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Serviços Pú blicos
Duguit
Serviço pú blico “é toda atividade cujo cumprimento deve ser regulado, assegurado e fiscalizado pelos
governantes, por ser indispensá vel à realizaçã o e ao desenvolvimento da interdependência social, e de tal
natureza que só possa ser assegurado plenamente pela intervençã o da força governante”.
“Dizer que um serviço é um serviço pú blico quer dizer que esse serviço é organizado pelos governantes,
funcionando sob a sua intervençã o e devendo ter por eles assegurado o seu funcionamento sem
interrupçã o.” (Las trasformaciones generales del derecho, 2001, p. 36 e ss)
Gaston Jèze
Princípios
Princípio da generalidade
Princípio da continuidade
Princípio da regularidade
Princípio da eficiência
Princípio da atualidade
Princípio da modicidade
Art. 205. A educaçã o, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboraçã o da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificaçã o para o trabalho.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condiçõ es:
I - cumprimento das normas gerais da educaçã o nacional;
II - autorizaçã o e avaliaçã o de qualidade pelo Poder Pú blico.
Saú de
Art. 197. Sã o de relevância pública as açõ es e serviços de saú de, cabendo ao Poder Pú blico dispor, nos
termos da lei, sobre sua regulamentaçã o, fiscalizaçã o e controle, devendo sua execuçã o ser feita diretamente
ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Serviço postal
Constituiçã o Federal
Art. 21 – Compete à Uniã o:
(...)
X – manter o serviço postal e o correio aéreo nacional
Lei 6538/78
Art. 2º - O serviço postal e o serviço de telegrama sã o explorados pela Uniã o, através de empresa pú blica
vinculada ao Ministério das Comunicaçõ es.
Art. 170, CF
“A ordem econô mica, fundada na valorizaçã o do trabalho humano e na livre iniciativa...”.
Art. 175, CF
“Incumbe ao Poder Pú blico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessã o ou permissã o, sempre
através de licitaçã o, a prestaçã o de serviços pú blicos”.
ADPF 46
ARGUIÇÃ O DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. EMPRESA PÚ BLICA DE CORREIOS E
TELEGRÁ FOS. PRIVILÉ GIO DE ENTREGA DE CORRESPONDÊ NCIAS. SERVIÇO POSTAL. CONTROVÉ RSIA
REFERENTE À LEI FEDERAL 6.538, DE 22 DE JUNHO DE 1978. ATO NORMATIVO QUE REGULA DIREITOS E
OBRIGAÇÕ ES CONCERNENTES AO SERVIÇO POSTAL. PREVISÃ O DE SANÇÕ ES NAS HIPÓ TESES DE
VIOLAÇÃ O DO PRIVILÉ GIO POSTAL. COMPATIBILIDADE COM O SISTEMA CONSTITUCIONAL VIGENTE.
ALEGAÇÃ O DE AFRONTA AO DISPOSTO NOS ARTIGOS 1º, INCISO IV; 5º, INCISO XIII, 170, CAPUT, INCISO IV
E PARÁ GRAFO Ú NICO, E 173 DA CONSTITUIÇÃ O DO BRASIL. VIOLAÇÃ O DOS PRINCÍPIOS DA LIVRE
CONCORRÊ NCIA E LIVRE INICIATIVA. NÃ O-CARACTERIZAÇÃ O. ARGUIÇÃ O JULGADA IMPROCEDENTE.
INTERPRETAÇÃ O CONFORME À CONSTITUIÇÃ O CONFERIDA AO ARTIGO 42 DA LEI N. 6.538, QUE
ESTABELECE SANÇÃ O, SE CONFIGURADA A VIOLAÇÃ O DO PRIVILÉ GIO POSTAL DA UNIÃ O. APLICAÇÃ O À S
ATIVIDADES POSTAIS DESCRITAS NO ARTIGO 9º, DA LEI.
1. O serviço postal --- conjunto de atividades que torna possível o envio de correspondência, ou objeto
postal, de um remetente para endereço final e determinado --- nã o consubstancia atividade econô mica em
sentido estrito. Serviço postal é serviço pú blico.
2. A atividade econô mica em sentido amplo é gênero que compreende duas espécies, o serviço pú blico e a
atividade econô mica em sentido estrito. Monopó lio é de atividade econô mica em sentido estrito,
empreendida por agentes econô micos privados. A exclusividade da prestaçã o dos serviços pú blicos é
expressã o de uma situaçã o de privilégio. Monopó lio e privilégio sã o distintos entre si; nã o se os deve
confundir no â mbito da linguagem jurídica, qual ocorre no vocabulá rio vulgar.
