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O ESTUDO DOS SHAPES

Professora:
Me. Paula Piva Linke
DIREÇÃO

Reitor Wilson de Matos Silva


Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho


Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
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de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães
Design Educacional Larissa Finco e Rossana Costa Giani
Design Gráfico Produção de Materiais

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação


a Distância; LINKE, Paula Piva; FRANCHINI, Sandra de Cássia; CALVI,
Gabriel Coutinho

Laboratório de Criação. Paula Piva Linke; Franchini; Gabriel
Coutinho Calvi
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
37 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
1. Laboratório. 2. Criação. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 632


CIP - NBR 12899 - AACR/2

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Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
sumário
01 6| A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS FORMAS NA MODA

02 13| SHAPES

03 21| AS FORMAS DA MODA


O ESTUDO DOS SHAPES

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Apresentar as formas básicas das formas que fazem parte do corpo humano.
•• Apresentar os shapes historicamente.
•• Apresentar o conceito de Shape e identificar os básicos.

PLANO DE ESTUDO

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:


•• A importância do estudo das formas na moda
•• Shapes
•• As formas da moda
INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a) você deve estar se perguntando o que são shapes e o que eles
têm a ver com a moda. Bom, na verdade os shapes se referem às formas que
a roupa adquire, como godê e balonê, por exemplo. São os volumes ou a falta
deles que determinam os shapes de que estamos falando.
Nesse material em específico a intenção é explicar o que são os shapes e
como eles fazem parte do universo da moda. Assim sendo, este capítulo estará
dividido em três seções, são elas: a importância do estudo das formas na moda;
shapes e as formas da moda. Mas porque isso é importante? Com certeza você
já deve ter assistido a diversos desfiles de moda e visto muitas vitrines nos sho-
ppings ou em qualquer loja do vestuário e percebido que a cada estação os
padrões e as formas das roupas mudam.
Ao perceber essas mudanças observamos que não se trata apenas de es-
tampas, mas de volumes também. Conhecer as formas e volumes das roupas
pode auxiliar no processo criativo, por exemplo, na identificação de tendências
ou mesmo na hora de compor um look.
Conhecer os shapes podem auxiliar em diversos momentos, mas a intenção
desse conteúdo caro aluno, é de oferecer uma ferramenta que pode auxiliá-lo(a)
no processo de desenvolvimento de produto. O processo criativo, não ocorre
do nada, é preciso ter uma metodologia e conhecer as formas que as roupas
apresentam é uma excelente opção para orientar a criação de uma coleção.
Vamos juntos entender como os shapes fazem parte da moda e auxiliam
no processo de criação.

introdução
6 Pós-Universo

A Importância do Estudo
das Formas na Moda
Pós-Universo 7

Antes de iniciar as discussões apontando a importância dos shapes, quero explicar


a você leitor o que são os shapes. O dicionário de definições do ramo têxtil é um di-
cionário online produzido por especialistas, disponível em várias línguas que tem por
objetivo facilitar o acesso a terminologias da área. Outro dicionário online que pode
ser consultado é ANUÁRIO FASHION: Glossário da moda da revista CARAS.
De acordo com o Anuário Fashion da revista CARAS, Shapes se referem “a forma,
a silhueta da roupa. Pode ser um shape mais largo, mais sequinho, ajustado ao corpo,
mais moderno ou clássico” (CARAS, 2011, p. 01). Treptow (2005) aponta para o fato
de que a roupa possui uma estrutura tridimensional, com volumes e formas, que é
representado pela silhueta. Caro aluno é importante ressaltar que em alguns mate-
riais haverá diferentes nomes para os shapes. Em alguns lugares vocês encontrarão a
palavra silhueta, forma ou mesmo linha A, H, Y, etc., mas todos se referem aos shapes.

““
Ter conhecimento das principais linhas do vestuário faz parte do conheci-
mento básico para o profissional de moda que deverá se expressar através
do desenho técnico. Através da história da indumentária, desde os tempos
antigos até os dias atuais, existe uma diversidade muito grande de linhas.
Através de uma análise, verificou-se que muitas linhas, diretas ou indiretamen-
te, são derivadas de outras, sejam mais enriquecidas ou mais simplificadas
(KAULING, s.d., p. 3).

Mas antes de continuarmos a discussão referente aos shapes, precisamos entender


antes o que é a moda e o que é uma roupa, para então estabelecer uma relação entre
os shapes e as mudanças que ocorrem na moda, bem como os desfiles de grandes
grifes.
A moda propriamente dita é um fenômeno que traz consigo alguns séculos de
história. A concepção de Moda surge no final da Idade Média, momento em que se
iniciou um processo de mudanças cíclicas na forma de vestir, mas é no século XVIII
que ela começa a se manifestar com maior intensidade, principalmente por meio da
influência do Rei Luiz XIV da França. No século XIX é que ela se desenvolve como a
conhecemos hoje, período que marca o surgimento da Alta Costura e da figura do
estilista ou criador de moda (LIPOVETSKY, 1989).
No entanto, é somente a partir dos anos de 1960, com o surgimento e dissemi-
nação do Redy to Wear ou Prêt-à-Porter, que se referem a roupa pronta para vestir,
ou seja, a disseminação da confecção de roupas em larga escala que a moda ganha
8 Pós-Universo

intensidade e as tendências passam a mudar com frequência, quando encontramos


mudanças de coleção a cada estação e não mais a cada décadas ou século como
acontecia anteriormente (LIPOVETSKY, 1989).
Portanto, podemos compreender a moda como “um costume presente em certas
sociedades, para qual as roupas, os acessórios, os objetos, as tendências culturais re-
novam-se ciclicamente por meio de formas comuns” (SORCINELLI, 2008, p. 158).
A moda, como dito por Sorcinelli (2008) trata-se de um costume que se altera
com o tempo por meio das tendências, mas expressa a complexidade da sociedade
atual. Calanca (2008) define moda como:

