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Ordinária n. ...
ESPÓLIO DE ..., representada por sua inventariante ..., autora, por seu
advogado in fine assinado, nos autos epigrafados promovidos contra ... e
OUTROS, vem, respeitosamente, apresentar IMPUGNAÇÃO À
CONTESTAÇÃO apresentada pela 2ª ré ..., (fls. ...), pelas razões de direito
adiante articuladas.
I - FRAGILIDADE DA CONTESTAÇÃO
7. Não merece acolhida a tese da 2ª ré, no sentido de que o autor seria parte
ilegítima para figurar no pólo ativo da demanda.
12. No entanto, vê-se que o contrato de cessão de direitos, firmado pelo autor
e a segunda adquirente do imóvel, Sra. Ângela Maria Quintas David/3ª ré, foi celebrado
no ano de 1992, quando ainda não se fazia imprescindível a interveniência do agente
financiador, o que passou a ser exigido somente após a edição da lei nº 8.004/96, que
estabelece a possibilidade da transferência do imóvel financiado, somente com a
anuência do agente financeiro.
17. No que diz respeito ao mérito, propriamente dito, a questão não traz
dificuldades, e sua solução passa pelos Princípios constitucionais da Isonomia,
Impessoalidade, Boa-fé Objetiva, Eticidade e até mesmo da Moralidade Administrativa.
20. Sobre o direito controvertido, vale mais uma vez transcrever a norma
editada pelo Governo Federal (Lei Federal n. 10.150/00) que trata da novação de
dívidas e responsabilidades do Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS,
nos seguintes termos:
21. Como se vê, a expressão "poderão" contida na lei dá uma idéia de haver
mera "faculdade" do financiador.
26. Na hipótese dos autos, o autor cumpriu todos os requisitos exigidos pela
lei para a quitação de seu imóvel, de acordo com a referida lei, sendo-lhe assegurado o
direito público subjetivo à quitação do seu financiamento, cabendo ao órgão
financiador atender a finalidade social da lei, com os recursos do Tesouro Nacional,
destinados a reduzir o déficit de habitações populares.
II - PEDIDOS
Pede deferimento.
(local e data)
(assinatura e OAB do advogado)