletivo em grupos: cartaz. Cada grupo
desenha e escreve uma mensagem para compor uma peça que incentive a alimentação
saudável para ser exposto em um mural da escola. Um grupo faz o cartaz sobre frutas,
outro, sobre verduras, outro, sobre legumes. Não se esqueça de fazer agrupamentos
produtivos.
Sexta-feira:
Leitura do livro. O último da semana é Poemas e comidinhas, de
Roseana Murray.
Leitura e cantoria. Cantem e leiam juntos a música O que é que tem
na sopa do neném, do Palavra Cantada, nos mesmos moldes da atividade de leitura
de textos de memória, feita na terça-feira. Retire apenas a etapa de distribuição de
cópias e ditado.
Escrita de texto: receita de sopa para neném. Os alunos
deverão escrever uma receita de sopa, executando a atividade em duas etapas. Os alunos
pré-silabicos e silábicos com e sem valor sonoro escreverão os ingredientes, e os
silábico-alfabéticos e alfabéticos ficam com o modo de fazer. Ofereça uma folha
impressa com as lacunas de uma receita (espaço para título, ingredientes e modo de
fazer) que serão preenchidas. Primeiro, a folha passa pelos alunos de hipóteses iniciais e
depois vai para os outros. Todos podem trabalhar em duplas. Deixe que os alunos
escolham os ingredientes à vontade e oriente-os para garantir a unidade textual. Por fim,
é só socializar as produções para que a turma avalie se o texto ficou claro.
Espero que gostem e aproveitem essa sugestão. E vocês, quais atividades fazem parte da
sua rotina? Conte aqui nos comentários!
Um grande abraço,
Mara Mansani
Por
Mara Mansani
OUTROS BLOGS
Blog Tecnologia na
Educação
Blog de Leitura
Blog Questão de
Ensino
Um roteiro semanal
completo de atividades
permanentes de
alfabetização
POR:
Mara Mansani
03 de Abril | 2017
Atividades de leitura que envolvam o professor e a turma podem ocorrer todos os dias.
(Foto: Mariana Pekin)
Desde que Emilia Ferreiro e Ana Teberosky descobriram o papel ativo das crianças no
processo de alfabetização, amplas linhas da Pedagogia passaram a defender que o
professor exerça um papel de mediador, que cria situações reais de leitura e escrita que
permitam o avanço. É daí que vem a preocupação, que você já conhece muito bem, de
construir uma rotina de imersão na cultura escrita, sem amenizar artificialmente a
complexidade dela.
Diante dessa necessidade, é preciso entender que os grandes projetos são
importantíssimos na alfabetização, mas as chamadas atividades permanentes, aquelas
rotineiras, tem um papel fundamental (conheça aqui as modalidades organizativas). São
elas que garantem o contato constante do aluno com o sistema de escrita.
Por isso, hoje eu quero falar do básico, do arroz com feijão da alfabetização! Abaixo, há
um roteiro semanal com atividades de leitura e escrita simples, permanentes e
diversificadas. Elas podem ser individuais, em duplas ou em grupos (sempre levando
em conta as hipóteses de escrita dos alunos) e contemplam diversos tipos de textos,
como listas, artigos informativos, canções etc.
A partir desses modelos, você poderá escolher os textos que desejar, adaptá-los ao
tempo de aprendizagem da sua turma (algumas precisam de mais tempo para
desenvolver as atividades) e adequá-las à faixa etária. Ah, e um detalhe importante:
todos os materiais impressos devem estar em letra de imprensa – se possível, maiúscula
– para facilitar a leitura.
Segunda-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Para essa atividade, escolhi o livro A cesta da Dona
Maricota, de Tatiana Bellinky. É uma narrativa divertida, toda feita em versos
rimados. As crianças adoram!
Escrita de texto: lista com nomes de alimentos. Cada aluno
deve elaborar uma lista de compras para a sua família. Os silábico-alfabéticos e
alfabéticos (entenda as diferenças entre as hipóteses de escrita) escrevem sozinhos. Pré-
silábicos e silábicos com ou sem valor sonoro podem fazer a tarefa em dupla, com as
devidas intervenções do professor. Outra opção é que eles escrevam na lousa e
socializem suas escritas com os demais colegas que estejam em hipóteses iguais ou
próximas às suas, discutindo modificações para chegar à forma correta. Tanto na
primeira como na segunda opção, faça perguntas a respeito das escolhas feitas e peça
que leiam a palavra acompanhando-a com o dedo.
