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Curso Técnico em
Mecânica
Desenho Técnico I
1º Módulo
Conteúdo
1 Introdução ....................................................................................................................................3
1.1 Razão e Importância .............................................................................................................3
1.2 Lápis ou Grafite .....................................................................................................................4
1.2.1 Classificação ...................................................................................................................4
1.2.2 Preparação .....................................................................................................................4
1.2.3 Borracha .........................................................................................................................5
2 Instrumentos de Desenho ............................................................................................................6
2.1 Régua T .................................................................................................................................7
2.2 Compassos............................................................................................................................7
2.3 Utilização ...............................................................................................................................7
2.4 Esquadros .............................................................................................................................8
2.4.1 Utilização dos esquadros: ...............................................................................................8
2.5 Réguas ..................................................................................................................................9
2.6 Réguas Graduadas ...............................................................................................................9
2.7 Escala Triangular...................................................................................................................9
3 Geometria ..................................................................................................................................12
3.1 Linhas ..................................................................................................................................12
3.2 Posições ..............................................................................................................................12
3.3 Ângulos ................................................................................................................................12
3.4 Triângulos ............................................................................................................................12
3.4.1 Quanto aos lados ..........................................................................................................12
3.4.2 Quanto aos Ângulos .....................................................................................................12
3.5 Quadriláteros .......................................................................................................................12
3.6 Polígonos Regulares ...........................................................................................................13
3.7 Círculo e Circunferência ......................................................................................................13
3.8 Posições Relativas da Circunferência .................................................................................13
4 Caligrafia Técnica ......................................................................................................................19
4.1 Importância ..........................................................................................................................19
4.2 Tipos ....................................................................................................................................20
5 Sistema de Representação I ......................................................................................................25
5.1 Projeções Ortogonais ..........................................................................................................25
5.2 Projeções Axonométricas ....................................................................................................25
5.3 Projeções em Perspectiva Exata ........................................................................................26
5.4 Projeção Ortográfica do 1º Diedro ......................................................................................26
5.5 As Três Vistas do Desenho Técnico ...................................................................................28
6 Linhas .........................................................................................................................................35
6.1 Linha para arestas e contornos visíveis ..............................................................................35
6.2 Linha para arestas e contornos não visíveis .......................................................................35
6.3 Linhas de centro e eixo de simetria.....................................................................................36
6.4 Linha Auxiliar .......................................................................................................................37
6.5 Linha de Cota ......................................................................................................................37
6.6 Outros tipos de linhas ..........................................................................................................37
6.7 Tipos de Linhas ...................................................................................................................39
7 Sistema de Cotagem I................................................................................................................41
7.1 Cotas ...................................................................................................................................41
7.2 Regras Gerais .....................................................................................................................42
7.3 Dimensionamento de espaços limitados .............................................................................44
7.4 Localização das Cotas ........................................................................................................44
7.5 Dimensionamento................................................................................................................44
7.6 Disposição e Apresentação de Cotagem: ...........................................................................45
8 Sinais convencionais ..................................................................................................................50
8.1 Acabamento Superficial "Rugosidade" ................................................................................52
8.1.1 Efeitos da Rugosidade ..................................................................................................53
8.2 Representação dos símbolos no desenho ..........................................................................54
8.3 Condições Específicas ........................................................................................................55
8.3.1 Indicação de rugosidade da superfície .........................................................................55
9 Sistema de Cotagem II...............................................................................................................57
