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METODOLOGIA ATIVA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EM IES

DA REDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO


Profª Esp. Regina de Cássia Ferrari
Psicóloga, especialista em Gestão de Pessoas, Administração Hospitalar e Saúde
Pública.
Docente nos cursos de Tecnologia da Fatec Zona Sul e Fatec Itaquaquecetuba.

RESUMO:

A necessidade de mudanças estruturais na forma como desenvolver os conteúdos


em sala de aula, requer uma transformação, que reflete na modificação de
condutas de dirigentes e docentes de IES. A velocidade das informações que
chegam as salas de aula através por meio das tecnologias disponíveis no mercado
coloca leva em discussão o papel do aluno discente frente aos desafios que o
mercado de trabalho impõe quando deà sua formação. Por este motivo as formas
metodológicas de ensino – aprendizagem devem acompanhar esta evolução e
transformar o aluno discente em um ser mais atuante, contestador e conhecedor de
suas potencialidades e responsável pela condução dae sua carreira. Este artigo,
através por intermédio do relato de uma vivência prática, tem o objetivo deobjetiva
mostrar como as metodologias ativas mudou o olharmodificou a conduta de um
docente frente a uma turma de alunos de um Curso Tecnológico de uma IES
pública no Munícipio de São Paulo. Através dePelo referencial teórico associado à
prática desenvolvida em sala, este artigo mostra ainda como barreiras foram
rompidas por estapela docente, como houve a aceitação da turma a esta nova
forma de metodologia e mesmo havendo uma satisfação quase próxima do total
dos envolvidos, houve uma discordância, onde em que um aluno se manifestou
insatisfeito com as novas práticas, o que levou a docente a repensar a sua nova
forma metodológica de ensino e propor novos caminhos para desenvolver os
conteúdos em sala.
PALAVRAS CHAVES: metodologia, metodologias ativas, potencialidades, carreira.
ABSTRACT:

INTRODUÇÃO

O Séc. XXséculo 20 foi o século das maiores transformações tecnológicas.


Iniciou-se igual ao Séc. XIXséculo 19, com carros puxados por lombo de boi, as
pessoas mantendo hábitos, pensamentos e costumes referentes a época e
terminou com uma série de inovações que permitiu ao homem a comunicação e
obtenção de informações com uma velocidade muito superior ao imaginado. Mas
este homem não evoluiu, não acompanhou essas inovações, não absorveu essas
mudanças. (MarinsMARINS, 1988). Ele continuou o mesmo, e teve que se adaptar
as essas inovações para poder se sobressair neste novo mundo.

Ao longo do Séc. XX essas transformações foram crescendo e atingiram o


mundo corporativo com tal impacto que mudanças se mostraram necessárias para
que essa adaptação fosse processada em tempo recorde. Indústrias rompem seus
paradigmas, criam leis e normas que beneficiam o ser humano, as pessoas
passam a ter maior acesso a informações graças aos avanços tecnológicos que a
cada dia crescem e evoluem.

A globalização aumenta a rapidez da informação, diminuindo o tempo e a


distância entre os seres humanos. Profissões consideradas tradicionais não mais
são seguras, empresas não podem ser mais definidas como portos seguros para
funcionários. Tudo isso mostra que os estudantes estão sentindo a necessidade de
adquirir autonomia de pensamento e de ação, buscando com persistência novas
soluções para problemas da sociedade e de suas vidas.
(https://educacao.estadao.com.br/blogs/roberto-lobo - 2017).

O ensino desperta nos jovens a responsabilidade pela carreira, pelo sucesso


e pela inserção no mercado de trabalho. Com novas metodologias de ensino, os
docentes e diretores de IES se mostram propensos a romper com barreiras
universais de ensino – aprendizagem preocupando-se com a qualificação dos
formandos. A quebra do paradigma professor – aluno mostra o quanto esta
preocupação transcende as paredes das escolas tradicionais, onde o professor
ministra a aula e o aluno aprende o que lhe interessa o que lhe convém.

“Os estudantes não mais aceitam permanecer passivamente


durante horas assistindo sucessivas aulas em que ele não tem
nenhuma participação A mudanças de metodologia se tornou
imperativa, com a utilização de diferentes modelos que vem
sendo testados com sucesso, e forte utilização dos meios
modernos de comunicação e coleta e análise de informação”.
(https://educacao.estadao.com.br/blogs/roberto-lobo - 2017).

Há uma necessidade emergente de se romper com o paradigma tradicional


de sala de aula, como forma de cativar e trazer para perto do ensino o jovem que
se aventura a entrar num IES. Transformar o aluno em agente da própria
aprendizagem onde ele passa a ser parte integrante do projeto é uma forma de
criar nele o sentimento de amor e respeito ao curso que ele frequenta. Para Tinto
(2012) “O estudante aplica a teoria da troca para determinar sua integração
acadêmica e social. Se ele perceber que os benefícios que recebe são maiores do
que os custos, ele permanece. Caso contrário, ele se vai”,

A falta de motivação que se nota nos estudantes hoje frente a currículos


rígidos pode ser considerada uma das causas da evasão escolar. Disciplinas
básicas desligadas totalmente das aplicações práticas ligadas à profissão escolhida
pelo aluno e que não garantem a suficiência de competências dos alunos das IES,
geram dificuldades de adaptação e acompanhamento do curso. “Quanto maior o
comprometimento do aluno, com a instituição e com os seus próprios objetivos, e
elevados o seu nível de integração acadêmica e social, menor a probabilidade de
evasão” (Tinto, 2012)
  Este artigo pretende mostrar a experiência vivida pela autora em uma sala
de aula de uma Instituição Pública, em um município brasileiro localizado na
microrregião de Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, com 352.801
habitantes. A experiência considerada gratificante mostra como se deu a quebra do
paradigma da aula tradicional para a chamada aula invertida ou metodologia ativa.

O objetivo deste estudo propõe demonstrar à necessidade de se modificar


padrões considerados tradicionais em prol da necessidade de atender a uma
dinâmica de construção do conhecimento. IES e docentes comprometidos com o
rompimento de paradigmas, disposição de sair da zona de conforto, quebrar regras
e fazer do aluno um ser mais atuante e participativo dentro da sala de aula, o
prepara para enfrentar os desafios que o mundo corporativo impõe ao profissional
deste século, são indagações que problematizam este estudo. A partir do momento
que o aluno passa a ver a aula de forma mais cativante, estimulante e motivacional
e ele se torna agente ativo do sistema, passando a integralizar o processo ensino –
aprendizagem aumenta o índice de retenção escolar nas IES que ele frequenta, é a
hipótese que este artigo pretende comprovar.