Leitura de texto: lista de nomes de vegetais. Ofereça uma
lista impressa com nomes de vegetais e dite as palavras de forma aleatória. Ao ouvirem
o nome, os alunos devem procurá-lo na lista e numerá-lo (Primeira palavra, número 1,
segunda palavra, número 2, e assim por diante). Escolha palavras que iniciem com a
mesma letra ou com sons próximos, como escarola e espinafre, cenoura e cebola etc.
Isso porque, nessa fase, os alunos silábicos com valor sonoro, muitas vezes, se baseiam
na primeira letra para ler a palavra, o que faz com que a sequência semelhante se torne
um desafio, uma vez que ele precisará das outras letras para identificar as palavras. Se,
por exemplo, a lista tiver apenas uma palavra que começa com a letra e, e eu ditar
"espinafre", o aluno acertará, mas isso não quer dizer que ele a leu necessariamente.
Terça-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Nesta, sugiro Sabores da América, de Ana Maria
Pavez e Constanza Recart. Esse livro é simplesmente maravilhoso: a cada página,
encontramos a origem de um alimento do continente americano.
Leitura pelos alunos de texto de memória. Faça um cartaz com
a letra da canção Fui no mercado comprar café (há uma versão da Eliana e outra
da Galinha Pintadinha) e o coloque em um local onde todos tenham boa visão. Cante e
leia com os alunos a letra da canção, indicando linha a linha a leitura. Depois, distribua
cópias impressas da letra, uma para cada um, e leiam juntos. Peça que os alunos
acompanhem a leitura com o dedo e dite palavras a serem procuradas no texto.
Escrita de palavras com o alfabeto móvel. Peça que os alunos
escrevam nomes de frutas, legumes ou verduras utilizando as peças. Os silábico-
alfabéticos e alfabéticos escrevem individualmente e escolhem livremente as letras que
usarão. Já os pré-silábicos e silábicos com e sem valor sonoro podem trabalhar em
dupla, se necessário, mas devem receber o conjunto de letras correto. O desafio de
formar a palavra corretamente sem deixar nenhuma letra de fora leva a criança a
confrontar sua hipótese de escrita e avançar rumo à escrita alfabética.
Quarta-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Aqui, vamos retomar um dos textos do livro Sabores
da América, usado no dia anterior. Escolhi “A origem do tomate”.
Leitura de texto. Os alunos alfabéticos leem para os demais alunos outras
páginas do livro, sobre a origem de outros alimentos.
Escrita de texto coletivo no formato “Você sabia”. Releia a
página do texto sobre o tomate pelo menos duas vezes. Em seguida, peça que os alunos
destaquem oralmente as principais informações sobre o fruto. Por fim, eles devem ditar
a você, que será a escriba, essas informações para construir o texto na lousa. Uma
observação importante: se os alunos não conhecem esse formato “Você sabia”, é preciso
oferecer modelos antes (para saber mais sobre como fazer isso, veja o texto que escrevi
sobre modelização).
Quinta-feira
Leitura do livro. O escolhido é Rimas saborosas, de César Obeid.
Nele, o autor explica como pode ser divertido e gostoso se alimentar bem. O livro traz
curiosidades sobre vegetais, receitas e informações nutricionais, tudo escrito em versos
cheios de rima.
Escrita de texto coletivo em grupos: cartaz. Cada grupo
desenha e escreve uma mensagem para compor uma peça que incentive a alimentação
saudável para ser exposto em um mural da escola. Um grupo faz o cartaz sobre frutas,
outro, sobre verduras, outro, sobre legumes. Não se esqueça de fazer agrupamentos
produtivos.
Sexta-feira:
Leitura do livro. O último da semana é Poemas e comidinhas, de
Roseana Murray.
Leitura e cantoria. Cantem e leiam juntos a música O que é que tem
na sopa do neném, do Palavra Cantada, nos mesmos moldes da atividade de leitura
de textos de memória, feita na terça-feira. Retire apenas a etapa de distribuição de
cópias e ditado.
