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1.

INTRODUÇÃO

A contaminação gerada pela a ação humana ao meio ambiente, seja de


qualquer natureza, implica em diversas consequências, algumas delas sendo
irreversíveis para a sociedade. Dentre as consequências, podem ser
destacadas diferentes doenças que são propagadas por meio de agentes
poluidores do ambiente (CASTRO, et al., 2013).
O solo é destacado como um dos recursos naturais que mais sofrem a
ação do homem, sendo muitas vezes negligenciado, porém essencial para o
suporte de todos os ecossistemas terrestres, além de ser um recurso vital para
a humanidade, tendo sua importância equivalente ao da água e do ar
(SAMPAIO, 2004).
Com relação ao solo e sua importância para a sociedade como todo, não
se pode deixar de citar os espaços públicos utilizados pelas pessoas, como por
exemplo, as praças públicas. Praças são essenciais para os centros urbanos,
pois propicia lazer, espaço para atividades culturais, esportivas e para o
sossego, além do mais, as áreas verdes das praças (árvores, gramados, flores,
etc.) exercem a função de reduzir os efeitos da poluição do ar (LEÃO et al.,
2007).
No Brasil, entre as capitais principalmente, existem uma grande
proporção no número de praças. Belém abriga 207 praças, com uma área total
de cerca de 1 milhão de metros quadrados quando somadas. Entretanto, mais
da metade dessas praças apresenta problemas de manutenção das áreas
verdes, equipamentos e edificações, além da limpeza insuficiente (LEÃO, et al.,
2007).
A interação de animais de companhia com os seres humanos é muito
vista em praças, além da circulação de animais errantes nesses locais. As
praças podem constituir uma importante via de veiculação de zoonoses
parasitárias, pois existem inúmeros organismos (protozoários, helmintos,
insetos e acarídeos, por exemplo) que parasitam animais e seus ovos /cistos
são lançados no solo onde se mantém inalterados por dias ou meses,
dependendo do clima ou até se desenvolverem (PASTÓRIO et al., 2009).
A população mais sujeita ao risco de infecção é constituída
principalmente pelas crianças, pelo simples fato de serem mais curiosas e sem
discernimento e também pelo fato de conhecerem as coisas através dos
sentidos do tato e paladar (REY, 1991).
Diante disso, este trabalho tem como objetivo realizar a avaliação do solo
de praças públicas na cidade de Belém do Pará, pesquisando o nível de
contaminação desse solo por ovos de helmintos, bem como informar à
população local sobre os riscos e cuidados necessários durante a utilização
desses espaços.

2. JUSTIFICATIVA

Diante do exposto, percebeu-se a necessidade de realizar um estudo


referente às analises do solo de praças publicas que possuem maior afluência
de pessoas e animais como a Praça Eneida de Moraes, Praça Dom Pedro II,
Praça Batista Campos, Praça da República e Praça Brasil, com o intuito de
pesquisar e analisar a presença de ovos de helmintos.
Acredita-se na ocorrência destes patógenos nos locais indicados, devido a uma
serie de fatores relacionados como a presença humana e animal,
conjuntamente com o acúmulo de lixo e água advindo de chuvas, que
propiciam um ótimo meio de manutenção para os mais diversos tipos de
parasitas. Assim, considera-se esse estudo de grande relevância considerando
que determinadas infestações parasitárias têm caráter zoonótico, podendo
comprometer a saúde da população humana que transita nessas praças.
4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste projeto é coletar e analisar amostras de solo e


fezes de cães e gatos em praças públicas para avaliar o grau de contaminação
desses espaços, bem como promover a conscientização da comunidade local
que utiliza esses espaços.

4.2 Objetivos Específicos

● Obter as amostras de areia e/ou grama e fezes de cães e gatos


encontradas em praças públicas;
● Realizar análise laboratorial das amostras de solo e fezes de cães e
gatos em busca de possíveis ovos de helmintos de cunho zoonótico;
● Realizar um levantamento da situação das praças por meio de uma ficha
de avaliação;
● Aplicar questionário a alguns frequentadores para saber o conhecimento
sobre o risco de infecção ao utilizar esses espaços;
● Realizar campanha de conscientização sobre prevenção aos
frequentadores das áreas incluídas nesta pesquisa.