O presente artigo será dividido da seguinte forma: uma contextualização


sobre educação, seus rumos e processo da metodologia ativa como forma de
explicar o sistema ensino – aprendizagem, utilizando para a explanação deste
referencial, livros e artigos científicos disponibilizados na Internet e bibliotecas,
seguido do relato da experiência da autora, resultados obtidos e considerações
acerca do tema estudado.

CONTEXTUALIZAÇÃO

“Temos observado o crescimento da indústria da retenção para


conseguir rápidos resultados para o problema. Embora este
trabalho possa ter algum valor, é o trabalho dos professores e a
capacidade da IES de construir uma comunidade educacional
que envolva ativamente o estudante na tarefa de aprender que
deve nortear a ação da IES. O foco deve ser a educação
dos estudantes, não a retenção. Um programa bem sucedido
de educação é o segredo para um programa bem
sucedido de retenção. É preciso dar ênfase à construção
de um apoio social e educacional da comunidade que
envolva os estudantes nas ações de aprender”. (Tinto apud.
Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo 2012)

CONCEITO DE EDUCAÇÃO

Os avanços tecnológicos, processos dinâmicos e versáteis que levam a


profundas modificações no pensar e agir dos seres humanos, direciona a uma
maior reflexão sobre processo ensino - aprendizagem. Educar reflete tudo aquilo
que pode ser feito para o desenvolvimento humano no que diz respeito à instrução
e ao desenvolvimento de habilidades e competências, mediante processo contínuo
de desenvolvimento das faculdades físicas, mentais, intelectuais e morais, do
homem com o objetivo de integração a sociedade em que vive. Educação está
relacionada à plena realização humana (Vianna, 2006. P. 38).

Melo e Langui (2015) consideram a educação como o meio pelo qual os


hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração
a outra.

Educação, ainda que seja uma função social, é uma


necessidade de vida, espaço em que a vida é renovada por
meio de transmissão de informações de um individuo para
outro, e isso diferencia o homem dos seres inanimados.
(Dewey, apud Melo e Langui, 2006. P. 38)

Educação deixa de ser a transmissão de elementos de herança de


antepassados e passa a ser algo que se pode “gestar” para que haja ruptura com o
velho, com estruturas e papéis que não mais se adaptam as novas hordas de
informação e conhecimento que o mundo proporciona aos seres humanos
diariamente. Educar é modificar. (Leite, 2016)

Para Souza e Catani (2016) Educação escolar é regida pelo Sistema


Nacional de Educação (SNE), exercida em uma instituição social denominada
escola, legitimada para atuar junto aos membros da sociedade, podendo ter
administração pública ou privada nos termos da lei. Trata-se de um modelo de
educação com metas e objetivos a serem atingidos em âmbito nacional que estão
traçado no Plano Nacional de Educação 2014-2024.

Pensando que a escola não é fruto somente do que se deseja (Salermo,


2007), o olhar se volta a como elas podem se tornar mais que retransmissores de
conhecimentos, como os conteúdos passados em sala podem ser agregados às
comunidades, prevalecendo à concepção da formação para a cidadania, a
retenção do aluno as salas de aula e a relação entre educação e desenvolvimento
econômico (Martino. 2012. P.25).

O gestor ainda exerce o papel de comando dentro das unidades de ensino.


Martino (2012. P. 25) diz que a posição de comando dos gestores impacta nas
transformações e urgência de responder às demandas de interação social
direcionando um novo olhar as escolas de hoje e do futuro.

“Tão importante quanto o que se ensina e se aprende, é como se ensina e


se aprende” (Cesar Coll. 1996). Cabe as instituições de ensino superior (IES)
procurar superar o papel de agente transmissor de conhecimentos e habilidades e
assumir o papel de gerador de competências e capacidades laborais (Martino.
2012. P 28).

Melo (2013. P. 09) apresenta a necessidade das matrizes curriculares serem


organizadas em função de 03 (três) princípios básicos: desenvolvimento de
competências, coerência entre formação recebida e prática pedagógica e prática
de pesquisa para melhor percepção dos processos ensino – aprendizagem. Seu
pensamento vai de encontro com Martino (2012.p. 28) que analisa a necessidade
de se adotar novos desenhos curriculares e metodológicos de ensino com
processos inovadores e dinâmicos que substituam o tradicional modelo ensino –
aprendizagem centrada nas aulas tradicionais, fazendo com que as escolas
assumam o papel interativo com seu corpo discente para o satisfatório
cumprimento de seu currículo.

As demandas do mundo corporativo chegam às salas de aula mostrando a


necessidade de mudança de conceitos tradicionalmente enraizados no corpo
docente e diretivo das IES. O tempo entre estudar e trabalhar torna-se cada dia
mais estreito. Os momentos apresentam-se como oportunidades de aprendizado e
desenvolvimento pessoal. As necessidades de diálogo e praticidade no
desenvolvimento das tarefas leva o aluno a buscar conhecimento de forma rápida e
eficiente. As instituições de ensino percebem a necessidade de melhorar sua
orientação pedagógica, tornando – se mais participativa e predisposta a interagir
com o mundo externo. (Martino, 2012. P 34).

A escola que aprende passa a ser recriada, renovada passando de um


estágio sustentável para uma orientação mais de aprendizado, pois o aluno quer e
necessita de algo que o sustente no mercado de trabalho, que lhe garanta
segurança, que lhe garanta a empregabilidade.

Falar da necessidade de mudança na formação do educando, no redesenho


dos projetos educacionais, reestruturação de políticas metodológicas para um
maior crescimento do corpo discente, é importante e necessário, mas não se pode
esquecer do docente. Este deve apresentar domínio sólido na área em que
pretende lecionar ou já leciona, deve possuir habilidades pedagógicas
indispensáveis para propiciar situações de aprendizagem eficiente e eficaz e ser
capaz de transformar seus conhecimentos em algo produtivo e vantajoso ao aluno.
Mas ele também deverá ser capaz de romper com paradigmas tradicionais. Frases
como “quem sabe, sabe ensinar” ou “o bom professor nasce feito” que contribuíram
em muito para admissões em instituições de ensino há anos atrás, hoje não mais
são aceitas como formas de se medir a competência do profissional da área do
magistério. (Dias & Volpato, 2017. P. 82).

Formar, recrutar, iniciar e sustentar a competência dos profissionais


docentes, não é mais um desafio no Brasil. Nos processos de reforma educacional
em que vários países estão vivendo desde o final dos anos 80, a formação docente
tem se revelado fator de pouco consenso (Melo, 2013. P 14).

