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Aula 10
Vencendo Resistência; MPS.BR e CMMI®
Objetivos Específicos
• Entender como vencer resistências a mudanças e conhecer princípios gerais
do MPS.BR e do CMMI.
Temas
Introdução
1 Indicação de leitura e contextualização
2 Mudanças e resistência
Considerações finais
Referências
Professor
Marvin Oliver Schneider
Gestão da Tecnologia: Gestão da Qualidade Total e Melhoria Contínua de Processo
Introdução
Nesta aula devemos primeiramente conhecer um pouco mais das abordagens de MPS.
BR e CMMI, bem como algumas normas ISO relacionadas, complementando nossa leitura
com um artigo científico publicado.
Na segunda parte devemos, então, falar um pouco sobre um assunto que muitos
profissionais da área de qualidade enfrentam: resistência a mudanças. Veja o vídeo desta aula
disponível em nossa midiateca e observe como o problema mostrado foi resolvido. Quantas
vezes já não desistimos de um desafio, pois ele parecia grande demais para nós? Muitas vezes
nossos esforços já foram decepcionados com as barreiras de um sistema que era maior do
que nós. Temos como voltar para aquele olhar da criança no vídeo?
Mas como o cliente pode ter certeza de que a empresa que o atende se preocupa com
essa ou outras questões de qualidade? Muitas vezes isso tem a ver com a maturidade da
organização, diz respeito a um processo interno de melhoria contínua e a uma estruturação
interna que facilite e agilize o desenvolvimento com qualidade.
▫ ISO 12207: Norma que estabelece um ciclo de vida de software (ISO, 2013);
▫ ISO 90003: Guia para a aplicação da norma mais geral ISO 9001 à área de
engenharia de software (ISO, 2013).
2 Mudanças e resistência
“O universo não gosta de mudanças.” Tal impressão qualquer gestor de projetos pode
ter em função da resistência que ele recebe. Como profissionais ligados à área de qualidade
somos agentes de mudanças. Nossas análises eliminam problemas, iniciam ações de melhoria
que muitas vezes alteram profundamente a cultura empresarial. Não há dúvida, melhorias
são necessárias sempre, pois o ambiente empresarial se torna cada vez mais competitivo,
mas ao mesmo tempo as mudanças costumam gerar muitas incertezas, causando medo e
desconforto nas pessoas envolvidas. Como devemos encarar esse desafio? Os seguintes
pontos são essenciais (HELDMAN, 2011):
• Como primeiro ponto devemos ter consciência de que resistência é comum e sempre
haverá. Não é que a empresa está atrasada, as pessoas não gostam de nós ou
ninguém entende do que se trata. É a busca normal humana pela segurança e sua
natural inércia resultante. Isso significa que devemos preparar ações para enfrentar a
resistência em todo projeto de mudança.
• Persistência é uma das chaves. No início de uma mudança pode acontecer de nos
encontrarmos sozinhos na briga por alterações. A fase inicial é crucial. É como um
teste para saber se suportamos de corpo e alma aquilo que tentamos vender, ou não.
Demonstrando persistência, depois de algum tempo portas se abrirão.
• Precisamos de um bom suporte político. Como coloca Oakland (1994) qualidade deve ser
assunto da empresa inteira e assim também devemos ter o suporte da alta administração.
• Negação: O indivíduo nega que o projeto ou a melhoria aconteça e tenta se iludir que
nada disso é verdade.
• Raiva: Com o passar do tempo o indivíduo entende que não há mais como negar as
mudanças que já estão acontecendo, assim respondendo com uma reação de raiva.
• Teste: Como primeiro ponto positivo a pessoa – até então resistente – analisa a
mudança e tenta se abrigar dentro dos novos procedimentos.
• Aceitação: Finalmente, tendo superado sua própria resistência, a pessoa agora aceita
ou talvez até promova a mudança.
Temos que entender que essas fases podem ser mais ou menos fortes e prolongadas
dependendo das pessoas envolvidas e a nossa abordagem de comunicação e gestão. De
qualquer modo, precisamos levá-las para além da fase da depressão (ou seja, até a fase de
“teste” ou “aceitação, o que pode ser um longo caminho”). Mais uma vez fica claro que
precisaremos de muita persistência.
Considerações finais
Vimos nesta aula conceitos dos modelos CMMI e do MPS.BR bem como medidas de
como tratar a resistência a mudanças que fatalmente ocorrerá.
Referências
HELDMAN, K. Project Management Jump Start. San Francisco: Sybex, 2011.
ISO. About ISO. Disponível em: <http://www.iso.org/iso/home/about.htm>. Acesso em: 4 nov. 2013.
SIVIY, J. M., PENN, M. L., STODDARD, R. W. CMMI® and Six Sigma. Upper Saddle River: Addison
Wesley, 2008.