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1. Introdução..........................................................................................................................................2
2. OBJECTIVIOS..................................................................................................................................3
2.1. GERAL;......................................................................................................................................3
2.2. ESPECIFICOS;..........................................................................................................................3
3. Metodologia de Estudo A metodologia utilizada neste estudo consistiu na combinação de técnicas e
métodos de recolha de dados:................................................................................................................4
4. O que são recursos minerais?.............................................................................................................5
5. Quem pode comercializar os recursos minerais?...............................................................................6
6. Quais são as fases para a exploração de recursos minerais?..............................................................7
6.1. Exploração Mineira....................................................................................................................7
7. Aspectos Socio-económicos..............................................................................................................9
7.1. vantagem e desvantagem..............................................................................................................10
Esta estimativa, resulta do facto de quase todos os residentes de uma determinada área de mineração
participarem na actividade de extracção de ouro ou pedras preciosas e semi-preciosas......................11
8. OS PEQUENOS PRODUTORES ARTESANAL...........................................................................11
9. Cadeia de valores na mineração.......................................................................................................11
10. Principais problemas ambientais e de saúde..................................................................................12
Os principais problemas ambientais constatados são:......................................................................12
11. Os Projectos de exploração mineira e o seu impacto nas comunidades.........................................13
12. Mercado.........................................................................................................................................14
13. Conclusões.....................................................................................................................................16
14. Referência Bibliográfica................................................................................................................18
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1. Introdução
A indústria de mineração de pequenas escala, tem uma longa tradição na Província de
Manica. Ela remonta desde os tempos do Império de Muenemutapa. Durante a
administração colonial, a indústria artesanal de ouro foi banida e fortemente controlada
pelo governo de então. Depois da independência Nacional, a extracção informal de
recursos minerais preciosos era proibida, mas mais tarde foi tolerada e em certo sentido
estimulada pelo estado, através da compra dos minerais produzidos e através da
organização dos produtores em associações. Em 2002, com a revisão da lei da actividade
mineira artesanal e de pequena escala foi formalmente legalizada.
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2. OBJECTIVIOS
2.1. GERAL;
FALAR DA EXPLORACÃO MINEIRA NO DISTRITO DE MANICA
2.2. ESPECIFICOS;
Descrever quem podem comercializar os recursos minerais;
Descrever OS PEQUENOS PRODUTORES ARTESANAL de Manica;
Descrever Aspectos Socio-económicos em Manica;
Descrever Os Projectos de exploração mineira e o seu impacto nas comunidades;
Descrever mercado dos recursos minerais em Manica;
Descrever cadeia de valores na mineração;
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3. Metodologia de Estudo
A metodologia utilizada neste estudo consistiu na combinação de técnicas e métodos de
recolha de dados:
Revisão e análise dos estudos anteriores sobre este matéria
nomeadamente documentos saídos dos seminários CDI EU-ACP (centre
for development of industry european union – africa carrbbean and pacific) sobre
a mineração de pequena e média escala em África, pesquisa,
desenvolvimento e ambiente dos anos 1999 e 2000; resultados dos
inquéritos conduzidos pela Direcção Nacional de Minas em 1999 em
Morrupula, estudo realizado pela MMSD-SA em 2001 sobre a mineração
artesanal a nível da África Austral incluindo Moçambique no contexto do alívio da
pobreza, estudo de Dondeyne e outros (2008) no documento
intitulado “Artisanal mining in Central Mozambique: Policy and environment
issues of concern”, estudo de Manuel e outros (1999) “Exploração artesanal do
ouro no distrito de Manica: degradação ambiental versus desenvolvimento” e
resultados da cimeira mundial sobre a mineração; de pequena
escala (CASM) de 2009, bem como a revisão de literatura internacional
sobre o assunto;
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4. O que são recursos minerais?
Qualquer substância sólida, líquida ou gasosa formada na crusta terrestre por fenómenos
geológicos ou a ele ligados.