REVISÃO DE LITERATURA

Os animais domésticos como cães e gatos estão presentes na vida dos


seres humanos diariamente e essa aproximação trouxe muitas mudanças
comportamentais, alimentais e no quesito saúde. Os tutores cada vez mais
levam os animais de companhia ao veterinário e a disseminação de
informações está se tornando cada vez mais acessível à população, porém,
ainda há um longo caminho a percorrer, pois paralelamente ao exposto ainda
há muito desconhecimento inclusive sobre as zoonoses, cujo conhecimento é
imprescindível para a saúde pública e bem estar tanto dos animais quanto dos
seres humanos.

As doenças transmissíveis entre animais vertebrados e homens são


conhecidas como zoonoses (FERRERO et.al, 2007) e podem ser transmitidas
através de contato com fezes, água, solo e alimentos contaminados, através de
mordeduras, arranhaduras, contato direto, entre outros (TORTORA, 2016). Os
cães e gatos possuem relevância para a transmissão de doenças devido a sua
estreita relação com os humanos, porém outros animais podem participar
ativamente na disseminação de doenças como os pombos e roedores,
morcegos, carrapatos, caramujos, entre outros (SILVA, 2017).

A infecção por parasitos é muito comum no ambiente urbano devido aos


hábitos de lazer ao ar livre principalmente nas praças públicas no qual animais
e humanos interagem no mesmo recinto, facilitando a transmissão de agentes
zoonóticos (CASTRO, 2005). Entre os grupos de risco podemos mencionar
idosos, pois possuem o que denominamos de imunossenescência (GAVAZZI,
2002) e crianças pelo hábito de manusearem a terra e colocar as mãos e/ou
objetos na boca (BATISTA et.al, 2013). Em ambos o sistema imunológico
encontra-se fragilizado para combater infecções o que torna a prevenção o
fator chave para evitar a ocorrência de parasitoses nesses grupos.

No Brasil, inúmeros projetos de pesquisa foram executados com o


propósito de observar a contaminação dos solos nas praças públicas com
caráter zoonótico, os mais encontrados são o Ancylostoma spp. e Toxocara
spp. (MORO et.al, 2008). Outras pesquisas também foram executadas para
mensurar o nível de conhecimento da população em relação às zoonoses
(LIMA et.al, 2010; DIAS et.al, 2012; SAMPAIO, 2014).

De acordo com Schneider (2018 p. 10-11, apud Pan American Health


Organization, 2001) Ao todo, 98 doenças que afetam humanos são comuns a
cães e/ou gatos, sendo 92 compartilhadas com cães, e 63 com gatos. Em
termos de tipos de doenças, há mais verminoses (infestações causadas por 31
grupos taxonômicos de helmintos), seguido por 11 bacterioses (23), micoses
(12), infestações por protozoários (9) e outros agentes (18). Esses números
não refletem a frequência das infecções, pois alguns tipos são extremamente
raros, enquanto outros afetam milhões de pessoas anualmente.
Toxocaríase

O termo toxocaríase é utilizado para designar a infecção no hospedeiro


humano pelas espécies de Toxocara canis ou Toxocara cati, estes são
nematódeos ascarídeos do Reino Metazoa, Filo Nematoda, Classe
Chromadorera, Ordem Ascaridida, Família Toxocaridae, Gênero Toxocara
(FIALHO, 2016).

A larva migrans visceral (LMV) causa a infecção de seres humanos


através dos nematódeos Toxocara canis e Toxocara cati, parasitas presentes
em cães e gatos, respectivamente. (NELSON e COUTO, 2015). A toxocaríase
tem importância fundamental no mundo todo devido muitas vezes ser
assintomática e em indivíduos na fase da infância são mais suscetíveis a
infecções podendo chegar até a morte (AIRES, 2008).

O nematódeo Toxocara canis, parasita com mais frequência animais


jovens e os vermes podem possuir um comprimento de 10 a 15 centímetros,
sendo a transmissão via transplacentária muito comum e os animais podem
apresentar muita dor abdominal e eliminar os vermes através de vômito e/ou
diarreia. O óbito pode ocorrer devido ruptura ou obstrução dos intestinos a
medida que os ascarídeos ficam enrolados formando nós entre si (BOWMAN,
2010).

