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Noções de Administração p/

Escrivão da Polícia Federal


Teoria e Questões Comentadas
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 06

AULA 6: Estágios da Receita e da Despesa


SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do tema 1
Estágios da Receita Pública 4
Previsão 4
Lançamento 6
Arrecadação 9
Recolhimento 9
Estágios da Despesa Pública 12
Fixação 12
Empenho 13
Liquidação 18
Pagamento 20
Enfoque Orçamentário e Enfoque Patrimonial 22
Mais Questões de Concursos Anteriores – CESPE 24
Memento (resumo) 44
Lista das questões comentadas nesta aula 48
Gabarito 59

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

No âmbito dos concursos públicos, é fácil ver como há pessoas que se


sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao estudo, e isso faz com que
superem outros colegas que aparentemente possuem uma capacidade
intelectual mais elevada. Por que isso acontece? Por que uns conseguem
manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem?

Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais


elevada, e a maioria delas tem talento pessoal de sobra para o conseguir.
Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária
que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não?

Parece claro que estamos falando de algo que não é questão de coeficiente
intelectual. É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas muitas
vezes não coincidem com as que aparentam maior coeficiente intelectual.
O importante é a motivação! Para ser capaz de superar as dificuldades e os
cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e
positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas

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sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde os outros
não a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação. A
maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se
agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso.
(trecho adaptado de um texto de Alfonso Aguilló)

“Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e


subiram nos seus próprios ombros” (Sêneca)

Vamos lá! Nesta aula trataremos dos estágios da receita e da despesa.

Para melhor compreensão do processo orçamentário, a gestão da receita


orçamentária e da despesa orçamentária pode ser dividida em três etapas
cada.

Etapas da receita orçamentária:


• Planejamento: compreende a previsão de arrecadação da receita
orçamentária constante da LOA, resultante de metodologias de projeção
usualmente adotadas, observada as disposições constantes da LRF.
• Execução: a Lei 4.320/1964 estabelece como estágios da execução da
receita orçamentária o lançamento, a arrecadação e o recolhimento.
• Controle e avaliação: esta fase compreende a fiscalização realizada
pela própria Administração, pelos órgãos de controle e pela sociedade. O
controle do desempenho da arrecadação deve ser realizado em
consonância com a previsão da receita, destacando as providências
adotadas no âmbito da fiscalização e combate à sonegação, as ações de
recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem
como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de
contribuições.

Etapas da despesa orçamentária:


• Planejamento: a etapa do planejamento abrange, de modo geral, a
fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de
créditos, a programação orçamentária e financeira, e o processo de
licitação e contratação.
• Execução: é a etapa em que os atos e fatos são praticados na
Administração Pública para implementação da ação governamental, e na
qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta de uma
política pública. A Lei 4.320/1964 estabelece como estágios da execução
da despesa orçamentária o empenho, a liquidação e o pagamento.
• Controle e avaliação: como na receita, compreende a fiscalização
realizada pelos órgãos de controle e pela sociedade. Visa à avaliação da
ação governamental, da gestão dos administradores públicos e da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, por
intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial.

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Veremos que os estágios da receita e da despesa estão compreendidos em


suas etapas. No entanto, o Manual Técnico de Orçamento - MTO e o Manual
de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP inúmeras vezes tratam os
temas como sinônimos.

1) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A fiscalização da


receita pública, realizada pelos órgãos de controle, pela sociedade e
pela própria administração, está compreendida na etapa controle e
avaliação da receita.

No estudo das etapas da receita orçamentária, “Controle e Avaliação”


compreende a fiscalização realizada pela própria Administração, pelos órgãos
de controle e pela sociedade. O controle do desempenho da arrecadação deve
ser realizado em consonância com a previsão da receita, destacando as
providências adotadas no âmbito da fiscalização e combate à sonegação, as
ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem
como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de
contribuições.
Resposta: Certa

2) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Consoante o


manual de procedimentos orçamentários da STN, o estágio da licitação
faz parte da etapa de planejamento da despesa orçamentária.

No estudo das etapas da despesa orçamentária, a etapa do planejamento


abrange, de modo geral, a fixação da despesa orçamentária, a
descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e
financeira, e o processo de licitação e contratação.
Resposta: Certa

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1. ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA

Ao longo do exercício financeiro, concomitantemente, as receitas são


arrecadadas e as despesas são executadas. A realização de receitas e despesas
ocorre por meio dos denominados estágios da receita e da despesa pública.
O estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o
comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos
de recursos. Os estágios da receita orçamentária, segundo a doutrina
dominante, são os seguintes:
• Previsão.
• Lançamento.
• Arrecadação.
• Recolhimento.

• Previsão.
• Lançamento.
• Arrecadação.
• Recolhimento.
Estágios da Receita

O comportamento dos estágios da receita orçamentária é dependente da


ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos e obedece à ordem acima.
Esses estágios são estabelecidos levando-se em consideração um modelo de
orçamento existente no País e a tecnologia utilizada. Dessa forma, a ordem
sistemática inicia-se com a previsão e termina com o recolhimento.

Pode ocorrer arrecadação de receitas que não


passaram pelo lançamento, como é o caso de
uma doação em espécie recebida pelos entes
públicos.
Nem todos os estágios
Outro exemplo seria a arrecadação de receitas
ocorrem para todas as
que não foram previstas.
receitas orçamentárias

1.1 Previsão

A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa de


arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante
de metodologia de projeção de receitas orçamentárias.

Segundo o art. 12 da LRF:


“Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da

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projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia


de cálculo e premissas utilizadas.”

Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações


na legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a
concessão de créditos tributários. Devem ser considerados, ainda, a variação
do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante.

Uma das formas de projetar valores de arrecadação é a utilização de modelos


incrementais na estimativa das receitas orçamentárias. Essa metodologia corrige
os valores arrecadados pelos índices de preço, quantidade e legislação, da
seguinte forma:

Projeção = Base de Cálculo x índice de preço x índice de quantidade x efeito


legislação, em que:

Projeção: é o valor a ser estimado para uma determinada receita de forma a


atender à execução orçamentária, cuja programação é feita mensalmente.
Base de cálculo: é obtida por meio da série histórica de arrecadação da
receita e dependerá do seu comportamento mensal.
Índice de preço: é o índice que fornece a variação média dos preços de uma
determinada cesta de produtos. Exemplos: diversos índices de preços
nacionais ou mesmo regionais como o IGP-DI, o INPC, o IPCA, a variação
cambial e a variação da taxa de juros.
Índice de quantidade: é o índice que fornece a variação média na
quantidade de bens de um determinado segmento da economia. Está
relacionado à variação física de um determinado fator de produção. Exemplo:
variação do Produto Interno Bruto Real do Brasil – PIB real.
Efeito legislação: leva em consideração a mudança na alíquota ou na base de
cálculo de alguma receita. Exemplos: tarifas públicas e receitas tributárias,
decorrentes de ajustes na legislação ou nos contratos públicos.

Em certos casos ocorrem atipicidades na arrecadação de determinada receita,


que devem ser eliminadas na projeção, uma vez que são arrecadações não
regulares, por exemplo, a receita decorrente da privatização de um banco.
Este alinhamento da série deve ocorrer também em casos de mudança de
arrecadação de uma natureza de receita para outra.

De acordo com o art. 29 da Lei 4.320/1964, caberá aos órgãos de


contabilidade ou de arrecadação organizar demonstrações mensais da
receita arrecadada, segundo as rubricas, para servirem de base a estimativa
da receita, na proposta orçamentária. Quando houver órgão central de
orçamento, essas demonstrações ser-lhe-ão remetidas mensalmente.

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3) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Na


elaboração da previsão da receita, estágio da etapa de planejamento,
devem ser considerados os efeitos da variação do índice de preços e do
crescimento econômico.

No estudo das etapas da receita orçamentária, o Planejamento compreende a


previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da LOA, resultante
de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições
constantes da LRF.

São parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações na


legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a
concessão de créditos tributários. Devem ser considerados, ainda, a variação
do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante.
Resposta: Certa

4) (CESPE – Técnico Científico – Contabilidade – Banco da Amazônia -


2012) O lançamento, como estágio da receita orçamentária, é
resultado de uma projeção realizada com base no índice de preços, na
quantidade e nas alterações na legislação tributária.

A previsão, como estágio da receita orçamentária, é resultado de uma


projeção realizada com base no índice de preços, na quantidade e nas
alterações na legislação tributária.
Resposta: Errada

1.2 Lançamento

O art. 53 da Lei 4.320/1964 define o lançamento da receita como o ato da


repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa
que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

De forma mais completa, o lançamento, segundo o art. 142 do Código


Tributário Nacional (CTN), é o procedimento administrativo tendente a verificar
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

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“Art. 52. São objeto de lançamento os impostos


diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou
Segundo o art. 52 da contrato.”
Lei 4.320/1964:

O que se desprende desse artigo é que algumas receitas não percorrem o


estágio do lançamento. São tipicamente objetos de lançamentos os impostos
diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei,
regulamento ou contrato.

Para continuar com os tipos de lançamentos, devemos saber que compõem a


obrigação tributária nascida com a ocorrência do fato gerador o sujeito ativo e
o sujeito passivo. O sujeito ativo será a pessoa jurídica, normalmente de
direito público, titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária
(tributo ou penalidade) ou a prestação não pecuniária positiva ou negativa. Já
a pessoa natural ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o
cumprimento da prestação pecuniária (tributo ou penalidade) ou da prestação
não pecuniária, positiva ou negativa, denomina-se sujeito passivo.

Existem três tipos de lançamento tributário: lançamento por declaração,


lançamento por homologação e lançamento de ofício.
• Lançamento por declaração ou misto: compreende a espontaneidade
do sujeito passivo em declarar corretamente. O sujeito passivo tem
papel fundamental, pois é o próprio contribuinte quem deverá apurar o
valor devido. É efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou
de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária,
presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato,
indispensáveis à sua efetivação. Para tornar exigível o tributo, com base
nas informações contidas na declaração, o agente fazendário efetiva o
ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo. Exemplo: imposto de
exportação.
• Lançamento por homologação ou autolançamento: no lançamento
por homologação, o pagamento e as informações prestadas pelo
contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade
administrativa. São tributos de caráter instantâneo e com multiplicidade
de fatos geradores, em que o recolhimento é exigido do devedor
independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo. Assim, não
é necessário que o sujeito ativo efetue o lançamento para tornar exigível
a prestação tributária. Exemplos: ICMS e IPI.
• Lançamento de ofício ou direto: como regra, o lançamento de ofício é
adequado aos tributos que têm como fato gerador uma situação cujos
dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade
administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos
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dados fáticos necessários à realização do lançamento. Desta forma, é


efetuado pela Administração sem a participação do contribuinte.
Exemplos: IPTU e IPVA

Lançamento por declaração ou misto: compreende a


espontaneidade do sujeito passivo em declarar
corretamente. Para tornar exigível o tributo, com base nas
informações contidas na declaração, o agente fazendário
efetiva o ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo.
Lançamento por homologação ou autolançamento: o
pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte são
realizados sem qualquer exame prévio da autoridade
administrativa. Tipos de
Lançamento de ofício ou direto: é efetuado pela lançamentos
Administração sem a participação do contribuinte.

5) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) No estágio da previsão da


receita, o Estado realiza a inscrição a débito do contribuinte.

O art. 53 da Lei 4.320/1964 define o lançamento da receita como o ato da


repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa
que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Resposta: Errada

6) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Todas as


receitas públicas devem passar pelo estágio do lançamento, em que se
verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
calcula-se o montante devido, identifica-se o sujeito passivo e, sendo o
caso, propõe-se a aplicação da penalidade cabível.

O lançamento, segundo o art. 142 do CTN, é o procedimento administrativo


tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
No entanto, algumas receitas não percorrem o estágio do lançamento. São
tipicamente objetos de lançamentos os impostos diretos e quaisquer outras
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Resposta: Errada

7) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) No que concerne a estágios da


receita, o lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a
participação do contribuinte.
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O lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a participação do


contribuinte.
Resposta: Certa

8) (CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) São objeto de


lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

Segundo o art. 52 da Lei 4.320/1964:


Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Resposta: Certa

1.3 Arrecadação

A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos


contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados
pelo ente. Eles atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos
sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores
tributos sobre bens e serviços fornecidos.

Assim, os contribuintes quitam seus débitos tributários mediante pagamento


aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas, já
que não têm acesso direto ao Tesouro Público.

Consoante o art. 55 da Lei 4.320/1964, os agentes da arrecadação devem


fornecer recibos das importâncias que arrecadarem, em uma única via, os
quais devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, a
proveniência e a classificação, bem como a data e a assinatura do agente
arrecadador.

1.4 Recolhimento

O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica


do Tesouro, responsável pela administração e pelo controle da arrecadação e
programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa (ou de
Tesouraria), representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados
em cada ente.

De acordo com o art. 56 da Lei 4320/1964, o recolhimento de todas as receitas


far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada
qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

O recolhimento ao Tesouro é realizado pelos próprios agentes ou bancos


arrecadadores. Essa ordem é bastante nítida, pois os agentes arrecadadores
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podem ser bancos ou caixas avançados do próprio ente. A arrecadação


consiste na entrega do recurso ao agente ou banco arrecadador pelo
contribuinte ou devedor. Já o recolhimento consiste no depósito em conta do
Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou bancos
arrecadadores.

A arrecadação consiste na entrega do recurso ao agente


ou banco arrecadador pelo contribuinte ou devedor.
Já o recolhimento consiste no depósito em conta do
Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos
caixas ou bancos arrecadadores.
Arrecadação ≠
Recolhimento

9) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) Denomina-se recolhimento a


transferência dos valores arrecadados a conta especifica do Tesouro
Nacional.

O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do


Tesouro, responsável pela administração e pelo controle da arrecadação e
programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa,
representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada
ente.
Resposta: Certa

10) (CESPE – Técnico Administrativo – IBAMA - 2012) O estágio da


receita denominado arrecadação encerra a etapa de execução e deve
obedecer ao princípio da unidade de caixa.

O estágio da receita denominado recolhimento encerra a etapa de execução


e deve obedecer ao princípio da unidade de tesouraria (ou de caixa). De
acordo com o art. 56 da Lei 4320/1964, o recolhimento de todas as receitas
far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada
qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
Resposta: Errada

11) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) O estágio do


recolhimento de uma receita pública corresponde à entrega dos
recursos devidos ao Tesouro, efetuada pelos contribuintes ou
devedores aos agentes arrecadadores ou instituições financeiras
autorizadas pelo ente.

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A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos


contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados
pelo ente.
Resposta: Errada

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2. ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA

Assim como ocorre com as receitas, para que se realize uma despesa do Poder
Público ela deve passar por estágios, os quais devem ser seguidos com rigor.

Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de execução orçamentária e


de programação financeira da União, estabelecidas para o exercício, e lançadas
as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento
Federal, no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
– SIAFI, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação
– ND, cria-se o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da
execução orçamentária propriamente dita.

A doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou


programação), empenho, liquidação e pagamento. São eles que
estudaremos nos próximos tópicos.

Acrescento que há praticamente consenso que empenho, liquidação e


pagamento são estágios da execução da despesa. Atualmente se encontra
em aplicação a sistemática do pré-empenho antecedendo esses estágios,
constituindo uma reserva de dotação orçamentária, já que, após o recebimento
do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a realização da
despesa, existe uma fase geralmente demorada de licitação obrigatória junto a
fornecedores de bens e serviços que impõe a necessidade de se assegurar o
crédito até o término do processo licitatório.

• Fixação (ou programação);


• Empenho;
• Liquidação; e
• Pagamento.
Estágios da Despesa

2.1 Fixação ou Programação

A fixação ou Programação da despesa orçamentária insere-se no processo


de planejamento. É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do
equilíbrio, visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à
previsão das receitas.

Assim, a fixação é concluída com a autorização dada pelo Poder Legislativo por
meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos
adicionais no decorrer da vigência do orçamento.

A legislação não permite a inversão de qualquer estágio. O que pode ocorrer é


exceção quanto ao estágio da programação, como acontece com as despesas
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realizadas por meio da abertura de créditos extraordinários. Esse tipo de


despesa não passa pelo estágio da programação, em virtude de sua
imprevisibilidade e urgência.

A licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A


licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre
vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para
a aquisição de bem ou serviço.

A licitação é regra para a Administração Pública. No entanto, a lei apresenta


exceções a esta regra. São as situações em que ela é inexigível, dispensável ou
dispensada, conforme a Lei 8.666/1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI,
da CF/1988, estabelecendo normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,
alienações e locações.

2.2 Empenho

Executar o orçamento é realizar as despesas públicas nele previstas e apenas


estas, pois, para que qualquer utilização de recursos públicos seja efetuada, a
primeira condição é que esse gasto tenha sido legal, oficialmente previsto e
autorizado pelo Congresso Nacional, e que sejam seguidos à risca os três
estágios da execução das despesas previstos na Lei 4.320/1964: empenho,
liquidação e pagamento.

Portanto, o orçamento é um instrumento de verificação prévia do emprego do


dinheiro público. Passa pela aprovação dos representantes da população, já
que, segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum.

O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58


da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição. Tal artigo deve ser entendido como uma garantia ao
credor que, se ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração,
receberá o pagamento que estará reservado para ele.

Empenho

É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado


obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

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O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.


As despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orçamentários
iniciais e dos créditos orçamentários adicionais, e, de acordo com o
cronograma de desembolso da unidade gestora, devidamente aprovado. Por
exemplo, se o crédito é portador de uma dotação no valor de R$ 100.000,00, o
empenho não poderá ser superior a esse valor. Assim, o empenho precede a
realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário.

Os parágrafos do art. 59 da Lei 4320/1964 já foram superados pela legislação


mais atual, como a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda, refere-se no § 1º a
uma Constituição Federal anterior.

Entretanto, como ainda podem aparecer em provas, vale a citação.

Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos


concedidos.
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal, é vedado aos
Municípios empenhar, no último mês do mandato do Prefeito, mais do que o
duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente.
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por
qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois do término do
mandato do Prefeito.
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam nos casos
comprovados de calamidade pública.
§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos praticados em
desacordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da
responsabilidade do Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º
201, de 27 de fevereiro de 19671.

O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a


realizar, por força do compromisso assumido. Se na mesma dotação de R$
100.000,00 forem empenhados R$ 40.000,00, ocorrerá a baixa desse valor do
crédito disponível de acordo com a sua destinação. Assim, restará o valor de
R$ 60.000,00 para novos empenhos nessa dotação.

1 Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder
Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores:
(...)
V - ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realizá-las em desacordo com as normas
financeiras pertinentes;

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As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o


art. 60 da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem prévio
empenho:
“Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a
emissão da nota de empenho.”

O Decreto 93.872/1986 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do


Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente, bem como trata
dos estágios da despesa. Reforça em seu art. 24 que é vedada a realização de
despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência
caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja
contemporâneo à realização da despesa.

O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. A


nota de empenho (NE) é a materialização do empenho. É um documento
extraído para cada empenho, utilizado para registrar as operações que
envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública
Federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação,
indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a
dedução desse valor do saldo da dotação própria. Embora exista
obrigatoriedade do nome do credor no documento nota de empenho, em
alguns casos torna-se impraticável a emissão de empenhos individuais, tendo
em vista o número excessivo de credores.

Na União, a NE é elaborada no SIAFI e impressa após o empenho da despesa.


É a emissão da nota de empenho que poderá ser dispensada em casos
especiais previstos na legislação específica. Por exemplo, as NEs são
dispensadas em despesas com sentenças judiciais, pessoal e encargos sociais,
juros e encargos da dívida etc.

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


Em casos especiais previstos na legislação específica será
dispensada a emissão da nota de empenho (NE).
Empenho ≠ A NE é a materialização do empenho.
Nota de Empenho

12) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara


dos Deputados – 2012) A despesa deve ser expressamente definida
em lei e precedida de empenho na dotação própria.

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A despesa deve ser expressamente definida na lei orçamentária anual e


precedida de empenho na dotação própria, já que é vedada a realização de
despesa sem prévio empenho.
Resposta: Certa

13) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O empenho é a garantia


incondicional de pagamento aos fornecedores e prestadores de
serviços à administração.

Segundo o art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de


autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição. Tal artigo deve ser entendido
como uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que foi
tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado
para ele. Logo, não é uma garantia incondicional.
Resposta: Errada

Os empenhos são classificados consoante sua natureza e finalidade. São


modalidades de empenho:
• Empenho ordinário: para as despesas com montante previamente
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
• Empenho por estimativa: a característica desta modalidade é a
existência de despesa cujo montante não se possa determinar. Em
geral, são gastos que ocorrem regularmente, porém que possuem base
não homogênea, ou seja, o valor sempre varia. São exemplos as contas
de água, energia elétrica e telefone, passagens, diárias, gratificações,
fretes etc.
• Empenho global: para atender às despesas com montante também
definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para atender
despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. São exemplos
os aluguéis, salários, prestação de serviços etc.

