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INTRODUÇÃO
A SanDı
O maior problema que os seres humanos enfrentam é o da doença. A
maioria dos males que sofremos deve-se à violação das leis naturais que
atuam continuamente em nós e em nosso ambiente. É com efeito impossível
infringirmos as mais elementares regras de vida sem termos de sofrer, cedo
ou tarde, as consequências de nossa falta de sabedoria. Todos os processos
que a natureza põe em ação no nosso corpo e na nossa consciência são
fundamentalmente construtivos. Por má aplicação do nosso livre-arbítrio
podemos desordenar esses processos e até nos opor totalmente a eles.
Criamos então em nós mesmos condições negativas que se traduzem
inevitavelmente em doença. A primeira coisa a fazer para nos mantermos
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com boa saúde consiste portanto em cooperarmos com as leis naturais e
modificarmos todo comportamento que vá de encontro à ação positiva
que elas em nós exercem. Manter alimentação perfeitamente equilibrada,
não abusar de certos alimentos ou certas bebidas, fazer exercício suficiente
evitando excessos, saber relaxar e descansar, constituem os princípios
básicos de uma boa higiene corporal. A essa higiene do corpo deve-se
acrescentar a atitude mental mais sadia possível, pois a experiência mostra
que maus pensamentos são causa de muitas doenças. O segredo da boa
saúde sempre esteve numa mente sã em corpo são.
O Lae
A felicidade de um lar assenta na grandeza de alma de todos aqueles
que o constituem, pois a família só é una potencialmente. Na realidade é
um agregado de personalidades diferentes, cada qual com seus interesses,
suas aptidões e sensibilidades. O querer alguém impor a seus semelhantes
um estado de espírito, uma conduta ou uma visão de vida parecidos
com os seus é um grave erro que acaba inevitavelmente provocando
ruptura na harmonia do lar. Essa ruptura se traduz mais frequentemente
por conflitos familiares cujos efeitos são infelizmente destrutivos. Por
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conseguinte, importa cultivar um comportamento tolerante e preservar
a célula familiar fazendo do perdão a base do lar. Antes de procurarmos
reformar a personalidade daqueles que compartilham nossa vida cotidiana,
devemos nos empenhar em sermos nós mesmos o menos censuráveis
possível. Isso supõe que trabalhemos em nosso próprio aperfeiçoamento
e cultivemos a harmonia com os outros, principalmente com os que nos
são mais próximos.
O homem e a mulher são unidos por leis humanas que foram instituídas
com o objetivo de selar seu casamento e proteger a família que eles se
dispõem a formar. Se eles não são escolhidos pelo caráter, nem pela
educação, nem por seus ideais, e se não existe nenhuma paixão comum
para fazê-los esquecer suas diferenças, acaba criando-se entre eles uma
relação conflituosa que, com o passar dos meses ou dos anos, fere a unidade
sentimental e moral que eles deveriam constituir. Um desentendimento
acentuado entre dois cônjuges cria um ambiente de discórdia que constitui
um verdadeiro veneno para seu corpo e para sua alma. Quando esse veneno
chega a afetar as crianças desse lar, constitui uma afronta à sua própria
razão de existir e quebra sua fé na humanidade. Nessas circunstâncias o
divórcio é infinitamente preferível, apesar de ainda sofrer oposição de
certos dogmas religiosos que, pretendendo preservar a dimensão sagrada
do casamento, às vezes só fazem enfraquecê-lo. Assim sendo, é evidente
que o divórcio deve ser somente o último recurso. Além disso, se ele se
torna inevitável, o homem e a mulher envolvidos devem fazer tudo para
não ampliar os sofrimentos morais que ele não pode deixar de provocar.
O amor ao próximo deve então prevalecer em seu comportamento, pois
é esse amor que, a despeito de não ter tido pleno desabrochar nesse lar,
pode atenuar as consequências negativas de um divórcio que é sempre
difícil de vivenciar para os filhos.
As F.wawças
Vivemos num mundo material em que o dinheiro representa um
considerável poder. Embora ele não traga felicidade e o acúmulo de
riquezas absolutamente não constitua o objetivo da vida, não podemos
negar que ele cumpre um papel importante na maioria das sociedades
modernas. Não obstante é preciso compreender bem que tudo o que se
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refere à economia diz respeito sobretudo a instituições humanas. Por
conseguinte, para recebermos apoio das leis cósmicas em nossos negócios,
devemos primeiro fazer tudo para reunir as condições necessárias ao seu
êxito. Dentre essas condições contam-se naturalmente a honestidade,
a equanimidade, a lealdade, mas também a coragem, a perseverança,
a paciência e, de maneira geral, todas as qualidades que justificam o
fundamento do antigo dizer: Todo trabalho merece recompensa. O ser
humano, em todos os campos da vida, colhe o que semeia. Se ele está
em oposição com a mais evidente moralidade, não pode esperar receber
qualquer que seja a ajuda do Cósmico para adquirir o que almeja no plano
material. Pior ainda, deve contar que um dia vai perder tudo o que obteve
enganando os outros.
Os Nıcóc.os Lıca.s
As leis humanas refletem o ser humano, ou seja, são imperfeitas. Não
pode ser diferente, pois nenhum juiz tem a inteligência necessária para
conhecer todos os aspectos de todos os negócios sobre os quais pode ser
levado a se pronunciar. Só as leis cósmicas são perfeitamente justas, porque
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são impessoais e atuam sob impulsão de uma Inteligência que conhece ao
mesmo tempo o passado, o presente e o futuro de todos os indivíduos.
