Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CRUZEIRO-SP - 2019
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17° ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
O autor apresenta como principal prerrogativa da educação a dialógica e o
diálogo, entretanto, isso só se é possível se o sujeito sente um profundo amor ao
mundo e aos homens, e que sem este sentimento, nenhuma transformação,
nenhuma revolução é possível. Realizou uma profunda reflexão entorno das
ideias, fundamentando-as, inclusive nos descritos de Ernesto Guevara em seu
livro “Obra Revolucionária”. (p. 51)
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17° ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
O autor destaca um educador verdadeiro como sendo também um educando, um
sujeito dialógico, problematizador, ciente que seu papel não é transferir algum
conhecimento dele próprio, algum conteúdo já estabelecido, doado, vindo não do
próprio educando. O diálogo inicia a partir de elementos provindos dos
educandos, sendo reestruturado, organizado e sistematizado para posteriormente
ser novamente apresentado e analisado junto ao educando. Esta estruturação de
pensamento o autor basea-se em ideários como os de André Malraux, bem
descritos em sua obra “Antimemories” (p. 54)
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17° ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
O real é a situação presente, existencial, concreta. Os temas geradores devem
centralizar no momento vivido, no tempo em questão. Para o autor é necessário
considerar primariamente o nível da ação, pois, a resposta intelectual em si só
não é alguma resposta, precisa estar dando-se na prática. A fala só não é
entendida quando distancia-se do concreto, daquilo que é real para o ouvinte. A
comunicação eficiente só se dá quando os comunicantes estão inseridos num
mesmo mundo, o qual deve ser real para ambos. Estes pressupostos
comunicacionais ganharem destaque nas academias, principalmente nas
americanas no início do século XX (p. 55)
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17° ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
Os temas são a expressão da realidade. Quem não captou a “situação-limite” em
sua globalidade, permanece na periferia dos problemas, distante do núcleo, onde
estão as soluções, a libertação do próprio problema. Deste modo, a consciência
dominada empresta sua força ao dominante, o que permite que este mantenha-se
em sua posição. Neste ponto, o autor demonstra não um marxismo, mais um
ideologismo, e sim uma profunda leitura marxiana da realidade, abrangente da
totalidade humana, da universalidade dos saberes constituídos
sóciohistoricamente. (p. 61)
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17° ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
Educador-educando e o educando-educador conjugam sua ação cognoscente
sobre o objeto cognoscível, esta é a realidade. A partir daqui, surge o investigar.
O risco está em tomar o investigador como o objeto investigado, como coisa,
olvidando a temática significativa. A investigação temática significativa deve
possuir estas prerrogativas para que seja processo de busca, de conhecimento, de
criação. Aqui o autor apresenta os primeiros pressupostos teóricos-metodológicos