A infecção acontece quando há a ingestão de ovos embrionados de


Toxocara pelo hospedeiro definitivo, sendo que as crianças são hospedeiros
acidentais nesse processo quando ingerem os ovos expelidos por cães e gatos
que albergam os vermes adultos. Os ovos eclodem depois da ingestão para
liberar as larvas que penetram no intestino delgado e entram na livre circulação
percorrendo o corpo todo com o risco de chegar a outros órgãos. No
hospedeiro definitivo os parasitas jovens costumam completar seu ciclo de
vida. Após 60 a 90 dias os vermes se tornam adultos e se acasalam dando
origem aos ovos não embrionados que serão excretados nas fezes. A
embrionagem acontece no solo por volta de uma semana após a deposição
(DESPOMMIER, 2003).

Segundo Souza 2011, práticas inadequadas de higiene aumentam a


probabilidade de ocorrer a infecção por esses agentes, além de que a classe
social influencia diretamente no risco principalmente pela população que não
tem acesso a informação adequada. O contato íntimo e a falta de vermifugação
dos animais é a causa principal da contaminação.

GIARDIA

Os protozoários do gênero Giardia são parasitos flagelados que vivem


no trato intestinal de diversas espécies de vertebrados, estão entre os
patógenos gastrintestinais mais importantes na Clínica Médica de Pequenos
Animais. (PEARSON, 2019)

A giardíase vem a ser uma zoonose de extrema frequência em animais


de companhia, embora haja pouca informação sobre sua prevalência em cães
e gatos no Brasil. A espécie mais estudada, Giardia intestinalis (sinonímias: G.
duodenalis; G. lamblia) infecta, além de cães e gatos, outras espécies de
mamíferos, inclusive os seres humanos. (ALMEIDA et, al, 2017)

A giárdia é um parasito de grande importância a sua distribuição sobre a


população que compartilha do mesmo ambiente, tendo exemplo, os animais de
estimação e os seus tutores (donos). No entanto, o ciclo dos protozoários do
gênero giardia é direto. Os trofozoítas são encontrados no intestino delgado
dos animais infectados e assim permanecem fixados à parede da mucosa
intestinal. No entanto, os cistos são a forma infectante onde são eliminados
junto com as fezes, podendo permanecer em ambiente úmido por um longo
período de tempo. (PEARSON, 2019)

A sua forma de transmissão vem a ser por via oral, onde ocorre a
ingestão desses ovos de forma acidental, podendo ocorrer pela ingestão de
água, alimentos ou fezes que contenham os cistos. Nos gatos, o período pré-
patente varia de 5 à 16 dias, sendo o sinal clínico mais comum da giardíase é
intestinal, ocorrendo a eliminação de fezes pálidas, sua consistência diminuída
e com odor fétido, podendo as diarréias podem ser agudas, crônicas ou
intermitentes, no entanto, em gatos adultos a manifestação clínica da infecção
se torna rara, sendo nos filhotes ou gatos jovens o oposto. (ALMEIDA et, al,
2017)

Nos sintomas causados pela giárdia, observa-se cólicas abdominais,


enjoo, diarréria e sensação de cansaço. e em seu tratamento sendo
solucionados com medicações como metronidazol, tinidazol, nitazoxanida.
(PEARSON, 2019)

O diagnóstico laboratorial no Brasil são realizados por exames


coproparasitológicos, e como a liberação destes cistos nas fezes vem ser
acidental e com identificação difícil, a presença da infecção acaba se tornando
complexo neste caso, no entanto, sendo diagnosticada de forma errônea.
(ALMEIDA et, al, 2017)

ANCYLOSTOMA

Ancylostoma é uma das mais importantes famílias de Nematoda, onde


os parasitários ocorrem em mamíferos, inclusive em humanos, causando
ancilostomose. Estes parasitas acabam desencadeando sintomas crônicos, e
no entanto, levando até a morte em casos mais graves. (NEVES, 2005)

No entanto, mais de 100 espécies de Ancylostomidae descritas, apenas


três são agentes etiológicos das ancilostomoses humanas: Ancylostoma
duodenale, Necator americanus e ancylostoma ceylanicum. As duas primeiras
espécies são os principais ancilostomos de humanos, enquanto que a A.
ceylanicum, embora possa ocorrer em hospedeiros humanos, tem os canídeos
e felídeos domésticos e silvestres como hospedeiros definitivos. As
ancilostomoses humanas, geralmente negligenciadas, têm grande importância
no contexto universal, pois é estimado que cerca de 900 milhões de pessoas
são parasitadas por A. duodenale e N. amencanus, e que desta população, 60
mil morrem, anualmente. (NEVES, 2005)
Os ancylostomos possuem uma distribuição geográfica muito grande,
onde o duodenale é considerado como o ancilostoma do velho mundo, sendo
predominante em regiões de clima temperado e tropical, onde o clima vem ser
semi- temperado.