““
[...] fenômeno social da mudança cíclica dos costumes e dos hábitos, das
escolhas e dos gostos, coletivamente validado e tornado quase obrigató-
rio. Em relação á moda, o termo costume, na acepção de hábito constante
e permanente que determina o comportamento, a conduta, o modo de ser
de uma comunidade, de um grupo social, remete ao conceito de sistema,
de estrutura, ou seja, um conjunto de vários elementos relacionados entre
si (CALANCA, 2008, p. 11-12).

O conceito de moda apresenta-se de forma multifacetada ao abarcar vários elementos


relacionados a uma sociedade, como cultura, estrutura social e política, por exemplo,
assim como uma circulação daquilo que é ou não aceito e validado como moda.
Lipovetsky (1989) ressalta o caráter social da moda, embora a considere efêmera, o
autor não nega sua complexidade e influência na modernidade.
Cabe aqui fazer uma distinção entre roupa e moda. “Roupas estão relacionadas
com a produção material e moda com a produção simbólica” (BERLIM, 2012, p. 20). Em
outras palavras, a moda se utiliza do suporte material, a roupa para produzir sentidos.

““
Uma roupa é um emaranhado de pedaços confeccionados juntos para cobrir,
enfeitar e valorizar as partes do corpo humano: mangas, corpetes, colari-
nhos, saias ou calças. Uma roupa é a representação sintética e simultânea de
muitos acontecimentos pessoais e coletivos, econômicos, sociais e políticos
(SORCINELLI, 2008, p. 29).

A roupa, esse emaranhado de tecidos, engloba em seu processo de concepção e


confecção muito mais do que apenas sistemas produtivos, vaidade e estética, ela tor-
na-se um elemento que marca ritos de passagem e diversos acontecimentos sociais.
Pós-Universo 9

Esse objeto está ainda sob um processo de constante avaliação, aprovação e aceita-
ção por parte da sociedade, que julga e aceita aquilo que se tornará ou não moda.
Assim, mais do que uma manifestação de frivolidade, efemeridade ou vaidade,
o objeto roupa, incluso no universo da moda, torna-se um objeto com valor simbó-
lico utilizado para expressar o eu, o individualismo do sujeito.
No entanto, compreender o objeto roupa requer muito mais do que entender
de moda ou tendências, mas reconhecer como o mesmo se apresenta em termos
de formas e como usá-las para valorizar o corpo ou causar efeito em uma passarela.

saiba mais
Os shapes auxiliam a melhorar as formas do corpo, veja algumas dicas:
Blusas com decote em “u” valorizam os seios.
Peças com recortes verticais modelam o corpo e valorizam o colo.
As calças de alfaiataria clássica são neutras e combinam com todos os
modelos de blusas, tops e casacos.
Cós alto enfatiza a circunferência da cintura e aumenta a barriga.
Se você tem a famosa “barriguinha”, evite blusa muito larga, muito compri-
da ou curta
Para saber mais, acesse: <http://revistashape.uol.com.br/beleza-e-es-
tilo/truques-de-maquiagem-para-disfarcar-imperfeicoes-do-corpo/
beleza-e-estilo/2377/materia/17-dicas-de-roupas-que-valorizam-o-corpo>.

Roupas mais soltas e leves são sempre bem vindas para equilibrar as formas do corpo,
como mostram as imagens a seguir. Roupas muitos justas em tecidos de malha
tendem a marcar as imperfeições do corpo, assim para valorizar as formas é preciso
chamar a atenção para o lugar certo. Se o corpo possui uma barriga saliente é inte-
ressante destacar o busto com um decote mais aberto ou profundo e utilizar uma
blusa solta que não mostre a barriga ou a aperte. Dessa forma o busto passa a ser
ponto focal do olhar.
“Nas sociedades modernas, pode-se caracterizar a beleza corporal como sendo um
fato social, pois há, notoriamente, uma busca coletiva por um corpo belo, embora haja
diferentes construções desse corpo, em diversas sociedades e grupos sociais” (ARAUJO,
LEORATO, 2013, p. 720). Portanto, mais do que simplesmente colocar um volume, ao
conhecer os diversos shapes, o criador de moda pode dar a sua criação a capacida-
de de valorizar o corpo ou esconder aquilo que não se deseja que seja visto. Assim:
10 Pós-Universo

reflita
O shape pode valorizar e ressaltar o corpo, que é na verdade uma espécie
de vitrine do sujeito.
Fonte: a autora.