3. A Constituiçã o do Brasil confere à Uniã o, em cará ter exclusivo, a exploraçã o do serviço postal e o correio
aéreo nacional [artigo 20, inciso X].
4. O serviço postal é prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, empresa pú blica,
entidade da Administraçã o Indireta da Uniã o, criada pelo decreto-lei n. 509, de 10 de março de 1.969.
5. É imprescindível distinguirmos o regime de privilégio, que diz com a prestaçã o dos serviços pú blicos, do
regime de monopó lio sob o qual, algumas vezes, a exploraçã o de atividade econô mica em sentido estrito é
empreendida pelo Estado.
6. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deve atuar em regime de exclusividade na prestaçã o dos
serviços que lhe incumbem em situaçã o de privilégio, o privilégio postal.
7. Os regimes jurídicos sob os quais em regra sã o prestados os serviços pú blicos importam em que essa
atividade seja desenvolvida sob privilégio, inclusive, em regra, o da exclusividade.
8. Arguiçã o de descumprimento de preceito fundamental julgada improcedente por maioria. O Tribunal deu
interpretaçã o conforme à Constituiçã o ao artigo 42 da Lei n. 6.538 para restringir a sua aplicaçã o à s
atividades postais descritas
no artigo 9º desse ato normativo.
Notícia STF (Quarta-feira, 05 de agosto de 2009):
Conceito de carta
Na definiçã o de carta, estã o incluídas as correspondências, com ou sem envoltó rio, sob a forma de
comunicaçã o escrita, de natureza administrativa, social, comercial, ou qualquer outra, que contenha
informaçã o de interesse específico do destinatá rio (art. 47 da Lei 6.538/78).
A corrente que prevaleceu na votaçã o ocorrida no Plená rio do Supremo foi sustentada pelos ministros Eros
Grau (que redigirá o acó rdã o), Ellen Gracie, Cá rmen Lú cia, Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Carlos Ayres
Britto. Os que haviam votado pela quebra do monopó lio dos Correios em encomendas, mas também em
cartas comerciais, foram os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Já o relator,
ministro Marco Aurélio, votou pela completa quebra do monopó lio dos Correios.
Um destaque entre a votaçã o iniciada na segunda-feira e a terminada hoje foi o esclarecimento da posiçã o
do ministro Carlos Ayres Britto. Ele reiterou seu voto dizendo que seu conceito de carta “nã o é
reducionista”, pois abrange as correspondências comerciais, por exemplo. Para ele, está excluída do
conceito de serviço postal a entrega de impressos (perió dicos, por exemplo) e de encomendas e, portanto,
esses itens ficariam fora do privilégio dos Correios. Contudo, ele reconheceu estar mais alinhado à corrente
que votou pela improcedência do pedido da ADPF porque acredita “no Estado como carteiro entre o
emissor e o destinatá rio da mensagem”.
Questionado por jornalistas, ao final do julgamento, o ministro Gilmar Mendes, presidente da Corte, disse
que talõ es de cheque, cartõ es de crédito, por exemplo, podem ser considerados encomenda. “A rigor, o
conceito de encomenda é compartilhado. É competência compartilhada”, afirmou o presidente.
Remuneração
Taxa: serviços obrigató rios específicos e divisíveis – Art. 145, II, CF/88
Tarifa: serviços facultativos ou concedidos específicos e divisíveis
Súmulas STF
Súmula Vinculante n. 19
A TAXA COBRADA EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃ O DOS SERVIÇOS PÚ BLICOS DE COLETA, REMOÇÃ O E
TRATAMENTO OU DESTINAÇÃ O DE LIXO OU RESÍDUOS PROVENIENTES DE IMÓ VEIS, NÃ O VIOLA O ARTIGO
145, II, DA CONSTITUIÇÃ O FEDERAL.
Súmula n. 670
O SERVIÇO DE ILUMINAÇÃ O PÚ BLICA NÃ O PODE SER REMUNERADO MEDIANTE TAXA
Formas de execução
Direta
Por outorga legal/descentralizaçã o (a outro ente estatal da mesma unidade federativa)
Por outorga contratual (concessõ es e permissõ es)
Por contrato de gestã o, termo de parceria ou outra espécie de acordo, com entidades sem fins
lucrativos (terceiro setor)
Por convênio de delegaçã o com outro ente federativo – Lei 9277/96
Por consó rcio pú blico
Art. 175, CF
Disciplina por lei
Licitaçã o
Ver Lei 8987/95
Tarifa
Equilíbrio econô mico-financeiro
Espécies de concessão
Comum
o Pode ser precedida da execuçã o de obra pú blica
PPP
o Patrocinada
o Administrativa (serviços prestados à Administraçã o)