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26/03/2020 Como limpar e desinfetar a casa em tempo de coronavírus – Executive Digest

Como limpar e desinfetar a casa em tempo de coronavírus


Por Executive Digest com DECO 19:56, 25 Mar 2020

Há gestos e rotinas essenciais para reduzir o risco de uma contaminação que pode ser mortal. Chega a casa e não
sabe como agir? Tem um familiar suspeito ou infetado com covid-19 em casa? Como desinfetar as superfícies? Caiu
mais uma receita de vodka na caixa de e-mail? E como atacar o coronavírus na roupa? Precisa de motivação para
passar a montanha de roupa a ferro? Respondemos às dúvidas do momento com a nossa seleção de conselhos.
Também revelamos dicas para desinfetar o automóvel.

Quando chega a casa


Descalce-se de imediato e deixe o calçado sempre no mesmo local, perto da entrada. Evite guardar os sapatos
no mesmo sítio onde tem os chinelos que usa em casa. Todos os membros da família devem adotar esta
rotina.
Mude a roupa exterior (casacos, camisolas, t-shirts, calças, etc.) e evite sacudir a roupa para minimizar a
possibilidade de dispersar qualquer tipo de vírus e germes no ar. Coloque a roupa a arejar no exterior e nunca
a guarde de imediato no roupeiro ou gavetas.
Lave as mãos, seguindo as indicações das autoridades de saúde. Deve desinfetar chaves, telemóvel e tudo
aquilo em que mexeu quando saiu.
Com a limpeza removemos germes e sujidade das superfícies. Não mata os germes, mas reduz o seu número
e o risco de contágio da infeção. Na desinfeção, utilizamos substâncias químicas para matar os germes. Esta
ação não limpa necessariamente as superfícies, mas ao matar os germes, depois de limpar a superfície,
podemos, de facto, reduzir o risco de uma infeção.
Em tempo de covid-19, todos os consumidores devem adotar mais rotinas de limpeza nas superfícies de
contacto frequente (por exemplo, mesas, maçanetas, puxadores, interruptores de luz, torneiras, chuveiro,
sanitas e botões de elevadores) com produtos de limpeza e desinfetantes adequados à superfície, seguindo as
instruções. Os rótulos contêm instruções para um uso seguro e eficaz do produto de limpeza, incluindo
cuidados na aplicação, como usar luvas, quando necessário, e garantir uma boa ventilação durante o uso.

Limpeza de superfícies
A única boa notícia é que o coronavírus é um dos tipos de vírus mais fáceis de matar com o produto certo. Tem
uma capa à volta que se funde com outras células, infetando-as. Assim que quebramos esta capa, o vírus deixa de
fazer o seu trabalho.

Limpe as superfícies com detergente e água, antes de desinfetar. Esfregue energicamente, se a superfície
permitir, sem esquecer cantos, curvas e ranhuras.
Para desinfetar, use soluções diluídas de produtos com poder biocida. Siga as instruções do fabricante para
aplicar e garantir uma ventilação adequada. Nunca misture lixívia com amoníaco ou qualquer outro
detergente alcalino. A solução só será eficaz quando diluída na proporção correta.
Na casa de banho, use um detergente com desinfetante na composição (lixívia, peróxido de hidrogénio ou
cloreto de benzalcónio, por exemplo). A aplicação torna-se mais fácil. Comece pelas torneiras, lavatórios e

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ralos, passando depois ao mobiliário, banheira ou duche, bidé e sanita. O chão é o último a receber o
tratamento de choque, mas não pode ser esquecido. Deixe secar ao ar e ventile o espaço.
Na cozinha, comece por lavar a loiça à mão ou na máquina, usando água quente e detergente.
Recomendamos limpar com água e detergente e desinfetar depois as portas dos armários e puxadores,
bancadas, portas e puxadores do frigorífico e das máquinas de lavar, fogão e respetivos comandos, lava-loiça,
torneira e ralo. Deixe secar ao ar e abra as janelas para ventilar o espaço.
Para mobiliário e equipamentos, use uma solução de água morna com um pouco de detergente adequado ao
tipo de superfície e material. Esfregue com um pano macio e seque de imediato. No caso de teclados,
comandos, telefones e telemóveis, o ideal é confirmar nas instruções se o fabricante sugere limpar com
toalhetes humedecidos em desinfetante ou em álcool a 70º. Evite partilhar a utilização de telemóveis,
auscultadores ou teclados. Se não for possível, desinfete-os antes e depois de cada utilização. Agora mais do
que nunca, o uso de uma capa lavável ou de uma simples película de plástico é uma excelente opção.
Para alcatifa, tapetes e cortinas, use produtos de limpeza ideais para estas superfícies. Depois de limpar, lave
segundo as instruções do fabricante. Se possível, regule a água para temperatura mais elevada e seque
completamente.