9.1 Cotas e Dimensionamento ..................................................................................................57
9.2 Localização das Cotas ........................................................................................................57
9.3 Localização de Centros de Furos e de Arcos, em Peças Assimétricas ..............................58
9.4 Dimensionamento de furos igualmente espaçados de uma circunferência........................58
9.5 Dimensionamento de Furos e Ângulos ...............................................................................59
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1
10 Escalas ..................................................................................................................................... 59
10.1 Escala ................................................................................................................................ 59
10.2 “A linguagem do desenho" ................................................................................................ 60
11 Normalização ........................................................................................................................... 65
11.1 Formato de Papel Usado em Desenho ............................................................................. 66
11.2 Legenda ............................................................................................................................ 66
11.2.1 Legendas Industriais:.................................................................................................. 66
12 Sistema de Representação II................................................................................................... 68
12.1 Perspectiva ........................................................................................................................ 68
1.2.2 Fases do Traçado ............................................................................................................ 69
12.3 Perspectiva Isométrica de Circunferência e de Arcos de Circunferência ......................... 71
1.2.4 Traçados de Arco de Circunferência ................................................................................ 72
12.5 Perspectiva Cavaleira ....................................................................................................... 72
13 Supressão de Vistas ................................................................................................................ 74
13.1 Representação em duas Vistas ........................................................................................ 74
14 Cortes e Seções ...................................................................................................................... 81
14.1 Planos de Corte ................................................................................................................. 81
14.2 Hachuras ........................................................................................................................... 82
14.3 Corte Total ......................................................................................................................... 82
14.4 Corte em Desvio ................................................................................................................ 83
14.5 Meio Corte ......................................................................................................................... 83
14.6 Omissão de Cortes ............................................................................................................ 88
14.7 Corte parcial ...................................................................................................................... 93
14.8 Corte Rebatido .................................................................................................................. 93
14.9 Superfícies Finas em Corte ............................................................................................... 94
14.10 Seções ............................................................................................................................ 94
14.10.1 Traçadas Sobre a Vista ............................................................................................ 94
14.10.2 Traçadas Fora da Vista ............................................................................................ 95
14.11 Ruptura ............................................................................................................................ 95
15 Casos Especiais de Projeções ................................................................................................ 96
15.1 Rotação de Detalhes Oblíquos ......................................................................................... 96
15.2 Vista Auxiliar ...................................................................................................................... 99
15.3 Vista Auxiliar Simplificada ............................................................................................... 103
16 Roscas ................................................................................................................................... 103
16.1 Representação de Rosca ................................................................................................ 104
16.2 Dimensionamento de Roscas ......................................................................................... 104
16.3 Dimensionamento de Roscas à Esquerda ...................................................................... 105
16.4 Dimensionamento de Roscas ......................................................................................... 105
17 Conjunto ................................................................................................................................. 107
17.1 Conjunto e Detalhes ........................................................................................................ 107
18 Leitura e Interpretação ........................................................................................................... 112
19 Planificação ............................................................................................................................ 115
19.1 Interseção ........................................................................................................................ 115
a. Você deve concordar que a palavra não é o bastante para transmitir a idéia da forma de uma
peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Experimente, usando SOMENTE o recurso
da palavra, descrever um objeto de maneira que outra pessoa o faça. Você concluirá que isto
é, praticamente impossível.
b. Embora a fotografia transmita relativamente bem a idéia da parte exterior da peça, não
mostra seus detalhes interiores, além de não transmitir a idéia das dimensões; logo, a
fotografia não resolve o seu problema.
c. O modelo resolve, até certo ponto, alguns problemas, mas nem todos, imagine você
transportando um eixo de navio para executá-lo...
Além disso, a peça a ser feita, pode estar sendo idealizada, não existindo, ainda, um modelo.
Para que o emprego do desenho torne-se fácil e preciso, recorre-se ao uso de instrumentos
apropriados e, neste caso, é chamado “desenho com instrumento” ou “desenho rigoroso” ; quando feito
à mão, sem auxílio de instrumentos, denomina-se “desenho à mão livre” , “esboço” ou “croqui”.
Todos os assuntos, apresentados em nossas aulas, seguirão as recomendações estabelecidas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT.
1.2.1 Classificação
O grafite de Desenho classifica-se pela sua dureza.
Os grafites usuais, em Desenho Técnico, são, em ordem crescente de dureza: B, HB e H. O
grafite HB pode ser substituído pelo lápis comum n.º 2 e o H, pelo n.º 3.