Escrita de texto: receita de sopa para neném. Os alunos
deverão escrever uma receita de sopa, executando a atividade em duas etapas. Os alunos
pré-silabicos e silábicos com e sem valor sonoro escreverão os ingredientes, e os
silábico-alfabéticos e alfabéticos ficam com o modo de fazer. Ofereça uma folha
impressa com as lacunas de uma receita (espaço para título, ingredientes e modo de
fazer) que serão preenchidas. Primeiro, a folha passa pelos alunos de hipóteses iniciais e
depois vai para os outros. Todos podem trabalhar em duplas. Deixe que os alunos
escolham os ingredientes à vontade e oriente-os para garantir a unidade textual. Por fim,
é só socializar as produções para que a turma avalie se o texto ficou claro.
Espero que gostem e aproveitem essa sugestão. E vocês, quais atividades fazem parte da
sua rotina? Conte aqui nos comentários!
Um grande abraço,
Mara Mansani
Atividades de leitura que envolvam o professor e a turma podem ocorrer todos os dias.
(Foto: Mariana Pekin)
Desde que Emilia Ferreiro e Ana Teberosky descobriram o papel ativo das crianças no
processo de alfabetização, amplas linhas da Pedagogia passaram a defender que o
professor exerça um papel de mediador, que cria situações reais de leitura e escrita que
permitam o avanço. É daí que vem a preocupação, que você já conhece muito bem, de
construir uma rotina de imersão na cultura escrita, sem amenizar artificialmente a
complexidade dela.
Diante dessa necessidade, é preciso entender que os grandes projetos são
importantíssimos na alfabetização, mas as chamadas atividades permanentes, aquelas
rotineiras, tem um papel fundamental (conheça aqui as modalidades organizativas). São
elas que garantem o contato constante do aluno com o sistema de escrita.
Por isso, hoje eu quero falar do básico, do arroz com feijão da alfabetização! Abaixo, há
um roteiro semanal com atividades de leitura e escrita simples, permanentes e
diversificadas. Elas podem ser individuais, em duplas ou em grupos (sempre levando
em conta as hipóteses de escrita dos alunos) e contemplam diversos tipos de textos,
como listas, artigos informativos, canções etc.
A partir desses modelos, você poderá escolher os textos que desejar, adaptá-los ao
tempo de aprendizagem da sua turma (algumas precisam de mais tempo para
desenvolver as atividades) e adequá-las à faixa etária. Ah, e um detalhe importante:
todos os materiais impressos devem estar em letra de imprensa – se possível, maiúscula
– para facilitar a leitura.
Segunda-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Para essa atividade, escolhi o livro A cesta da Dona
Maricota, de Tatiana Bellinky. É uma narrativa divertida, toda feita em versos
rimados. As crianças adoram!
Escrita de texto: lista com nomes de alimentos. Cada aluno
deve elaborar uma lista de compras para a sua família. Os silábico-alfabéticos e
alfabéticos (entenda as diferenças entre as hipóteses de escrita) escrevem sozinhos. Pré-
silábicos e silábicos com ou sem valor sonoro podem fazer a tarefa em dupla, com as
devidas intervenções do professor. Outra opção é que eles escrevam na lousa e
socializem suas escritas com os demais colegas que estejam em hipóteses iguais ou
próximas às suas, discutindo modificações para chegar à forma correta. Tanto na
primeira como na segunda opção, faça perguntas a respeito das escolhas feitas e peça
que leiam a palavra acompanhando-a com o dedo.
Leitura de texto: lista de nomes de vegetais. Ofereça uma
lista impressa com nomes de vegetais e dite as palavras de forma aleatória. Ao ouvirem
o nome, os alunos devem procurá-lo na lista e numerá-lo (Primeira palavra, número 1,
segunda palavra, número 2, e assim por diante). Escolha palavras que iniciem com a
mesma letra ou com sons próximos, como escarola e espinafre, cenoura e cebola etc.
Isso porque, nessa fase, os alunos silábicos com valor sonoro, muitas vezes, se baseiam
na primeira letra para ler a palavra, o que faz com que a sequência semelhante se torne
um desafio, uma vez que ele precisará das outras letras para identificar as palavras. Se,
por exemplo, a lista tiver apenas uma palavra que começa com a letra e, e eu ditar
"espinafre", o aluno acertará, mas isso não quer dizer que ele a leu necessariamente.