Produtos de limpeza que destroem o coronavírus


Detergente e água. A ação mecânica da lavagem com água e detergente quebra a capa protetora
do coronavírus. Seja enérgico na ação. Esfregue como se tivesse material pegajoso na superfície e tivesse
mesmo de removê-lo. Enxagúe com água limpa, seque com um pano limpo (dedique um para cada zona da
casa) e depois deixe-o num recipiente com água e detergente durante algum tempo para destruir as partículas
de vírus que possam ter sobrevivido.
Lixívia. A Direção-Geral da Saúde recomenda uma solução diluída de lixívia (1 medida de lixívia em 49
medidas de água) para desinfetar. Use luvas e nunca misture com outras substâncias, sobretudo amoníaco.
Não guarde a solução por mais do que um dia (degrada alguns recipientes de plástico). Antes de aplicar,
limpe a superfície com água e detergente. Seque a superfície, aplique esta solução e aguarde, no mínimo, 10
minutos antes de enxaguar e deixar secar ao ar, assegurando que ventila bem o espaço. Esta solução pode
corroer o metal com o tempo. Não recomendamos para torneiras de aço inoxidável.
Álcool isopropílico ou isopropanol. As soluções com pelo menos 70% de álcool são eficazes contra
o coronavírus em superfícies rígidas. Primeiro, limpe a superfície com água e detergente e enxague. Depois
use um toalhete humedecido em álcool (não diluído) e deixe-o atuar na superfície durante pelo menos 30
segundos para desinfetar. O álcool é seguro para todas as superfícies, mas pode fazer perder a cor nalguns
plásticos. E como preparar uma solução diluída de álcool? Se usa álcool que indica 96% no rótulo, o mais
frequente nas farmácias e supermercados, deve diluir em água numa proporção de 7 partes de álcool para 3
de água.
Água oxigenada ou peróxido de hidrogénio. Esta solução é eficaz no combate do rinovírus, o vírus que
provoca a constipação, dentro de 6 a 8 minutos após exposição. O rinovírus é mais difícil de destruir do que o
coronavírus. Despeje-o não diluído num frasco de spray e pulverize a superfície a limpar. Deixe repousar
durante pelo menos um minuto. Esta solução não é corrosiva. Pode usar em superfícies metálicas. É o ideal
para entrar em ranhuras de difícil acesso. Pode espalhar sobre a área e não precisa de limpar. Decompõe-se
em oxigénio e água.

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O que não usar contra o coronavírus


Desinfetante manual caseiro. Inúmeras receitas milagrosas invadiram os sites e as redes sociais nos últimos
dias, mas não recomendamos. Os consumidores desconhecem as proporções corretas e a internet não tem a
resposta certa. Apenas dá uma falsa sensação de segurança.
Vodka. Também circulam na net muitas receitas à base de vodka para travar o coronavírus. Estas bebidas não
contêm álcool etílico suficiente (40%, face aos 70% necessários) para matar o coronavírus.
Vinagre branco. Muito popular online, mas não há provas de que seja eficaz contra o coronavírus.

Roupa, toalhas e lençóis: lavar com água a mais de 60ºC


Pode o coronavírus viver nas roupas? E durante quanto tempo? A Organização Mundial da Saúde diz que ainda
não é claro durante quanto tempo o coronavírus permanece nas superfícies, mas os estudos mais recentes apontam
que possa persistir durante algumas horas ou mesmo até vários dias. Tirar os sapatos e mudar de roupa para evitar a
entrada dos germes em casa é crucial. As toalhas de banho e alguma roupa em casa são uma cama para os germes,
sobretudo quando usadas por mais do que uma pessoa. Impõe-se lavar a roupa mais vezes do que faria num cenário
habitual e seguir outras medidas para impedir o vírus de se multiplicar.