Caso o empenho se revele insuficiente para atender a um determinado


compromisso ao longo do exercício financeiro, existe a possibilidade de a
unidade emitente reforçar o empenho. Assim, o novo valor do empenho
passa a ser o valor inicial mais o valor do reforço. Caso o valor do empenho
exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado
parcialmente.
O empenho deverá ser totalmente anulado quando tiver sido emitido
incorretamente ou quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido.
Exemplo: o serviço contratado não foi prestado ou o material encomendado
não foi entregue. A anulação também é realizada por meio de nota de
empenho.

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Segundo o art. 35 do Decreto 93.872/1986, o empenho de despesa não


liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins,
salvo quando:
“I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor,
nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquida
ção da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento
da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumidos no exterior.”

E também consoante o art. 28 do referido Decreto:


“Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso
que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total,
revertendo a importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará
automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora.”

Assim, a redução ou cancelamento, no exercício financeiro, de compromisso


que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A
importância correspondente será revertida à respectiva dotação
orçamentária. Quando a anulação ocorrer após o encerramento do exercício,
considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar.

Vimos como exemplo que se na dotação de R$ 100.000,00 forem empenhados


R$ 40.000,00, este valor será deduzido do total. Assim, restará o valor de R$
60.000,00 para novos empenhos nessa dotação. No entanto, se por algum
motivo o empenho de R$ 40.000,00 for anulado no mesmo exercício financeiro
em que foi gerado, esse valor será revertido à respectiva dotação
orçamentária, ou seja, a dotação voltará ao valor original de R$ 100.000,00.

No exercício financeiro: a importância


correspondente será revertida à respectiva dotação
orçamentária.

Anulação de empenho Após o encerramento do exercício: considerar-se-


á receita orçamentária do ano em que se efetivar.

Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei 8.666/1993,


em seu art. 62, admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de
despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato:
“Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e
de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços
estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros

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instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa,


autorização de compra ou ordem de execução de serviço.”

O empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orçamentária,


nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados pela
contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades
gestoras em tempo oportuno.

As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão


empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no
referido exercício.

Segundo o art. 27 do Decreto 93.872/1986:


“Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de
vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte
nele a ser executada.”

14) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O empenho ordinário é utilizado


para as despesas de valor fixo e previamente determinado; já o
empenho estimativo aplica-se às despesas cujo montante não se pode
determinar previamente.

O empenho ordinário é utilizado para as despesas com montante previamente


conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez. Já o empenho por
estimativa tem como característica a existência de despesa cujo montante não
se possa determinar. Em geral, são gastos que ocorrem regularmente, porém
que possuem base não homogênea, ou seja, o valor sempre varia. São
exemplos as contas de água, energia elétrica e telefone, passagens, diárias,
gratificações, fretes etc.
Resposta: Certa

2.3 Liquidação

Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e os
documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve
passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado
liquidação antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar
a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a
obrigação. A liquidação também é realizada no SIAFI, por meio da Nota de
Liquidação (NL).

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A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:


- A origem e o objeto do que se deve pagar.
- A importância exata a pagar.
- A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por


base:
- O contrato, ajuste ou acordo respectivo.
- A nota de empenho.
- Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos
serviços.

Já sabemos que o empenho é o ato emanado de autoridade competente que


cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento
de condição. Porém, estando a despesa legalmente empenhada, nem assim o
Estado se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que o implemento de
condição poderá estar concluído ou não. A Lei 4.320/1964 determina que o
pagamento de qualquer despesa pública, seja ela de que importância for,
passe pelo crivo da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da despesa
que será cobrada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou, ainda, a
realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o implemento de
condição.

Segundo o art. 62 da Lei 4.320/1964:


“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua
regular liquidação.”

Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os
documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa habilitação da
entidade beneficiada, a unidade gestora providenciará o imediato pagamento da
despesa. Assim, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente
liquidada.

15) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O pagamento, terceiro estágio da


despesa pública, consiste na averiguação do direito adquirido pelo
credor com base em títulos e em outros documentos que comprovem o
respectivo crédito, resultando na extinção da obrigação do Estado com
o fornecedor.

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A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo


credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito (art. 63, caput, da Lei 4320/1964).
Resposta: Errada

2.4 Pagamento

O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor mediante cheque


nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta. No SIAFI, é realizado
mediante ordem bancária, equivalente à dívida líquida. É o último estágio da
despesa. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após
sua regular liquidação. Desta forma, nenhuma despesa poderá ser paga sem
estar devidamente liquidada.

O art. 64 da Lei 4.320/1964 define ainda a ordem de pagamento, a qual é o


despacho exarado por autoridade competente determinando que a despesa
seja paga. Ou seja, é a assinatura do gestor público determinando o
pagamento. Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o
pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins
de suprimento de fundos.

O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria


regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em
casos excepcionais, por meio de adiantamento (art. 65 da Lei 4320/1964).

Quanto ao pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra


ou prestação de serviço, o art. 38 do Decreto 93.872/1986 determina:
“Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de
materiais, execução de obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade
pública, admitindo-se, todavia, mediante as indispensáveis cautelas ou
garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele
estabelecida, prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de
adjudicação direta.”

16) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) A emissão da ordem de


pagamento caracteriza o estagio de liquidação da despesa.

A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente


determinando que a despesa seja paga. Logo, caracteriza o estágio do
pagamento da despesa.
Resposta: Errada

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17) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A


liquidação, último estágio da despesa pública, somente ocorre depois
de concluídos todos os estágios anteriores.

O pagamento, último estágio da despesa pública, somente ocorre depois de


concluídos todos os estágios anteriores.
Resposta: Errada

(CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos


Deputados – 2012) Considere que os seguintes eventos tenham sido
registrados em uma entidade durante determinado exercício
financeiro.
_ Em janeiro, foi registrada a aprovação da lei orçamentária anual,
com a previsão da receita e a fixação da despesa no valor de R$
400.000,00.
_ Em fevereiro, foram arrecadados impostos no valor de R$ 80.000,00.
_ O valor do empenho de despesas de pessoal foi de R$ 60.000,00.
Em conformidade com as regras relativas à execução do orçamento
dispostas na Lei n.º 4.320/1964, julgue os itens subsequentes com
base nas informações apresentadas.
18) A despesa de pessoal só poderá ser liquidada após o seu efetivo
pagamento.

A despesa de pessoal só poderá ser paga após a sua efetiva liquidação.


Resposta: Errada

19) No momento em que a despesa de pessoal for empenhada, será


criada uma obrigação de pagamento para o Estado, pendente ou não
de implemento de condição.

O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58


da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição. Tal artigo deve ser entendido como uma garantia ao
credor que, se ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração,
receberá o pagamento que estará reservado para ele.
Resposta: Certa

20) Como se trata de despesa de pessoal — de caráter interno à


entidade, portanto —, essa despesa pode ser realizada sem prévio
empenho.

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


Resposta: Errada

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3. ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO E ENFOQUE PATRIMONIAL

No regime de caixa, as receitas são contabilizadas somente quando recebidas


(entram no caixa) e as despesas no momento em que são pagas (saem do
caixa), independentemente do momento em que são comprometidas. Por
exemplo, se eu compro um produto em novembro (fato gerador da despesa) e
pago em dezembro, a despesa seria contabilizada em dezembro, pois foi o mês
em que ocorreu a saída de recursos do meu caixa.

No regime de competência, as receitas e despesas são contabilizadas no


momento em que são comprometidas (fato gerador da despesa),
independentemente do momento que as receitas entram ou as despesas saem
do caixa. Por exemplo, se eu compro um produto em novembro (fato gerador
da despesa) e pago em dezembro, a despesa seria contabilizada em
novembro, pois foi o mês em que ocorreu o comprometimento da despesa.

Pergunta: E na Administração Pública, qual o regime utilizado?

Resposta: Depende se o enfoque é orçamentário ou patrimonial.

Do ponto de vista ORÇAMENTÁRIO, o reconhecimento da receita


orçamentária ocorre no momento da arrecadação e da despesa
orçamentária no exercício financeiro da emissão de empenho. Tal
situação decorre da aplicação da Lei 4.320/1964, que, em seu art. 35, incisos I
e II, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas
e as despesas legalmente empenhadas:

“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.”
Art. 35 da Lei 4320/1964

O regime adotado para reconhecimento das receitas decorre do enfoque


orçamentário dessa lei, com o objetivo de evitar o risco de que a execução das
despesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetivada.

O art. 35 refere-se ao enfoque orçamentário e não ao enfoque


patrimonial, pois a contabilidade é tratada em título específico da citada lei
(Título IX – Da Contabilidade), no qual se determina que as variações
patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes
da execução orçamentária.
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Em relação à Receita, no enfoque patrimonial, com o objetivo de evidenciar


o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação patrimonial
aumentativa, independentemente da execução orçamentária, em função do
fato gerador, observando-se os princípios da competência e da oportunidade.
Por exemplo, no âmbito da atividade tributária, pode-se utilizar o momento do
lançamento como referência para o reconhecimento da variação patrimonial
aumentativa, pois nesse momento é que se verifica a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente e, ocorrido o fato gerador, pode-se
proceder ao registro contábil do direito a receber em contrapartida de variação
patrimonial aumentativa, o que representa o registro por competência. Já no
enfoque orçamentário, a receita será reconhecida no momento da arrecadação,
caracterizando um regime orçamentário de caixa.

No que se refere à Despesa, no enfoque patrimonial, com o objetivo de


evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação
patrimonial diminutiva, independentemente da execução orçamentária, em
função do fato gerador, observando-se os princípios da competência e da
oportunidade. Em regra, o fato gerador será simultâneo tanto na liquidação da
despesa, como na aquisição de bens de consumo. Entretanto, em algumas
situações, o fato gerador poderá ocorrer anteriormente à liquidação, por
exemplo, na aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Nesse caso,
no enfoque patrimonial, será apropriado um direito ao seguro. Já no enfoque
orçamentário, a despesa será reconhecida apenas na liquidação durante o
exercício corrente e, ao final desse exercício, por meio do empenho (art. 35 da
Lei 4.320/1964), caracterizando um regime orçamentário de competência.