1.2.2 Preparação
Por ser o lápis a sua “ferramenta de trabalho”, na sala de Desenho, deve ser cuidadosamente
preparado.
Você deve, primeiro, desbastar a madeira conforme a figura abaixo.
A utilização do lápis será feita da seguinte maneira: quando você quiser linhas largas será usado
o grafite HB ou lápis n.º 2 e em caso de linhas estreitas, o grafite H ou lápis n.º 3.
Ao utilizarmos o lápis ou a lapiseira devemos mantê-lo numa posição ligeiramente inclinada,
conforme figura abaixo.
1.2.3 Borracha
A borracha para desenho deve ser macia, flexível e específica para desenho.
Ao utilizarmos a borracha, devemos ter o cuidado de esfregá-la levemente, para que não levante
as fibras do papel.
1. Questionário
1. Complete as lacunas abaixo:
a. Todos os assuntos, apresentados em nossas aulas, seguirão as recomendações
estabelecidas pela __________________________________________________________.
b. Através de um desenho é que se pode, com clareza e precisão, transmitir todas as idéias de
_________________________ e _________________________ de uma peça.
C
 = 90º
A C
 = 60º
B Â
A = 90º
 = 30º
C Â
B=Â C = 45º
A B A B
Esquadros
Prancheta
Régua T
Posição do lápis
Traçando uma vertical
- Posição correta - Compasso
transferidor
2.2 Compassos
São instrumentos utilizados para traçar arcos de circunferências, circunferências e transportar
medidas.
Existem vários tipos de compassos, sendo os mais comuns os apresentados abaixo:
Compasso de precisão
Compasso de Compasso de bomba
com parafuso de
articulação ou (bailarino)
regulagem
A ponta do grafite deve estar sempre um pouco mais curta que a ponta seca e deve ser
chanfrada, para maior perfeição dos traçados.
2.3 Utilização
Do modo correto de você usar o compasso, dependerá a perfeição do traçado. Isto é
demonstrado pela seqüência das figuras, apresentadas, a seguir. Observe nelas as posições das
mãos. Isto é muito importante. Sendo o compasso um instrumento, tenha o devido cuidado para não
danificá-lo.
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7
Colocando o
compasso no Traçando
centro
Tomando medida
2.4 Esquadros
São instrumentos de plástico ou acrílico, em forma de triângulo, muito usados em desenho.
Normalmente, são de dois tipos, conforme figuras abaixo.
Você utilizará, habitualmente, os dois. Eles têm aplicação mais freqüente no traçado de
paralelas, perpendiculares e ângulos importantes.
Não sendo instrumentos para medição linear, não devem ser graduados.
Além dos ângulos formados pela própria constituição dos esquadros, o uso conjunto destes
instrumentos possibilita, ainda, o traçado de outros ângulos. Exemplo: ângulo de 15° e 75°.
Nos trabalhos de desenho, muitas vezes, coordenando os dois esquadros você poderá traçar
linhas paralelas ou perpendiculares em qualquer posição.
2.5 Réguas
Existem diversos tipos, sendo as mais empregadas: a régua graduada e régua “T”.
Régua com
graduação em
milímetros.
Régua com
graduação em
polegadas.
Régua com
graduação em
milímetros e
polegadas.
Escala Triangular
Seção da Escala
3.1 Linhas
Curva Poligonal ou
Quebrada Mista
Reta
3.2 Posições
Horizontal
Vertical Inclinada
Paralela
Perpendicular Oblíqua
3.3 Ângulos
BISSETRIZ
3.4 Triângulos
3.5 Quadriláteros
diagonal
07 lados: Heptágono
09 lados: Eneágono
11 lados: Undecágono
12 lados: Dodecágono
15 lados: Pentadecágono
20 lados: Icoságono
raio
diâmetro
0 = centro
reta secante
reta tangente
A B C
D E
I
L
M K J
H
G N
O P Q R
A J
B K
C L
D M
E N
F O
G P
H Q
I R
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
A B
H
AB = _______________________________
CD = _______________________________
AC e BD = ___________________________
CH = _______________________________
BC = _______________________________
3. Traçar a perpendicular à reta AB, numa de 4. Traçar a perpendicular à reta AB, numa de
suas extremidades. suas extremidades. Use o par de esquadros.