Quais são os tipos de minerais existentes no país e onde ocorrem
Os trabalhos de prospecção e Pesquisa resultaram na identificação de:
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Quais os benefícios da exploração dos recursos minerais;
Os benefícios da exploração de Recursos minerais são vários,
A exploração de recursos minerais proporciona receitas para o Estado resultantes de taxas e
impostos cobrados como, (imposto de Superfície, imposto de produção (royalty); Criação de
emprego, implantação de infra-estruturas (transporte, energia eléctrica, estradas);
Implementação de projectos de carácter social no âmbito da responsabilidade corporativa das
empresas; Contratação de serviços locais;
Proporciona o desenvolvimento de outras actividades económicas complementares como
(hotelaria, comercio, transportes públicos, agricultura, pecuária etc); projectos satélites
(cimento, coque, alumínio, ferroligas)
Oferece oportunidade para a implantação de infra-estrutura de suporte variada como centrais
eléctricas, linha de Sena, porto da Beira, corredor de Nacala Com a descoberta de recursos
minerais cerca de 4.000 moçambicanos seão formados dentro e fora do país em cursos
médios e superiores e outros estão a ser formados em escolas técnicas profissionais como
(operadores de minas, electr. Industrial, mecânica industrial, operador de planta de
processamento, etc.);
A exploração de recursos minerais proporciona emprego aos moçambicanos e actualmente
cerca de 20.000 nacionais, com maior incidência aos moçambicanos das zonas onde são
desenvolvidos os projectos.
O País aumentou a sua rede de infraestruturas sociais como hospitais, escolas e abastecimento
de água. (segundo gov, 2009)
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6. Quais são as fases para a exploração de recursos minerais?
b) Fase de desenvolvimento/implantação;
Mobilização e montagem de todo o equipamento para extracção e processamento
1.2. Pesquisa e Exploração: Após uma empresa ter adquirido uma concessão, a etapa
seguinte é a exploração da área de concessão para conhecer a subsuperfície. A pesquisa
sísmica e, se justificável, a perfuração exploratória são conduzidas com o objectivo de
comprovar ou não a presença de quantidades de hidrocarbonetos comercialmente viáveis.
O risco é muito grande quando a área não é bem conhecida, como ocorre, ou ocorria, na
maior parte das Bacias Sedimentares em Moçambique. O custo é muito alto, dados os
investimentos necessários especialmente em levantamentos sísmicos, sua interpretação e
perfuração.
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O direito de pesquisa é atribuído, em regime de exclusividade, por um prazo máximo de 8
anos (pode ser subdividido até 3 sub-períodos).Neste período a concessionária tem
obrigações mínimas de trabalho a serem executados durante os primeiros 8 anos (pesquisa de
dados sísmicos, interpretação de dados sísmicos e perfuração de poços).
Advindo o termo final, sem que haja descoberta, o operador deve devolver ao Estado a área
sobre a qual desenvolveu a exploração. Note-se que também neste caso o Estado obtém
ganho: todas as informações sobre o subsolo (dados geológicos) obtidas pela empresa são
repassadas ao Estado, o que faz com que a área venha a ter um valor muito maior do que
valia no início da sua exploração.
1.5. Desmobilização: Quando a vida comercial do campo chega ao fim, com antecidência
mínima de dois anos relactivamente à data prevista para o término das operações de
produção, o operador deverá elaborar um plano detalhado de desmobilização que pode
envolver a remoção de instalações e a restauração de sítios do projecto ou outras medidas
apropriadas ao próximo uso planejado para o sítio.
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O A mineração artesanal, como o nome sugere, é a extracção de minerais usando
instrumentos artesanais, como pás e picaretas
O que é Iniciativa de Transparência na Indústria Extractiva?
A ITIE é uma iniciativa de carácter voluntário e visa melhorar a governação nos países ricos
em recursos extractivos através de verificação e publicação dos pagamentos das empresas e
receitas colectadas pelo Governo nos sectores de petróleo, gás e mineração
(info@mirem.gov.mz, 2009).
7. Aspectos Socio-económicos
A mineração artesanal informal em Manica nunca foi material de tratamento estatístico
em termos de saber o número das pessoas envolvidas, características sócio demográficas
dessas pessoas, dos rendimentos e custos de produção na cadeia do valor
e da contribuição desta actividade para as economias locais e da província. ( Geoide consulte,
2010)
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7.1. vantagem e desvantagem
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Esta estimativa, resulta do facto de quase todos os residentes de uma determinada área
de mineração participarem na actividade de extracção de ouro ou pedras preciosas e
semi-preciosas.
Preparação e pesquisa: esta fase, também não existe para a mineração artesanal. Na
mineração de pequena escala pode acontecer alguma pesquisa mas muito limitada.
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Venda: o ouro primário é vendido depois da libertação do mercúrio, do amalgam. O
ouro aluvionar é vendido logo depois da selecção por processos gravitacionais. As
pedras preciosas e semi-preciosas são vendidas depois do sorteamento de qualidade.
