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RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

ATENDIMENTO AO PACIENTE NO AMBULATÓRIO


O atendimento baseia-se em anamnese e exame físico. Mas estamos falando de estratégias,
então o foco em reconciliação medicamentosa, screening e solicitação de exames,
acompanhamento, retorno, análise e plano, ou seja, o foco no paciente como um todo e não
somente na doença é essencial. A primeira avaliação é completa, como estamos acostumados.
As avaliações subsequentes são pelo SOAP

PASSANDO O CASO DA ENFERMARIA AO PRECEPTOR...


Primeiro passamos quem é o paciente ao preceptor, obviamente sua identificação. Para
montar o raciocínio passamos quem ele é: qual suas comorbidades, MUC, CHV e HF. E então
contamos a sua HMA e QP. Não devemos enrolar, e sempre ressaltar as informações
importantes e resumidas. Por exemplo, não passe ao preceptor que ele tem HbA1c de 12,5. Ao
invés disso diga: “O paciente tem diabetes descompensado, porque sua HbA1c é de 12,5”.
Interprete os exames, não simplesmente os descreva. Deixe calculado o IMC, anos/maço...

S umarizar em 3 MINUTOS
N umerar 2 a 3 DIFERENCIAIS
A nalisar hipóteses do porquê de ser ou não ser uma ou outra hipótese diferencial, listando em
ordem as hipóteses de maior e menor probabilidade
P ERGUNTAR AO PRECEPTOR: ele é seu professor, peça ajuda
P LANEJAR: estabeleça o plano terapêutico e o manejo do paciente
S ELECIONAR UM TEMA PARA ESTUDAR EM CASA: estude o tratamento, o caso clínico que
você viu no dia, para não esquecer

Anotação extra: D0 do ATB quer dizer que ele tomou hoje a primeira dose de um ATB que tem
mais de 1 dose por dia. Quando ele tomar por exemplo a última dose do dia, ele finaliza a dose
diária e entra em D1. Mas se o ATB é 1x/dia, logo após tomar ele já está em D1. Ou seja D1 é
quando finalizou a dose do ATB e D0 é quando já tomou, mas ainda não finalizou a dose diária.
No dia seguinte será D2, D3, D4 e por aí vai

No SOAP hospitalar devemos colher os dados de agora e depois! A FC cardíaca pode ter
variado por exemplo de 100 a 150. Acompanhar dextro, peso... No plano sempre explorar o
motivo: “solicito TC de tórax devido piora radiográfica sugestiva de DP” e nunca só “solicito TC
de tórax”, além de explicar o motivo de suspender medicamentos: “suspendo o enalapril, pois
o paciente estava hipotenso”
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

NA EMERGÊNCIA...
Primeiro, quão crítico está o paciente? Sua decisão muda o prognóstico, mas já pouco tempo
para pensar e pressão do sistema. Colete o máximo de dados com o tempo que você tem. O
atraso por exemplo de 1h no atendimento aumenta a mortalidade na sepse em 7 a 10%!
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

PROTOCOLO MANCHESTER
 0 MINUTOS (VERMELHO – EMERGÊNCIA): atendimento IMEDIATO
- PCR, I.Respiratória, Baixa sat O2, Intoxicação com rebaixamento, Estado de mal epiléptico,
Grande queimado, Gestante em eclampsia/pré-eclampsia

 10 MINUTOS (LARANJA – MUITO URGENTE): atendimento quase imediato


- Necessidade de O2, IAM, Hipo/Hiperglicemia (complicações DM), AVEi sem indicação de
trombolítico, AVEh com glasgow estável, Sepse em tratamento, Alteração aguda do
comportamento, Sincopes recuperada

 50 MINUTOS (AMARELO – URGENTE): atendimento rápido, mas podem aguardar


- Sem necessidade de O2, Redução do nível de consciência, Cefaleia súbita com sinais
neurológicos, pós-ictal

 2 HORAS (VERDE – POUCO URGENTE): podem aguardar ou serem encaminhados a outros


serviços de saúde
- Necessidade de terapia EV

 4 HORAS (AZUL – NÃO URGENTE): podem aguardar ou serem encaminhados a outros


serviços de saúde
- Procedimentos hospitalares como drenagem de abscesso, mas sem risco de descompensação