15. Com raio = 25 mm, dividir em quatro partes 16. Com raio = 25 mm, dividir em cinco partes
iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono. iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono.
17. Com raio = 25 mm, dividir em seis partes 18. Com raio = 25 mm, dividir em oito partes
iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono. iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono.
4 Caligrafia Técnica
4.1 Importância
Uma caligrafia simples, perfeitamente legível, uniforme e facilmente desenhável, constitui um dos
mais importantes requisitos do DESENHO.
Você usará a "CALIGRAFIA TÉCNICA" e não a comum, com a qual escrevemos habitualmente.
Observe a diferença.
Figura 01
Figura 02
Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si, para prevenir qualquer troca, ou
algum desvio mínimo da forma ideal.
A altura "h" é a dimensão funcional para o tamanho nominal das letras maiúsculas.
Na tabela a seguir são dadas as relações; para a altura de letras maiúsculas e minúsculas sem
extensões superiores e inferiores, distância mínima entre caracteres, distância mínima entre linhas de
base e a distância mínima entre palavras.
Distância mínima entre caracteres (A) a (02/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre linha de base b (14/10) h 3,5 5,0 7 10,0 14 20,0 28
Distância mínima entre palavras e (06/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Tabela 01
NOTA: Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linhas para letras maiúsculas e minúsculas.
Primeiro Diedro
Terceiro Diedro
Isométricas
Dimétricas
Cavaleira
De um ponto
De dois pontos
De três pontos
2 Vista Superior
Vista Frontal
Face Principal
2º - Posiciona-se esta vista de modo que as outras duas vistas apresentem o maior número de
detalhes visíveis.
4º - A vista lateral obtém-se girando a peça também a 90º de sua posição inicial para a direita.
Assim, de acordo com o que ficou exposto, as vistas do desenho são apresentadas como está
exemplificado.
Vista superior
Vista inferior
Vista superior
É possível a representação dos objetos em menos de três vistas quando isso não prejudicar sua
clareza.
2. Exercícios
1. Fazer as projeções ortogonais das peças à mão livre conforme perspectivas dadas.
4
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3. Exercícios
1. Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas.
1 2
3 4
5 6
1 2
3 4
5 6
Apresentaremos, a seguir, uma breve descrição destas linhas, com exemplos do seu emprego.
Figura 01
Figura 02
Figura 03
Figura 04
Figura 05
Linhas de
centro Linhas de
centro
Eixo de
simetria
Figura 06
1. Certas peças possuem elementos que não aparecem à vista do observador, um exemplo é o
que se apresenta abaixo:
2. Em vistas
3. Note que na 1ª e 3ª vistas o furo não aparece ao olhos do observador. Assim, este deverá ser
indicado por um linha tracejada.
Linhas auxiliares
contínua estreita
Figura 07
Linhas
auxiliares
Linhas auxiliares
Figura 08
Linha de cota
contínua estreita
Figura 09
43
Linhas de cotas
Figura 10
Figura 11
b. Linha traço dois pontos estreita, para perfis e contornos auxiliares e complementares (figura
12).
Figura 12
c. Linha contínua estreita à mão livre para indicar rupturas e cortes parciais (figura 13).
Figura 13
Figura 14
Figura 15
Sem símbolo
- parte de uma linha de cota.
Figura 16
Com ponto
- parte do interior do objeto.
Figura 17
Com seta
- parte do contorno e/ou aresta.