A maioria dos docentes ainda vê o ensino apenas como uma passagem de


informações através de aulas tradicionais (expositivas), acomodados em atitudes
conservadores. Não se pode supor que eles estejam negligenciando a qualidade
do ensino nas escolas, mas a suposição para que haja resistência em quebras de
paradigmas pode estar relacionado à falta de incentivos ou informações
complementares sobre como e quando mudar as práticas metodológicas. Talvez
ainda eles estejam carentes de maiores informações ou dados que atestem que os
alunos aprendem mais, absorvem mais quando colocados frente a situações ou
problemas que requeiram uma intervenção e solução inovadora.

Todo educador é um ser humano envolvido com sua prática histórica


transformadora. Ele deixa de ser alguém que apenas ensina para se transformar
em um agente transmissor de conhecimentos favorecendo a aprendizagem crítico
– reflexivo do aluno. Educar deixa de ser “a arte de introduzir na cabeça das
pessoas, mas de fazer brotar ideias (Werner, Bower 1984 p.1 – 15)”.

Discutir, debater, questionar constitui a produção do conhecimento que o


docente deve instigar na formação do aluno dentro das novas técnicas
metodológicas. O foco nas aulas deve mudar para um diálogo mais aberto com o
intuito de verificar o quanto de conhecimento o aluno adquiriu. Contextualizar
situações com a aplicação prática de conteúdos permite um maior envolvimento do
estudante, pois isso estimula seus sentidos e o prepara para o mercado de
trabalho.

Segundo o Dicionário Aurélio, o significado da palavra didática (Do francês


didactique) significa a arte “de ensinar, o procedimento pelo qual o mundo da
experiência e da cultura é transmitido pelo educador ao educando, nas escolas e
em obras específicas. Libâneo (1990) define a didática como “teoria de ensino”
e, segundo ele, “a ela cabe converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em
objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos,
estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos.

As escolas que estão buscando melhorar a qualidade de ensino através da


formação critico – social do grupo de discentes, deve investir no preparo do
desenvolvimento de competências profissionais dos docentes trazendo-os mais
para perto da vivência dos conteúdos ministrados. Esta prática deve ser exercida
com muita seriedade pela direção para que o docente possa encontrar a melhor
forma metodológica de abordagem dos conteúdos ministrados.

Romper barreiras, sair da zona de conforto aos quais muitos ainda se


encontram é tarefa árdua dentro das IES que tem como parâmetro a formação de
grupos de alunos mais interativos com o mercado, mais questionadores, detentores
de conhecimentos mais práticos que teóricos voltados às dinâmicas apresentadas
pelo mundo corporativo. Os docentes devem ser preparados, treinados e
desenvolvidos na arte de ensinar e aprender. Devem ser preparados para se
colocarem a distância para melhor observar sua própria atividade profissional (Dias
& Volpato, 2017).

É tarefa difícil porque implica em uma reflexão sobre si, sobre sua atuação,
seu desenvolvimento, um olhar mais crítico sobre sua situação enquanto
transmissor de conhecimentos, uma auto avaliação difícil e por vezes ingrata.
Mudar, romper com situações cômodas e tradicionais pode levar a um desgaste
físico e emocional que compromete a sua boa atuação por transitarem em seu
antagonismo ou confluência no âmbito educacional, (Kfouri, 2007. P 11), mas a
chamada boa prática docente requer auto conhecimento, capacidade de interagir
como facilitador, agir com alma, com coração.

Já que para Dewey (apud Melo e Langui, 2006. P. 38) a instituição de ensino
possui entre suas funções a de coordenar a vida mental de cada indivíduo perante
diversas influencias do mundo social onde o individuo vive, caberá a escola
disponibilizar tempo e espaços produtivos para o aprimoramento e continuidade da
formação dos educandos criando uma relação de cooperação e participação.
(Martino, 2012. P.28).

Reunir estudantes em local específicos e separados existe deste os mais


remotos tempos da antiguidade clássica. Desde a Grécia antiga passando pela
Roma e China, a história mostra relatos de ensino fundamental, onde de acordo
com Bentley (2006) o pessoal da área militar tinha pelo menos o ensino primário.
A representação mental da sala de aula subentende um espaço nem sempre
amplo com alunos enfileirados, olhando para a cabeça do outro a sua frente,
alguns materiais de apoio como lousa, data show, computadores e uma pessoa
intitulada professor, que através da articulação de palavras de forma audível,
espera que a plateia acompanhe sua exposição sobre um assunto considerado
relevante e que irá futuramente interferir positivamente na vida pessoal e
profissional do aluno. Ou seja, independente das estratégias de ensino -
aprendizagem a mentalização tradicional da escola ainda mostra o professor como
único detentor do conhecimento e que tem a responsabilidade de transmitir esses
conhecimentos a um grupo de jovens que muitas vezes se questionam do porquê
desta transmissão se dar desta forma.
As escolas modernas estão menos duras que as do início do século, mas o
aprendizado específico ainda precisa ser passado aos alunos por educadores
preparados e detentores do conhecimento que utilizam ferramentas lúdicas de
atração e retenção da atenção dos alunos para a passagem dos seus
conhecimentos. A chegada das novas tecnologias que expressam ações
educativas mais voltadas à concepção do aluno do ensino e da aprendizagem
muda à forma como se passam estes conhecimentos A escola moderna que sai do
convencional e parte para estratégias mais direcionadas ao aluno, buscam novas
metodologias de ensino que visem levar o educando a se conhecer, a se motivar e
criar sentimentos de alegria, amor e respeito ao curso frequentado.

A literatura apresenta conceitos de como as escolas chegaram aos


processos de modificações ao longo dos séculos. Jan Jacques Rousseau em 1762
apresenta a criança não como um ser em miniatura como muitos acreditavam, mas
sim um ser humano dotado de curiosidades e prazeres específicos da idade,
cabendo aqui àquele que eram responsáveis pela sua educação descobrir e
preservar suas peculiaridades e tendências. (Dias e Volpato 2017. p. 64).
Para Branda (2009 p. 215) O conceito de aprendizagem autodirigida, um dos
pilares do curso de medicina da McMaster, já se encontrava nos Anacletos de
Confúcio (500 a.C.): ele só ajudava seus discípulos depois que eles pensavam em
determinado tema ou pergunta, tentavam resolver e não conseguiam encontrar as
respostas.

John Dewey na década de 30 já colocava o aluno como ser ativo e capaz de


construir através de situações que superem as aulas tradicionais, conhecimentos
diferenciados que transcendem a memorização e reprodução do que foi dito em
sala de aula. Para Dewey o professor deixa de ser o centro do universo acadêmico,
o detentor máximo do conhecimento e passa a ser um mediador, um facilitador do
processo de aprendizagem. O foco principal do ensino passa a ser o aluno, suas
necessidades e seus interesses. (Perpétua Lopes. 2015 p 352)

Partindo da análise dos conceitos acima, a prática da metodologia ativa


surge como uma forma de fazer o estudante passar de um estágio primitivo de
receptor de conhecimentos provindos de alguém com mais conhecimentos para um
estágio mais atuante de ator principal do seu próprio desenvolvimento educacional.
Passa a ser o centro das atenções da aprendizagem, a ser o detentor do seu
crescimento educacional. O estudante em face desta metodologia torna-se
autônomo, autogerenciador do seu processo formativo.