INTERNAMENTO EM UTI
 Prioridade 1: VM, Vasoativa, SAV (suporte de vida completo), Sem restrições (reanima,
entuba, full...). É aqui que entra o VAGA ZERO

 Prioridade 2: Necessita MONITORIZAÇÃO. Não descompensado, mas PODEM


DESCOMPENSAR e necessitar de INTERVENÇÕES IMEDIATAS

 Prioridade 3: Sobrevida REDUZIDA. LIMITAÇÃO TERAPÊUTICA. Faz medidas de suporte,


conversamos com a família sobre NÃO INTERVENÇÃO e sobre CUIDADOS PALIATIVOS.
Falamos sobre NÃO REANIMAÇÃO

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
 GLASGOW (4 ocular: 1 não abre / 2 abre com dor / 3 abre ao chamar / 4 abre normal;
5 verbal: 1 não responde / 2 palavras incompreensíveis / 3 palavras desconexas / 4 confuso / 5
normal; 6 motora: 1 não mexe / 2 decerebração = extensão / 3 decorticação = flexão / 4 retira
dor / 5 localiza estímulos / 6 obedece comandos) e FOUR são escalas de coma. RASS é nível de
sedação. São escalas QUANTITATIVAS que avaliam neurologicamente pacientes mesmo em
coma
 QUALITATIVA: CAM (delirium), agitação psicomotora
 Sinais focais pelas pupilas, reflexos de tronco, força muscular e sensibilidade

DADOS VITAIS
- PAM > 65, necessidade de DVA, pulso (amplo e simétrico), FC, FR, sat O2 (não substitui a FR!).
Perfusão < 3 segundos, temperatura de extremidades, cianose periférica e lactato (vê
perfusão!). Respiração entre 12 – 20 ipm (diminuição pensar em IR hipercapnica), sinais de
esforço respiratório, respiração paradoxal, dificuldade em completar frases. Estado nutricional
(a primeira coisa que se prescreve na entrada do paciente no hospital é DIETA – ficar atento à
via de administração), evacuações e sistema hepático, RHA...
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SISTEMA HEPÁTICO: TGO e TGP (hepatocelular), FA e GGT (canalicular), BT, RNI, Albumina,
Encefalopatia

AVALIAÇÃO RENAL: MANTER DIURESE 0,5 mg/mg/h! < 200 mL = ANÚRIA! Tomar decisão de
passar a sonda vesical ou não, orientando o paciente

HEMATO: Hb 7 a 10 (individualizar), < 7 TRANSFUSÃO, leucócitos, plaquetas < 100.000


(provável disfunção orgânica)

METABOLISMO: glicemia 140 – 180, Sódio, Potássio...

MEDIDAS: cuidados para ÚLCERA DE PRESSÃO (aporte proteico adequado, hidratar a pele,
mudar decúbito cada 2 horas, banho, trocar curativos, aspiração de tubo se for o caso)

OBSERVAÇÃO EXTRA: AVE ficar na UTI em observação por 2 dias, devido ao risco da HIC –
tríade de Cushing (Bradicardia, HAS, Alteração do ritmo respiratório), transformação
hemorrágica, herniação ou morte encefálica. Fazer TC de controle a cada 24 a 48h ou em
qualquer momento que o paciente sofra variação no quadro
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SÍNDROME METABÓLICA
Aqui temos um paciente ambulatorial. Vamos analisar algumas comorbidades que ele pode ter

CLASSIFICAÇÃO DA IDF PARA SÍNDROME METABÓLICA


- CA > 94 (> 80 para mulheres)
- GLICEMIA ≥ 100
- TAG ≥ 150
- HDL < 40 para homens (< 50 para mulheres)
- PAS ≥ 130 ou PAD ≥ 85

HIPERTENSÃO
- ≥ 140 ou ≥ 90 em 2 ou mais medidas da PA em 2 ou mais visitas, ou pela MAPA (≥130/80) ou
MRPA (≥135/85). PA ≥ 140/90 com alto RCV ou ≥ 180/110 também fecha o diagnóstico
- Alto risco é o paciente com DM, LOA, SCORE ≥ 10%, TFG < 30
- Fatores de risco adicionais: homens > 55 e mulheres > 65 anos, tabagistas, dislipidêmicos,
DM, HF de morte CV prematura (homens < 55 e mulheres < 65 anos)