(segundo Dodeyne S., Ndunguru E, 2008) Os resultados da mineração a céu aberto, dada a
remoção da terra ou capeamento, tem como consequências negativas como exemplo, a
desflorestação, erosão dos solos, doenças pulmonares, poluição das águas, provocando a
extinção de animais de pequena espécie nas zonas de mineração, problemas de
empobrecimento dos solos para agricultura, estagnação da água nas minas abandonas criando
condições de para doenças como malária, diarreias.
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11. Os Projectos de exploração mineira e o seu impacto nas comunidades
À semelhança de toda legislação sobre a exploração dos recursos naturais, a Lei de
Minas prevê benefícios a serem transferidos para o desenvolvimento da comunidade
local, da zona de implementação de projectos de exploração mineira. Contudo, o que a
Lei não clarifica é a percentagem da referida transferência, o que talvez seria definido
em função do tipo de minas e da actividade exploratória.
A legislação sobre os recursos naturais tem, grosso modo, estabelecido um pacote de
benefícios destinados às comunidades locais, transferidos a partir da implementação
dos respectivos projectos. Estes benefícios funcionam como contrapartidas a (os): (i)
danos causados às populações residentes nas áreas de instalação dos projectos, em
consequência da implementação desses mesmos projectos; e, (ii) exploração de recursos
naturais geograficamente localizados onde vivem populações que se organizam em
torno desses recursos ou outros que estejam de certa forma relacionados com os
primeiros.( Manuel I., T Muacanhia, R. Zacarias e Vicente (1999)
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Para o Estado, esta abordagem resulta da tentativa de internalizar e dar resposta à
crítica de que as comunidades não beneficiam da exploração dos recursos locais.
Mas é também uma abordagem coerente com os interesses das empresas, uma vez que
fragmentam o processo de negociação, estruturando em torno delas próprias, com o
enfraquecimento da posição do Estado, o que as permite criar alianças tácticas locais
que vão fortalecer o papel das empresas.
12. Mercado
A comercialização de ouro e pedras preciosas e semi-preciosas é dominada por
privados. O estado intervém através do Fundo de Fomento Mineiro. Devido as
diferenças na cadeia de mercado iremos descreve-los separadamente.
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A Lei16/2005 de 24 de Junho regulamenta a comercialização dos produtos mineiros. O
artigo 2 no seu número 3 refere que a comercialização de produtos minerais é permitida
a pessoas singulares e colectivas, titulares de concessão mineira, certificado mineiro e
senha mineira, quando proveniente da sua produção, nos termos da legislação mineira.
As licenças de comercialização estão em 3 classes:
1. Licença de comercialização de Classe I. Este título confere ao titular de a compra
de minerais para seu uso na manufacturação de ourivesaria;
2. Licença de comercialização de Classe II. Confere ao titular o direito de compra de
produtos minerais a produtores artesanais e sua posterior venda a outros
operadores mineiros ou a entidades públicas ou privadas;
3. Licença de comercialização de classe III. Confere ao titular o direito de compra e
venda de produtos minerais incluindo a sua refinação.
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13. Conclusões
O desenvolvimento sustentável e equitativo deve ser um processo de criação de
oportunidades para todos, como base para a melhoria da qualidade de vida da
comunidade. A mineração artesanal e de pequena escala usa os recursos naturais
para satisfazer as necessidades da comunidade hoje. Ela reconhece que a
organização dos mineradores é essencial e deve dispor de meios de alcançar um
desenvolvimento económico dos seus membros, suas famílias e da comunidade
local. (Dodeyne S., Ndunguru E., Rafael P., Bannerman J. (2008))
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14. Referência Bibliográfica
Dodeyne S., Ndunguru E., Rafael P., Bannerman J. (2008), Artisanal Mining in Central
Mozambique: Policy and Environmental issues of concern, Elsevier in Resource Policy
34, 45 – 50.
Manuel I., T Muacanhia, R. Zacarias e Vicente (1999). Exploração artesanal do ouro no
distrito de Manica: Degradação ambiental versus desenvolvimento; congresso de
geoquímica dos PALOPs.
MMSD-Final Report (2002), Breaking new ground (mining minerals and sustainable
development): Earthscan, London and Sterling, VA 441p.
CASM 2009. Background papers, 9th Annual CASM Conference “ASM: An opportunity
for rural development”
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