Para fundamentar esses conceitos e promover uma mudança no cenário


educacional do Séc. XXI, Jacques Delors estabelece os chamados 04 pilares da
educação (Dias e Volpato 2017. P 65):
Aprender a
ser Desenvolver a personalidade

Beneficiar-se das oportunidades


Aprender a oferecidas pela educação ao
conhecer longo da vida

Aprender a
Compreender o outro
viver junto

Aprender a Desenvolver competências e


fazer aprender a trabalhar em equipe

Fonte: Práticas de Metodologias Ativas p. 65

O modelo proposto por Jacque Delors apresenta as chamadas Metodologias


Ativas que servem como alicerce aos princípios de Paulo Freire. Para os
educadores da era moderna, a problematização é utilizada em sala de aula como
metodologia de ensino – aprendizagem. O objetivo de motivar o aluno mediante a
apresentação do problema dentro de um canário educacional que esteja
relacionado diretamente com sua história, vem de encontro com o solucionar de
suas dúvidas e inquietações referentes aos problemas que impedem seu auto
crescimento e suas descobertas.

Para Dias e Volpato (2017. P. 66) o discente deve refletir sobre esta nova
forma de aprendizagem. Ele deve entender que se trata de uma ferramenta
estratégica, significativa para a ampliação das possibilidades para maior liberdade
e autonomia na realização de suas escolhas e nas tomadas de decisão.

O QUE É METODOLOGIA:

A palavra Metodologia é composta de 03 termos gregos: metá (atrás,


através), hodós (caminho) e logos (ciência, arte, tratado, exposição) (HOUAISS,
2001) e tem seu registro grafado na língua portuguesa somente em 1858.

Do latim “methodus” seu significado pressupõe o caminho, a disposição


através do qual se busca um dado objetivo de ensino, “caminho ou via para a
realização de algo” consistindo na relação de métodos lógicos e científicos que
foca em diversas modalidades de pensamento e aplicação. Com o passar dos
tempos essa associação à lógica passa a ser descartada, promovendo um novo
conceito ao termo, ligando-o a aplicação em várias áreas do saber, como a
articulação e efetivação das dimensões entre professores e alunos, do ensino –
aprendizagem guardando em si uma orientação filosófica fundamentada em
concepções de mundo e sociedade que orientam a ação educativa e o processo
pedagógico das instituições de ensino. A metodologia de ensino é considerada a
aplicação de diferentes métodos no processo ensino – aprendizagem. Trata-se de
uma expressão que vem em substituição a expressão “didática” e que se ocupa
diretamente da organização da aprendizagem dos alunos. (Minayo, p. 16).

Baseada no pensamento de Confúcio ”o que eu ouço eu esqueço; o que eu


vejo, eu lembro, o que eu faço, eu compreendo” Silberman (1996) modificou este
provérbio para facilitar o entendimento de métodos ativos de aprendizagem dando
a ele a seguinte redação: “o que eu ouço, eu esqueço; o que eu ouço e vejo, eu me
lembro; o que eu ouço, vejo e pergunto ou discuto, eu começo a compreender; o
que eu ouço, vejo, discuto e faço eu aprendo desenvolvendo conhecimentos e
habilidades; o que eu ensino para alguém eu domino com maestria”.
(www.senac.br).
Metodologias Ativas podem ser definidas como “processos interativos de
conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com
a finalidade de encontrar soluções para um problema.” (Bastos, 2006 apud Berbell,
2011). Baseiam-se em formas de desenvolver o processo de aprender, utilizando
experiências reais ou simuladas, visando às condições de solucionar, com
sucesso, desafios advindos das atividades essenciais da prática social, em
diferentes contextos. (Berbell, 2011. P 29).

A história das Metodologias Ativas está ligada ao movimento da Escola


Nova, ao “Manifesto de 32” protagonizado pelos pioneiros da educação como
Anísio Teixeira e Lourenço Filho. Escrito durante o governo de Getúlio Vargas este
manifesto consolidava a visão da elite intelectual da época que apesar das
posições ideológicas com relação ao ensino – aprendizagem visualizavam a
possibilidade de interferência nas organizações da sociedade brasileira do saber.
(http://www.histedbr.fe.unicamp.br).
Quando o acesso às informações era difícil, as escolas avaliavam seus os
alunos com métodos tradicionais, de forma igualitária, exigindo resultados
previsíveis, mas com o avanço das tecnologias e o acesso as informações de
forma mais fácil e rápido, as práticas metodológicas mudam o olhar do aprendizado
em sala de aula. A partir de problemas e situações reais ou simuladas os alunos
são provocados a encarar esses desafios como forma antecipada de vivenciar
situações que se apresentam no mundo corporativo.

Essa prática faz com que tanto a escola como os alunos saiam do seu
“quadrado” e passem a ter uma visão mais holística do mundo. O que aluno
interpreta, compara e analisa criticamente a situação apresentada adquiri maior
capacidade para pesquisa, maior visão crítica da realidade, desenvolve o senso
crítico tornando-se um agente questionador de modelos tradicionais que não mais
geram resultados. Além disso, segundo Moran (2014) quando se aplicam
metodologias ativas, os alunos passam a reter cerca de 50% a mais do conteúdo
transmitido quando este é baseado em pesquisas e produção de texto e cerca de
75% quando ele é colocado em atividade prática, quando vivencia uma situação
real ou imaginária.

Ainda segundo Moran (2014) as metodologias ativas permitem aos alunos


um maior preparo para discussão de assuntos relacionados ao ambiente de
trabalho propondo soluções, melhorando a comunicação oral e escrita, facilitando a
investigação das fontes de informações, levando – os a respeitar opiniões, criando
o sentimento do trabalho em equipe. Além disso, o aluno passa a refletir mais
profundamente sobre sua carreira, desenvolvendo o espírito empreendedor, pois
ele atua em sala como protagonista da sua própria história, do seu próprio
desenvolvimento, ele aprende a aprender. (Moran, 2014).

SALA DE AULA INVERTIDA – FLIPPED CLASSROOM

A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom é uma metodologia lançada


em meados do ano de 2007, cujos maiores expoentes foram Jonatham Bergman e
Aerom Sams. Considerada uma modalidade do ensino híbrido (blended learning)
esta metodologia combina a educação formal com o ensino on – line onde parte
das aulas acontece na sala de aula e a outra parte acontece na Internet (Lellis
Frota 2018).