Se não usar luvas, ao mexer em roupa suja, é essencial lavar as mãos no final.
Não sacuda roupa suja dentro de casa. Enrole-a de dentro para fora, fazendo um embrulho. Este cuidado
reduz o risco da propagação do vírus pelo ar.
Siga as instruções do fabricante da roupa na etiqueta. Se for possível, escolha a temperatura da água mais
elevada e seque completamente as roupas.
Quanto mais quente, melhor: o nosso corpo apresenta uma temperatura média de 37ºC. É a condição ideal
para a proliferação de vírus e bactérias. Para travar o coronavírus, a habitual lavagem a 30ºC pode não ser
suficiente. A maioria dos vírus não sobrevive a temperaturas acima de 60°C. O ideal será usar esta opção
para toalhas de mesa, toalhas de banho, roupas de cama, lenços e toalhas de cozinha. No cenário atual,
aumentar a frequência da lavagem ajuda.
Temperaturas extremas de frio e calor podem impedir a multiplicação do vírus. Se tiver máquina de secar
roupa, utilize-a durante 20 minutos para conseguir mais ação de calor e eliminar os germes.
Se precisa de motivação para passar a ferro, é agora. A base do ferro pode atingir mais de 100ºC: esta
temperatura pode contribuir para uma melhor higienização da roupa. Ao passar a roupa de uma pessoa
infetada ou com sintomas de covid-19, use a temperatura mais elevada possível para as peças e abuse do
vapor. Apesar de não existir evidência científica, mal não faz. Nesta fase, pondere deixar de usar os tecidos
mais delicados.
A máquina de lavar roupa pode ser a salvação nesta guerra, mas também requer limpeza. Este equipamento é,
muitas vezes, esquecido nas tarefas da casa, mas agora convém reduzir o risco ao máximo: há água nos tubos
ou cotão que fica na máquina. Deite um copo de vinagre branco diretamente no tambor e inicie um ciclo de
lavagem a quente de pelo menos 60ºC (também existem detergentes para limpar o tambor). Repita a operação
todos os meses para evitar a acumulação de detergente e impurezas na máquina.
Usar detergente a mais não aumenta a eficácia da limpeza. É contraproducente, além de desperdiçar. O
excesso de detergente deixa espuma de sabão na roupa e dificulta o enxaguamento completo. O mesmo
aplica-se à máquina, que acumula mais restos de detergente não totalmente dissolvido. Use a dose
recomendada.

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Limpar e desinfetar quando uma pessoa está em isolamento por


suspeita ou confirmação de covid-19
Todos os membros da família podem ajudar nesta guerra. Limpe e desinfete as superfícies de contacto diário nas
áreas comuns (por exemplo, mesas, cadeiras com encosto alto, maçanetas, interruptores de luz, comandos, torneiras,
chuveiro e sanita).

Se for possível, mantenha o doente num quarto e casa de banho de uso exclusivo. Aqui, faça a limpeza com
luvas à medida das necessidades (por exemplo, objetos e superfícies sujas) para evitar o contacto
desnecessário.
A pessoa doente deve permanecer numa divisão específica e longe dos outros em casa, seguindo as
orientações das autoridades de saúde.
Se não tiver outra casa de banho, deve ser a última pessoa a utilizá-la e deve limpar e desinfetar após cada
utilização pela pessoa doente. Use luvas descartáveis para mexer em roupa suja do doente e troque-as em
cada uso. Se usar luvas reutilizáveis, estas destinam-se apenas à limpeza e desinfeção de superfícies. Não
pode usá-las para outras tarefas. Lave as mãos logo após remover as luvas.
Se estiver perante um caso suspeito ou confirmado de infeção por covid-19 em casa, todos os resíduos
produzidos exigem um tratamento especial. Coloque um caixote do lixo de abertura não manual com saco de
plástico no quarto ou sala onde a pessoa se encontra em quarentena ou isolamento. Todos os resíduos que esta
pessoa produz devem ser colocados nesse contentor de uso exclusivo. Estes resíduos não devem ser calcados,
nem o saco apertado para sair o ar.
O saco só deve ser cheio até dois terços da capacidade. Os sacos, devidamente fechados com dois nós bem
apertados, com atilho ou adesivo, devem ser colocados dentro de um segundo saco, também este bem
fechado.
Depois, deposite no contentor de resíduos indiferenciados. Não o pouse, nem o encoste à roupa ou ao corpo.
No final, fácil: lavar as mãos.

O sabão funciona mesmo. Porquê?


Muitos consumidores não acreditam no poder real do sabão. Mas, na verdade, é bastante destrutivo e pode matar
muitos tipos de bactérias e vírus, incluindo o novo coronavírus. O segredo mora na sua estrutura híbrida.