A roupa constrói-se como linguagem e, como tal, altera a estrutura física do corpo,
imprimindo em sua plástica novos traços, linhas, volumes e cores. Essa caracterização
que o traje traz ao corpo é o que faz com que os sujeitos executem performances
para a aquisição desses elementos que vão revestir sua massa corpórea (CASTILHO;
MARTINS, 2005 apud ARAUJO, LEORATO, 2013, p. 721).
Ao pensar a roupa como um revesti-
mento não pode esquecer que a mesma
tem por objetivo adorná-lo e para tal, é
de extrema importância que o designer
saiba como coordenar uma coleção para
adornar os diferentes tipos de corpos. Os
shapes servem para orientar a estrutura das
roupas, auxiliando o estilista a criar uma
coleção harmoniosa e não simplesmen-
te um amontoado de roupas. A coleção é
sempre coordenada, segue uma linha de
pensamento e estética e os shapes auxi-
liam nesse processo.
No entanto, como também estamos
falando de roupa e corpo, cabe aqui apre-
sentar os formatos de corpo, para então
seguirmos em frente e conhecermos os
shapes. Ao entendermos a importância dos
shapes, vamos agora apresentar quais são
essas variações e como elas se apresen-
tam ao corpo.
Pós-Universo 11

reflita
Conhecer as formas do corpo do público auxilia na escolha dos shapes, pois
os shapes ajudam a disfarçar as imperfeições do corpo.
Fonte: a autora.

Figura 1 - Formatos do corpo humano


Fonte: elaborado pela autora.

Cada uma das figuras aqui apresentada (figura 1) aponta um formato de corpo. O
Corpo retângulo se refere ao corpo sem curvas, ou seja, sem a curvatura da cintura.
Já o corpo triângulo apresenta ombros e busto pequeno e um quadril bem avantaja-
do. O triângulo invertido é o oposto, com ombros bem largos, busto amplo e quadril
pequeno. O corpo ampulheta é o corpo bem curvilíneo, com ombros e busto grande,
cintura bem marcada e quadril amplo (PEZZOLO, 2003).
Já o corpo arredondado é aquele que apresenta ombros arredondados e grande
volume na região do abdômen e nos braços, ao olhar a parte superior do corpo
desses indivíduos podemos observar uma forma circular. O corpo romboidal apre-
senta grande volume na barriga, com ombros e quadril pequenos (PEZZOLO, 2003).
Cada um desses formatos de corpo exige um shape específico, que ressalta as
qualidades e oculta às imperfeições. Assim, ao criar uma coleção, você deve estar
atento às preferências do seu público e a proposta da marca para escolher os mais
adequados e que auxiliem na sua coleção.
12 Pós-Universo

saiba mais
Quando se está trabalhando em uma coleção plus size, é importante ob-
servar quais shapes são mais adequados para o tipo de corpo, buscando
valorizar ou ocultar algumas características.
Na dúvida os looks monocromáticos são a certeza de um look elegante e
bonito. A dica é apostar em looks monocromáticos de cores escuras como
preto, azul marinho, bordô e verde esmeralda.
Todas nós temos uma parte do corpo que nos incomoda mas, pode ser
a coxa, a barriga ou até mesmo o braço. A dica é não usar peças colori-
das, estampadas ou com qualquer diferencial perto da área que você não
gosta. Isso faz com que você não chame atenção para essa área e ela passe
despercebida.
Exemplo: Uma blusa mais comprida diminui seu bumbum, enquanto uma
calça colorida pode aumentar, porém isso não significa que você não pode
usar uma calça colorida.
Para saber mais, acesse: <http://www.entendademoda.com.br/2013/05/
10-dicas-para-gordinhas.html>.

Agora que você compreende o que é shape e quais as formas do corpo humano,
podemos passar para o próximo passo que é conhecer quais são os shapes. Até a
próxima aula.
Pós-Universo 13

Shapes
14 Pós-Universo

Sejam bem-vindo(a) caro(a) aluno(a), nesse encontro daremos continuidade ao estudo


dos shapes e veremos quais são eles. Os shapes ao serem entendidos como silhueta
representam as diversas formas que uma roupa pode possuir. Essas formas se referem
ao volume em relação ao corpo, lembrando que a roupa é um objeto tridimensional.

““
Nas diversas épocas ao longo do tempo, as silhuetas foram-se alterando para
se adaptarem aos gostos do momento; não obstante, as formas ou os volumes
mais utilizados podem agrupar-se em alguns estereótipos, geralmente repre-
sentados por formas geométricas simples. A partir destes modelos básicos
pode derivar numerosas variações, que são determinadas pelas preferências
e tendências do momento (Fernández et. al, 2007 apud PONTE, 2011, p. 78).

Destaco aqui que existem diversas formas para os shapes e que cada um deles surgiu
em um período histórico, assim como existem muitas combinações e variações de
um mesmo shape. Assim, entende-se a silhueta ou shape como:

““
[...] o contorno produzido no corpo pela peça. Juntamente com a cor, é a pri-
meira característica que o observador percepciona da peça de roupa; é visto
à distância, quando ainda não são perceptíveis detalhes ou texturas, sendo
por isso um elemento essencial a ter em conta. Fortemente aliado à silhue-
ta está o volume - a presença ou ausência dele definem a silhueta (PONTE,
2011, p. 79).