Notando que os alunos apresentavam dificuldades na absorção de novos


conteúdos, Bergman e Sams criam as chamadas Vídeo Aulas. Nesta modalidade o
aluno de forma mais autônoma, torna-se protagonista do processo ensino –
aprendizagem tendo como ferramenta de apoio, tecnologias disponíveis no
mercado e nas IES.

O professor nesta nova modalidade metodológica expõe os conteúdos a


serem desenvolvidos e os alunos anotam as explicações, estudando
posteriormente por meio de vídeos, texto, arquivos digitais os conteúdos
aprendidos em sala. Caberá ao professor atuar como mediador, aprofundando em
aula os conhecimentos adquiridos com exercícios e conteúdos complementares,
esclarecendo dúvidas, intermediando debates e promovendo maior intercâmbio
entre os alunos. Os alunos passam a ter maior liberdade para pesquisar conteúdos
e compartilhar com os colegas e professores.

Por se tratar de uma metodologia que permite ao aluno o estudo de novos


conteúdos e os desenvolvidos em sala, as IES deverão capacitar sua equipe para
lidar com as tecnologias disponíveis. Os docentes deverão ser preparados para
construir junto aos alunos os conhecimentos que farão parte da sua vida
acadêmica e finalmente o professor deverá ser preparado para separar
adequadamente qual (is) a (s) tecnologia (s) que serão colocadas à disposição
permitindo ao aluno um estudo mais autônomo e voltado as suas necessidades e
carências.

Este método de sala de aula invertida tem alcançado grande sucesso em


escolas Europeias, Norte Americanas e Asiáticas. Pesquisas realizadas nestas
instituições mostram que a aceitação desta nova prática metodológica por parte
dos alunos e professores tem alcançado índices em torno de 94% de aceitabilidade

ENSINO HÍBRIDO:

Por este tipo de metodologia, o aluno aprende parte em sala de aula


(presencial) e parte “on line” sendo monitorado por mecanismo de controle que
mostram quando, onde e como ele acessou o conteúdo disponibilizado em rede.
Os cursos de EAD (Ensino a Distância) é o expoente maior deste tipo de
metodologia.

No Brasil a Educação a Distância conceituada oficialmente no Decreto nº


5.622 de 19 de dezembro de 2005 começou em 1904, quando no Jornal do Brasil
foi encontrado um anúncio nos classificados oferecendo curso de datilografia por
correspondência. A partir desse registro, vários outros fatos aconteceram. Em 1995
é criado o Centro Nacional de Educação a Distância. De lá pra cá a história da
educação a distancia no Brasil só tem sido fortalecida por melhores infraestruturas
e regulamentação. (Associação Brasileira de Ensino a Distância – ABED - 2011.
http://www.abed.org.br/revistacientifica/revista_pdf_doc/2011/artigo_07.pdf).

Neste processo, o docente se torna um design dos caminhos, das atividades


individuais e de grupo. Passa do estágio de transmissor de conteúdo para gestor e
orientador de caminhos coletivos numa situação mais criativa e empreendedora.
(Bacich at all, 2015). Este tipo de metodologia leva o docente a repensar o seu
papel.

O sentimento de desvalorização, de perda do seu papel central em sala de


aula como transmissor de conhecimentos e sentimento de que tecnologias o estão
substituindo, mostra a fragilidade do profissional e seu desconhecimento à práticas
inovadoras que venham à melhora a sua relação com os alunos em sala. Escassez
de fontes de pesquisa que possibilitam maior aprofundamento ao tema,
possibilidade de mais recursos didáticos para uma formação mais crítica e maior
conhecimento sobre o assunto, mostram a fragilidade de muitos docentes frente a
essas mudanças. Fazer uso de práticas inovadoras para melhoria de seu
desempenho em sala de aula mostra-se assustadora, mostra que ele precisa
quebrar regras e paradigmas tradicionais, que ele deve ter consciência da
necessidade destas mudanças como requisito fundamental para a melhoria dos
processos de aprendizagem.

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS:

Barell (2007) interpreta a ABP como “a curiosidade que leva


à ação de fazer perguntas diante das dúvidas e incertezas
sobre os fenômenos complexos do mundo e da vida
cotidiana”. Ele esclarece que, nesse processo, os alunos
são desafiados a comprometer-se na busca pelo
conhecimento, por meio de questionamentos e investigação,
para dar respostas aos problemas identificados”. (Souza &
Dourado, 2015).

Para Souza & Dourado (2015, p. 185) é na teoria pedagógica de John


Dewey, que se encontra a melhor interpretação da ABP. Para ele, este tipo de
aprendizagem deve partir de problemas ou situações que propiciam dúvidas ou
descontentamento intelectual, pois os problemas surgem das experiências reais
que são problematizadas e estimulam a cognição para mobilizar práticas de
investigação e resolução criativa dos problemas (CAMBI, 1999).
Segundo Masetto (1996, p.322 – 330), a colocação do aluno frente a
problemas que ele enfrentará na vida profissional desde o primeiro momento em
que ele passa a frequentar a IES, desperta nele sentimentos e sensações de
responsabilidade pelo seu desenvolvimento, intensifica a postura ética e
comprometimento com colegas, professores e sociedade que o preparam para o
mundo corporativo.
Ainda segundo Masetto (1996) este tipo de aprendizagem sustenta 03 (três)
princípios: aprendizagem construtiva e não receptiva, o que e como vou fazer, e o
contexto inibe ou favorece a aprendizagem do aluno.
Para Souza & Dourado (2015) ABP adaptou-se satisfatoriamente as várias
área do conhecimento, mas ela ainda carece de maiores estudos para seu
aperfeiçoamento e continuar seu avanço dentro das IES. Por se tratar de
metodologia que une diversos modelos pedagógicos, utilizada corretamente
produzira experiências positivas. (Souza & Dourado, 2015).

GRUPOS OPERATIVOS:
“A técnica dos grupos operativos começou a ser
sistematizada por Pichon-Rivière, médico psiquiatra, a partir
de uma experiência no hospital de Las Mercedes, em
Buenos Aires, por ocasião de uma greve de enfermeiras.
Esta greve inviabilizaria o atendimento aos pacientes
portadores de doenças mentais no que diz respeito à
medicação e aos cuidados de uma maneira geral”. (Bastos,
2010. P. 106 – 161).