Figura 18
A A1 contornos visíveis
Contínua larga
A2 arestas visíveis
D
D1 esta linha destina-se a desenhos
Contínua estreita em
confeccionados por máquinas
ziguezague (1)
F1 linhas de centro
F
Traço e ponto estreita F2 linhas de simetrias
F3 trajetórias
(1) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
Tabela
NOTA: se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no respectivo desenho ou
por meio de referência às normas específicas correspondentes.
3. Exercícios
1. Numere nas linhas de chamada do desenho, os nomes das linhas de acordo com a indicação:
Linha no
Emprego Tipo de linha
desenho
A Linha Auxiliar Contínua Estreita
B Linha de cota Contínua estreita
C Linha de centro Traço e ponto estreita
D Linha de centro Traço e ponto estreita
E Linha de contorno visível Contínua larga
F Linha de simetria Traço e ponto estreita
G Linha de contorno visível Contínua larga
H Linha de contorno visível Contínua larga
I Linha de centro Traço e ponto estreita
J Linha de contorno visivel Continua larga
K
L Linha de centro Traço e ponto estreita
M Linha de contorno não visível Tracejada estreita
N Linha de contorno não visível Tracejada estreita
O Linha de cota Contínua estreita
P Linha de contorno visível Contínua larga
Q Linha auxiliar Contínua estreita
7 Sistema de Cotagem I
7.1 Cotas
Os desenhos devem conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a completa
execução da peça sem que para isso seja necessário recorrer à medição no desenho, o que não seria
cômodo e adequado.
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7.2 Regras Gerais
1. As cotas devem ser distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes cotadas,
podendo ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam, obtendo-se melhores
condições de clareza e facilidade de execução.
Nas transferências de cotas para fora do desenho empregam-se linhas auxiliares evitando o seu
cruzamento com linhas de cota.
Figura 01
Figura 02
d. Exemplo:
5. As linhas de centro podem ser empregadas como linha “auxiliar” sendo prolongadas com traço
estreito e contínuo. Nunca porém, poderão ser usadas como linhas de cota, devem continuar como
linhas de centro até a linha de contorno do desenho.
7. A linha de cota para indicação de raio parte do centro do arco e levará somente uma flecha na
extremidade ligada à circunferência.
As dimensões são colocadas fora do contorno da peça, a não ser que sua colocação dentro,
auxilie a clareza do desenho. Quando uma dimensão refere-se a duas vistas, poderá ser colocada
entre elas, conforme exemplificado abaixo. Em desenhos de tamanho médio, as linhas de cotas devem
ser colocadas a uma distância de aproximadamente 7 mm.
Figura 01
7.5 Dimensionamento
No dimensionamento de um desenho, o primeiro passo é traçar as linhas auxiliares (figura
02).
As linhas de cota e flechas são acrescentadas posteriormente (figura 03).
Figura 02 Figura 03
4. Cotagem combinada:
Observação: Os símbolos de Ø e de devem ser omitidos quando a forma for claramente indicada.
3. Diagonais cruzadas
Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha continua estreita, são usadas na:
a. Representação de espigas com, seção quadrada.
4. Outros símbolos
R = Raio
5. Exercícios
1. Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas.
Não coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota, auxiliares
e os símbolos necessários.
3 4
6. Exercício
1. Dê o nome dos perfis abaixo:
Obs: 1 µ = 0,001 mm
Se necessário, o símbolo pode ser interligado com a superfície por meio de uma linha de
indicação que deve ser provida de seta na extremidade junto à superfície.
O vértice do símbolo ou da seta, sempre pelo lado externo, deve tocar o contorno da peça ou
tocar uma linha de extensão que é um prolongamento do contorno.
Os sinais convencionais de usinagem das superfícies dos flancos dos dentes de engrenagem e
de filetes de roscas, representados esquematicamente, vem colocados sobre a circunferência primitiva
desses elementos.