Os adultos machos e fêmeas, com a extremidade anterior curvada


dorsalmente; cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes ventrais na
margem interna da boca, dentes triangulares subventrais no fundo da cápsula
bucal. No entanto, em ambos os sexos, a cor é rosa avermelhada e
esbranquiçada, após mortos por soluções fixadoras. Machos medindo 8 a 1
lmm de comprimento por 400pm de largura; extremidade posterior com bolsa
copuladora bem desenvolvida, gubernáculo bem evidente. Fêmeas com 10 a
18rnrn de comprimento por 600 de largura; abertura genital (vulva) no terço
posterior do corpo; extremidade posterior afilada, com um pequeno processo
espiniforme terminal; ânus antes do final da cauda. Ovos, recém-eliminados, de
forma oval, sem segmentação ou clivagem, com 60pm por 40pm de diâmetro
maior e menor, respectivamente. (NEVES, 2005)

Os ancilostomídeos, como muitos outros nematóides parasitos,


apresentam um ciclo biológico direto, não necessitando de hospedeiros
intermediários. Durante o desenvolvimento, duas fases são bem definidas: a
primeira, que se desenvolve no meio exterior, é de vida livre, e a segunda, que
se desenvolve no hospedeiro definitivo, obrigatoriamente de vida parasitária.
Os estágios de vida livre das três espécies de ancilostomídeos têm caracteres
morfológicos distintos, e, também, diferentes comportamentos biológicos, em
função das condições climáticas envolvidas. (NEVES, 2005)

Os ovos dos ancilostomídeos depositados pelas fêmeas (após a cópula),


no intestino delgado do hospedeiro, são eliminados para o meio exterior
através das fezes. No entanto, estes ovos necessitam de um ambiente
favorável para que possam se procriar e principalmente de boa oxigenação,
alta umidade (> 90%) e temperatura elevada. São condições indispensáveis
para que se processe a embrionia, formação da larva de primeiro estádio (L,),
do tipo rabditóide, e sua eclosão. No ambiente, a L, recém-eclodida se alimenta
de matéria orgânica e microrganismos (por via oral), e em seguida acaba
perdendo sua cutícula externa, após ganhar uma nova, transformando-se em
larva de segundo estádio, que é também do tipo rabditóide. (NEVES, 2005)

Desta forma, a infecção pelos ancilostomídeos para o homem só ocorre


quando as L, (larva filarióide ou infectante) penetram ativamente, através da
pele, conjuntiva e mucosas, ou passivamente, por via oral. Quando a infecção
é ativa, as L,, ao contatarem o hospedeiro, são estimuladas por efeitos
térmicos e químicos, iniciam o processo de penetração, escapando da cutícula
externa, e, simultaneamente, ajudadas pelos seus movimentos serpentiformes,
de extensão e contração, começam a produzir enzimas, semelhantes a
colagenase, que facilitam o seu acesso através dos tecidos do hospedeiro. A
penetração dura cerca de 30 minutos. Da pele, as larvas alcançam a circulação
sanguínea ou linfática, e chegam ao coração, indo pelas artérias pulmonares,
para os pulmões. (NEVES, 2005)

A infecção por A. duodenale se estabelece, em proporções


semelhantes, quando as L, penetram tanto por via oral como transcutânea,
apesar de alguns autores admitirem que a via oral é mais efetiva. Já o N.
americanus assegura maior infectividade, quando as larvas penetram por via
transcutânea. A possibilidade de L, ingeridas penetrarem na mucosa da boca,
ou no epitélio da faringe e caem na corrente sanguínea completando o ciclo,
via pulmonar, devidamente comprovada em N. americanus. A infecção por A.
ceylanicum em indivíduos humanos (e inclusive em animais) é bem mais
efetiva quando as larvas penetram por via oral. (NEVES, 2005)