Soares e Ferraz (2007) explicam que o grupo formado se reúne em torno de


uma tarefa consciente e afetiva. Apesar dos conteúdos lógicos e afetivos que
norteiam o trabalho, existe os processos internos conscientes e inconscientes que
podem dificultar ou impedir a realização da tarefa.
Os grupos quando formulam seus objetivos de trabalho se propõem a
realização de tarefas, impactando com um determinado grau de resistência que
variam de grau de acordo com a heterogeneidade das pessoas que o compõe, ou
seja, os medos e incertezas de que está certo ou errado, o medo das perdas, do
desconhecido relacionam-se a ansiedade de finalizar adequadamente a tarefa
proposta e obter a aprovação de quem a solicitou.
Para Bastos (2010, p. 161) A técnica de grupo operativo consiste em
trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para
os sujeitos envolvidos. Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade,
uma atitude investigativa, uma abertura para as dúvidas e para as novas
inquietações.
Aprendizagem centrada nos processos grupais em sala de aula evidencia a
possibilidade de uma maior elaboração de conhecimentos, de integração e de
questionamento acerca de si e dos outros. As articulações grupais estão evidentes
quando se observa a vida pessoal de cada um e a que se compartilha entre os
membros. Estas histórias individuais acabam se fundindo e determinando os
papéis que serão desempenhados. (Luchesse & Barros, 2002).
Quando se propõe a trabalhar em grupo, o docente deve estar atento aos
surgimentos de lideranças positivas e negativas dentro de sala que podem
desarticular ou não a formação de equipes multidisciplinares e evidenciar àqueles
que não têm condições de atuar em grupo. O docente aqui atua como articulador
entre o que se fala e as atitudes que os grupos apresentam (Moran, 2014).
Trabalhar este tipo de metodologia tem o objetivo de promover processos de
aprendizagem voltados a problematização das dificuldades que emergem no
momento da realização de seus objetivos. (Moran, 2014).
A técnica de Grupos Operativos quando bem conduzida em sala de aula,
permite um amadurecimento dos alunos, pois estes são confrontados com o medo
do desconhecido, devem aprender a abrir mão de papéis tradicionais e enraizados
na sua personalidade, trabalhar seus sentimentos de perda e ataque. O docente
atuando como mediador deve saber equilibrar as situações vividas pelos alunos
quando estes se deparam com a realidade. Ele deve levar os alunos a criarem
instrumentos internos que os capacitem a enfrentar os desafios que a realidade
empresarial irá impor a cada um.
Portanto, momento mostra-se favorável a mudanças metodológicas dentro
das IES, porém mudar um cenário que por longos anos amolda-se a estruturas
tradicionais e cômodas exige uma radical mudança de postura nas atitudes e
pensamentos da direção e do corpo docente. Flexibilidade, planejamento e
conscientização de que o caminho é longo e árduo são características
imprescindíveis àqueles que buscam inovar dentro das salas de aula, que buscam
fazer do aluno o ator principal do seu desenvolvimento profissional atendendo as
inovações provocadas pela atual sociedade contemporânea.

RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

As exigências do mundo corporativo em ter em sua equipe de trabalho,


profissionais que associem prática a teoria, saindo dos livros e post de Internet,
criando e inovando dentro do ambiente de trabalho, é motivo de reflexão por parte
dos docentes que hoje estão à frente de salas de aula com jovens que buscam
uma maior qualificação de mercado. As IES têm como objetivo levar o jovem a
entender como a teoria e prática devem se aliar para ele se torne um profissional
bem visto entre os empresários.

São nas aulas onde os conhecimentos adquiridos pelos docentes em anos


de magistério, possibilitam ao aluno todo este aprendizado. A tradicional aula –
professor / aluno (expositiva) ainda prevalece em muitas instituições, pois ainda é
considerada a forma “mais prática, conveniente e cômoda” de se passar um
determinado conteúdo a uma determinada plateia.

Ao se deparar com as inovações do mercado de trabalho, observa-se o nível


de exigência que faz com que os selecionadores saiam em busca de profissionais
com perfis moldados em IES que aliem prática a teoria e não o inverso. E em
alguns casos estes profissionais são na verdade jovens com conhecimentos
teóricos e pouca ou quase nenhuma vivência prática, o que acaba muitas vezes
inviabilizando contratações.

São vários os questionamentos cujas respostas ainda estão sendo


analisadas e investigadas pelas diretorias das faculdades, pelos docentes e por
vezes até pelo aluno que busca entender o porquê dele estar ali, cansado,
esgotado do dia a dia assistindo a uma aula onde ele é um ser mais passivo do que
ativo no processo educacional.

Ao longo de 35 anos de magistério, a autora sempre se questionou como


melhorar a forma de interagir mais com alunos aliando a vivência prática à base
conceitual. Como profissional de recursos humanos, sempre tendo atuado em
recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoas e programas
motivacionais e de liderança dentro das empresas, a autora sempre teve em mente
a colocação do aluno o mais próximo da prática com relatos de vivências,
dinâmicas de grupo e outras forma de trazer mais para perto deles a realidade que
se espera no mercado de trabalho.

A prática desta metodologia – ativa – surgiu por acaso, quando ao participar


de um curso sobre Empreendedorismo e Canvas, a autora foi colocada como
protagonista de um cenário totalmente novo e revelador. Ao desenvolver as
técnicas referentes aos tópicos abordados no curso, de forma participante e ativa,
descobre-se um novo universo onde se saia do lugar comum e passa a ser um
agente que constrói, organiza, reflete, contextualiza e principalmente pensa sobre o
que está sendo passado, o que está sendo colocado em discussão.

Para a autora está experiência mostrou-se “um pouco” traumática, afinal


durante anos vinha de uma estrutura onde funcionava como agente passivo (ao
frequentar algum curso) ou agente ativo quando ministrava treinamentos e aulas. A
tradicional regra docente ensina – aluno aprende – ainda estava muito enraizada
em seus conceitos e conhecimentos sobre como passar o conteúdo aos alunos. A
autora sempre desenvolveu seus conteúdos pelo método tradicional, talvez por não
gostar de ser confrontada, colocada como agente integrador e contextualizador,
preferia sempre o elemento mais prático, mais cômodo e acabava passando esta
metodologia aos alunos o que se perpetuou ao longo destes anos todos de
magistério.

Porém ao se deparar com esta nova forma de inversão de valores


metodológicos, resolve enfrentar seus medos e aplicar este novo conceito de
passar seus conhecimentos a uma turma de um Curso Tecnológico de uma IES
pública. A escolha desta turma não se deu de forma aleatória. Alguns fatores
contribuíram para esta escolha.

Em primeiro lugar, tratar-se de uma turma em início de atividades


acadêmicas (2º semestre do curso). Colocar esses jovens em contato com a
realidade e com a prática poderia despertar neles a vontade de continuidade do
curso, de não desistirem na metade do caminho por considerar a Faculdade
“chata”, desmotivadora ou inexpressiva, o curso “sem graça” ou mesmo pouco
atrativo. Em um segundo momento, o fato das aulas serem ministradas aos
sábados pela manhã já é um fator preponderante para alicerçar as bases de
conhecimento e vontade de continuidade, pois se sabe que estes alunos que
originalmente tem aulas à noite, querem aos sábados ter condições de descanso e
realização de atividades que não lhes são permitidas durante a semana, e
finalmente o que a levou a mudar a postura em sala, foi à disciplina apresentada,
pois os conteúdos são relevantes a estas modificações e mexem com a vida
emocional, afetiva, profissional e pessoal dos jovens que estavam sob sua
responsabilidade. A disciplina de Fundamentos de Gestão de Pessoas engloba
mudanças práticas que hoje são determinantes no mercado de trabalho.