EXAMES A PEDIR
- HMG, Glicemia e HbA1c, Perfil lipídico, Na e K, Ácido úrico, Creatinina e TFG, Função
hepática, Proteína urinária (dipstick) ou relação alb/creat, ECG de 12 derivações e Fundoscopia
(HAS II e III)

NÃO FARMACOLÓGICO
- IMC < 25 com CA < 102 para homens e < 88 cm para mulheres
- < 5g de SAL/dia (< 2g SÓDIO)
- Atividade física 30 minutos/dia por 5 a 7 dias por semana
- Dieta do MEDITERRÂNEO ou dieta DASH (redução de gordura)
- ÁLCOOL ≤ 20 – 30 g (homens) e ≤ 10 – 20 g de etanol/dia (mulheres)

MANEJO MEDICAMENTOSO
- Droga + não medicamentoso, reavaliando em 2 meses até controle da PA. Se controlada,
reavaliar cada 3 a 6 meses. DM focamos uma PA < 130/80 ou menor se tolerável (mas nunca
PAS < 120)
- IECA ou BRA (não negros), BCC, BB, Diuréticos. Diuréticos são contraindicados para gota!
Além de poderem aumentar a glicemia
- A melhor droga inicial é o TIAZÍDICO como CLORTALIDONA (mais estudos) ou HIDROCLORO
(SUS). Porém, a melhor ASSOCIAÇÃO é IECA (enalapril) + BCC (anlodipino) pelo estudo
ACCOMPLISH. Mas cada paciente é um, se ele tem histórico de SCA, FA, Angina, IC ou mulher
que pretende engravidar ou está grávida (IECA e Diuréticos são teratogênicos), devemos fazer
uso dos BB
- Uma boa opção seria Anlo 5 mg 1x/dia + Enalapril 20 mg de 12/12h

GOTA
- HIPERURICEMIA > 6,8
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

OBESIDADE
- IMC 25 a 30 é sobrepeso
- IMC 30 a 35 é obesidade I
- IMC 35 – 40 é obesidade II
- IMC ≥ 40 é obesidade III

- CA 94 a 102 para homens e 80 a 88 é risco alto de complicação. Se for maior que 102 e 88
respectivamente é risco muito alto

FARMACOLÓGICO
- IMC ≥ 30
- IMC ≥ 25 ou 27 com comorbidades
- Falha no tratamento não farmacológico
- SIBUTRAMINA (TOTALMENTE CONTRAINDICADO SE HAS), ORLISTATE (muito efeito TGI como
dirarreia), LIRAGLUTIDA SC 3mg 1x/dia (ótimo remédio, é o análogo de GLP-1 que trata DM,
mas caro pra kct)

DIABETES
- Duas glicemias ≥ 126
- HbA1c ≥ 6,5% (5,7 a 6,4 é pré-DM)
- Se 100 – 125 faz TTOG de 2h ≥ 200 (140 a 199 é pré-DM)
- ≥ 200 ao acaso + poliúria / polidipsia / perda de peso

METAS
- HbA1c < 100, Pós-prandial < 160 e HbA1c < 7%

EXAMES
- Fundoscopia, ITB, Ausculta de carótida, Exame dos pés
- Glicemia em jejum, HbA1c, Perfil lipídico, Creat e TFG, Relação alb/creat, ECG, Peptídeo C
(diferencia DM1 e DM2), Cetonúria

TRATAMENTO
- Não farmacológico
- Não se recomenda AAS para prevenção primária em pacientes DM (estudo ASCEND)
- MERFORMINA como 1ª escolha
- Outro: INIBIDORES DE SGLT-2
- INSULINIZAÇÃO: se emagrecimento rápido e inexplicado, hiperglicemia grave com
cenonemia/cetonúria, doença renal ou hepática, gravidez, infecção, cirurgia, pós-IAM ou AVE.
Também podemos insulinizar após tentar usar 1 agente oral, 2 ou 3. A insulina pode ser
BEDTIME 0,2 a 0,3 UI/kg/dia
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DISLIPIDEMIA
- CT < 190
- HDL > 40
- TG < 150
- LDL < 70 se alto risco (paciente de muito alto risco manter < 50, intermediário < 100 e baixo <
130)