ENFOQUE RECEITA DESPESA

ORÇAMENTÁRIO Caixa Competência

PATRIMONIAL Competência Competência

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

ESTÁGIOS DA RECEITA

21) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2009) O estágio de execução


da receita classificado como arrecadação ocorre com a transferência
dos valores devidos pelos contribuintes ou devedores à conta
específica do Tesouro.

É no estágio de execução da receita classificado como recolhimento que


ocorre a transferência dos valores devidos pelos contribuintes ou devedores à
conta específica do Tesouro.
Resposta: Errada

22) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) O lançamento,


caracterizado como um dos estágios da receita pública, não se aplica a
todos os tipos de receita. São tipicamente objetos de lançamento os
impostos indiretos e, em particular, os que decorrem de substituição
tributária.

Segundo o art. 52 da Lei 4.320/1964:


Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Resposta: Errada

23) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) O comportamento dos


estágios da receita orçamentária não depende da ordem de ocorrência
dos fenômenos econômicos.

O comportamento dos estágios da receita orçamentária é dependente da


ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos.
Resposta: Errada

24) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) O pagamento


dos tributos devidos pelos contribuintes constitui o estágio do
recolhimento da receita. A arrecadação realiza-se com a transferência
desses recursos para a conta única de cada ente, em prazos definidos
contratualmente, com cada instituição.

O pagamento dos tributos devidos pelos contribuintes constitui o estágio da


arrecadação da receita. Já o recolhimento realiza-se com a transferência
desses recursos para a conta única de cada ente.
Resposta: Errada
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25) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) É no estágio da receita


denominado recolhimento que os contribuintes comparecem perante
os agentes arrecadadores e liquidam seus compromissos.

É no estágio da receita denominado arrecadação que os contribuintes


comparecem perante os agentes arrecadadores e liquidam seus compromissos.
Resposta: Errada

26) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) No estágio da previsão,


tem-se a estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei
Orçamentária Anual (LOA) e resultante da metodologia de projeção de
despesas orçamentárias.

No estágio da previsão, tem-se a estimativa de arrecadação da receita,


constante da Lei Orçamentária Anual (LOA) e resultante da metodologia de
projeção de receitas orçamentárias.
Resposta: Errada

27) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) No estágio da previsão, tem-


se a estimativa de arrecadação da receita, constante da LDO.

No estágio da previsão, tem-se a estimativa de arrecadação da receita,


constante da LOA.
Resposta: Errada

28) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde -


2008) Caso a arrecadação de um tributo incidente sobre as vendas de
um determinado produto alcance R$ 50.000 mil em determinado
exercício, e, para o exercício seguinte estejam previstos inflação de
5% e crescimento de 3% do PIB (com crescimento proporcional das
vendas do setor), será correto estimar uma arrecadação de R$ 54.000
mil com o referido tributo.

Lembrando que:
Acrescentar 5% a um número equivale a multiplicá-lo por 1,05.
Acrescentar 3% a um número equivale a multiplicá-lo por 1,03.
Não alterar um número equivale a multiplicá-lo por 1.

Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x


(efeito legislação)
Projeção = R$ 50.000,00 x 1,05 x 1,03 x 1
Projeção = R$ 54.075,00
Resposta: Errada

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29) (CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008) No


lançamento da receita tributária, momento anterior ao recolhimento e
à arrecadação, é identificado o devedor ou a pessoa do contribuinte.

O lançamento, segundo o art. 142 do CTN, é o procedimento administrativo


tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
Logo, no lançamento da receita tributária, momento anterior ao recolhimento e
à arrecadação, é identificado o devedor ou a pessoa do contribuinte.
Resposta: Certa

30) (CESPE - Analista Judiciário - Controle Interno - TJDFT - 2008) Os


contribuintes, por não terem acesso direto ao Tesouro Público, quitam
seus débitos tributários mediante pagamento aos agentes
arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas; elas
próprias e as demais pessoas jurídicas, por outro lado, atuam como
depositários, ora descontando e retendo tributos sobre rendimento
pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores tributos sobre
bens e serviços fornecidos.

A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos


contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados
pelo ente. Eles atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos
sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores
tributos sobre bens e serviços fornecidos.
Assim, os contribuintes quitam seus débitos tributários mediante pagamento
aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas, já
que não têm acesso direto ao Tesouro Público.
Resposta: Certa

ESTÁGIOS DA DESPESA

31) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos - Min. da Saúde


- 2008) Embora o Regulamento de Contabilidade Pública somente
reconheça como estágios da despesa pública o empenho, a liquidação
e o pagamento, muitos especialistas da área defendem a necessidade
de se considerarem, pelo menos, mais dois estágios antes do
empenho: a programação (ou fixação) da despesa e a licitação.

Além de empenho, liquidação e pagamento, podem ser considerados mais


dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da despesa e a
licitação.
Resposta: Certa

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32) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) O estágio da


fixação da despesa corresponde ao momento em que o órgão central
de planejamento e orçamento realiza a inclusão da despesa na
proposta orçamentária.

Não é apenas esse momento. A fixação é concluída com a autorização dada


pelo poder legislativo por meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as
eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do
orçamento.
Resposta: Errada

33) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Em caso de urgência


caracterizada na legislação em vigor, é permitida a realização de
despesa sem prévio empenho.

As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o


art. 60, § 1.º, da Lei 4.320/1964, o qual veda a realização de despesa sem
prévio empenho.
Resposta: Errada

34) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Para as


despesas com o consumo de energia elétrica para determinado
período, em regra, é realizado o empenho ordinário.

Para as despesas com o consumo de energia elétrica para determinado


período, em regra, é realizado o empenho por estimativa. Em geral, são
gastos que ocorrem regularmente, porém que possuem base não homogênea,
ou seja, o valor sempre varia. São exemplos as contas de água, energia
elétrica e telefone; passagens, diárias, gratificações, fretes, etc.
Resposta: Errada

35) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde -


2008) Quando uma despesa for anulada dentro do mesmo exercício
financeiro em que foi realizada, a dotação orçamentária
correspondente será recomposta em valor idêntico.

A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que


caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância
correspondente será revertida à respectiva dotação orçamentária.
Logo, quando uma despesa for anulada dentro do mesmo exercício financeiro
em que foi realizada, a dotação orçamentária correspondente será recomposta
em valor idêntico.
Resposta: Certa

36) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) A liquidação das


despesas durante a execução orçamentária consiste na verificação do

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direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base


os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da
habilitação ao benefício.

Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e os
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Resposta: Certa

37) (CESPE - Analista - INMETRO - 2009) O estágio da liquidação só


pode ser efetuado após o regular pagamento da despesa.

O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua


regular liquidação.
Resposta: Errada

38) (CESPE – Contador – CEHAP/PB – 2009) A liquidação da despesa é


o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a
despesa seja paga.

A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente


determinando que a despesa seja paga.
Resposta: Errada

39) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) O orçamento é o mais eficaz


instrumento de verificação prévia da utilização dos recursos públicos
visto que, além de passar pela aprovação dos representantes políticos
da população, fixa tetos para as despesas, que só podem ser
realizadas mediante prévio empenho e, conforme o caso, após
licitação.

A licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A


licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre
vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para
a aquisição de bem ou serviço. É regra para a Administração Pública. No
entanto, a lei apresenta exceções a esta regra.
Ainda, as despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho,
consoante o art. 60, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa
sem prévio empenho.
Resposta: Certa

40) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) O empenho é o


primeiro estágio efetivo da despesa e é conceituado como o ato
emanado da autoridade competente que cria para o Estado a obrigação
de pagamento.

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O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Por isso, diz-se que


é o primeiro estágio efetivo da despesa. Segundo o art. 58 da Lei 4.320/1964,
o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Resposta: Certa

41) (CESPE - Analista Judiciário – Contabilidade – STF – 2008)


Considerando que as despesas públicas representam um conjunto de
dispêndios da entidade governamental para o funcionamento dos
serviços públicos, julgue o item que segue.
A liquidação da despesa é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.

O empenho da despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria


para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição.
Resposta: Errada

42) (Agente Técnico de Inteligência – Administração – ABIN – 2010)


Julgue o item seguinte, a respeito dos diversos aspectos do ciclo
orçamentário.
Existe a possibilidade legal de um órgão público empenhar
integralmente os recursos consignados para determinado programa
logo no primeiro mês de execução orçamentária.

Não é tão comum, mas também não há vedação para que se realize o
empenho integralmente no primeiro mês ou até mesmo em uma única vez. Vai
depender da situação.
Por exemplo, um programa para a aquisição de 100 ônibus escolares. Poderá
ser feito o empenho no valor integral no primeiro mês, os 100 ônibus serem
entregues no segundo mês (liquidação) e o pagamento ser realizado no
terceiro mês.
Resposta: Certa

43) (Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis – ABIN – 2010) Julgue


o próximo item com base na Lei n.º 4.320/1964.
O empenho da despesa vincula dotação de crédito orçamentário ao
pagamento de obrigação, assegurando aos fornecedores e prestadores
de serviços aos entes públicos tão somente o cumprimento da
respectiva contrapartida contratual.

O empenho deve ser entendido como uma garantia ao credor que, se ele
cumprir os termos do que foi tratado com a Administração, receberá o
pagamento que estará reservado para ele. É a garantia dada ao credor de que
os valores contratados têm respaldo orçamentário, assegurando aos

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fornecedores e prestadores de serviços aos entes públicos tão somente o


cumprimento da respectiva contrapartida contratual.
Resposta: Certa

44) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O órgão


público, no momento em que realizar o empenho de determinada
despesa, deverá verificar a origem e o objeto do que se deve pagar.

A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o objeto do


que se deve pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve pagar a
importância para extinguir a obrigação.
Resposta: Errada

45) (CESPE – TFCE – TCU – 2007) Publicada a Lei Orçamentária Anual,


e observadas as normas de execução orçamentária e de programação
financeira para o exercício, as unidades orçamentárias estarão em
condições de utilizar seus créditos, tendo em vista a realização ou a
execução da despesa. Relativamente a esse assunto, julgue o item que
se segue.
A despesa pública é executada em três estágios: empenho, liquidação
e pagamento. A liquidação é uma garantia dada ao credor de que os
valores contratados têm respaldo orçamentário.