A causa primária está relacionada com a migração das larvas e a


implantação dos parasitos adultos no intestino delgado do hospedeiro. Quanto
a etiologia secundária, em razão da permanência dos parasitos no intestino
delgado, vários fenômenos fisiológicos, bioquímicas e hematológicos estão
associados. Estes fenômenos modulam a tendência da enfermidade em seguir,
geralmente, um curso crônico Tão logo, penetrem na pele do hospedeiro, as
larvas de ancilostomídeos podem provocar, no local de penetração, lesões
traumáticas, seguidas por fenômenos vasculares, alguns minutos, aparecem os
primeiros sinais e sintomas: uma sensação de "picada", hiperemia, prurido e
edema resultante do processo inflamatório ou dermatite urticariforme.
Metabólitos produzidos pelas larvas também participam do processo
inflamatório. A intensidade das lesões está ligada ao número de larvas
invasoras e da sensibilidade do hospedeiro. (NEVES, 2005)

No entanto, o diagnóstico de ancilostomose pode ser analisado de forma


individual ou coletiva, onde no coletivo, observa- se o quase geral da
população. Por outro lado, o diagnóstico individual está ligado a anamnese e
associação dos sintomas pulmonares, intestinais e cutâneos, onde podem ou
não ter anemia. Nos dois casos pode- se observar com clareza o diagnóstico
com um exame parasitológico de fezes. . (NEVES, 2005)

Os exames de fezes, por método qualitativo que indica ou não presença


de ovos de ancilostomídeos, são feitos pelos métodos de sedimentação
espontânea de sedimentação por centrifugação (Blagg e cols., método de
MIFC), e de flutuação (Willis). Para se avaliar o grau de infecção do paciente,
usa-se o método quantitativo de Stoll, cujo resultado expressa o número de
ovos dos parasitos por grama de fezes. Os métodos utilizados para exame de
fezes não permitem identificar nem o gênero ou espécies do agente etiológico
da ancilostomose, pois os ovos dos ancilostomídeos são morfologicamente
muito semelhantes. Em casos de constipação intestinal ou em fezes emitidas
há algum tempo, torna-se necessário fazer a verificação e distinção das larvas
para dirimir suspeitas de infecção pelo S. stercoralis. (NEVES, 2005)

A terapêutica também vem a ser uma medida de controle, do tipo


curativo, só deve ser recomendada para indivíduos que apresentam
diagnóstico parasitológico de ancilostomose, através de exame de fezes. Haja
vsita em que a terapia medicamentosa, tanto individual como coletiva, com
base no tratamento halopático, ou utiliza vários anti-helmínticos ou vermífugos
de amplo espectro, que venham a eliminar esses helmintos, os quais são
eliminados nas fezes dos hospedeiros. (NEVES, 2005)

TRICURIDOIDEA

Entre os nematódeos no qual fazem parte da Trichurida, três gêneros


apresentam grande importância médica e veterinária: Trichuris. Trichinella e
Caoillaria. Portanto, esses nematódeos, como outra; ordens da classe
adenophorea (=Aphasmida, =Enoplea), não apresentam órgãos sensoriais
denominados fasmídes, além da ausência de canais laterais do sistema
excretor. (NEVES, 2005)

Na superfície ventral da região esofagiana de Trichurida, podemos


avaliar a presença de glândulas unicelulares com pequenos poros denominada
camada bacilar, basicamente estão relacionadas com a regulação osmótica
destes vermes. Nos representantes da ordem Trichurida, a abertura bucal,
localizada na extremidade anterior do parasito, é desprovida de lábios e a
cápsula bucal é muito reduzida ou ausente. O esôfago constitui um tubo
delgado, com musculatura pouco desenvolvida, e na porção posterior é
marginado por uma coluna de células glandulares denominadas esticócitos.
(NEVES, 2005)

Apesar de amplamente distribuída, a tricuríase é mais prevalente em


regiões de clima quente, úmido e condições sanitárias precárias, que contribue
para a contaminação ambiental e a sobrevivência dos ovos do parasito. Os
vermes adultos apresentam uma forma típica semelhante a um chicote. Esta
aparência é conseqüência do afilamento da região esofagiana, que
compreende cerca de 213 do comprimento total do corpo, e do alargamento
posterior, na região do intestino e órgãos genitais. (NEVES, 2005)