EXAMES
- CK e Função hepática: avaliar antes do uso de estatina
- Perfil lipídico, glicemia, TSH, Ureia e creat, Alb, Eletroforese de proteínas

TRATAMENTO
- Uma perda de peso pode reduzir em 20% os TAGs. Reduzir o consumo de álcool também
reduz TAGs. Atividade física além dos outros dois é considerdo grau A de evidência, além de
diminuir carboidratos!
- ESTATINAS: ATORVA 40 – 80 mg VO 1x/dia ou ROSU 20 mg VO 1x/dia. Monitoramos cada 6
semanas e quando atingimos bom controle estável, cada 6 meses
- Ezetimiba pode ser considerada se LDL na dose máxima de estatina em paciente com doença
coronariana ou em prevenção primária não é bem controlado. Pode-se usar ômega 3 4 a 10g
por dia. Não se recomenda fibrato isolado, podendo usar se TAG > 500. Não se recomenda
ácido nicotínico

OUTRAS COMORBIDADES...
- Tabagismo: reposição de nicotina (A, mas NÃO USAR CORIONARIOPATA/ARRITMIA),
Bupropiona (A), VARENICLINA, Nortriptilina, Clonidina. Começa se Fagerstom 5
- Disfunção erétil: evitar BB não seletivos como atenolol, propranolol, carvedilol; Tiazídicos.
Pode-se tratar com Sildenafil, mas não nesse paciente. NÃO PODE USAR VIAGRA COM
ATORVASTATINA!
- Gota: ácido úrico > 6,8. Controle AGUDO é CORTICOIDE > 0,5 mg/kg IM ou COLCHICINA 1 mg,
seguido de 0,5 mg cada 2 ou 3 horas até melhorar. No período intercrítico usamos
ALOPURINOL, podendo começar com 100 mg/dia até 900 mg/dia ou Benzobromarona ou
Probenecida. Parar de beber e comer muita carne é essencial. Repetir exames em 6 meses.
Não se deve usar ibuprofeno se ele estiver usando IECA!

RECEITA!
- De exames além de todos, pediremos screening com anti-HIV, VDRL e sangue oculto nas fezes
- Atorva 80 mg/dia VO antes de DORMIR, Met 850 mg 1 cp VO cada 8 horas, Enalapril 20 mg de
12/12h, Anlodipino 5mg/dia, Alopurinol 300 mg 1cp após o almoço, NPH 18U SC ao deitar
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

DISPNEIA AMBULATORIAL
DPOC: Rx PA e Perfil, Espirometria pré e pós-BD

IC: ECG, Eco, Rx de tórax, HMG, BNP, Creat, Ureia e PU, Lipidograma, Glicemia de jejum, TTOG

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FE REDUZIDA


- TERAPIA TRIPLA: IECA/BRA, BB, ANTA DE MINERALOCORTICOIDE em paciente NYHA I
- Se NYHA II, III ou IV (especialista), reavaliamos a função do VE. FEVE ≤ 45 em ritmo sinusal ou
DA faz DIGOXINA. FEVE ≤ 35 = TROCA IECA/BRA por SACUBITRIL-VALSARTANA. Podemos
considerar hidralazina + nitrato se necessário
- Diuréticos devem ser usados sempre na MÍNIMA dose o necessário

PRIMEIRA LINHA SÃO OS BB


- CARVEDILOL, BISOPROLOL E SUCCINATO DE METOPROLOL em doses baixas com aumento
progressivo cada 2 semanas

IECA
- ENALAPRIL 2,5 mg 2x/dia é o INICIAL, chegando a 10 – 20 mg 2x/dia!