É justamente essa ausência ou presença de volume que define o shape. Os shapes


básicos para a criação de moda são: o retângulo, triângulo, triângulo invertido e am-
pulheta, como mostra a figura abaixo, a figura 2. Cada um desses shapes tem um
uso em específico.
Pós-Universo 15

Figura 2: Shapes básicos


Fonte: elaborado pela autora.

A figura 2 nos permite observar os quatro shapes básicos: retângulo, triângulo, triân-
gulo invertido e o ampulheta. Veremos a seguir a descrição de cada um deles.
O retângulo, por exemplo, se refere a peças que não marcam a cintura, como os
vestidos tubinho que não marcam nenhuma das curvas do corpo. O retângulo pode
também ser chamado de linha I.
Já o triângulo é utilizado para peças que são frente única e caem abrindo próximo
ao quadril ou cintura, são utilizados para representar blusas e vestidos.
O triângulo invertido é o oposto, se refere a peças que tem a parte de cima muito
longa e que se ajustam a cintura. Como por exemplo, peças com ombreiras muito
grandes e justas na cintura ou nas pernas.
O shape ampulheta é muito utilizado em peças que marcam as curvas do corpo,
ressaltando o ombro e quadril com volume e marcando bem a cintura, muito utili-
zado para representar vestidos.
16 Pós-Universo

saiba mais
O volume maior da silhueta triângulo invertido está concentrado na parte de
cima do corpo. Os ombros são sempre maiores do que os quadris, a cintura
tende a ser reta, a barriga saliente, as costas largas e as pernas longas e finas.
Para equilibrar tudo isso, você precisa suavizar o peso do tronco, fazendo os
ombros parecerem menores, e os quadris, mais volumosos. Outra saída pos-
sível é desviar os olhares do alto do corpo, valorizando o seu ponto forte:
as pernas.
Para saber mais, acesse: <http://mdemulher.abril.com.br/moda/manequim/
tipo-de-corpo-triangulo-invertido>.

Os shapes básicos podem se desdobrar em muitas outras formas que foram surgin-
do ao longo da história, cada qual com suas características e especificidades, o que
lhes garante volumes e formas diferenciadas.
Além desses shapes, existem vários outros, que são: linha A, H, T, V, X, Y, trapézio,
camponesa, balonê, império, Charleston, princesa (KAULING, s.d.). Na figura 3 apre-
sento as linhas A, H, T, V, X e Y.

Figura 3: Shapes variações


Fonte: elaborado pela autora.

Essas linhas são algumas variações das linhas básicas. Conforme a figura 3, apresento
a seguir a definição de cada uma delas de acordo com o dicionário Texsite (on-line)
de definições do ramo têxtil que pode ser acessado via internet:
Pós-Universo 17

““
A Linha A é similar ao trapézio, mas é composta por duas partes ou um recorte
que simula o desenho da letra A.

Já a linha H representa a forma de moda para vestuário de senhora, que se


caracteriza pelas suas linhas austeras e retilíneas e ombros quadrados ou
simples e com cinto, aspecto em que difere da linha I ou retângulo.

A linha T, como o nome já diz representa a forma de vestuário de senhora que


se caracteriza pelas linhas retas na zona do tronco, com mangas em ângulos
retos, dando à peça de vestuário (vestido ou casaco) um aspecto unificado.

A linha V se refere à forma de roupa de homem e senhora, que esteve na


moda nos anos 1950 e de novo no início dos anos 1980. Distingue-se pelos
ombros retos, bastante alargados. As peças de roupa vão-se estreitando para
baixo. Essa linha pode ser considerada uma variação do triângulo invertido,
inclusive em alguns momentos vão ser tratadas como similares. A diferen-
ça em relação ao triângulo invertido é que esta se apresenta de forma um
pouco mais suave em se tratando dos volumes.

A linha X é a forma de moda de roupa de senhora, a qual se caracteriza pelos


ombros retos e largos e cintura muito estreita, realçada pelo alargamento da
peça no sentido da parte inferior. Ela é uma variação do shape ampulheta.
Essa linha é composta por duas peças, conjuntos, por exemplo, enquanto a
ampulheta é utilizada para representar vestidos.

A linha Y é a forma de moda de roupa, a qual se caracteriza pela ênfase dada


nos ombros retos e alargada, sendo a cintura estreita e a saia reta (ou, no caso
de roupa de homem, calças retilíneas) (TEXSITE, on-line).

atenção
Os shapes variações é uma variação dos shapes básicos. Em muitos casos
você os encontrará com outros nomes e em material de desenho, como livros
e apostilas, pois não são todos os livros de design que trabalham com eles.
Fonte: a autora.