A autora ainda reticente a estas mudanças tem um grande desafio a frente.


Em que momento aplicar este tipo de metodologia? Em qual dos tópicos abordados
pela disciplina seria o mais ideal para que houvesse essa inversão de sala? Não
poderia ser uma escolha aleatória, esta inversão deveria vir de encontro ao que
melhor se aproximava mais deste tipo de conceito, deste novo tipo de metodologia.
Outro desafio seria como os alunos aceitariam esta nova forma de encarar o
ensino? Como eles absorveriam esta nova forma de metodologia onde eles saíram
do lugar comum, da acomodação de se sentar na sala e passivamente ouvir o que
o professor tem a dizer? Dúvidas que a autora buscou contemporizar e arriscar a
modificação mesmo tendo consciência de que poderia haver um resultado negativo
ao final da experiência.

A escolha do momento de mudança recaiu nos conceitos sobre Treinamento


e Desenvolvimento de Pessoal, Avaliação de Desempenho Profissional e
Descrição de Cargos e Funções. A autora considera a escolha destes 03 (três)
tópicos a serem abordados dentro da disciplina como os mais ideais e próximos à
proposta de mudança de atitude em sala.

METODOLOGIA DE TRABALHO:

Inicialmente a turma composta de aproximadamente 30 (trinta) estudantes


foi dividida em 06 (seis) grupos de 05 (cinco) componentes. O último grupo (sexto)
foi formado por elementos que foram escolhidos dentro dos grupos originais para
formação de um grupo de avaliação das atividades a serem desenvolvidas em sala.
Este grupo participava de todas as atividades, mas o intuito final era avaliar cada
um dos grupos e dentre eles escolher os 03 (três) melhores. Foi proposto um tipo
de “gincana” entre os grupos, estimulando a competição sadia entre eles.

A autora, que ainda não tinha ideia de que esta prática era considerada
Metodologia Ativa, propõe a sala uma forma de interagir no mundo corporativo,
onde as tarefas são passadas, os recursos são escassos ou quase inexistentes e
ainda por vezes, acabam sendo avaliados por outros profissionais que estão à
mesma situação, no mesmo cargo e que por vezes, não apresentam condições
para uma avaliação justa e honesta das tarefas executadas.

As tarefas a serem desenvolvidas foram sorteadas entre os grupos para que


não houvesse nenhum tipo de discriminação ou favorecimento e estavam ligadas
aos tópicos descritos acima. Os treinamentos foram assim divididos:
Desenvolvimento de Pessoas. Workshop e Treinamento Técnico. Os grupos
deveriam passar esses conhecimentos através de atividades a serem escolhidos
como Jogos Empresariais, Jogos Educativos, Caça Palavras, História em
Quadrinhos e Quiz entre os participantes (inclusive o docente).

Já a Avaliação de Desempenho e a Descrição de Cargos deveriam ser


passadas aos colegas através de atividades como Jornal, Reportagem
Investigativa e Dramatizações de situações empresariais, utilizando para isso
impressos como o Canvas Adaptado e o Mapa Mental e de Sentimentos do
Profissional, impressos esses que a autoria aprendeu a utilizar no curso em que foi
colocada frente a esta nova metodologia.

Quanto ao material de trabalho, foi passado a cada grupo um livro sobre o


assunto a ser desenvolvido e material lúdico como lápis de cor, canetinhas
coloridas, cola, papel tesoura dentre outros para serem utilizados quando da
apresentação das atividades.

RESULTADOS

Inicialmente quando houve a proposta a este tipo de atividade, muitos alunos


ficaram espantados como a iniciativa, principalmente quando houve a formação do
grupo de avaliação. Muitos se sentiram incomodados com o fato de serem avaliado
pelos colegas e mesmo o grupo de avaliação se sentiu incomodado com esta
prática. Houve conversas particulares com os grupos onde a autora mostrou a
necessidade e a importância deles se tornarem agentes ativos do sistema e não
passivos, que a absorção dos conteúdos ficaria mais fácil de ser compreendida e
que o mundo corporativo busca selecionar profissionais com vivências mais
práticas do que teóricas.

As apresentações das atividades foram divididas ao longo do término do


semestre. Os temas foram apresentados de forma lúdica, onde houve a
participação de todos da sala nos eventos e “brincadeiras” propostas. Workshops
foram montados, dramatizações foram realizadas, jogos de perguntas e respostas
foram propostos, sempre havendo a adesão da sala. A autora observa que a
frequência dos alunos a aula se torna maciça havendo dias em que havia 100%
dos alunos presentes. Outro fator de sucesso que a autora notou, era o número de
alunos que não se atrasavam para o inicio das atividades propostas (mesmo não
sendo eles a apresentarem naquele dia e horário). Ao término de cada
apresentação, a autora buscou contextualizar o tema, mediando à discussão,
elucidando as dúvidas e propondo novas atividades e formas de absorção dos
conteúdos.

Uma breve avaliação era realizada a cada término de apresentação, onde os


grupos se manifestavam a favor ou contra a nova sistemática metodológica, mas
se tratava de uma avaliação verbal e não havendo registro escrito da aceitação ou
não deste novo tipo de atividade.

Mas a grande preocupação ainda era o grupo de avaliação que se sentia


incomodado com a tarefa de avaliar colegas e determinar os vencedores deste
jogo. Conversas e dúvidas pautaram o transcorrer das atividades, mas ao final o
grupo se mostrou maduro para avaliar e determinar os vencedores deste desafio. A
sala sendo analisada mostra um amadurecimento ao encarar o desafio de também
serem avaliados pelos colegas. Alguns comentários como “nunca me imaginei
numa situação onde meu colega de trabalho pudesse me avaliar, ou ” interessante
notar que o grupo de avaliação nos encarou como profissionais e não como amigos
ou coleguinhas de turma”, foram os resultados obtidos na avaliação aberta e verbal
ao qual a autora propôs como término das atividades.