São estágios da execução da despesa pública: empenho, liquidação e


pagamento. É o empenho que deve ser entendido como uma garantia ao
credor que, se ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração,
receberá o pagamento que estará reservado para ele, ou seja, é a garantia
dada ao credor de que os valores contratados têm respaldo orçamentário.
Resposta: Errada

46) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010)


Considerando os dados da tabela, extraídos da contabilidade de
determinada entidade governamental, julgue o item seguinte com
relação aos estágios da despesa pública à luz da Lei n.º 4.320/1964.

Foi criada para o Estado a obrigação de pagamento no valor de


R$ 110.000,00, ainda que esteja pendente o implemento de condição.

O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado


obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Logo,
foi criada para o Estado a obrigação de pagamento no valor de R$ 110.000,00,
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ainda que esteja pendente o implemento de condição. A obrigação será


confirmada se o credor cumprir os termos do que foi tratado com a
Administração, verificados na liquidação.
Resposta: Certa

47) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativa - TRT - 21ª Região -


2010) Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, é
admitido que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da
despesa.

O Decreto 93.872/1986 dispõe em seu art. 24 que é vedada a realização de


despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência
caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja
contemporâneo à realização da despesa.
Resposta: Certa

48) (CESPE – Contador – CEHAP/PB – 2009) Em casos especiais,


previstos na legislação específica, poderá ser realizada despesa sem
prévio empenho.

O Decreto 93.872/1986 dispõe em seu art. 24 que é vedada a realização de


despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência
caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja
contemporâneo à realização da despesa.
Resposta: Errada

49) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) Após a aprovação do


orçamento, é possível a realização de despesa sem a emissão de nota
de empenho.

O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. Embora


exista obrigatoriedade do nome do credor no documento nota de empenho, em
alguns casos torna-se impraticável a emissão de empenhos individuais, tendo
em vista o número excessivo de credores.
Resposta: Certa

50) (CESPE - Analista Judiciário - TST - 2008) O empenho é prévio, ou


seja, precede a realização da despesa, e está restrito ao limite de
crédito orçamentário.

O empenho da despesa é prévio e não poderá exceder o limite dos créditos


concedidos. Assim, o empenho precede a realização da despesa e está restrito
ao limite do crédito orçamentário.
Resposta: Certa

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51) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008)


Excepcionalmente, um administrador público pode, desde que
motivado, promover o empenho da despesa em volume que exceda os
créditos que tenham sido concedidos.

O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.


Resposta: Errada

52) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Ao se realizar a


execução orçamentária da despesa, deve haver, no momento da
liquidação, a baixa do crédito disponível de acordo com sua a
destinação.

O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a


realizar, por força do compromisso assumido. Logo, ao se realizar a execução
orçamentária da despesa, deve haver, no momento do empenho, a baixa do
crédito disponível de acordo com sua a destinação.
Resposta: Errada

53) (CESPE – Contador – DPU – 2010) Na insuficiência de crédito


orçamentário, efetua-se o pré-empenho no caso de despesas
obrigatórias.

O pré-empenho é uma forma de se assegurar o crédito até o término do


processo licitatório. Da mesma forma que o empenho, o pré-empenho não
poderá ser efetuado se houver insuficiência de crédito orçamentário.
Resposta: Errada

54) (CESPE – Economista – FUB – 2009) O empenho das despesas é o


ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Os valores empenhados não poderão exceder o limite dos créditos
concedidos. Mas em casos especiais, previstos na legislação específica,
será dispensada a emissão da nota de empenho.

A questão traz três observações importantes e corretas:


• O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição.
• O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos
concedidos.
• Em casos especiais, o que pode ser dispensada é a nota de empenho e
nunca o empenho.
Resposta: Certa

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55) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Julgue o item que se segue


quanto às disposições do Decreto n.º 93.872/1986 relativas à
execução da despesa pública.
As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual
serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser
executada no referido exercício.

Segundo o art. 27 do Decreto 93.872/1986:


Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de
vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte
nele a ser executada.
Resposta: Certa

56) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) Considerando


que as modalidades de empenho classifiquem-se em ordinário, global
e por estimativa, a modalidade de empenho ordinário diz respeito a
inúmeros tipos de gastos operacionais das repartições, como fretes e
passagens.

A característica da modalidade de empenho por estimativa é a existência de


despesa cujo montante não se possa determinar. Em geral, são gastos que
ocorrem regularmente, porém que possuem base não homogênea, ou seja, o
valor sempre varia. São exemplos as contas de água, luz e telefone;
passagens, diárias, gratificações, fretes, etc. Logo, a modalidade de empenho
por estimativa diz respeito a inúmeros tipos de gastos operacionais das
repartições, como fretes e passagens.
Resposta: Errada

57) (CESPE - AUFC - TCU - 2007) O empenho da despesa é o


instrumento de utilização de créditos orçamentários e, de acordo com
a sua natureza e finalidade, pode ser classificado em empenho
ordinário, empenho por estimativa e empenho global. O empenho
ordinário é destinado a atender a despesas cujo valor não se possa
determinar previamente, de base não-homogênea, podendo ser feito o
reforço do empenho.

O empenho por estimativa é destinado a atender a despesas cujo valor não


se possa determinar previamente, de base não-homogênea, podendo ser feito
o reforço do empenho.
Resposta: Errada

58) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) O empenho estimativo poderá ser


reforçado, durante o exercício financeiro, quando o seu valor for
insuficiente para atender à despesa a ser realizada.

Caso o empenho se revele insuficiente para atender a um determinado

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compromisso ao longo do exercício financeiro, existe a possibilidade de a


Unidade emitente reforçar o empenho. Assim, o novo valor do empenho passa
a ser o valor inicial mais o valor do reforço. Isso pode ocorrer com o empenho
estimativo, cujo montante é indeterminado.
Resposta: Certa

59) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) A


liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor ou entidade beneficiária com base nos títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao benefício.

Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve
passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado
liquidação antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a
importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação.
Resposta: Certa

60) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração – ABIN –


2010) Julgue o item seguinte, a respeito dos diversos aspectos do ciclo
orçamentário.
Uma despesa empenhada e que não tenha sido paga até o final de
determinado exercício deve ser liquidada, obrigatoriamente, até o final
do exercício subsequente.

Não há a obrigatoriedade de haver a liquidação. Se o credor não cumprir com


sua obrigação, o empenho poderá ser anulado.
Resposta: Errada

61) (CESPE – Contador – CEHAP/PB – 2009) O pagamento da despesa


só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

Segundo o art. 62 da Lei 4.320/1964:


“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua
regular liquidação.”
Resposta: Certa

62) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O pagamento da


despesa prescinde da sua regular liquidação.

Prescindir é dispensar. O pagamento da despesa só será efetuado quando


ordenado após sua regular liquidação.
Resposta: Errada

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63) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A Lei n.°


4.320/1964 veda a realização de despesas sem prévio empenho e
estabelece que o pagamento da despesa só possa ser efetuado após
regular liquidação.

As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o


art. 60, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem prévio
empenho. Ainda, segundo o art. 62 da referida lei, o pagamento da despesa só
será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Resposta: Certa

64) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010)


Considerando os dados da tabela, extraídos da contabilidade de
determinada entidade governamental, julgue o item seguinte com
relação aos estágios da despesa pública à luz da Lei n.º 4.320/1964.

A liquidação da despesa no valor de R$ 108.000,00 só será efetuada


após seu regular pagamento.

O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular


liquidação. Nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente
liquidada. Logo, o pagamento da despesa no valor de R$ 108.000,00 só será
efetuado após sua regular liquidação.
Resposta: Errada

65) (CESPE - Analista Ambiental -Administração e Planejamento -MMA


- 2008) Na vigência de um convênio ou contrato, é permitido o
pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra ou
prestação de serviço, desde que esse procedimento possibilite abreviar
o prazo de execução do respectivo convênio ou contrato.

O Decreto 93.872/1986 determina:


Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de
materiais, execução de obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade
pública, admitindo-se, todavia, mediante as indispensáveis cautelas ou
garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele
estabelecida, prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de
adjudicação direta.

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A possibilidade de abreviar o prazo de execução do respectivo convênio ou


contrato não é exceção para que ocorra o pagamento antecipado.
Resposta: Errada

(CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008)

Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e as informações apresentadas


acima no excerto do extrato de despesa do Ministério do Esporte (ME),
relativo ao ano de 2007, julgue os próximos itens.
66) O ME recebeu, no ano de 2007, créditos orçamentários inferiores a
R$ 3.780.000.000,00.

Somando-se os valores liquidados, temos (em R$ mil):


2.039.874.000+1.467.534.000+274.054.000 = 3.781.462.000

Logo, se o valor liquidado foi superior a R$ 3.780.000.000,00, é impossível


que os créditos orçamentários previstos sejam inferiores a este valor.
Resposta: Errada

67) A diferença existente entre o valor pago e o valor liquidado que se


observa para as despesas de códigos 339033 e 339036 pode ser
justificada pela falta de cumprimento dos serviços pelo fornecedor.

A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo


credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a
pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. Logo, se houve a
liquidação, é porque o serviço foi prestado e esta diferença existente
entre o valor pago e o valor liquidado não pode ser justificada pela falta de
cumprimento dos serviços pelo fornecedor.

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Resposta: Errada

68) (CESPE – Economista – Ministério da Saúde - 2010) Uma despesa


pública pode ser paga antes de sua liquidação, mas não antes da
emissão do empenho.

Segundo o art. 62 da Lei 4.320/1964:


“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após
sua regular liquidação.”
Resposta: Errada

69) (CESPE – Escrivão – Polícia Federal – 2004) O empenho da


despesa gera direito líquido e certo ao credor, razão por que, depois de
efetuado, não pode ser cancelado ou alterado.

Segundo o art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de


autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição. Tal artigo deve ser entendido
como uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que foi
tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado
para ele. Logo, não gera direito líquido e certo. Ainda, o empenho pode ser
alterado, como no caso de reforço de empenho, e também pode ser anulado.
Resposta: Errada

70) (CESPE - Oficial de Inteligência – ABIN – 2004) A despesa pública


no Brasil tem uma sistemática de execução composta de diversos
estágios. Acerca desse tema, julgue o item que se segue, considerando
as normas vigentes.
A emissão do empenho abate o seu valor da dotação orçamentária
total do programa de trabalho, o que torna a quantia empenhada
indisponível para nova aplicação. Trata-se de uma garantia para o
fornecedor ou prestador de serviço, a qual gera direito financeiro
líquido e certo contra a administração pública.

