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Esaú despreza sua

Primogenitura
Texto base: Gn. 25.29-34
1. Introdução
Quando Isaque se casa com Rebeca, aos 40 anos, se vê em uma situação
complicada, semelhante a de seu pai. Sua esposa linda era estéril. Depois de
20 anos orando ao Senhor e pedindo por um filho, Rebeca fica grávida, e
para surpresa de todos, ela está esperando gêmeos. Ela sabe disso através
de uma revelação do próprio Deus, em que o caçula reinaria sobre o
primogênito. Com certeza essa declaração surpreende Rebeca. Esse não
era o costume da época. O primogênito sempre tinha preferência na família,
e era ele quem assumiria o clã quando seu pai morresse, foi o que
aconteceu com seu marido, Isaque.
Provavelmente por isso Rebeca silencia quanto ao futuro dos meninos. Assim
que nascem, o primogênito foi chamado de Esaú (que significa “coberto de
pelos”, “cabeludo”) e seu irmão caçula recebeu o nome de Jacó (que
significa “aquele que segura o calcanhar”), por ter nascido segurando o
calcanhar de seu irmão. Com o tempo o nome Jacó torna-se sinônimo de
trapaceiro e enganador, mais pela fama do patriarca do que pela raiz do
nome.

2. Desenvolvimento
a) Jacó faz o que sempre fez
Jacó preferia ficar em casa. A Bíblia o chama de homem pacato, e por
isso Rebeca preferia Jacó, por simples afinidade; afinal de contas ele
estava sempre ali.
Jacó estava cozinhando um guisado. Era um tipo de sopa, com lentilhas
vermelhas. Imagino que o cheiro era delicioso, porque Esaú vai direto até
ele. Jacó não mudou quem era para conseguir o que queria, e ele não
enganou ninguém.
Seja você mesmo! Não tente ser outra pessoa, nunca. Você é tranquilo e
pacato? Então continue a ser. Você é mais arrojado e intrépido, então
continue a ser. Deus te chamou do jeito que você é. As mudanças vem
por causa do pecado e para a mudança de carácter, mas não para o ser
humano que você se tornou.
b) Esaú toma decisões ruins
Já diz o ditado: “Não tome decisões permanente porque você está
temporariamente frustrado”. Esaú não estava num bom momento para
tomar uma decisão. Se ele tivesse ido para sua tenda, se deitado e
dormido por algumas horas, a história teria sido outra.
Em nenhum momento Esaú foi enganado, como ele afirma em Gn 27.36.
Esaú estava tomando decisões em um momento de cansaço extremo,
mas as decisões ainda eram dele.
Decisões precisam ser tomadas quando sua mente está limpa e serena. Se
você está exausto, abatido, com dor ou mesmo depressivo, evite tomar
decisões; elas te acompanharão por toda a vida.

b) Esaú despreza o presente que recebeu


Esaú recebeu um grande presente: a primogenitura. A posição de
nascimento era pura sorte. Não havia como os filhos controlarem a ordem
em que nasciam. O primogênito nascia com muitas responsabilidades,
como cuidar da casa, da família, dos bens, etc. Mas também nascia com
privilégios, como receber o dobro da herança, ou às vezes recebia tudo e,
também, tinha a liberdade de tomar todas as decisões.
Ser o primogênito era a melhor posição, dentro da família. Mas Esaú não
se importou com isso. Ele ela impetuoso e precipitado, considerando seus
privilégios como direitos. E num momento de negligência, perdeu tudo.
Deus te deu tantos presentes, e o principal deles é a sua salvação. Mas
você tem muitos outros, como saúde, um trabalho, uma família, uma casa
para morar, etc. Você pode pensar em tantas coisas que Deus te deu!
Mas isso tudo são privilégios, e não direitos. Você precisa trata-los assim.

3. Conclusão e Aplicação
Deus te criou com um temperamento, e quer usá-lo do jeito que você
é. Não tente ser outra pessoa, o plano de Deus é específico para
você. Tome suas decisões com a mente limpa e serena, não no meio
do caos que pode se instalar na vida. Busque a Deus para tomar essas
decisões. Dê graças a Deus por tudo o que ele te deu, porque são
presente dEle para você, você não tem direito à esses presentes, você
não os merece; mas Deus nos ama tanto que nos dá o que não
merecemos. Seja grato e use o que você ganhou para engrandecer o
nome de Jesus.

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