Terça-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Nesta, sugiro Sabores da América, de Ana Maria
Pavez e Constanza Recart. Esse livro é simplesmente maravilhoso: a cada página,
encontramos a origem de um alimento do continente americano.
Leitura pelos alunos de texto de memória. Faça um cartaz com
a letra da canção Fui no mercado comprar café (há uma versão da Eliana e outra
da Galinha Pintadinha) e o coloque em um local onde todos tenham boa visão. Cante e
leia com os alunos a letra da canção, indicando linha a linha a leitura. Depois, distribua
cópias impressas da letra, uma para cada um, e leiam juntos. Peça que os alunos
acompanhem a leitura com o dedo e dite palavras a serem procuradas no texto.
Escrita de palavras com o alfabeto móvel. Peça que os alunos
escrevam nomes de frutas, legumes ou verduras utilizando as peças. Os silábico-
alfabéticos e alfabéticos escrevem individualmente e escolhem livremente as letras que
usarão. Já os pré-silábicos e silábicos com e sem valor sonoro podem trabalhar em
dupla, se necessário, mas devem receber o conjunto de letras correto. O desafio de
formar a palavra corretamente sem deixar nenhuma letra de fora leva a criança a
confrontar sua hipótese de escrita e avançar rumo à escrita alfabética.
Quarta-feira
Apresentação, leitura e exploração oral, feita pelo
professor aos alunos. Aqui, vamos retomar um dos textos do livro Sabores
da América, usado no dia anterior. Escolhi “A origem do tomate”.
Leitura de texto. Os alunos alfabéticos leem para os demais alunos outras
páginas do livro, sobre a origem de outros alimentos.
Escrita de texto coletivo no formato “Você sabia”. Releia a
página do texto sobre o tomate pelo menos duas vezes. Em seguida, peça que os alunos
destaquem oralmente as principais informações sobre o fruto. Por fim, eles devem ditar
a você, que será a escriba, essas informações para construir o texto na lousa. Uma
observação importante: se os alunos não conhecem esse formato “Você sabia”, é preciso
oferecer modelos antes (para saber mais sobre como fazer isso, veja o texto que escrevi
sobre modelização).
Quinta-feira
Leitura do livro. O escolhido é Rimas saborosas, de César Obeid.
Nele, o autor explica como pode ser divertido e gostoso se alimentar bem. O livro traz
curiosidades sobre vegetais, receitas e informações nutricionais, tudo escrito em versos
cheios de rima.
Escrita de texto coletivo em grupos: cartaz. Cada grupo
desenha e escreve uma mensagem para compor uma peça que incentive a alimentação
saudável para ser exposto em um mural da escola. Um grupo faz o cartaz sobre frutas,
outro, sobre verduras, outro, sobre legumes. Não se esqueça de fazer agrupamentos
produtivos.
Sexta-feira:
Leitura do livro. O último da semana é Poemas e comidinhas, de
Roseana Murray.
Leitura e cantoria. Cantem e leiam juntos a música O que é que tem
na sopa do neném, do Palavra Cantada, nos mesmos moldes da atividade de leitura
de textos de memória, feita na terça-feira. Retire apenas a etapa de distribuição de
cópias e ditado.
Escrita de texto: receita de sopa para neném. Os alunos
deverão escrever uma receita de sopa, executando a atividade em duas etapas. Os alunos
pré-silabicos e silábicos com e sem valor sonoro escreverão os ingredientes, e os
silábico-alfabéticos e alfabéticos ficam com o modo de fazer. Ofereça uma folha
impressa com as lacunas de uma receita (espaço para título, ingredientes e modo de
fazer) que serão preenchidas. Primeiro, a folha passa pelos alunos de hipóteses iniciais e
depois vai para os outros. Todos podem trabalhar em duplas. Deixe que os alunos
escolham os ingredientes à vontade e oriente-os para garantir a unidade textual. Por fim,
é só socializar as produções para que a turma avalie se o texto ficou claro.
Espero que gostem e aproveitem essa sugestão. E vocês, quais atividades fazem parte da
sua rotina? Conte aqui nos comentários!
Um grande abraço,
Mara Mansani