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Projeto de Monografia
Unidade: IEL/UNICAMP
Resumo
Este projeto tem como objetivo apresentar e caracterizar uma forma de arte digital conhecida
como Vaporwave, buscando situá-la nas discussões acerca da cultural digital e do
pós-moderno. O foco será nos conceitos de paródia de Linda Hutcheon e pastiche de Fredric
Jameson com o propósito de analisar como a estética vaporwave se relaciona com a disputa
sobre o valor auto-reflexivo e crítico das obras de arte pós-modernas.
I. Introdução
1
Um exemplo é o W.A.L.T da Apple, predecessor do iPhone que combinava as funcionalidades de
um celular e do fax, anunciado em 1993, mas nunca vendido ao público.
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resolver certos tipos de problemas” , sendo um desses problemas atuais a criação e produção
de mídia. Embora o conceito de espaços de afinidade não se refira a nenhum “local” ou site
específico, existem o que o autor chama de "portais" pelos quais é possível ter acesso a esses
espaços. No caso do vaporwave, o s portais mais acessados fóruns como o Reddit, e
plataformas de blog como o Tumblr, assim como sites de compartilhamento de músicas como
o Soundcloud e o Bandcamp.
Por se tratar de um objeto digital, na maioria das vezes, uma peça de vaporwave
vale-se das possibilidades do meio virtual em sua criação, produção e divulgação, além de
efetivamente chamar atenção a sua própria imaterialidade. Segundo Arruda (2015),
3
Como gênero musical, o vaporwave é conhecido por utilizar samples de músicas
pré-existentes, principalmente músicas populares dos anos 80 e 90 — décadas associadas
com a emergência da ideologia neoliberal e dos discursos sobre o pós-moderno —
modificando-as por meio de programas de edição de som, adicionando loops digitais que a
tornam redundante e monótona, alterando o tom e deixando o tempo dramaticamente mais
lento, capaz de levar o ouvinte a um estado letárgico, e, assim, tornando os vocais e outras
características do original quase irreconhecíveis. O resultado é um tipo de remix que Navas
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(2010) chama de remix reflexivo e que, para alguns críticos, pode ser relacionado à
automatização incorporada pela indústria cultural e à falta de controle do indivíduo sobre si e
sobre o mundo (MARGULIS, 2014, p. 84).
2
No original: “Affinity spaces are primarily defined by an affinity for solving certain sorts of
problem.”
3
Samples (“amostras” em inglês) são pequenos trechos sonoros retirados de outras músicas originais
ou outros tipos de áudio (como, por exemplo, jingles comerciais), que são utilizados em outras faixas.
4
Remixes reflexivos são peças de remix digital que levam a sampleagem e manipulação das peças originais para
além do convencional, de modo que a peça derivada adquire uma aura independente daquelas.
1
Outro elemento recorrente nas produções do gênero é o glitch, efeito que simula
ruídos visuais ou sonoros do tipo que resulta de erros de codificação ou transmissão da
imagem/som no equipamento tecnológico, “[...] a corrupção de dados que raspa a superfície
comum de representação de dados do monitor, e exibe no fundo fragmentos dos cálculos
digitais que reproduzem o som/imagem” (RAYMUNDO, 2016, P. 5).
Uma das artistas mais importantes do gênero é conhecida como Vektroid e seu álbum
“Floral Shoppe” se tornou referência, sendo considerado o álbum seminal do Vaporwave
5
(McLEOD, 2018). Floral Shoppe foi lançado digitalmente na loja da artista no site
Bandcamp, e só posteriormente lançado em fita cassete formato C44, após o sucesso do
álbum na internet.
Nesse álbum se encontra a música “リサフランク420 / 現代のコンピュー”, uma
espécie de “cânone” do gênero. A música utiliza samples de uma canção de Diana Ross,
intitulada It’s your move. O trecho sampleado desacelerado e é executado repetidamente, de
tal modo que os vocais do início da primeira estrofe são sempre interrompidos. Com isso, o
efeito é de uma sonoridade anestesiante, remetendo ao clima de música de elevador e do
smooth jazz.
O vaporwave é conhecido, também, por sua estética característica visual, visto que os
álbuns desse gênero vêm frequentemente acompanhados de um vídeo ou imagem estática que
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sses
desempenham o papel de clipe musical ou capa de determinado álbum ou single . E
arranjos visuais combinam formas gráficas e registros cromáticos típicos da cultura
tecnológica de antes dos anos 2000 com estátuas greco-romanas e logomarcas ou rótulos
comerciais, resultando numa estética “retrô-futurista” (McLEOD, 2018). O glitch, já
mencionado, também aparece com frequência nesses vídeos e montagens gráficas,
principalmente na forma de imagens pixeladas e representações de erros do sistema
operacional.