Aqueles que estão habilitados a fazer justiça entre os homens não têm a
onisciência divina. Estão portanto sujeitos a errar e podem se equivocar
nos juízos que façam. Por isso mesmo pode acontecer a um litigante estar
em seu direito mas não conseguir ganho de causa numa questão jurídica.
Mas que toda vítima da injustiça dos homens se tranquilize, que a Justiça
Divina não pode deixar de se cumprir cedo ou tarde e as leis cósmicas
atuam continuamente no sentido de que a integridade de cada ser humano
seja reconhecida, no momento mais oportuno e para o bem de sua evolução
espiritual.
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conduta cósmica consoante com os mais elevados ideais, não pode deixar
de receber o auxílio e o apoio do Cósmico. Isto posto, pode acontecer que,
depois de termos feito tudo no plano humano para resolver um problema,
não consigamos obter satisfação. Em tais circunstâncias, desanimamos,
perdemos a confiança e acabamos criando condições que só reforçam
nossa confusão e nosso sentimento de impotência. É para ajudar as pessoas
que, após terem feito tudo o que estava em seu poder para superar suas
provações, sentem-se totalmente desamparadas, que a Antiga e Mística
Ordem Rosae Crucis põe à sua disposição um auxílio metafísico que pode
trazer a solução que elas estão buscando mas não conseguem definir no
âmbito humano. Esse auxílio metafísico assenta na ação do Conselho de
Auxílio Espiritual da AMORC.
O CONSELHO DE SOLACE
DA AMORC
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estar físico, moral e material das pessoas que solicitam sua ação, mas não
pretende resolver todos os problemas a que o ser humano está por vezes
sujeito. Com efeito, certas provas nos são impostas em aplicação da lei
cármica. Quando é assim, é muito difícil anulá-la, seja no campo da saúde,
da família, das finanças, da justiça ou de qualquer outro campo relativo
à atividade humana.Considerando o exemplo particular da doença, o
Conselho de solace nunca fez supor que tinha condição de curar todos
os males que nos podem afligir. Em certos casos, pode apenas aliviá-los e
atenuar os sofrimentos que os acompanham, o que já é considerável. Além
disso ela absolutamente não procura substituir a medicina ou a cirurgia,
pois, embora tenham suas próprias limitações, estas duas terapias têm
também seu papel a cumprir em matéria de cura.
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A COMISSÃO SILENCIOSA
Todos que já tenham conhecimento do Conselho de Solace da AMORC
e de como ele funciona podem receber sua ajuda. Basta que se coloquem
em harmonia com o trabalho que ele realiza todos os dias no Grande
Templo ou, em casos extremos, que peçam para serem objeto especial
de sua ação. Para ampliar o campo de ação dessa obra humanitária, o
Grande Mestre propõe que todos os membros da Ordem participem desse
trabalho diário. O conjunto formado por todos aqueles que o realizam
leva tradicionalmente o nome de ‘Comissão Silenciosa’. Você mesmo pode
se juntar a eles e experimentar a imensa alegria interior que surge da
satisfação de realizar um trabalho que é útil a outras pessoas. Para isso,
basta que entre 11:30 e 12:00 – ou a qualquer outro momento, se lhe for
impossível ter a tranquilidade desejada no horário acima – você se retire
para um local calmo e se eleve ao nível do Sanctum Celestial com a intenção
de se associar mentalmente à ação que o Conselho de Solace realiza a
serviço dos que necessitam. Para compreender a eficácia do trabalho
realizado pela Comissão Silenciosa, basta pensar na força considerável que
representam os milhares de Rosacruzes no momento em que eles se unem
mentalmente com a intenção específica de dirigir pensamentos positivos
aos que necessitam de ajuda.
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– Em seguida, se desejar auxiliar uma ou mais pessoas em especial,
visualize-as como se estivessem diante de você, e imagine que elas
estão envoltas numa luz geradora de saúde, de consolação, de bem-
estar, de harmonia etc. Se estiverem doentes, veja-as curadas; se
estiverem tristes, veja-as alegres; se estiverem aflitas, veja-as serenas;
etc.
A LEI DE AMRA
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forma de superstição. Ou seja, não cabe alguém imaginar que, se não
aplicar essa lei, não mais receberá benefícios. É verdade que a ingratidão
não traz boa sorte, mas não é o medo de se tornar azarado que deve nos
obrigar a aplicar a Lei de AMRA. E também não cabe pensar que para
se beneficiar de um auxílio espiritual baste, antes mesmo de o receber,
expressar reconhecimento ao Cósmico praticando essa lei. Essa maneira
de agir tem ela própria conotação supersticiosa.
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Como vivenciamos a possibilidade de usar dinheiro para cumprir a
Lei de AMRA, é importante fazer distinção entre um donativo feito na
aplicação dessa lei e uma oferenda, mesmo que isso não mude nada ao
nível do indivíduo ou da organização que sejam beneficiados. Como já
explicamos, uma doação feita no âmbito da Lei de AMRA tem por objetivo
expressarmos nosso reconhecimento ao Cósmico por um benefício
recebido, seja ele de natureza material ou não. Uma oferenda, por sua
vez, não é necessariamente feita com esse objetivo. Pode simplesmente
manifestar o desejo de dar ajuda financeira a um beneficiário da escolha da
pessoa, sem que esse desejo seja consequência de um benefício recebido.
Neste sentido é importante compreender que o dinheiro representa um
poder que, como todas as energias acessíveis ao ser humano, pode ser
empregado de maneira positiva ou negativa. Portanto, usar esse meio para
servir a uma causa nobre é perfeitamente justificado no âmbito espiritual.
Sincera e fraternalmente
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“Consagrada ao conhecimento e dedicada a todo Rosacruz”
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07/2016