Os adultos de trichiura são parasitos de intestino grosso de humanos, e


em infecções leves ou moderadas, estes vermes habitam principalmente o
ceco e cólon ascendente do hospedeiro. A sobrevivência dos vermes adultos
no homem é estimada em cerca de três a quatro anos, com base no período de
eliminação da infecção de populações que migram de uma área endêmica para
outra área sem transmissão. Entretanto, esses dados podem representar uma
estimativa de sobrevida exagerada, uma vez que considera a sobrevivência
máxima do parasito. Estimativas indiretas, com base na intensidade da
infecção em diferentes faixas etárias da população de áreas endêmicas,
indicam uma sobrevida de um a dois anos para os vermes adultos de 7:
trichiura. (NEVES, 2005)

Os ovos infectantes podem contaminar alimentos sólidos e líquidos,


podendo, assim, serem ingeridos pelo homem. As larvas de T trichiura eclodem
através de um dos poros presentes nas extremidades do ovo, no intestino
delgado do hospedeiro. Estudos in vitro indicam que o processo de eclosão das
larvas do parasito é estimulado pela exposição sequencial dos ovos aos
componentes do suco gástrico e do suco pancreático. O desenvolvimento das
larvas de Trichuris em humanos nos primeiros dias após a eclosão ainda é
bastante controverso. (NEVES, 2005)

Entretanto, em infecções intensas e crônicas, o parasito se distribui por


todo o intestino grosso, atingindo também a porção distal do íleo e reto. Desta
maneira, os sintomas relatados estão associados a distúrbios locais, como dor
abdominal, disenteria, sangramento e prolapso retal, bem como alterações
sistêmicas, como perda do apetite, vômito, eosinofilia, anemia, desnutrição,
retardamento no desenvolvimento físico e comprometimento cognitivo.
(NEVES, 2005)

O quadro clínico associado a tricuríase não é específico, portanto deve


ser confirmado com o diagnóstico laboratorial. No entanto, o tratamento da
trichiura tem se mostrado menos susceptível a ação de anti-helmínticos que A.
lumbricoides, provavelmente devido a sua localização no intestino grosso e reto
que dificulta o acesso da medicação. Benzoilmidazóis, como albendazol e
mebendazol, são as drogas mais eficientes no tratamento da tricuríase
humana. Dados epidemiológicos indicam que estes medicamentos são
igualmente eficientes na expulsão do parasito. Para o tratamento de pacientes
sintomáticos, em geral recomenda-se o uso de mebendazol 100mg, duas
vezes ao dia por três dias consecutivos ou albendazol, 400mg em dose única.
(NEVES, 2005)

Os humanos são a única fonte epidemiologicamente relevante da


infecção por trichiura. O sucesso da transmissão da tricuríase depende de
condições ambientais, que favoreçam o desenvolvimento e sobrevivência dos
ovos no ambiente, e da inexistência de saneamento básico adequado, que
permite a contaminação ambiental. Desta maneira, as medidas profiláticas para
o controle da tricuríase são bastante semelhantes às discutidas para controle
da infecção por A. lumbricoides. (NEVES, 2005)
TOXOPLASMA

O Toxoplasma gondi é um protozoário que tem uma grande distribução


no mundo todo, com alta prevalência sorológica, podendo atingir mais de 60%
da população em determinados países. No entanto, os casos de doença clínica
são menos freqüentes. Nestes, a forma mais grave é encontrada em crianças
recém-nascidas, sendo caracterizada por encefalite, icterícia, urticária e
hepatomegalia, geralmente associada a coriorretinete, hidrocefalia e
microcefalia, com altas taxas de morbidade e mortalidade. A toxoplasmose vem
apresentando quadro grave de evolução em indivíduos com o sistema imune
gravemente comprometido causando encefalite, retinite ou doença
disseminativa. Entre o grupo de risco incluem-se os receptores de órgãos,
indivíduos em tratamento quimioterápico e aqueles infectados com HIV.
(NEVES, 2005)