5
O álbum está disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cCq0P509UL4>
6
Um exemplo é o videoclipe de “ENJOY YOURSELF”, música do artista Saint Pepsi. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=qzj4gHuH2LA>. Acessado em: 28/jan./2020
7
Na nomenclatura da indústria fonográfica, singles denominam canções que são lançadas
individualmente, podendo ou não fazer parte de um álbum posteriormente.
2
8 9
Figura 1 — Imagem estática vaporwave Figura 2 — Vaporwave
Um dos produtores mais famosos do gênero, conhecido como Hong Kong Express,
fala sobre a preocupação dos artistas vaporwave com o elemento estético em uma entrevista
de 2014,
“Enquanto a música tem que ser boa por si só, eu diria que a estética é tudo
no vaporwave e tão importante quanto a música. É a combinação de imagem
e música que cria o clima estranho, surrealista e onírico pelo qual o
10
vaporwave é conhecido” (THOMAS, 2014, tradução minha)
8
Imagem disponível em: <https://whatisseapunk.tumblr.com/post/86419238719>. Acessado em:
28/jan./2020
9
Imagem disponível em: <eshorturl.at/wAY15>. Acessado em: 28/jan./2020
10
No original: “While the music has to stand alone and be good first off, I would say that aesthetic is
everything in vaporwave and just as important as the music. It is the combination of both image and
music that creates the weird, surrealistic and dream-like vibe that vaporwave is known for.”
3
imagens como o Pinterest e o Tumblr, mas que não estão atreladas a uma música ou álbum
específico. Além disso, é possível observar referências aos elementos visuais do vaporwave
em produtos culturais do mainstream, como clipes de música pop (DRAKE, 2016), canais de
televisão como a MTV (PEARSON, 2015) e até filtros de Instagram.
A capa do álbum Floral Shoppe é emblemática dessa estética. Ela é constituída por
uma montagem digital, apresentando elementos como: o busto helênico, cores sólidas — em
especial o magenta e o ciano — e uma grade quadriculada representando uma espécie de
“chão” virtual abstrato.
As cores canônicas do vaporwave fazem referência ao sistema CMYK (Ciano,
Magenta, Amarelo e Preto), sistema de pigmentação cromática utilizado em gráficas e
impressoras coloridas. O CMYK, posteriormente substituído pelo sistema RGB (Vermelho,
Verde e Azul) nas telas de computador, não é capaz de produzir todas as cores do espectro
visual humano, portanto uso dessas cores pela estética vaporwave enfatiza a virtualidade e o
esvaziamento na representação do real. Enquanto isso, a grade regular sugere uma abstração
geométrica primária de de uma superfície material, remetendo novamente à falta de
substância.
A incorporação de elementos da cultura greco-romana que se misturam a elementos
que remetem a um ambiente altamente tecnológico e consumista, possivelmente evidenciam
um mundo em que as narrativas históricas tornam-se desordenadas e incoerentes, admitindo
lém disso, a justaposição do
apenas relações superficiais e efêmeras, que se evaporam. A
horizonte pré-queda das torres gêmeas (e portanto pré-anos 2000) com os caracteres
japoneses, que grande parte dos apreciadores do vaporwave não compreendem, parece
simbolizar, no espaço essa mesma incoerência e esvaziamento do tempo, pela justaposição
espacial e cultural entre o Oriente e o Ocidente, tendo ao fundo a nostalgia por um futuro
globalizado que "desabou".
Subjacente a esse trabalho estético, e talvez indispensável à sua produção, revela-se o
papel fundamental das práticas e técnicas típicas da cultura do remix, entendendo-se remix
como um conjunto de práticas criativas e produtivas de troca e circulação de informações,
baseadas em operações de montagem, recorte e colagem viabilizadas pelas tecnologias
digitais. (MANOVICH, 2007; NAVAS, 2010, BUZATO et al, 2013).
4
I. b) Transtextualidade, pós-modernismo e política.
5
Para Jameson (1988), as operações textuais determinantes da cultura pós-moderna,
11
seriam “jogos complacentes de alusão histórica” , característicos do pastiche, este por sua
vez constituído por mesclas de citações e produções culturais originadas de outras produções
culturais (STOREY, 1997, p. 198). O pastiche empresta palavras, frases, motivos visuais e
musicais de um objeto original, reproduzindo-os como uma imitação, o que foi demonstrado
acima caracterizar o vaporwave.