A autora, apesar de não ter documentado estes registros, pela sua


inexperiência e desconhecimento do assunto, baseia – se apenas no que se
apresenta ainda hoje quando abordada nos corredores da IES e questionada pelos
alunos quando eles iriam novamente participar de uma atividade como a proposta
na disciplina de Fundamentos de Gestão de Pessoas. Muitos alegam sentir falta de
metodologias que os coloquem em contato com a realidade que os espera no
mundo corporativo. Alguns ainda contam casos ocorridos no ambiente de trabalho
onde a experiência em sala produziu bons resultados dentro das empresas. Isso
mostra que a aceitação por parte dos alunos se mostrou satisfatória e leva a autora
a propor novamente este tipo de metodologia na outra turma em que ministra a
disciplina.

Este incentivo leva a autora a aprofundar seus conhecimentos sobre o


assunto em livros e artigos, como forma de aumentar seus conhecimentos e
melhorar ainda mais as atividades propostas, porém ao longo do caminho, a autora
é questionada com uma reclamação de um (a) aluno (a) que não se identifica e
aciona a ouvidoria da IES para se posicionar insatisfeito com a forma como a
disciplina foi ministrada, alegando haver sido prejudicado (a) por não ter
conseguido absorver os conteúdos propostos, deixando a desejar na sua formação
profissional.

O aluno (a) ao não se identificar não possibilitou a autora uma conversa


mais detalhada sobre a metodologia aplicada, a forma de condução das atividades,
o real motivo de ter mudando a trajetória ao longo do caminho, o que a leva a
repensar sua metodologia de trabalho e criar novas dúvidas a serem dirimidas: o
aluno está preparado para este tipo de inovação em sala? Será que ele ainda traz
consigo resquícios de uma educação mais conservadora, mais tradicional que
possibilita a sua acomodação, sua passividade frente aos desafios que o mundo
corporativo impõe nas tarefas profissionais? Ou ainda, será que o aluno ouve ao
longo de sua vida pessoal que ele não tem condições ou capacidades para pensar,
criar o pensamento lógico, inovar e inverter a ordem das coisas em sua vida
pessoal e profissional? Será que isso seriam fatores que estão afastando o aluno
das IES?

Essas dúvidas fazem a autora repensar uma nova forma de trabalhar este
tipo de metodologia que não seja tão agressiva e que não venha a ferir egos e
valores impostos pelo contexto familiar a que este aluno estão inseridos. A
inexperiência da autora a leva a buscar maiores informações e conhecimentos
sobre o assunto, a repensar sua metodologia e criar condições mais assertivas de
conduzir de forma diferenciada a passagem dos conteúdos em sala.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Escrever sobre este tema é um grande desafio e uma proposta altamente


gratificante. A autora, ao longo de sua trajetória acadêmica, se deparou com
inúmeras situações onde foi colocada em xeque a forma como atrair e motivar o
aluno a participar ativamente das aulas ministradas, como criar o sentimento de
carinho e respeito ao conteúdo proposto.

Esta nova sistemática de metodologia revela - se interessante como forma


de melhorar a relação aluno x IES x docente, apesar dos desafios e barreiras que
ainda devem ser quebrados para que se esta relação se torne agradável e não
traumática. Tirar o ser humano da sua zona de conforto requer atitudes por vezes
consideradas agressivas e inapropriadas, mas necessárias às modificações que o
mundo passa.

Mesmo com todo o desconhecimento e inexperiência da autora sobre o


assunto, a ousadia de modificar algo que vinha caminhando a contento durante um
longo tempo e que se apresentava cômodo, a leva a uma reflexão profunda sobre a
forma de como passar conhecimentos abandonando hábitos enraizados e cômodos
ao longo da sua trajetória profissional.

A leitura e entrosamento com os conteúdos disponibilizados para estudo


leva a autora a repensar melhor a forma como desenvolver este tipo de
metodologia para melhorar a relação aluno x IES x docentes, como forma de
colocar no mercado, um profissional mais preparado para enfrentar os desafios do
mundo corporativo.

Através dos resultados observados, o objetivo proposto foi atendido quando


a autora é questionada sobre quando haveria novas formas de atividades como a
proposta na disciplina Fundamentos de Gestão de Pessoas. Os alunos ainda
recordam com carinho dos momentos vivenciados em sala, das atividades
desenvolvidas e comentam que muitas das atividades propostas os colocaram em
situação favorável perante a empresa onde trabalham. Alguns alunos questionam
porque outros colegas docentes não utilizam novas formas de metodologia para
passarem seus conteúdos, tornando-os atraentes e motivadores. O mesmo pode –
se dizer com relação à problemática que sugere a modificação de padrões
considerados tradicionais em prol da necessidade de atender a uma dinâmica de
construção do conhecimento resolve-se quando há um Feedback positivo por parte
do aluno nas respostas apresentadas nas apresentações em sala e nos
questionamentos que são realizados fora da sala de aula, mesmo havendo neste
percurso um aluno(a) que não considerou válida a experiência passada.

Porém a hipótese em que se questiona que a partir do momento que o aluno


passa a ver a aula de forma mais cativante, estimulante e motivacional e ele se
torna agente ativo do sistema, passando a integralizar o processo ensino –
aprendizagem aumenta o índice de retenção escolar nas IES que ele frequenta,
não pode ser comprovada pela inexperiência da autora em propor uma forma de
avaliação mais voltada a sua comprovação.

Considerando – se o exposto no presente artigo, a autora propõe algumas


modificações para melhor dirimir as novas dúvidas que a levam a repensar uma
nova forma de trabalhar este tipo de metodologia que não seja tão agressiva e que
não venha a ferir egos e valores impostos pelo contexto familiar a que este aluno
está exposto. As propostas para uma nova investida partem de um estudo mais
profundo do tema, como novos autores, vivência prática das metodologias
aplicadas em outras IES e escolha de uma turma piloto para investir estas
modificações, sempre monitoradas mais assertivamente pela autora. A criação de
uma avaliação documentada onde o aluno ao final de cada atividade poderá
através de um impresso registrar seus sentimentos de positividade ou negatividade
a atividade proposta seria outro instrumento que viria de encontro às melhorias
propostas para esta atividade. Estes dados serão tabulados e servirão de base
para novos estudos sobre o assunto e poderão servir como mais um instrumento
de coleta de dados para se criar novas formas de se diminuir à evasão escolar
dentro da IES.

Portanto, este artigo teve intenção de mostrar o relato de uma vivência


vivenciada pela autora e que ele possa servir de incentivo a outros colegas a
repensarem a forma como conduzem seus conteúdos em sala, evitando com isso
desmotivação do alunado, ou mesmo abandono das suas atividades acadêmicas.
Que as informações aqui contidas possam servir futuramente para maiores estudos
sobre como diminuir os altos índices de evasão nas IES e que os resultados
apresentados possam comprovar a hipótese de que quando o aluno se torna
agente ativo e participativo do sistema ensino – aprendizagem, sua motivação
aumenta e as chances de evasão escolar diminuem.
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