Além dos shapes mencionados anteriormente, você verá caro(a) aluno(a), que é pos-
sível fazer composições entre os shapes e que muitas outras formas podem surgir
(conforme a figura 4). Dando sequência aos shapes, vamos ver que existem ainda
18 Pós-Universo

uma boa variedade de formatos que podem ser aplicado à moda. Veremos agora as
linhas: trapézio, camponesa, balonê, império, Charleston e princesa. Os seis croquis
apresentam cada um mais algumas das variações e combinações dos shapes básicos:

Figura 4: Variações dos shapes


Fonte: elaborado pela autora.
O trapézio em alguns momentos pode ser próximo ao triângulo, mas se caracteriza
enquanto forma de peças de vestuário feminino de moda, normalmente vestidos
e casacos, caracterizada pelas formas sóbrias, não arredondadas, com ombros mais
estreitos que se alargam na direção da parte inferior da peça de vestuário, forman-
do uma silhueta trapezoidal
Já a linha camponesa se refere à combinação de peças ou vestido que se carac-
teriza por apresentar a parte superior do corpo que acompanha as curvas do corpo
feminino, enquanto a parte de baixo apresenta volume na saia que apresenta dois
recortes, próximos às laterais.
A linha balonê, como o nome já diz representa o formato de um pequeno balão,
principalmente usados em saias, nas quais a parte de baixo é mais fechada, ficando
o maior volume na altura do quadril, de forma geral apresenta um formato circular.
O Shape Império é composto por uma marcação logo abaixo do busto, ou seja,
a marcação da cintura se desloca e fica próximo ao busto da mulher, deixando o res-
tante do tecido acompanhar o formato do corpo, sem marcar as curvas.
A linha Charleston é normalmente composta por duas peças, sendo uma blusa
mais reta acompanhada de uma saia pregueada ou no evasê que dá um pouco de
Pós-Universo 19

volume no quadril. Lembra muito os uniformes escolares quando as meninas usavam


camiseta e saia pregueada.
A linha princesa se refere a vestidos que apresentam recortes na linha princesa,
uma linha que sai da cava, passa pelo busto e desce até os pés, marcando a curva-
tura do corpo feminino.
Além dessas linhas já apresentadas, existem aquelas relacionadas a simetria e a
assimetria, combinação de formas e volumes salientes em diferentes partes do corpo
que formam looks com diferentes proporções em relação ao lado esquerdo e direito
do corpo.
No entanto, Apesar de existir essa variedade de shapes, sendo que podemos en-
contrar ainda mais alguns além desses aqui apresentados, cabe destacar outro fator
importante, a assimetria e a simetria, como mostra a figura 5.

Figura 5: Variações dos Shapes


Fonte: elaborado pela autora.

A linha O diz respeito ao estilo de moda de roupa, caracterizado pelos ombros arredon-
dados, parte do meio alargada e que termina em ponta na parte inferior. Tipicamente
empregue em casacos de estilo desportivo e roupa para jovens (TEXSITE, on-line).
No entanto, a roupa também pode apresentar outras características, como a si-
metria, em que os dois lados são iguais ou a assimetria, quando a diferença entre o
lado esquerdo e direito da roupa, como mostra o 3º croqui da figura 5.
20 Pós-Universo

saiba mais
Pontas assimétricas, ombro-só e barras desiguais já são a cara do verão 2015 e
prometem uma nova maneira de deixar a pele à mostra. O recurso apareceu
bastante nas passarelas da semana de moda de Paris. a assimetria apareceu
nos desfiles de Verão 2015 das seguintes marcas: YANG-LI, AGANOVICH,
JACQUEMUS, MAISON MARTIN MARGIELA, ANTHONY VACCARELLO, e
MUGLER.
Fonte: a autora.

De acordo com Kauling (s.d., p. 2):

““
Simetria: Refere-se à semelhança entre os lados direito e esquerdo. De um
modo geral, o corpo humano não mantém exatamente as mesmas medidas
de um lado e do outro; há pequenas diferenças, muitas vezes imperceptíveis
quando se olha, mas perceptíveis quando se mede.

reflita
No desenho, o eixo de simetria é representado por uma linha vertical que
vai da cabeça, passando pelo nariz, até o espaço entre os pés.
Kauling

Embora a autora apresenta o conceito em relação ao corpo humano, não podemos


nos esquecer de que o mesmo conceito se aplica às roupas. No entanto, enquan-
to objeto que cobre o corpo, a roupa pode apresentar maiores variações, inclusive
sendo assimétrica.
A assimetria representa a ausência de simetria, ou seja, quando os dois lados de
uma peça de roupa, por exemplo, apresentam-se de forma diferenciada. Em alguns
casos, quando algumas criações apresentam elevado grau de assimetria, torna-se
difícil enquadrá-lo em um shape. Caro aluno, você deve ter percebido que é possível
fazer uma grande variedade de combinação de formas, basta usar a sua criativida-
de. até a próxima.
Pós-Universo 21

As Formas da Moda
22 Pós-Universo

Caro(a) aluno(a) nesse encontro veremos como os shapes apareceram na moda,


como estão presentes. Agora que você já sabe as formas básicas, será capaz de visua-
lizá-los nas roupas. Ao contrário do que imaginamos muitas das invenções da moda
não são atuais, mas surgiram ao longo dos séculos e foram trazidas a atualidade por
meio da releitura dos estilistas atuais. Isso é válido para as roupas, acessório, maquia-
gens, cabelo e grande parte dos objetos do nosso cotidiano.
Além desses elementos, quando falamos em roupas, percebemos ao longo do
tempo, algumas mudanças significativas que se refere à estrutura das roupas. Hora
com mais volume, hora com menos volume. Essas variações na forma ou na silhue-
ta se referem aos shapes que foram se modificando ao longo dos séculos. Trago aqui
alguns exemplos dos períodos em que alguns desses shapes se desenvolveram.
Vamos iniciar nossa jornada na antiguidade clássica e vamos avançando no tempo
para ver como as roupas mudaram de forma. A intenção aqui é apresentar alguns
trajes básicos que demonstram as mudanças mais drásticas ao longo dos tempos.
O shape que se refere à linha H, por exemplo, representava a forma dos trajes
femininos na Grécia antiga. A figura 6 mostra um traje feminino da Grécia que apre-
senta as características da linha H.