Exemplos:
Figura 01 Figura 02
ou
Figura 3
3. Quando as indicações requeridas para todas as superfícies de uma peça forem as mesmas, a
indicação deve constar:
a. junto à vista da peça (figura 04), próximo à legenda do desenho ou no lugar previsto dentro
desta, para os dados gerais; ou
b. atrás do número da posição da peça (figura 05).
Figura 04 Figura 05
Figura 06
b. um símbolo básico deve ser colocado entre parênteses sem outras indicações. Estas, porém
devem aparecer junto às superfícies da peça (figura 07).
Figura 07
3. Questionário
1. Qual a rugosidade utilizada nas superfícies indicadas pelas letras:
A D
B E
C F
9 Sistema de Cotagem II
Figura 01
Figura 02
Figura 03
Figura 04
Furos com rebaixos são usados de forma a permitir que um parafuso se encaixe, nos mesmos.
Tais furos são dimensionados de forma a apresentar:
1. o diâmetro do furo
2. o diâmetro do rebaixo
3. a profundidade do rebaixo
Furos escareados são furos com a parte superior usinada em forma de cone, destinados a
receber parafusos de cabeça escareada de maneira que a superfície da cabeça do parafuso fique no
mesmo nível da superfície da peça.
Furos escareados são dimensionados de forma a apresentar:
1. o diâmetro do furo
2. o diâmetro do rebaixo
3. o ângulo do rebaixo
10 Escalas
10.1 Escala
Desenhos, como já vimos, são séries de linhas que descrevem as formas e as dimensões de
uma peça ou mecanismo. No entanto, para se construir ou usinar uma peça, o desenho deve incluir
notações que indiquem: o tamanho e localização de superfícies, reentrâncias e furos, o tipo de material
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a ser empregado, o grau requerido de precisão da usinagem, detalhes de montagem, e outras
informações que o profissional necessita para bem compreender a tarefa a executar.
Assim sendo, a escala 1:5 significa que, para a representação gráfica (desenho), cada dimensão
da peça foi reduzida à quinta parte. É importante notar, porém, que no desenho, as medidas da peça
aparecem, nas cotas, sempre como normais, isto é, como o são na realidade.
7. Exercícios
1. Complete as lacunas:
Dimensão da Peça Escala Dimensão do Desenho
32 1:2
50 1:1
1:5 12
25 125
35 1:2
90 1:5
6 2:1
25,4 25,4
75 15
12 2:1
55 5:1
60 30
300 1:10
1:2 16
2:1 74
40 8
3,8 10:1
5:1 96
1,2 12
1:2 7
9 9
145 1:5
50,8 2:1
1:2 125
127 1:5
Escala: Escala:
Escala: Escala:
3. Complete o desenho abaixo, de acordo com o modelo apresentado. O desenho que você vai
completar é o dobro do modelo apresentado. Indique a escala em relação ao modelo.
6. Desenhe as projeções das perspectivas abaixo de acordo com as escalas indicadas, cotando
corretamente.
11.2 Legenda
A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1, A0, ou ao longo da largura
da folha de desenho no formato A4.
A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais ao projeto e desenho em
questão.
O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no canto direito do padrão de
desenho.
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
Unidade Local: Des.
Data: Proj.
Escala Desenho N.º
Gaveta
Subst. o
Subst. por
1 - Posição: refere-se ao número de ordem da peça, em relação ao conjunto a que ela pertence.
2 - DENOMINAÇÃO OU DESCRIÇÃO: refere-se ao nome de cada peça desenhada na folha.
3 - QUANT.: abreviação de quantidade, refere-se à quantidade de peças necessárias à máquina.
4 - MATERIAL E DIMENSÕES: refere-se ao tipo e dimensão do material que será usado para a
construção da peça.
1 2 3 4
3 Pino cônico 5 Aço 0,2% C
2 Suporte de fixação 2 Fo Fo
1 Pino de ajuste 1 Aço SAE 1045
Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
Unidade Local: Des.
Data: Proj.