O sabão e os detergentes são feitos de moléculas em forma de alfinete (cada uma com uma cabeça hidrofílica – que
se liga de imediato à água – e uma cauda hidrofóbica, que evita a água e prefere ligar-se a óleo e gordura). Quando
suspensas na água, estas moléculas flutuam como unidades solitárias, interagindo com outras moléculas e
agrupando-se em pequenas bolhas com as caudas hidrofóbicas voltadas para o interior. Algumas bactérias e vírus,
como o coronavírus, ébola, zica, dengue, têm membranas lipídicas. Estas são repletas de proteínas que permitem
ao vírus infetar as células. Quando lavamos as mãos com água e sabão, envolvemos todos os microrganismos da
pele com moléculas de sabão. Neste processo, as moléculas do sabão envolvem as proteções dos micróbios e vírus,
separando-os.

Funcionam como um pé de cabra. As proteínas essenciais libertam-se das membranas rompidas, o que mata as
bactérias e os vírus. Na prática, algumas moléculas de sabão quebram as ligações químicas que permitem às
bactérias e vírus colar-se às superfícies, retirando-os da pele. Ao lavar as mãos, todos os microrganismos destruídos

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pelas moléculas de sabão são removidos.

Regra geral, os desinfetantes para as mãos não são tão fiáveis como o sabão. O desinfetante com pelo menos 60%
de etanol age de modo semelhante. Mas não pode remover tão facilmente os microrganismos da pele. Uma lavagem
bem feita com água e sabão basta para remover estes micróbios da pele. O desinfetante à base de álcool é um
recurso quando água e sabão não estão acessíveis. Em plena era de cirurgia robótica e terapia genética, é notável
como um pouco de sabão na água, uma receita antiga e inalterada, continua a ser uma das intervenções médicas
mais preciosas. Quando tocamos nos olhos, nariz e boca (um hábito que se repete a cada dois minutos e meio)
oferecemos aos micróbios perigosos uma porta de entrada nos nossos órgãos internos.

Lavar com sabão e água é uma das principais práticas de saúde pública para diminuir a taxa de uma pandemia e
limitar o número de infeções, evitando a sobrecarga dos hospitais. Mas a técnica só vale se todos lavarem as mãos
com frequência e profundidade. Faça uma boa espuma, esfregue as palmas das mãos e as costas das mãos, entrelace
os dedos, esfregue as pontas dos dedos contra as palmas das mãos e esfregue o punho com sabão ao redor dos
polegares. Mesmo os mais jovens e saudáveis têm de lavar as mãos com regularidade, sobretudo durante uma
pandemia.

Como matar o coronavírus no automóvel sem estragar os materiais?


Se tem sintomas da doença ou transportou um passageiro suspeito de infeção, limpe as superfícies tocadas com
frequência, incluindo volante, puxadores da porta, alavanca das mudanças, botões, ecrã tátil, comandos do limpa
para-brisas e piscas, apoios de braços de porta e regulações dos bancos.

As soluções que contêm pelo menos 70% de álcool são eficazes contra o coronavírus. Dentro do automóvel, poderá
limpar a maioria dos materiais com álcool isopropílico.

Não use lixívia ou água oxigenada dentro do carro. Pode danificar os estofos. Evite também produtos à base de
amoníaco no ecrã tátil: destroem o revestimento antirreflexo e de proteção.

Basta uma lavagem vigorosa com água e detergente suave para destruir o coronavírus. Melhor ainda: detergente e
água são seguros para a maioria dos interiores no carro, sobretudo tecidos e couro mais antigo que pode ter
começado a rachar. Neste caso, esfregar sim, mas sem exageros.

A maioria das peles e couros de imitação tem um revestimento de borracha para proteção. É seguro limpar com
álcool. Porém, com o tempo, pode deixar marcas e fazer perder a cor. Recomendamos o simples sabão em barra e
água para limpar manchas e sujidades no couro.

Se o carro tiver estofos em tecido, não abuse da água, nem do detergente. O objetivo não é fazer muita espuma.
Pior: se for absorvida em grande quantidade e ficar depositada nas almofadas interiores, pode deixar um cheiro a
mofo e criar bolores e humidade, tudo o que não deseja dentro do carro. A solução é limpar os tecidos com uma
pequena quantidade de água e detergente para roupa.

Na limpeza das superfícies, use um pano de microfibras. Este captura e varre as partículas de poeira e sujidade,
antes de poderem riscar ou arranhar os plásticos delicados ou brilhantes.

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Última manobra essencial: lave as mãos antes e depois de conduzir. Quando for atestar o carro de combustível, use
um lenço ou guardanapo de papel para segurar na pistola da mangueira. É um bom hábito para manter fora do
contexto da covid-19.

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