ESPIRONOLACTONA 12,5 a 25 mg/dia (se TFG 30 – 49 faz 12,5 mg/dia em dias alternados) é a
dose INICIAL. Manutenção é 25 mg 1 a 2x/dia após 4 semanas

ESTATINAS: TFG < 60 e 50 anos de idade ou mais usa estatina (atorva 20 ou rosu 10)

AAS: prevenção secundária de IAM na dose de 81 a 162 mg (não tem diferença entre usar
doses ainda menores de 75 – 100 ou maiores 300 – 325). Pós IAM é 300 ataque e mantém 100

Restringir sódio < 7 g/dia, ômega 3 (IC sistólica)

VACINA INFLUENZA e PNEUMOCOCO!

DPOC

ESPIROMETRIA OBSTRUTIVA (VEF1/CVF BAIXA) COM PBD NEGATIVA


RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

VEF/CVF < 0,7 PÓS-BD!!!

2 EXACERBAÇÕES: C ou D
0 ou 1 EXACERBAÇÃO: A ou B

mMRC 0 – 1 é A ou C
mMRC 2 é B ou D

GOLD é também classificado pelo VEF1 que 80% é 1, 50 – 79 é 2, 30 – 49 é 3 e < 30 é 4

TRATAMENTO
- Reabilitação pulmonar
- VACINAR INFLUENZA e PNEUMOCOCO (Prevenar 13 ou Pneumo 23 > 65 ou com
comorbidades como IC e DPOC)

GOLD A
- SAMA ou SABA (fenoterol 10 a 20 gotas, ipratrópio 20 a 40 gotas. 3mL de SF para inalar,
reperi 3 vezes cada 20 a 30 minutos)

GOLD B (era o caso do paciente)


- LAMA (tiotrópio – inação de 1 cápsula de spiriva 1x ao dia) + LABA (Salmeterol aerossol e
inalador de pó na dose de 2 a 4 jatos ou pó a cada 12h, Formoterol inalador de pó 1 a 2
inalações cada 12h)

GOLD C
- LAMA + LABA

GOLD D
- LAMA + LABA + ICS
- Considerar macrolídeo
- Considerar roflumilast

TABAGISMO: 20 ANOS/MAÇO aumenta DPOC e CA (> 30 anos/maço)

ALCOOLISMO (questionário CAGE): naltrexona pode ser uma opção, além do dissulfiram
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

PRESCRIÇÃO
- Carvedilol 3,125 mg 2x/dia VO (RUIM! NÃO CARDIOSELETIVO!)
- Enalapril 5 mg 2x/dia VO
- Espirono 25 mg 1x/dia de manhã VO
- Atorva 20 mg 1cp à noite VO
- AAS 1cp de manhã VO. É dupla antiagregação se fosse pós-infarto de ataque, mas como faz
tempo AAS isolado é ok (não confio muito nessa informação, confirmar depois. O paciente do
caso nem colocou stente, ele é de alto risco. Realmente não faz dupla antiagregação?).
Ticagrelor pode fazer dispneia

- Bupropiona 150 mg

- Tiotrópio inalatório 2,5 mcg

EXAMES: Creat, Ureia, Potássio sérico, TGO, TGP e TTOG, sangue oculto (50 – 75 anos), TC (CA
de pulmão – tabagista)

ANOTAÇÕES EXTRAS
- DOENÇA RENAL CRÔNICA: Creat sérica, ALBUMINA URINÁRIA DE 24h, Relação alb/creat uri
-Inibidor do SGLT-2 necessita TFG > 30 (assim como a Met), o rim precisa estar bom para ele
atuar!
- Nitrato e hidralazina indicação para negros, não substituindo IECA
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

DISPNEIA NA EMERGÊNCIA
Temos várias causas como
- TEP (Tríade de Virchow = Lesão endotelial, Estase, Hipercoagulabilidade): critérios PERC
temos baixa probabilidade se são preenchidos todos os 8 critérios como idade < 50 anos, sem
hemoptise, sem empastamento unilateral, sem uso de hormônio, saturação > 94%, pulso <
100, sem cirurgia ou trama nas últimas 4 semanas, sem TVP prévia. Se NÃO PREENCHE 8
CRITÉRIOS PERC faz D-DÍMERO. NEGATIVO AFASTA, porém POSITIVO NÃO CONFIRMA! Então
tem que fazer imagem após D-dímero positivo
- PNEUMONIA: Rx de tórax (ABCDE do Rx: Airways, Bones, Circulation Diafragma, Exterior)