Escala Desenho N.º
Gaveta
Bomba Injetora Subst. o
Subst. por
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67
Exemplo:
4 7 8
5 6
3 8 – 9 – 10 - 11
1 12
12 Sistema de Representação II
12.1 Perspectiva
O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá idéia
clara por apresentar diversas faces do objeto.
A perspectiva isométrica (medidas iguais) é das mais simples e eficientes. Parte de três eixos a
120º, sobre os quais se marcam as medidas reais da peça.
1ª Fase 2ª Fase
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
A B C D
Resposta: ___________
4ª fase 5ª fase
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71
12.4 Traçados de Arco de Circunferência
8. Exercícios
1. Escreva na resposta a letra correspondente à perspectiva
Observação: Para cada projeção há 4 perspectivas, porém só uma é correta.
Resposta: ___________
Resposta: ___________
Resposta: ___________
Resposta: ___________
Resposta: ___________
L
L
L L
Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem quando a peça apresenta superfícies
curvas. Vejamos o exemplo do cilindro abaixo pelos dois tipos de perspectiva. Na isométrica, o círculo
é representado por uma oval e na cavaleira, por um círculo.
Cavaleira Isométrica
9. Exercícios
1. Desenhe, à mão livre, a perspectiva cavaleira das peças abaixo.
Inclinação: 30º
Inclinação: 60º
13 Supressão de Vistas
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
Figura 01 - Plano de
Corte e sua Aplicação
Para obter vista em corte, um plano de corte imaginário é passado através da peça como mostra
a figura 01. A outra parte anterior é removida (figura 02). A direção do plano de corte A representada
no desenho por uma linha de corte. As superfícies expostas, que foram cortadas, são identificadas por
linhas convencionais (hachuras), apresentadas na figura 02.
Os cortes são utilizados para representar de modo claro, os detalhes internos das peças ou de
conjuntos. Em desenhos de conjunto ressaltam a posição das peças que o constituem, facilitando a
14.2 Hachuras
São traços eqüidistantes e paralelos que produzem em desenhos e gravuras o efeito do
sombreado. No desenho técnico, as hachuras são representadas por linhas contínuas estreitas,
traçadas a 45º em relação à base da peça, ou em relação ao eixo desta.
AB CD
A B
AB
A B
B
A
½ AB
½ AB
2 CALÇO AJUSTÁVEL
Material: Bronze
3. Desenhar em duas vistas, aplicando um corte em desvio, segundo a direção indicada nas
perspectivas 3 e 4.
Observação: os furos são passantes
3 BASE
Material: aço
Escala: 1:1
4 ESQUADRO
Material: FoFo
6 GARFO DO TIRANTE
CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel
87
Material: Latão
Escala: 1:1
Rebite
Pendural
Material: aço
Nervura
4. Questionário
1. Comprimento Total ______________________________________
2. Altura A ______________________________________
3. Largura B ______________________________________
4. Altura C ______________________________________
5. Altura total ______________________________________
6. Cota D ______________________________________
7. Cota E ______________________________________
8. Cota F ______________________________________
9. Acabamento ______________________________________
10. Material ______________________________________
11. Comprimento nervura ______________________________________
12. Espessura nervura ______________________________________
13. Exercícios
1. Desenhar as três vistas de cada peça:
CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel
90
1 SAPATA
Material: aço
Escala: 1:2
2 SUPORTE
Material: aço
Escala: 1:1
Conforme foi observado, neste caso, permanecem as linhas tracejadas, correspondentes aos
detalhes não visíveis, na parte não atingida pelo Corte Parcial.
Linha de ruptura
14.10 Seções
Quando as linhas de contorno da peça interferem na clareza da seção, a vista pode ser
interrompida por linhas de rupturas, deixando espaço suficiente para a representação da seção, que
neste caso será desenhada com linha larga contínua. Exemplo:
14.11 Ruptura
Peças simples, porém longas (como chapas, aço em barras, tubos para fins diversos), não
precisam ser desenhadas em folhas de papel de dimensões exageradas e nem em escala muito
reduzida para caber em papel de formato habitual.