Jameson (1985, p. 114) compreende o pastiche como uma “paródia neutra” de “estilos
mortos”, sendo um sintoma da falta de conexão com o passado e incapacidade de
estabelecer-se uma crítica política eficaz, como seria o caso da paródia, em sua visão. Assim,
na sociedade pós-moderna, em que as grandes narrativas históricas e ideológicas se
dissolvem, a paródia, vista pelo autor como instrumento eficaz de crítica, ou escárnio, teria
sido substituída pelo pastiche.
Nesse mundo do pastiche, diz Jameson, perde-se a conexão com a história, que se
transforma em uma série de estilos e gêneros que vão se substituindo em sucessão, “[...] o
passado como "referente" se encontra gradualmente entre parênteses e depois se apaga
12
completamente, deixando-nos apenas textos” (JAMESON, 1991, p.66, tradução minha) .
Não é mais possível entender o passado como narrativa causal e coerente que sustenta o
presente, mas apenas como um repositório de gêneros, estilos e códigos prontos para
comercialização.
A teórica literária Linda Hutcheon, por sua vez, propõe uma crítica distinta da arte
pós-moderna, rejeitando a ideia de Jameson de que o pastiche pós-moderno carece do humor
e contundência, sendo puramente estilo, “sem as segundas intenções da paródia”
13
(JAMESON, 1991, p. 65, tradução minha) . Assim, para Hutcheon (1989, p. 1), o
pós-modernismo “toma a forma de uma afirmação constrangida, inteiramente contraditória,
14
auto debilitante” e faz isso principalmente por meio da paródia. Ao contrário de Jameson,
Hutcheon, argumenta que a paródia sinaliza como as representações presentes vêm das
anteriores e que consequências ideológicas e políticas derivam justamente da continuidade e
11
No original “complacent games of historical allusion”
12
No original: “ [...] he past as 'referent' finds itself gradually bracketed, and then effaced altogether,
leaving us with nothing but texts.”
13
No original: “[...] without parody’s ulterior motives”
14
No original: "takes the form of self-conscious, self-contradictory, self-undermining statement”
6
da diferença. Dessa forma, a postura irônica que a arte do pós-modernismo adota sobre
representação e ideologia serve, na visão de Hutcheon, para politizar a representação,
ilustrando as maneiras pelas quais a interpretação é, em última análise, ideológica. Jameson,
como mencionado, considera que essa postura caracteriza uma arte vazia e sem uma crítica
política eficiente.
Sobre o modo de representação e crítica política da arte pós-moderna Hutcheon
(1989, p.1-2, tradução minha) afirma,
“É como dizer algo e ao mesmo tempo colocar aspas em torno do que está
sendo dito. [...] O caráter distintivo do pós-modernismo reside nesse tipo de
comprometimento provocador com a duplicidade. De muitas maneiras, é um
processo imparcial, porque o pós-modernismo consegue instalar e reforçar
tanto quanto minar e subverter as convenções e pressupostos que parece
15
desafiar.”
15
No original: “It is rather like saying something whilst at the same time putting inverted commas
around what is being said. [...] Postmodernism's distinctive character lies in this kind of wholesale
"nudging" commitment to doubleness, or duplicity. In many ways it is an even-handed process
because postmodernism ultimately manages to install and reinforce as much as undermine and subvert
the conventions and presuppositions it appears to challenge.”
16
No original: “Is it a critique of capitalism or a capitulation to it? Both and neither. These musicians
can be read as sarcastic anti-capitalists revealing the lies and slippages of modern techno-culture and
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O vaporwave, então, faz parte do processo histórico que se passa atualmente em todo
o mundo, em que a internet e as redes sociais estão mediando a atividade política e nos
embates ideológicos de forma cada vez mais abrangente, sendo essa atividade discursiva
17
marcada por novas forma de produzir e consumir mídias, em especial o remix .
Nesse sentido, o vaporwave é importante, enquanto objeto de pesquisa para os estudos
da linguagem, porque, mesmo sendo supostamente uma expressão niilista da falta de
perspectiva política e social, participa, nos contextos online em que circula, desses discursos
político-ideológicos altamente energizados e polarizados, tendo até mesmo dado origem a
movimentos estéticos derivativos como o laborwave, de cunho explicitamente marxista, e o
fashwave, criado por grupos da extrema direita estadunidense (SMITH, 2018). No entanto,
pouco se sabe sobre ele no campo da Linguística Aplicada até o momento, de modo que,
apesar de o vaporwave demonstrar-se potencialmente rico enquanto elemento da produção
cultural contemporânea, torna-se difícil o trabalho de pensar seu uso no contexto do
ensino-aprendizagem de língua portuguesa.