EXAMES INICIAIS PARA DISPNEIA


- Oximetria, Rx, ECG, HMG, BNP

PNEUMONIA
- Vírus, S.pneumoniae, H.influenzae, M.cararrhalis
- Exames: HMG, Ureia > 50, Creat e PU, PCR, Procalcitonina (diferencia vírus de bactéria)
Hemocultura, Escarro, Gaso PO2 < 90%
- Imagem: Rx (vírus difuso inflamatório reticular, bacteriana condensação local), TC se
complicado

ESCORES
- PSI (UTI) e CURB65

Confusão
Ureia > 50
Respiração ≥ 30
PAS ≤ 90 ou PAD ≤ 60
Idade ≥ 65 (não pontua sozinha)
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

AMBU
- Azitro 500 mg/dia por 3 dias
- LEVO ou AMOXI + CLAV

INTERNADO
- LEVO 750 mg VO ou CEFTRIAXONA 1g 2x/dia IV + AZITRO 500 mg/dia IV

UTI
- CEFTRIAXONA + LEVO ou CEFTRIAXONA + AZITRO
- MEROPENEM + LEVO 750

TOSSE
- Purulenta, hemática, furriginosa = pneumococo
- Purulenta, vermelho escura = klebsiella
- Fétido = anaeróbio

ANOTAÇÕES EXTRAS
- O2 em cateter nasal é conduta inicial (SpO2 < 94%), mas evitar devido risco de atelectasia. Se
< 90% faz gasometria e pode fazer máscara c/s reserv, Venturi. Cuidar carbonarcose (DPOC)!
- 2mL de dipirona EV (500 mg/mL) de 4/4h lentamente em SF 0,9%
- Escore de WELLS: 3 pontos se sintomas clínicos (panturrilha aumentada e dor) e outros
diagnósticos menos prováveis que TEP. 1,5 pontos se FC > 100, Imobilização por 3 ou mais dias
ou cirurgia nas últimas 4 semanas e TVP/TEP prévio. 1 ponto se hemoptise ou câncer. WELLS
MODERADO é 2 – 6 (0 ou 1 é baixo e 7 é alto)
- COLETAR HEMOCULTURA E INICIAR ATB PRECOCE!
- Glicemia < 250 pensar em cetonemia ou cetonúria
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

HIPERGLICEMIA INTRAHOSPITALAR
- ≥ 140 em duas medidas (META 140 – 180)
- Hipo é < 70 e grave < 40 (hipo faz ARRITMIA)
- Dextro para todos os pacientes!
- SUSPENDER HIPOGLICEMIANTES ORAIS

ESQUEMA BASAL-BOLUS SC (intensivo)


- Basal + Nutricional/prandial + correção

BASAL-PLUS SC
- Basal + correção conforme dextro

SENSÍVEL (idosos, IR e hepática): 0,2 a 0,3 x PESO

USUAL (DM1 e DM2 com peso normal) 0,4 a 0,5 x PESO

RESISTENTE (obesos, uso de corticoide) 0,6 x PESO

Se paciente CRÍTICO a insulina é EV! Glicemia > 180 em 2 medidas faz BOMBA DE INFUSÃO.
Outros critérios são choque, perioperatório, corticoide em doses altas, DM1 com doenla
crítica, CAD, edema periférico importante ou hipotermia, hepatopatia grave

GLICEMIA SENSÍVEL USAL RESISTENTE


141 – 180 2 4 6
181 – 220 4 6 8
221 – 260 6 8 10
261 – 300 8 10 12
301 – 350 10 12 14
351 – 400 12 14 16
401 ou maior 14 16 18

Paciente do caso: 67 anos, DM, sobrepeso (75kg). Pelo BASAL-PLUS faremos por ser idoso 0,2 x
75 que dá 15U. Faremos só metade disso como a basal
- 8U de NPH, usando 6U de manhã e 2U à noite
- Correção é com R ou UR conforme o dextro (7, 11, 17 e 22h – de 6 em 6h)

PROFILAXIA TVP
- ≥ 40 anos e Mobilidade reduzida (2 dias) é indicada profilaxia! Escore Pádua (clínica): 0 a 3
baixo risco, 4 ou mais alto risco. Medidas gerais com deambulação precoce, movimento, meia
- HBPM SC 1x/dia (Enoxa 40 mg) ou HNF 5.000 UI SC 8/8h
- Manter por 10 +- 4 dias ou enquanto persistir o risco!