A toxoplasmose é uma zoonose e a infecção é muito frequente em


várias espécies de animais: mamíferos (principalmente carneiro, cabra e porco)
e aves. O gato e alguns outros felídeos são os hospedeiros definitivos ou
completos e o homem e os outros animais são os hospedeiros intermediários
ou incompletos. Durante alguns anos após sua descrição o i? gondii não foi
objeto de muitas pesquisas. Somente a partir da década de 70, com o
conhecimento de sua ampla distribuição geográfica por meio de testes
sorológicos e do grande número de mamíferos (inclusive o homem) e aves.
Foram, então, descritas as várias formas que possui, os hospedeiros definitivos
(felinos) e intermediários (demais animais), os ciclos biológico e
epidemiológico, melhores métodos para diagnóstico e as tentativas
terapêuticas. (NEVES, 2005)

As formas infectantes que o parasito apresenta durante o ciclo biológico


são: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos. Essas três formas apresentam
organelas citoplasmáticas características do filo Api-complexa (visíveis apenas
em nível de microscopia eletrônica de transmissão) que constituem o complexo
apical: conóide, anel polar (em número de dois), microtúbulos subpeliculares,
roptrias, micronemas e grânulos densos. (NEVES, 2005)
O ciclo biológico do T. gondi, desenvolve-se em duas fases distintas:
Fase Assexuada: nos linfonodos e nos tecidos de vários hospedeiros (inclusive
gatos e outros felideos) Fase Coccidiana ou Sexuada: nas células do epitélio
intestinal de gatos jovens (e outros felídeos) não-imunes. A infecção pelo T.
gondii constitui uma das zoonoses mais difundidas no mundo. Em todos os
países, grande parte da população humana e animal (mais de 300 espécies de
animais entre mamíferos e aves domésticos ou silvestres) apresenta
parasitismo pelo T.gondii. Em algumas regiões, 40 a 70 % dos adultos
aparentemente nãos apresentam-se positivos para toxoplasmose, em testes
sorológicos. (NEVES, 2005)

Segundo os especialistas, o número de pessoas com sorologia positiva


para t. gondii é enorme, sendo talvez o protozoário mais difundido entre a
população humana e animal (incluindo as aves e excetuando-se os animais de
sangue frio). A patogenia na espécie humana parece estar ligada a alguns
fatores importantes, como cepa do parasito, resistência da pessoa e o modo
pelo qual ela se infecta. Entretanto, a transmissão congênita é frequentemente
a mais grave, e a toxoplasmose adquirida após o nascimento pode apresentar
uma evolução variável. Conforme salientado, a patogenicidade da
toxoplasmose humana depende muito da virulência da cepa. Alguns
experimentos realizados com T gondii oriundos de casos humanos e
inoculados em animais de laboratório comprovam este fato: há cepas que
matam os animais (camundongos, hamsters, ratos, coelhos, cobaias) em
poucos dias; outras apenas provocam emagrecimento, anemia, queda de pêlo
com posterior estabelecimento do animal. (NEVES, 2005)

No entanto, os métodos de diagnóstico da toxoplasmose podem ser


clínico ou laboratorial. O diagnóstico clínico não é fácil de se realizar, pois os
casos agudos podem levar a morte ou evoluir para a forma crônica. Esta pode
se manifestar assintomaticamente ou então se assemelhar a outras doenças
(mononucleose, por exemplo). Portanto, a suspeita clínica deverá ser
confirmada por meio de diagnóstico laboratorial. (NEVES, 2005)

Para o tratamento, ainda não existe um medicamento eficaz contra a


toxoplasmose, na fase crônica da infecção. As drogas utilizadas atuam contra
taquizoítos, mas não contra os cistos. Como a maioria das pessoas com
sorologia positiva não apresenta a doença, e pelo fato de as drogas
empregadas serem tóxicas em usos prolongados, recomenda-se o tratamento
apenas dos casos agudos, da toxoplasmose ocular e dos indivíduos
imunodeficientes com toxoplasmose de qualquer tipo ou fase. Os
medicamentos usados são: 1 Associação de pirimetamina (Daraprim) com a
sulfadiazina ou a sulfadoxina (Fansidar). (NEVES, 2005)