II. Objetivos
its representations, or as its willing facilitators, shivering with delight upon each new wave of
delicious sound”
17
Ver, por exemplo, o trabalho de Sachs (2015) acerca do papel político dos remixes no contexto das Jornadas
de Junho de 2013.
8
1) Como se pode caracterizar o vaporwave enquanto prática e enquanto objeto
semiótico/textual?
1.1) Em que comunidades o vaporwave surgiu e por quais espaços de afinidade virtuais ele
circula hoje?
1.2) Como as peças de vaporwave são feitas? Quais os procedimentos utilizados? Quais são
os insumos utilizados? São produções efetivamente coletivas/colaborativas?
III. Metodologia
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primeira mão, isto é, fontes que não receberam tratamento analítico, que serão examinadas a
fim de que se possa poder descrever o objeto vaporwave do ponto de vista das teorias de
intertextualidade no pós-modernismo de Jameson e Hutcheon.
III.b) Contexto
III. c) Corpus
A revisão bibliográfica dos artigos acadêmicos e livros relevantes à pesquisa será feita
através de fichamentos e mapas conceituais visando a preparação da resposta à primeira
pergunta na forma de um item do relatório final, além de auxiliar na análise e interpretação
dos dados. Com relação à comunidade do Reddit em que o vaporwave c ircula, serão
transcritas as informações encontradas que forem úteis à pesquisa — comentários, discussões
10
em fóruns etc —, que posteriormente serão organizadas por meio de etiquetas (tags) e
analisadas qualitativamente.
A fim de analisarem-se as peças vaporwave escolhidas do ponto de vista do seu
significado, serão utilizados princípios Semiótica Social aplicadas à multimodalidade
(KRESS; VAN LEEUWEN, 1996). Trata-se de uma teoria baseada nas considerações da
Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1978), aplicável a outros sistemas semióticos,
que não apenas o linguístico, propondo categorias analíticasque permitem relacionar a
produção de sentido no nível textual aos diferentes contextos de situação, produção e
circulação que envolvem a significação.
Segundo Halliday (1978), todos os atos semióticos cumprem simultaneamente três
tipos de metafunções, a saber, as metafunções ideacional, representando uma realidade
externa ou interna aos seres humanos; interpessoal, desenvolvendo as interações sociais
pressupostas em todo ato semiótico; e textual, relacionada a maneira como os elementos se
relacionam, estabelecendo uma coerência interna, assim como a coerência entre o texto e
aquilo que o rodeia. Essas metafunções são retomadas nos princípios estabelecidos por Kress
e Van Leeuwen (1996) em sua Gramática do Design Visual para analisar signos visuais.
A metafunção ideacional é equivalente a função representacional, em que os sistemas
semióticos representam os objetos e sujeitos em sua relação com o mundo. Essa função
compreende dois processos, o narrativo, em que a relação entre os elementos sugere ações e
reações, e o conceitual, em que os participantes são representados de maneira mais estática,
em termos da sua essência.
A metafunção interpessoal corresponde, no sistema dos dois autores citados, à função
interativa, que abrange os mecanismos de aproximação ou distanciamento entre o produtor e
o usuário/observador. Geralmente, por meio dessa função, se estabelece uma relação de
demanda ou oferta entre o enunciado e seu público. Ademais, outras categorias de análise da
função interativa são: a distância social, que examina o plano de enquadramento das imagens,
e a perspectiva, isto é, o ângulo ou ponto a partir do qual os objetos e sujeitos são
representados.
Além disso, Kress e Van Leeuwen abordam a questão da modalização, que se
relaciona ao valor de verdade do que está sendo representado, em função da utilização de
cores, técnicas de perspectiva e profundidade, iluminação e brilho entre outras.
11
Por fim, a metafunção textual se relaciona com a função composicional que diz
respeito ao posicionamento dos elementos na imagem, a saliência de determinados elementos
em detrimento de outros, diferenças de cores e a estruturação e interligação entre os objetos e
sujeitos representados na imagem. Essa metafunção codifica o que é dado e o que é novo, em
determinada mensagem, ou então quais elementos são tematizados como ideais ou reais, além
permitir hierarquizar os elementos em um conjunto e discernir escalas de organização
sintagmática entre eles.
IV. Cronograma
Bimestres
Levantamento e leitura da X X X X X
bibliografia
V. Referências Bibliográficas
12
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