Economiza-se espaço e tempo, empregando rupturas.
Quebra-se imaginariamente a peça nos dois extremos e remove-se a parte quebrada,
aproximando as extremidades partidas. O comprimento será dado pela cota real.
Exemplo:
Rupturas Usuais
Este tipo de representação também é aplicado em peças mostradas em corte. (Corte rebatido).
Representação indicada
Casos usuais:
Vista de A.
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
Desenho N.º
Gaveta
Escala
1:1 Suporte de Eixo Subst. o
Subst. por
Casos Típicos
16 Roscas
As roscas têm a função de assegurar a união entre duas ou mais peças e ao mesmo tempo
permitir que seja essa união desfeita com facilidade sem causar danos às partes unidas.
As roscas podem ser externas e internas.
Nos desenhos, a representação deve ser como segue:
Para roscas visíveis, a crista do filete A representada por uma linha contínua larga e a raiz da
rosca por uma linha continua estreita.
Roscas Externas
Normal Simplificada
Em corte
d = diâmetro nominal
d1 = diâmetro do núcleo
P = passo
Quadrada Trapezoidal
Quadrada normal simplificada simplificada
Em corte
Em vistas
Em vistas
Montagem em corte
Roscas
externas
Roscas
internas
esquerda
esquerda
Figura 04 - Dimensionamento de roscas à esquerda
Rosca normal de
Whitworth
1”
normal
- Neste caso
dispensa o símbolo
(W)
Whitworth
Rosca com
diâmetro externo
fina
W de 84 mm e passo
de 1/16”
Whitworth
Rosca aberta no
canos
para
diâmetro externo
RC de um tubo cujo
furo é de 1”
Métrica
Rosca métrica
M normal com 16 mm
de diâmetro
M 104 mm de
diâmetro externo e
passo de 4 mm
SAE parafuso de 1” de
diâmetro externo
National Coarse
American
Rosca num
NC parafuso de 2” de
diâmetro externo
National Fine
American
Rosca num
NF parafuso de 1” de
diâmetro externo
Trapezoidal
Rosca trapezoidal
com 8 mm de
Tr passo num
parafuso de 48 mm
de diâmetro.
Rosca quadrada
Quadrada
com 6 mm de
Quad. passo num
parafuso de 30 mm
de diâmetro.
Quando tiverem mais de uma entrada ou forem à esquerda escrever-se-á da seguinte forma:
W 3½ “ x 1/16” esq. Tr 48 x 8 esq. M 80 esq. RC 1” esq.
16. Exercícios
1. Interprete os desenhos abaixo e responda:
17 Conjunto
17. Exercícios
1. Estude o desenho do conjunto abaixo e passe para a página seguinte.
Observação
O desenho de conjunto do dispositivo para fresar, da página anterior, e a peça número 1, nesta
página, estão corretos.
Esfera 25
Esfera 25
18 Leitura e Interpretação
1. Examine o desenho e responda:
80
6. Questionário
Material: Aço SAE 1020
3. Calcular as cotas representadas com letras na peça e colocar o resultado na tabela abaixo:
A F
B G
C H
D I
E J
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114
4. Calcular as cotas representadas com letra na peça e colocar o resultado na tabela abaixo:
Material: Aço SAE 1045
Escala: 1:2
A
B
C
D
E
F
G
19 Planificação
É o desenho de todas as superfícies de um objeto sobre um mesmo plano formando uma só
parte, a qual dobrada ou enrolada, terá a forma exata do referido objeto.
Exemplo:
A B C
19.1 Interseção
São pontos e arestas localizados na superfície de uma parte que se encontram ou se cortam
com a superfície de outra parte.
As linhas de interseção devem ser determinadas antes das superfícies serem planificadas.
CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel
115
Exemplo:
A figura abaixo mostra, em perspectiva, a interseção e a planificação de duas caixas.