TOXOCARA

Toxocara sp (T. canis, T. cati), são helmintos grandes, brancos e


opacos de grande importância para a medicina veterinária e da saúde pública,
causa infecção gastrointestinal de caráter zoonótico. Sendo encontrado
comumente na maioria dos animais domésticos. (URQUHART, 1998)

Nos cães, o ciclo evolutivo possui quatro tipos possíveis de infecção, a


forma principal é de ascaridoides; o ovo com L3 é infectante, em temperaturas
ideiais, 4 semanas após sua excreção; Em cães com mais de 3 meses de
idade ocorre migração hepatotraqueal; Nas cadelas prenhes ocorre infecção
pré-natal; Nos filhotes lactentes também podem ser infectados pela ingestão de
L3 no leite nas três primeiras semanas de lactação. A infecção pelo estágio
adulto desses parasitos pois ocasionam deficiência no desenvolvimento em
animais jovens. Devido ao estágio larvar ter grande habilidade de migrar pelas
vísceras, esse parasito vai ser a causa de infecções viscerais nos humanos.
(TAYLOR et al., 2010)

Os roedores tem participação importante neste ciclo como hospedeiros


intermediários, pois nestes as larvas permanecem em segundo estágio, mas
quando um gato ingere um desses animais roedores infectados, as larvas
liberadas durante a digestão penetram na parede estomacal do gato e se
desenvolvem em L3. Os estágios larvas também podendo ser verificados nos
tecidos de minhocas, baratas, galinhas, ovinos e outros animais alimentados
com ovos contaminados. (TAYLOR et al., 2017)
CRYPTOSPORIDIUM

Os Cryptosporidium, são pequenos parasitas que infectam mamíferos,


aves, répteis e peixes através do bordo em escova das células epiteliais,
principalmente no trato gastrintestinal. Seu ciclo evolutivo é monoxeno, porém
algumas espécies são capazes de infectar diversos hospedeiros vertebrados.
Os oocistos, são liberados nas fezes que se desenvolvem de forma intracelular
mas extracitoplasmático. (TAYLOR, 2017)

Esse coccídio possue grande influência na saúde pública, pois seus


oocistos são resistentes aos desinfetantes comuns utilizados no tratamento da
água de abastecimento e de recreação, podendo infectar mamíferos, aves e
répteis principalmente pela via oral-fecal ou por meio da ingestão dos oocistos
esporulados e possivelmente por inalação. são protozoários que se aderem às
microvilosidades das células gastrintestinais e do epitélio respiratório. A
infecção por este protozoário ocorre principalmente em indivíduos jovens ou
imunocomprometidos, por isso são considerados parasitas oportunistas.
(MONTEIRO, 2017)

ENTAMOEBA

A Entamoeba (E. histolytica, E. hartmanni, E.equi, E. anatis) são


protozoários que parasitam principalmente primatas, mas humanos são o
reservatório para os animais. A infecção ocorre pelas cepas patogênicas de
ameba que penetram na mucosa do intestino grosso e se multiplicam para
formar pequenas colônias que se distribuem na submucosa e na camada
muscular. Sendo menos comuns em animais domésticos, e mais frequentes
por meio do contato com humanos, por isso é considerado uma doença de
caráter zooantroponose. (REY, 2008)

A enfermidade ocasiona diarreia e disenteria, podendo se apresentar


de duas formas; as formas não patogênicas, onde habitam o organismo
normalmente, sendo alojadas no lúmen do intestino grosso. E as formas
patogênicas, as quais invadem a mucosa causando ulceração, podendo ser
levada ao sistema porta do fígado, que causará a formação de grandes
abscessos. (TAYLOR et al., 2017)

DIPYLIDIUM

Dipylidium é um cestódeo parasito do cão e do ser humano, este


parasita pode ser veiculado por vários vetores. Ao ingerir pulgas
(Ctenocephalides canis e C. felis) ou piolhos mastigadores (Trichodectes canis)
contendo a larva do cestódeo ou por transporte forético pela mosca doméstica
(Musca domestica). A forma adulta localiza-se no intestino delgado de cães e
humanos e o cisticercoide, na cavidade celomática dos insetos. Esta
enfermidade acomete principalmente animais jovens e crianças, cursa de forma
assintomática na maioria dos casos, podendo ocasionar cólicas, diarreia
mucosa e ataques epileptiformes. (MONTEIRO, 2017)
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