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YASSMIN ABDUL MALEK VARELLA, já devidamente qualificada nos presentes autos apresentar
o presente
MEMORIAL
Nos autos em que contende com a REDE RECORD - Jornal R7 NOTICIAS, pelos fatos e
fundamentos jurídicos à seguir expostos:
Naquela ocasião, a parte autora destacou que tal conteúdo, além de veiculado
sem a sua autorização, foi publicado desassociando a imagem da Autora de sua verdadeira
identidade, considerando que atribui à pessoa identificada na respectiva fotografia o nome de
“Aida”, conforme pormenorizadamente salientado na petição inicial.
Com efeito, denota-se que a parte adversa houve por apresentar a sua
respectiva Contestação, oportunidade na qual trouxe deduziu as matérias de defesa que
reputou cabíveis. Ali, a parte ré arvorou-se no argumento absurdo de que sua conduta não
haveria acarretado qualquer tipo de dano sobre a imagem da parte autora, na medida em
que a Demandada nada mais teria feito senão a reprodução de outros conteúdos de igual
teor que já se encontravam em circulação na internet.
Nesta esteira, cumpre verificar que, a despeito das tentativas da parte adversa
de descaracterizar sua responsabilidade pela veiculação das imagens em seu site na internet, o
depoimento prestado pela Autora em sede de Audiência de Instrução e Julgamento acabou
por corroborar toda a tese veiculada pela Demandante.
Com efeito, cumpre frisar que foram questionados elementos tais como a
configuração de privacidade utilizada pela Autora em suas redes sociais, de modo que a parte
adversa visou, com isso, atribuir a terceiros a veiculação das imagens da demandante em
outros locais na internet.
“que quem poderia ter acessa a ela era somente familiares e amigos”
(sic).
Igualmente, não haveria que se atribuir à Autora a responsabilidade de difusão
de suas imagens, de modo que isso significaria culpar a própria vítima pelos atos de estrita
responsabilidade da Ré.
“Aida é o nome dela: tirou essa foto num piscinão que ela,
prudentemente, não revelou o local. Isso é praticamente atentado ao
pudor no Irã. Que atentado!”
Por fim, requer seja julgado procedente o pedido inicial, nos termos do art.
487, inciso I, do Código de Processo Civil.
Por fim, requer que todas as publicações referentes a este feito sejam feitas
em nome de LUCAS DIAS COSTA DRUMMOND e LUZIA CECÍLIA COSTA MIRANDA, sob pena
de nulidade.
Nestes termos,
Pede deferimento.