A emissão do empenho abate o seu valor da dotação orçamentária total do


programa de trabalho, o que torna a quantia empenhada indisponível para
nova aplicação. Por exemplo, se na dotação de R$ 100.000,00 forem
empenhados R$ 40.000,00, ocorrerá a baixa desse valor do crédito disponível
de acordo com a sua destinação. Assim, restará o valor de R$ 60.000,00 para
novos empenhos nessa dotação.
Trata-se de uma garantia para o fornecedor ou prestador de serviço que, se
ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração, receberá o
pagamento que estará reservado para ele. Assim, ainda não há direito
financeiro líquido e certo contra a administração pública.
Resposta: Errada

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71) (CESPE - Procurador de Contas – TCU – 2004) Com relação à


despesa pública, tendo como base a Lei n.º 4.320/1964 e as lições
doutrinárias, julgue os seguintes itens.
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o


art. 60 da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem prévio
empenho:
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
Resposta: Certa

72) (CESPE - Procurador de Contas – TCU – 2004) Com relação à


despesa pública, tendo como base a Lei n.º 4.320/1964 e as lições
doutrinárias, julgue os seguintes itens.
A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido
pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.

Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e os
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Resposta: Certa

73) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2004) A liquidação da despesa


deve sempre preceder ao seu empenho.

O empenho da despesa deve sempre preceder à sua liquidação.


Resposta: Errada

74) (CESPE - Procurador de Contas – TCU – 2004) Com relação à


despesa pública, tendo como base a Lei n.º 4.320/1964 e as lições
doutrinárias, julgue os seguintes itens.
A certificação do recebimento do fornecimento e da prestação do
serviço é exigida no momento do pagamento da despesa.

Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e os
documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve
passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado
liquidação antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a
importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação.
Logo, a certificação do recebimento do fornecimento e da prestação do serviço
é exigida no momento da liquidação da despesa.
Resposta: Errada

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75) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2004) A liquidação da despesa


ocorre no momento em que o credor recebe o valor que lhe é devido
pelo setor público.

A liquidação da despesa não ocorre no momento em que o credor recebe o


valor que lhe é devido pelo setor público. Ela consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao
benefício. Apenas após regular liquidação, será ordenado e efetuado o
pagamento da despesa, que consiste na entrega de numerário ao credor do
Estado, extinguindo dessa forma o débito ou obrigação.
Resposta: Errada

76) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Para as despesas


com publicações de editais, os estágios de liquidação e pagamento
precederão a emissão da nota de empenho.

A ordem dos estágios da execução da despesa pública é: empenho,


liquidação e pagamento. A legislação não permite a inversão de qualquer
estágio.
Resposta: Errada

77) (CESPE – Procurador Federal – 2003) O pagamento da despesa só


será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação,
ressalvados os casos emergenciais, em que a Lei n.o 4.320/1964
autoriza liquidação posterior.

O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular


liquidação (art. 62 da Lei 4320/1964).

Logo, a Lei 4320/1964 não autoriza a liquidação posterior.


Resposta: Errada

78) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) O empenho ordinário


das despesas públicas aplica-se quando o montante a ser pago, além
de ser previamente estabelecido, ocorre de forma parcelada.

O empenho global das despesas públicas aplica-se quando o montante a ser


pago, além de ser previamente estabelecido, ocorre de forma parcelada.
Resposta: Errada

79) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Considere
que, após a realização de empenho para a compra de suprimentos de
informática, tenha sido constatado que a empresa contratada não
entregara os equipamentos no prazo e condições estabelecidos. Nessa

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situação hipotética, o gestor público não poderá solicitar o


cancelamento do empenho, que será mantido até que possa ser
devidamente liquidado.

O empenho deverá ser totalmente anulado quando tiver sido emitido


incorretamente ou quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido. É o
caso em tela: a empresa contratada não entregou os equipamentos no prazo e
condições estabelecidos. Assim, o gestor público poderá solicitar o
cancelamento do empenho.
Resposta: Errada

80) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – 2013) A


impossibilidade de se realizar uma despesa sem prévio empenho
compromete o uso do orçamento como ferramenta de planejamento do
gasto, visto que, em muitos casos, não é possível determinar
precisamente o montante de recursos que deverá ser empenhado para
a execução de certas atividades.

A impossibilidade de se realizar uma despesa sem prévio empenho não


compromete o uso do orçamento como ferramenta de planejamento do gasto.
Quando não for possível determinar precisamente o montante de recursos que
deverá ser empenhado para a execução de certas atividades, deve-se utilizar
o empenho por estimativa.
Resposta: Errada

81) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Quando a
prestação ocorre em regime de urgência, tendo sido empenhado o
recurso necessário para o pagamento de um serviço, a liquidação não
é necessária, sendo, então, imediatamente executado o pagamento.

Segundo o art. 62 da Lei 4.320/1964:


“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após
sua regular liquidação.”

Logo, a liquidação é sempre necessária.


Resposta: Errada

82) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013) O


ato do pagamento encerra a fase de liquidação da despesa.

A liquidação da despesa é uma fase (ou estágio) e o pagamento é outra fase.


O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação.
Resposta: Errada

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83) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador – TRE/MS –


2013) Como estágio da despesa, a liquidação se refere à emissão da
ordem de pagamento e ao pagamento propriamente dito.

Como estágio da despesa, o pagamento se refere à emissão da ordem de


pagamento e ao pagamento propriamente dito.
Resposta: Errada

ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO E ENFOQUE PATRIMONIAL

84) (CESPE – Economista – MTE – 2008) Julgue o próximo item,


relativo às receitas e despesas públicas.
O momento do fato gerador de uma despesa nem sempre coincide com
o momento de sua liquidação, o que faz com que o reconhecimento da
despesa orçamentária e a sua apropriação pelo enfoque patrimonial
possam também não coincidir.

No que se refere à Despesa, no enfoque patrimonial, com o objetivo de


evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação
patrimonial diminutiva, independentemente da execução orçamentária, em
função do fato gerador, observando-se os princípios da competência e da
oportunidade. Em regra, o fato gerador será simultâneo tanto na liquidação da
despesa, como na aquisição de bens de consumo. Entretanto, em algumas
situações, o fato gerador poderá ocorrer anteriormente à liquidação, por
exemplo, na aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Nesse caso,
no enfoque patrimonial, será apropriado um direito ao seguro. Já no enfoque
orçamentário, a despesa será reconhecida apenas na liquidação durante o
exercício corrente e, ao final desse exercício, por meio do empenho (art. 35 da
Lei 4.320/1964), caracterizando um regime orçamentário de competência.
Resposta: Certa

85) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Contabilidade – ABIN –


2010) No que concerne aos métodos e processos da escrituração
contábil no setor público, julgue o item que se segue.
Os efeitos das variações patrimoniais devem ser reconhecidos e
evidenciados em correspondência com os respectivos fatos geradores,
independentemente do momento da execução orçamentária.

No que se refere à Despesa, no enfoque patrimonial, com o objetivo de


evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação
patrimonial diminutiva, independentemente da execução orçamentária, em
função do fato gerador, observando-se os princípios da competência e da
oportunidade.
Resposta: Certa

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86) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) No lançamento, tendo


ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao registro
contábil do direito a receber da fazenda pública.

Em relação à Receita, no enfoque patrimonial, com o objetivo de evidenciar


o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação patrimonial
aumentativa, independentemente da execução orçamentária, em função do
fato gerador, observando-se os princípios da competência e da oportunidade.
Por exemplo, no âmbito da atividade tributária, pode-se utilizar o momento do
lançamento como referência para o reconhecimento da variação patrimonial
aumentativa, pois nesse momento é que se verifica a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente e, ocorrido o fato gerador, pode-se
proceder ao registro contábil do direito a receber em contrapartida de variação
patrimonial aumentativa, o que representa o registro por competência.
Resposta: Certa

87) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) O registro da receita


orçamentária, em contas orçamentárias, deverá ocorrer no momento
do fato gerador da receita pública.

O registro da receita orçamentária, pelo enfoque patrimonial, deverá ocorrer


no momento do fato gerador da receita pública.
Do ponto de vista ORÇAMENTÁRIO, o reconhecimento da receita
orçamentária ocorre no momento da arrecadação e da despesa
orçamentária no exercício financeiro da emissão de empenho.
Resposta: Errada

88) (CESPE - Analista Administrativo – Contador - ANP – 2013) De


acordo com a Lei n.º 4.320/1964, referente ao regime orçamentário, é
correto afirmar que pertence ao exercício financeiro de 2011 a receita
prevista e lançada em 2011, porém arrecadada e recolhida em 2012.

Questão sobre o enfoque orçamentário. Na Lei 4320/1964:


“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.”

Logo, pertence ao exercício financeiro de 2011 a receita arrecada em 2011.


Já a receita arrecada em 2012 pertence ao exercício financeiro de 2012.
Resposta: Errada

89) (CESPE - Analista Administrativo – Contador - ANP – 2013) De


acordo com a Lei n.º 4.320/1964, referente ao regime orçamentário, é
correto afirmar que pertence ao exercício financeiro de 2011 a despesa
empenhada em 2011, porém liquidada e paga em 2012.

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Questão sobre o enfoque orçamentário. Na Lei 4320/1964:


“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.”

Logo, pertence ao exercício financeiro de 2011 a despesa empenhada em


2011.
Resposta: Certa

90) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – TRT/10 - 2013)


Diferenciar o regime orçamentário por meio do qual receitas e
despesas são tratadas pode ser útil para melhor evidenciar a situação
fiscal do governo. Nesse sentido, adota-se, no Brasil, o regime
orçamentário misto: para a receita, adota-se o regime de caixa e, para
a despesa, o regime de competência.

Questão sobre o enfoque orçamentário. Na Lei 4320/1964:


“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.”

A receita será reconhecida no momento da arrecadação, caracterizando um


regime orçamentário de caixa. Já a despesa será reconhecida, ao final desse
exercício, por meio do empenho, caracterizando um regime orçamentário de
competência.
Resposta: Certa

E assim terminamos a aula 6.

Na próxima aula trataremos de restos a pagar, despesas de exercícios


anteriores e suprimento de fundos.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO VI

ESTÁGIOS DA RECEITA

PREVISÃO

Configura-se por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da LOA,


resultante de metodologia de projeção de receitas orçamentárias.

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais e considerarão: os


efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois
seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas
utilizadas.

Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x (efeito


legislação).

LANÇAMENTO

É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador


da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante
do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.