Figura 6 - Roupas com shape linha H, Grécia Antiga


Pós-Universo 23

Na Idade Média veremos o desenvolvimento da silhueta camponesa para as mu-


lheres, assim como a aparição da silhueta império. Nesse período a moda apresentou
poucas modificações, com apenas 3 grandes alterações nos trajes em aproximada-
mente mil anos as maiores modificações começam a ocorrer após o surgimento do
conceito de moda no século XIV e a partir de então as mudanças no vestuário se in-
tensificaram, assim como o surgimento de novos shapes.

saiba mais
No século XVI, a atenção era dada para a parte superior do corpo: rosto,
ombros e busto. As características marcantes eram a “delicadeza da tez, a
intensidade dos olhos, a regularidade dos traços” (MORENO, 2008, p. 15).
Já nos séculos seguintes, a ênfase recaía sobre as pernas, quadris e cintura.
Durante os séculos XVII e XVIII, “a beleza apropria-se dos recursos de em-
belezamento e o padrão vigente é aquele que se utiliza de artifícios como
perucas, perfumes, etiqueta social, maquiagem em excessos visuais, etc.”
(BRAGA, 2005b, p. 52).
Fonte: Araujo e Leoratto (2013, p. 717-739).

No século XVI e XVII aparecerá a silhueta ampulheta, com ombros e saia amplas e
cintura bem marcada pelo uso de corpetes enrijecidos, como mostra a figura 7.

Figura 7: Silhueta ampulheta, século XVII


Fonte: AREIAS (2010, p. 32).
24 Pós-Universo

Essa mesma silhueta irá aparecer novamente em outros séculos, na verdade,


durante os séculos XVI, XVII, XVIII e mesmo o XIX, haverá uma série de variações da
silhueta ampulheta. Algumas mais volumosas outras menos, mas ela pertencerá na
moda por muitos anos.
No entanto, não podemos esquecer que a moda também marca as distinções
sociais que aparecem nas silhuetas das roupas também. Cada classe se vestia de
acordo com suas especificidades.
A silhueta camponesa não recebeu esse nome a toa, na verdade ela se refere a
forma de vestir das mulheres do campo representando os vestidos típicos dessas
mulheres, como mostra a figura 8.

Figura 8: Linha camponesa, século XVIII


Fonte: AREIAS (2010, p. 51).

Os trajes da linha camponesa se referia às mulheres simples, aquelas que deveriam


trabalhar para garantir o seu sustento, ao contrário dos nobres que dispunham de
serviçais. Como a roupa deveria ser prática, o traje apresenta um leve volume arre-
dondado na cintura da saia, para ressaltar o quadril e a cintura, como símbolo de
feminilidade. Contudo, observa-se que os tecidos são simples e as cores básicas, pois
quanto mais escura a cor, mais caro era o tecido.
Pós-Universo 25

A silhueta império será retomada no final do século XVIII e início do século XX,
permanecendo na moda por cerca de 30 anos e aparecendo novamente no século
XX por meio de algumas das criações de Paul Poiret.

Figura 9: Shape Império, século XVIII


Fonte: AREIAS (2010, p. 55).

No entanto, eu diria que é no século XX que temos a aceleração das mudanças,


uma silhueta por década. Nos séculos XV e XVI os trajes mudam a cada 50 anos, já
nos século XVII e XVIII veremos de 3 a 4 trajes diferenciados por século, ou seja, co-
meçamos a ver mudanças mais repentinas, no século XIX veremos cerca de 5 trajes
diferentes, seja para o homem ou para a mulher, mas é no século XX que veremos
a moda se manifestando com maior intensidade, como trajes diferenciados a cada
década (AREIAS, 2010).
Essas transformações se devem ao fato de que pro volta de 1850 surge o primei-
ro estilista, Carlos Frederich Worth, que lançará novos modelos com mais frequência,
assim como os estilistas que vieram em seguida.
Como é o caso, por exemplo, da silhueta reta, o retângulo que surge nos anos
de 1920 representado pelas criações de Coco Chanel, com o famoso tubinho básico.
Escondendo as curvas femininas, essa silhueta pregava o ideal de beleza andrógino.
26 Pós-Universo

Figura 10: Shape retângulo, século XX


Fonte: AREIAS (2010, p. 67).

saiba mais
O shape retângulo foi criado nos anos de 1920 pela estilista Coco Chanel.
Ela inovou não apenas na silhueta, mas também colocou novos tecidos no
mercado. Sua maior contribuição foi ter oferecido a mulher conforto e ele-
gância em um mesmo look, livrando-as das roupas longas e pesadas.
Para entender esse cenário há dois filmes que auxiliam a visualizar a época,
são eles: Gatsby e Coco antes de Chanel.
Fonte: Areias (2010).