PROFILAXIA ÚLCERA DE ESTRESSE


- VM > 48h, Coagulopatia, Sepse/Choque, IRA/IRC, I,hepática, Politrauma, Quimadura > 35% da
SAC, História de sangramento digestivo, Corticoide em doses altas
- Fazer a profilaxia enquanto tiver fatores de risco a duração da doença ou no internamento na
UTI com IBP 20 a 40 mg/dia EV ou RANITIDINA 50 mg de 8/8h!
RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

SEPSE DE FOCO URINÁRIO


- Febre, disúria, polaciúria, dor lombar, PU e urocultura. Se não tem sinais de gravidade, ATB
VO ou IV. Se tem, hemocultura, ATB IV, HMG e eletrólitos e função renal, US de vias urinárias

qSOFA
- Glasgow alterado
- FR ≥ 22
- PAS ≤ 100

2 HEMOCULTURAS antes do ATB PRECOCE (1 HORA!). HMG completo, plaquetas, BT, Ureia,
Creat, Lactato, Gasometria para o SOFA. Parcial de urina, US de vias urinárias, b-hCG,
urocultura e antibiograma

30mL/kg de cristaloide IV nas primeiras 3 horas

Meta de 65 PAM em pacientes com choque séptico que necessitam vasopressores

NA é a primeira escolha de vasopressor


RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

ATB INICIAL
- CEFTRIAXONA que cobre gram + (exceto MRSA e Enterococo) além de E.coli e outros gram -.
Não cobre pseudômonas. 2g/dia infundindo em 15 minutos IV
- Adequamos o ATB conforme hemocultura

ANALGESIA
- Dipirona 2g IV

CHOQUE SÉPTICO: necessidade de DVA (NA 0,01 – 2 mcg/kg/min) e Lactato > 2


- 3 ampolas em SG 5% 200 mL = 0,06 mg/mL

Cálculo da infusão é mL/h = (dose ug/kg/min x peso x 10) / 8


(0,1 x 50kg x 10) / 8 = 6,24 mL/h

DVA são: Nora, depois Vaso, depois Epinefrina, depois Hidrocortisona


RESUMO DO DESESPERO – ESTRATÉGIAS (P1)

CONTROLE DA HIPERGLICEMIA EM UTI


BOMBA DE INFUSÃO EV CONTÍNUA
- IR 100 U diluídas em 100 mL de SF 0,9%
- Ritmo é: (Glicemia atual – Glicemia mínima) x FC
[FC inicialmente é de 0,02 mas pode ser 0,01 se sensível e aumentar pra 0,03 até 0,05 se
resistente]
Paciente com glicemia de 240, a mínima é 100 e FC usamos 0,02. Então temos 140 x 0,02 = 2,8

ÚLCERA DE ESTRESSE

PROFILAXIA TVP
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS
- Uso de anticoagulante
- Hipersensibilidade às Heparinas
- Plaquetopenia induzida por Heparinas (suspeição clínica  petéquias  confirmação com
queda de plaquetas nos primeiros 7 a 10 dias de utilização da droga, afastando outras causas)
- Sangramento ativo que comprometa hemodinâmica  atenção aos drenos
- Menstruação, epistaxe, micro-hematúria

Enoxa 40 mg/dia SC. Se clearence < 30 HNF 5000 UI 8/8h controlando TTPA (< 1,5), mantendo
por no mínimo 6 dias enquanto dure a imobilidade

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
- Jejum até melhora clínica e manejo do choque. Dieta livre VO em 24 a 48h da admissão
- Switch oral se sensível a cipro: 500 mg 1 cp de 12/12h por 10 dias
- Diurese < 0,5 mL/kg/h fala a favor de disfunção orgânica, além de creat > 2, Lactato > 2,
Plaquetas < 100.000 (ou INR > 1,5) e BT > 2
- Lactato dosar cada 6h (clearence deve ser > 10%!)

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