Tipos de lançamento:
• Lançamento por declaração: compreende a espontaneidade do sujeito passivo
em declarar corretamente.
• Lançamento por homologação: o pagamento e as informações prestadas pelo
contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade
administrativa.
• Lançamento de ofício: como regra, é adequado aos tributos que têm como fato
gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que
basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha
às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento.

ARRECADAÇÃO

É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores


ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro.

RECOLHIMENTO

É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro,


responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira,
observando o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado
dos recursos arrecadados em cada ente.

ESTÁGIOS DA DESPESA

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FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO)

É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que
as despesas não serão superiores à previsão das receitas.

EMPENHO

É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de


pagamento pendente ou não de implemento de condição. É materializado pela Nota
de Empenho (NE) no SIAFI.

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar,


por força do compromisso assumido.

O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho.

A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que


caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância
correspondente será revertida à respectiva dotação orçamentária.

As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão


empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no referido
exercício.

Modalidades de empenho:
Ordinário: valor definido e pagamento de uma única vez.
Global: valor definido e pagamento parcelado.
Por estimativa: valor indefinido. Em geral, são gastos que ocorrem regularmente,
porém que possuem base não homogênea, ou seja, o valor sempre varia. São
exemplos as contas de água, energia elétrica e telefone, passagens, diárias,
gratificações, fretes etc.

LIQUIDAÇÃO

Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito. É realizada no SIAFI por meio da
Nota de Liquidação (NL).

Terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho e os


comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:


• a origem e o objeto do que se deve pagar;
• a importância exata a pagar; e
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação

PAGAMENTO

Consiste na entrega de recursos ao credor equivalentes à dívida líquida, mediante


OB no SIAFI.

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Ordem de pagamento é o despacho determinando o pagamento da despesa.


Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o pagamento de
compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento de
fundos.

O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular


liquidação.

ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO E ENFOQUE PATRIMONIAL

Do ponto de vista orçamentário, o reconhecimento da receita orçamentária ocorre


no momento da arrecadação e da despesa orçamentária no exercício financeiro da
emissão de empenho. Tal situação decorre da aplicação da Lei 4.320/1964, que em
seu art. 35 dispõe que pertencem ao exercício financeiro as receitas nele
arrecadadas e as despesas legalmente empenhadas.

O art. 35 refere-se ao enfoque orçamentário e não ao enfoque patrimonial,


pois a contabilidade é tratada em título específico da citada lei (Título IX – Da
Contabilidade), no qual se determina que as variações patrimoniais devam ser
evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária.

ENFOQUE RECEITA DESPESA

ORÇAMENTÁRIO Caixa Competência

PATRIMONIAL Competência Competência

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Complemento do aluno

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A fiscalização da receita


pública, realizada pelos órgãos de controle, pela sociedade e pela própria
administração, está compreendida na etapa controle e avaliação da receita.

2) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Consoante o manual de


procedimentos orçamentários da STN, o estágio da licitação faz parte da etapa
de planejamento da despesa orçamentária.

3) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Na elaboração da


previsão da receita, estágio da etapa de planejamento, devem ser
considerados os efeitos da variação do índice de preços e do crescimento
econômico.

4) (CESPE – Técnico Científico – Contabilidade – Banco da Amazônia - 2012) O


lançamento, como estágio da receita orçamentária, é resultado de uma
projeção realizada com base no índice de preços, na quantidade e nas
alterações na legislação tributária.

5) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) No estágio da previsão da receita,


o Estado realiza a inscrição a débito do contribuinte.

6) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Todas as receitas


públicas devem passar pelo estágio do lançamento, em que se verifica a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, calcula-se o
montante devido, identifica-se o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe-se a
aplicação da penalidade cabível.

7) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) No que concerne a estágios da receita, o


lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a participação do
contribuinte.

8) (CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) São objeto de


lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento
determinado em lei, regulamento ou contrato.

9) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) Denomina-se recolhimento a


transferência dos valores arrecadados a conta especifica do Tesouro Nacional.

10) (CESPE – Técnico Administrativo – IBAMA - 2012) O estágio da receita


denominado arrecadação encerra a etapa de execução e deve obedecer ao
princípio da unidade de caixa.

11) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) O estágio do


recolhimento de uma receita pública corresponde à entrega dos recursos

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devidos ao Tesouro, efetuada pelos contribuintes ou devedores aos agentes


arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.

12) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos


Deputados – 2012) A despesa deve ser expressamente definida em lei e
precedida de empenho na dotação própria.

13) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O empenho é a garantia incondicional


de pagamento aos fornecedores e prestadores de serviços à administração.

14) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O empenho ordinário é utilizado para as


despesas de valor fixo e previamente determinado; já o empenho estimativo
aplica-se às despesas cujo montante não se pode determinar previamente.

15) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O pagamento, terceiro estágio da despesa


pública, consiste na averiguação do direito adquirido pelo credor com base em
títulos e em outros documentos que comprovem o respectivo crédito,
resultando na extinção da obrigação do Estado com o fornecedor.

16) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) A emissão da ordem de pagamento


caracteriza o estagio de liquidação da despesa.

17) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A


liquidação, último estágio da despesa pública, somente ocorre depois de
concluídos todos os estágios anteriores.

(CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos Deputados


– 2012) Considere que os seguintes eventos tenham sido registrados em uma
entidade durante determinado exercício financeiro.
_ Em janeiro, foi registrada a aprovação da lei orçamentária anual, com a
previsão da receita e a fixação da despesa no valor de R$ 400.000,00.
_ Em fevereiro, foram arrecadados impostos no valor de R$ 80.000,00.
_ O valor do empenho de despesas de pessoal foi de R$ 60.000,00.

Em conformidade com as regras relativas à execução do orçamento dispostas


na Lei n.º 4.320/1964, julgue os itens subsequentes com base nas
informações apresentadas.
18) A despesa de pessoal só poderá ser liquidada após o seu efetivo
pagamento.
19) No momento em que a despesa de pessoal for empenhada, será criada
uma obrigação de pagamento para o Estado, pendente ou não de implemento
de condição.
20) Como se trata de despesa de pessoal — de caráter interno à entidade,
portanto —, essa despesa pode ser realizada sem prévio empenho.

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21) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2009) O estágio de execução da


receita classificado como arrecadação ocorre com a transferência dos valores
devidos pelos contribuintes ou devedores à conta específica do Tesouro.

22) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) O lançamento,


caracterizado como um dos estágios da receita pública, não se aplica a todos
os tipos de receita. São tipicamente objetos de lançamento os impostos
indiretos e, em particular, os que decorrem de substituição tributária.

23) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) O comportamento dos estágios da


receita orçamentária não depende da ordem de ocorrência dos fenômenos
econômicos.

24) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) O pagamento dos


tributos devidos pelos contribuintes constitui o estágio do recolhimento da
receita. A arrecadação realiza-se com a transferência desses recursos para a
conta única de cada ente, em prazos definidos contratualmente, com cada
instituição.

25) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) É no estágio da receita denominado


recolhimento que os contribuintes comparecem perante os agentes
arrecadadores e liquidam seus compromissos.

26) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) No estágio da previsão, tem-se a


estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual
(LOA) e resultante da metodologia de projeção de despesas orçamentárias.

27) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) No estágio da previsão, tem-se a


estimativa de arrecadação da receita, constante da LDO.

28) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)


Caso a arrecadação de um tributo incidente sobre as vendas de um
determinado produto alcance R$ 50.000 mil em determinado exercício, e, para
o exercício seguinte estejam previstos inflação de 5% e crescimento de 3% do
PIB (com crescimento proporcional das vendas do setor), será correto estimar
uma arrecadação de R$ 54.000 mil com o referido tributo.

29) (CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008) No lançamento da


receita tributária, momento anterior ao recolhimento e à arrecadação, é
identificado o devedor ou a pessoa do contribuinte.

30) (CESPE - Analista Judiciário - Controle Interno - TJDFT - 2008) Os


contribuintes, por não terem acesso direto ao Tesouro Público, quitam seus
débitos tributários mediante pagamento aos agentes arrecadadores, em geral
instituições financeiras autorizadas; elas próprias e as demais pessoas
jurídicas, por outro lado, atuam como depositários, ora descontando e retendo

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tributos sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e


consumidores tributos sobre bens e serviços fornecidos.

31) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos - Min. da Saúde -


2008) Embora o Regulamento de Contabilidade Pública somente reconheça
como estágios da despesa pública o empenho, a liquidação e o pagamento,
muitos especialistas da área defendem a necessidade de se considerarem, pelo
menos, mais dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da
despesa e a licitação.

32) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) O estágio da fixação


da despesa corresponde ao momento em que o órgão central de planejamento
e orçamento realiza a inclusão da despesa na proposta orçamentária.

33) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Em caso de urgência caracterizada


na legislação em vigor, é permitida a realização de despesa sem prévio
empenho.

34) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Para as despesas com o


consumo de energia elétrica para determinado período, em regra, é realizado o
empenho ordinário.

35) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)


Quando uma despesa for anulada dentro do mesmo exercício financeiro em
que foi realizada, a dotação orçamentária correspondente será recomposta em
valor idêntico.

36) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) A liquidação das despesas


durante a execução orçamentária consiste na verificação do direito adquirido
pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao benefício.

37) (CESPE - Analista - INMETRO - 2009) O estágio da liquidação só pode ser


efetuado após o regular pagamento da despesa.

38) (CESPE – Contador – CEHAP/PB – 2009) A liquidação da despesa é o


despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa
seja paga.

39) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) O orçamento é o mais eficaz instrumento de


verificação prévia da utilização dos recursos públicos visto que, além de passar
pela aprovação dos representantes políticos da população, fixa tetos para as
despesas, que só podem ser realizadas mediante prévio empenho e, conforme
o caso, após licitação.

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40) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) O empenho é o primeiro


estágio efetivo da despesa e é conceituado como o ato emanado da autoridade
competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento.

41) (CESPE - Analista Judiciário – Contabilidade – STF – 2008) Considerando


que as despesas públicas representam um conjunto de dispêndios da entidade
governamental para o funcionamento dos serviços públicos, julgue o item que
segue.
A liquidação da despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição.

42) (Agente Técnico de Inteligência – Administração – ABIN – 2010) Julgue o


item seguinte, a respeito dos diversos aspectos do ciclo orçamentário.
Existe a possibilidade legal de um órgão público empenhar integralmente os
recursos consignados para determinado programa logo no primeiro mês de
execução orçamentária.