Nos anos de 1940, por exemplo, veremos a Linha X e a silhueta ampulheta. Lembrando
que a linha X se refere a looks compostos por duas peças, enquanto a ampulheta se
refere aos vestidos.
As criações de Christian Dior, mais especificamente a coleção New Look de 1947
marcam o retorno da silhueta mais marcada para o corpo feminino, como mostra a
figura 11.
Pós-Universo 27

Figura 11: Shape linha X, século XX


Fonte: AREIAS (2010, p. 70).
Cabe ressaltar ainda que o shape ampulheta e a linha X permaneceram na moda
desde o final dos anos de 1940 até o final dos anos de 1960.

reflita
O shape ampulheta ressalta a feminilidade da mulher ao delinear suas curvas
e trazer a elegância como elemento fundamental do bem vestir.
Christian Dior

No entanto, já nos anos de 1960 ocorre uma grande mudança na forma de se vestir e
na moda propriamente dita. Nesse período inicia-se uma fase de aceleração das ten-
dências e há uma grande variedade de trajes que será usada em uma única década.
Nessa mesma década teremos o surgimento da minissaia, dos mini vestidos e da
linha A, que traz amplitude e elegância para a mulher.
Nos anos de 1970 virá a anti moda e do movimento hippie nos anos de 1980 as
ombreiras largas marcando a silhueta triângulo invertido ou trapézio, mesmo para a
mulher, principalmente no blazer.
28 Pós-Universo

atenção
Nos anos de 1960 vemos vários estilos em uma mesma década. A partir
desse momentos essas mudanças acontecem com muito mais velocidade.
A segunda metade do século XX e o início do século XXI marca um período
de grandes mudanças na moda. Novas modas começam a ser lançadas a
cada estação.
Fonte: a autora.

Atualmente encontramos uma grande variedade de shapes e formas nas coleções


e peças que desfilam pelas passarelas e pelas ruas.

Figura 12: Shape linha ampulheta, século XXI


Fonte: AREIAS (2010, p. 81).
Pós-Universo 29

A figura 12 que traz uma mulher caminhando nas ruas de Londres na atualidade
traz uma roupa leve, que marca a cintura e traz um leve volume na saia, marcando a
curvatura feminina, uma variação do shape ampulheta.
O que vemos hoje nas ruas é uma grande variedade de formas combinadas
entre si que formam a moda atual. Os estilistas têm utilizados shapes variados a cada
coleção, mais os mais comuns são os shapes básicos, lembrando que os volumes
exagerados não são muito utilizados, a não ser em vestidos de festa, pois a roupa
na atualidade precisar ter uma estética adequada bem como praticidade. Assim, o
que mais veremos nas ruas são as formas que contornam o corpo ou destacam os
ombros e quadril, bem como as retas.
Caro(a) aluno(a), agora você é capaz de compreender quais são os shapes mais
utilizados e como surgiram. espero que tenha gostado de acompanhar essa evolução.
atividades de estudo

1. Assinale V para verdadeiro ou F para falso e marque a sequência correta.

(( ) Cada um desses formatos de corpo exige um shape específico, que ressalta as


qualidades e oculta às imperfeições
(( ) De acordo com o Anuário Fashion da revista CARAS, Shapes se referem “a forma,
a silhueta da roupa. Pode ser um shape mais largo, mais sequinho, ajustado ao
corpo, mais moderno ou clássico”
(( ) Podemos compreender a moda como “um costume presente em certas sociedades,
para qual as roupas, os acessórios, os objetos, as tendências culturais renovam-se
ciclicamente por meio de formas comuns” (SORCINELLI, 2008, p. 158).
(( ) Roupas estão relacionadas com a produção material e moda com a produção
simbólica” (BERLIM, 2012, p. 20).
(( ) O corpo arredondado é aquele que apresenta ombros arredondados e grande
volume na região do abdômen e nos braços, ao olhar a parte superior do corpo
desses indivíduos podemos observar uma forma circular.

a) F,F,F,F,F.
b) F,V,V,V,V.
c) V,V,V,V,V.
d) V,V,V,F,F.
e) V,F,V,F,V.

2. Referente aos shapes, relacione as colunas e marque a sequência correta.

a) Shape retãngulo
b) Linha A
c) Shape triçangulo
d) Linha princesa
e) Linha Y

(( ) É similar ao trapézio, mas é composta por duas partes ou um recorte que simula
o desenho da primeira letra do alfabeto.
(( ) Se refere a vestidos que apresentam recortes na linha princesa, uma linha que
sai da cava, passa pelo busto e desce até os pés, marcando a curvatura do corpo
feminino
atividades de estudo

(( ) Pode também ser chamado de linha I.


(( ) É utilizado para peças que são frente única e caem abrindo próximo ao quadril
ou cintura, são utilizados para representar blusas e vestidos
(( ) é a forma de moda de roupa, a qual se caracteriza pela ênfase dada nos ombros
retos e alargada, sendo a cintura estreita e a saia reta (ou, no caso de roupa de
homem, calças retilíneas)

a) a,b,e,d,c.
b) e,a,c,d,b.
c) b,d,a,e,c.
d) c,b,a,e,d.
e) b,d,a,c,e.