43) (Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis – ABIN – 2010) Julgue o


próximo item com base na Lei n.º 4.320/1964.
O empenho da despesa vincula dotação de crédito orçamentário ao pagamento
de obrigação, assegurando aos fornecedores e prestadores de serviços aos
entes públicos tão somente o cumprimento da respectiva contrapartida
contratual.

44) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O órgão público,


no momento em que realizar o empenho de determinada despesa, deverá
verificar a origem e o objeto do que se deve pagar.

45) (CESPE – TFCE – TCU – 2007) Publicada a Lei Orçamentária Anual, e


observadas as normas de execução orçamentária e de programação financeira
para o exercício, as unidades orçamentárias estarão em condições de utilizar
seus créditos, tendo em vista a realização ou a execução da despesa.
Relativamente a esse assunto, julgue o item que se segue.
A despesa pública é executada em três estágios: empenho, liquidação e
pagamento. A liquidação é uma garantia dada ao credor de que os valores
contratados têm respaldo orçamentário.

46) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Considerando os


dados da tabela, extraídos da contabilidade de determinada entidade
governamental, julgue o item seguinte com relação aos estágios da despesa
pública à luz da Lei n.º 4.320/1964.

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Foi criada para o Estado a obrigação de pagamento no valor de


R$ 110.000,00, ainda que esteja pendente o implemento de condição.

47) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativa - TRT - 21ª Região - 2010)


Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, é admitido que o
ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa.

48) (CESPE – Contador – CEHAP/PB – 2009) Em casos especiais, previstos na


legislação específica, poderá ser realizada despesa sem prévio empenho.

49) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) Após a aprovação do


orçamento, é possível a realização de despesa sem a emissão de nota de
empenho.

50) (CESPE - Analista Judiciário - TST - 2008) O empenho é prévio, ou seja,


precede a realização da despesa, e está restrito ao limite de crédito
orçamentário.

51) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008)


Excepcionalmente, um administrador público pode, desde que motivado,
promover o empenho da despesa em volume que exceda os créditos que
tenham sido concedidos.

52) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Ao se realizar a


execução orçamentária da despesa, deve haver, no momento da liquidação, a
baixa do crédito disponível de acordo com sua a destinação.

53) (CESPE – Contador – DPU – 2010) Na insuficiência de crédito


orçamentário, efetua-se o pré-empenho no caso de despesas obrigatórias.

54) (CESPE – Economista – FUB – 2009) O empenho das despesas é o ato


emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição. Os valores
empenhados não poderão exceder o limite dos créditos concedidos. Mas em
casos especiais, previstos na legislação específica, será dispensada a emissão
da nota de empenho.

55) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Julgue o item que se segue quanto
às disposições do Decreto n.º 93.872/1986 relativas à execução da despesa
pública.

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As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão


empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no
referido exercício.

56) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) Considerando que as


modalidades de empenho classifiquem-se em ordinário, global e por
estimativa, a modalidade de empenho ordinário diz respeito a inúmeros tipos
de gastos operacionais das repartições, como fretes e passagens.

57) (CESPE - AUFC - TCU - 2007) O empenho da despesa é o instrumento de


utilização de créditos orçamentários e, de acordo com a sua natureza e
finalidade, pode ser classificado em empenho ordinário, empenho por
estimativa e empenho global. O empenho ordinário é destinado a atender a
despesas cujo valor não se possa determinar previamente, de base não-
homogênea, podendo ser feito o reforço do empenho.

58) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) O empenho estimativo poderá ser


reforçado, durante o exercício financeiro, quando o seu valor for insuficiente
para atender à despesa a ser realizada.

59) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) A liquidação


da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade
beneficiária com base nos títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito ou da habilitação ao benefício.

60) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração – ABIN – 2010)


Julgue o item seguinte, a respeito dos diversos aspectos do ciclo orçamentário.
Uma despesa empenhada e que não tenha sido paga até o final de
determinado exercício deve ser liquidada, obrigatoriamente, até o final do
exercício subsequente.

61) (CESPE – Contador – CEHAP/PB – 2009) O pagamento da despesa só será


efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

62) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O pagamento da


despesa prescinde da sua regular liquidação.

63) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A Lei n.° 4.320/1964 veda
a realização de despesas sem prévio empenho e estabelece que o pagamento
da despesa só possa ser efetuado após regular liquidação.

64) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Considerando os


dados da tabela, extraídos da contabilidade de determinada entidade
governamental, julgue o item seguinte com relação aos estágios da despesa
pública à luz da Lei n.º 4.320/1964.

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A liquidação da despesa no valor de R$ 108.000,00 só será efetuada após seu


regular pagamento.

65) (CESPE - Analista Ambiental -Administração e Planejamento -MMA - 2008)


Na vigência de um convênio ou contrato, é permitido o pagamento antecipado
de fornecimento de bens, execução de obra ou prestação de serviço, desde
que esse procedimento possibilite abreviar o prazo de execução do respectivo
convênio ou contrato.

(CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008)

Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e as informações apresentadas acima no


excerto do extrato de despesa do Ministério do Esporte (ME), relativo ao ano
de 2007, julgue os próximos itens.
66) O ME recebeu, no ano de 2007, créditos orçamentários inferiores a
R$ 3.780.000.000,00.
67) A diferença existente entre o valor pago e o valor liquidado que se observa
para as despesas de códigos 339033 e 339036 pode ser justificada pela falta
de cumprimento dos serviços pelo fornecedor.

68) (CESPE – Economista – Ministério da Saúde - 2010) Uma despesa pública


pode ser paga antes de sua liquidação, mas não antes da emissão do
empenho.

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69) (CESPE – Escrivão – Polícia Federal – 2004) O empenho da despesa gera


direito líquido e certo ao credor, razão por que, depois de efetuado, não pode
ser cancelado ou alterado.

70) (CESPE - Oficial de Inteligência – ABIN – 2004) A despesa pública no Brasil


tem uma sistemática de execução composta de diversos estágios. Acerca
desse tema, julgue o item que se segue, considerando as normas vigentes.
A emissão do empenho abate o seu valor da dotação orçamentária total do
programa de trabalho, o que torna a quantia empenhada indisponível para
nova aplicação. Trata-se de uma garantia para o fornecedor ou prestador de
serviço, a qual gera direito financeiro líquido e certo contra a administração
pública.

71) (CESPE - Procurador de Contas – TCU – 2004) Com relação à despesa


pública, tendo como base a Lei n.º 4.320/1964 e as lições doutrinárias, julgue
os seguintes itens.
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

72) (CESPE - Procurador de Contas – TCU – 2004) Com relação à despesa


pública, tendo como base a Lei n.º 4.320/1964 e as lições doutrinárias, julgue
os seguintes itens.
A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito.

73) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2004) A liquidação da despesa deve


sempre preceder ao seu empenho.

74) (CESPE - Procurador de Contas – TCU – 2004) Com relação à despesa


pública, tendo como base a Lei n.º 4.320/1964 e as lições doutrinárias, julgue
os seguintes itens.
A certificação do recebimento do fornecimento e da prestação do serviço é
exigida no momento do pagamento da despesa.

75) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2004) A liquidação da despesa ocorre


no momento em que o credor recebe o valor que lhe é devido pelo setor
público.

76) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Para as despesas com


publicações de editais, os estágios de liquidação e pagamento precederão a
emissão da nota de empenho.

77) (CESPE – Procurador Federal – 2003) O pagamento da despesa só será


efetuado quando ordenado após sua regular liquidação, ressalvados os casos
emergenciais, em que a Lei n.o 4.320/1964 autoriza liquidação posterior.

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78) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) O empenho ordinário das


despesas públicas aplica-se quando o montante a ser pago, além de ser
previamente estabelecido, ocorre de forma parcelada.

79) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Considere que, após
a realização de empenho para a compra de suprimentos de informática, tenha
sido constatado que a empresa contratada não entregara os equipamentos no
prazo e condições estabelecidos. Nessa situação hipotética, o gestor público
não poderá solicitar o cancelamento do empenho, que será mantido até que
possa ser devidamente liquidado.

80) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – 2013) A


impossibilidade de se realizar uma despesa sem prévio empenho compromete
o uso do orçamento como ferramenta de planejamento do gasto, visto que, em
muitos casos, não é possível determinar precisamente o montante de recursos
que deverá ser empenhado para a execução de certas atividades.

81) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Quando a prestação
ocorre em regime de urgência, tendo sido empenhado o recurso necessário
para o pagamento de um serviço, a liquidação não é necessária, sendo, então,
imediatamente executado o pagamento.

82) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013) O ato do


pagamento encerra a fase de liquidação da despesa.

83) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador – TRE/MS – 2013) Como


estágio da despesa, a liquidação se refere à emissão da ordem de pagamento
e ao pagamento propriamente dito.

84) (CESPE – Economista – MTE – 2008) Julgue o próximo item, relativo às


receitas e despesas públicas.
O momento do fato gerador de uma despesa nem sempre coincide com o
momento de sua liquidação, o que faz com que o reconhecimento da despesa
orçamentária e a sua apropriação pelo enfoque patrimonial possam também
não coincidir.

85) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Contabilidade – ABIN – 2010)


No que concerne aos métodos e processos da escrituração contábil no setor
público, julgue o item que se segue.
Os efeitos das variações patrimoniais devem ser reconhecidos e evidenciados
em correspondência com os respectivos fatos geradores, independentemente
do momento da execução orçamentária.

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86) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) No lançamento, tendo ocorrido o


fato gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito a
receber da fazenda pública.

87) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) O registro da receita


orçamentária, em contas orçamentárias, deverá ocorrer no momento do fato
gerador da receita pública.

88) (CESPE - Analista Administrativo – Contador - ANP – 2013) De acordo com


a Lei n.º 4.320/1964, referente ao regime orçamentário, é correto afirmar que
pertence ao exercício financeiro de 2011 a receita prevista e lançada em 2011,
porém arrecadada e recolhida em 2012.

89) (CESPE - Analista Administrativo – Contador - ANP – 2013) De acordo com


a Lei n.º 4.320/1964, referente ao regime orçamentário, é correto afirmar que
pertence ao exercício financeiro de 2011 a despesa empenhada em 2011,
porém liquidada e paga em 2012.

90) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – TRT/10 - 2013) Diferenciar


o regime orçamentário por meio do qual receitas e despesas são tratadas pode
ser útil para melhor evidenciar a situação fiscal do governo. Nesse sentido,
adota-se, no Brasil, o regime orçamentário misto: para a receita, adota-se o
regime de caixa e, para a despesa, o regime de competência.

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