3. Marque a alternativa incorreta.

a) Cabe ressaltar ainda que o shape ampulheta e a linha X permaneceram na moda


desde o final dos anos de 1940 até o final dos anos de 1960.
b) A linha X se refere a looks compostos por duas peças, enquanto a ampulheta se
refere aos vestidos.
c) O retângulo que surge nos anos de 1940 representado pelas criações de Coco
Chanel.
d) A silhueta império será retomada no final do século XVIII e início do século XX.
e) No século XVI e XVII aparecerá a silhueta ampulheta, com ombros e saia amplas
e cintura bem marcada pelo uso de corpetes enrijecidos.
resumo

Caro(a) aluno(a), nesses encontros foram apresentados a você os seguintes conteúdos: a


conceituação dos shapes e sua relação e os formatos de corpo; os shapes básicos e suas
variações, bem como o surgimento de alguns deles ao longo do tempo.
No nosso primeiro encontro vimos que o shape se refere a forma da roupa, a silhue-
ta, ou seja, a tridimensionalidade da roupa em relação ao corpo. Se a mesma acompanha
as curvas desse corpo ou se apresenta volume em relação ao corpo. Também vimos que
existem diversos biotipos de corpo, são eles: corpo retângulo, triângulo, triângulo inverti-
do, ampulheta, arredondado e romboidal. Para cada formato de corpo, um shape pode ser
utilizados para valorizar ou ocultar algumas características.
Em seguida lhe foi apresentado quais são os shapes básicos: retângulo, triângulo, triân-
gulo invertido e ampulheta. para cada um desses shapes existe uma série de variações,
tais como: linha A, H, T, V, X, Y, trapézio, camponesa, balonê, império, Charleston e princesa.
Cabe destacar ainda a assimetria que também pode ser usada. Lembro a você caro aluno
que esses shapes podem ser combinados para formar look com as mais variadas estruturas.
Por fim, foi apresentado o momento em que surgiu algumas das silhuetas citadas an-
teriormente, como por exemplo: linha H na Grécia Antiga; ampulheta no século XVII; linha
camponesa no século XVIII; a linha império reaparece no século XVIII; o retângulo nos anos
de 1920; a linha X nos anos de 1940 e na atualidade o shape ampulheta.
A partir desse conteúdo que lhe foi apresentado, você é capaz de compreender e vi-
sualizar os shapes de cada roupa, inclusive em uma passarela.
material complementar

Inventando Moda - Planejamento de Coleção - 5ª Ed 2013


Autor: Doris Treptow

Sinopse: Guia prático para Planejamento de Coleção e desenvolvimen-


to de produto de Moda. “Inventando Moda” aborda conceitos de Moda e
marketing e propõe uma metodologia de trabalho para designers consi-
derando a dimensão de uma Coleção, mix de produtos, pesquisa, design,
desenvolvimento, promoção e comercialização de produtos de moda. .
referências

ARAUJO, D. C; LEORATTO, D. Alterações da silhueta feminina: a influência da moda. Revista


Brasileira de Ciências do Esporte, v. 35, p. 717-739, 2013.

AREIAS, Salomé Pimentel. A oscilação do vestuário da mulher e a revelação do seu


corpo na história ocidental um gráfico possível? Dissertação de mestrado, Faculdade
de Arquitetura. Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa, 2010.

BERLIM, Lilyan. Moda e sustentabilidade: uma reflexão necessária. São Paulo: Estação das
Letras e Cores, 2012.

CALANCA, Daniela. História social da Moda. São Paulo: SENAC, 2008.

CARAS. ANUÁRIO FASHION: Glossário da moda. 3 Nov 2011. Disponível em: <http://caras.
uol.com.br/fashion/anuario-fashion-glossario-da-moda-universo-moda-vocabulario#.
Vjn5MSuvg3n>.

Entenda de moda (on-line). Disponível em: <http://www.entendademoda.com.br/2013/05/


10-dicas-para-gordinhas.html>.

KAULING, Graziela Brunhari. Apostila de desenho técnico. S.d. IFSC. Disponível em: <https://
wiki.ifsc.edu.br/.../9/9b/Apostila_Desenho_Técnico_Parte_01.pdf>.

LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e o seu destino nas sociedades


modernas. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1989.

MDeMulher (on-line) Publicado em 28/04/2013. Tipo de corpo: triângulo invertido. Disponível


em: <http://mdemulher.abril.com.br/moda/manequim/tipo-de-corpo-triangulo-invertido>.

PONTE, Simone de Fátima Martins. Os Cinco Sentidos através do Vestuário. Dissertação


de mestrado. Faculdade de Arquitectura. Universidade Técnica de Lisboa: Lisboa, Dezembro
de 2011. Disponível em: <https://www.repository.utl.pt/.../Doc%20Final%20-%20Os%20
cinco%20s>.

PEZZOLO, Dinah Bueno. . Moda fácil: guia de estilo para todas as ocasiões. São Paulo:
CODEX, 2003.

SORCINELLI, Paolo. Estudar a moda: corpos, vestuário, estratégias. São Paulo: Senac.
2008.
referências

TEXSITE. Dicionário de definições do ramo têxtil. Disponível em: <http://pt.texsite.info/


Especial:Search?search=shapes&go=Ir>.

TREPTOW, Dóris. Inventando moda: planejamento de coleção. 3. ed. Brusque: Do Autor,


2005.
resolução de exercícios

1. c) V,V,V,V,V

2. e) b,d,a,c,e.

3. c) O retângulo que surge nos anos de 1940 representado pelas criações de Coco
Chanel

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