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Desempenho e
Industrialização de
Sistemas Prediais
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO 03
A METODOLOGIA APLICADA AOS GRUPOS DE TRABALHO 04
1. CONCEITOS GERAIS, DESEMPENHO E 09
PRODUTIVIDADE DE SISTEMAS PREDIAIS INDUSTRIALIZADOS
Construção civil e a Indústria 4.0
Projeto com foco no usuário real
A visão do construtor na Industrialização: Sinco Engenharia
4. A IMPORTÂNCIA DO COMISSIONAMENTO 32
NO DESEMPENHO DE SISTEMAS PREDIAIS
Contexto das instalações prediais no Brasil
O que é comissionamento?
Tipos de comissionamento
Visão do Operador do Edifício: WeWork
5. BANHEIROS PRONTOS 42
A evolução da tecnologia de banheiros prontos no Brasil
Processo de instalação
Recomendações para estimular a industrialização de sistemas prediais
CONCLUSÃO 47
CRÉDITOS 48
Co-autores
Equipe CTE enredes
2
Altamente dependente da qualificação da É nesse contexto que o Enredes, por meio
mão de obra, exigindo a gestão de uma da Rede Construção Digital e Industriali-
enorme quantidade de itens, as instala- zada (RCDI), criou o Grupo de Trabalho
ções prediais representam, tradicional- “Desempenho e Industrialização de Sis-
mente, uma etapa crítica na construção temas Prediais”. Composto por 43 profis-
de edifícios. Tanto é que falhas na exe- sionais de empresas associadas à RCDI,
cução desses sistemas estão entre as o grupo se reuniu virtualmente em cinco
principais causas de problemas no pós-o- encontros, no segundo semestre de 2021.
bra, gerando ao construtor custos extras,
retrabalhos e desgastes à sua imagem A seguir você terá a oportunidade de con-
perante o cliente. ferir o resultado das discussões promovi-
das por esse time que trabalhou com um
Para complicar, a engenharia de instala- objetivo principal: identificar rotas para
ções deu um salto de complexidade nos levar o setor a um grau maior de industria-
últimos anos. Hoje, além de hidráulica e lização e obter edificações com sistemas
elétrica, integram o escopo dos sistemas prediais com maior desempenho, eficiên-
prediais disciplinas como drenagem, ar cia e sustentabilidade.
condicionado, gás, proteção contra incên-
dios, dados e captação de energia fotovol-
taica, entre outros. Aproveite e tenha uma excelente leitura!
Roberto de Souza
CEO CTE/enredes
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da competência da conciência
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EMPRESAS REPRESENTADAS
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TEMAS E PALESTRANTES
TEMAS E PALESTRANTES
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Além disso, fábricas como a da Jeep tra- No caso dos sistemas prediais, em espe-
balham com o conceito just in sequence1, cial, destaca-se o uso de kits de sistemas
em que o fornecedor produz o kit neces- prediais, como elétricos e hidráulicos, os
sário para determinado veículo, levado banheiros prontos e a construção modular
à montagem na hora certa. Isso reduz a off-site.
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“
Cada vez mais, tais soluções propiciam a fabricação
em indústrias e a montagem no próprio canteiro.
No caso de alguns sistemas prediais, também já
observamos a montagem de pequenas fábricas de
componentes onsite”.
Eduardo S. Yamada, gerente de sistemas
prediais do CTE
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ZERO ENERGY
(1) Just in sequence (JIS) — Aprimoramento da filosofia Just in Time. Consiste
em um sistema de fornecimento em que os fornecedores estão instalados nas
mediações ou no site da empresa, e abastecem diretamente na linha de pro-
dução, em sequência estipulada e em tempo determinado.
(2) New plant landscape (NPL) — Conceito utilizado pela indústria automobilística,
consiste no mapeamento do produto em cada etapa da fabricação, com uma
gestão integrada e em tempo real dos dados de produto e processo.
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Por muito tempo, a cadeia produtiva da consumidor, logo, não haveria como con-
construção se exime de responsabilidades trolar o consumo final.
argumentando que quem constrói não é o
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“
Usar o argumento de quem constrói não é o consumidor
para justificar a baixa eficiência operacional de edifícios
no pós-obra já não se aplica mais. Precisamos ter
condições de, ainda na fase de projeto, estabelecer
indicadores de quanto cada usuário vai consumir de
água, gás e energia mensalmente”.
Jorge Chaguri, diretor na Chaguri
Engenharia de Projetos
“
Não adianta entregar um edifício que é uma ‘Ferrari’
para um usuário sem garantir que ele terá bom
desempenho. Por isso é necessário projetar, prever e
monitorar a eficiência do uso, algo que já deve aparecer
desde a fase de concepção”.
Jorge Chaguri, diretor na Chaguri
Engenharia de Projetos
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VISÃO DO CONSTRUTOR NA
INDUSTRIALIZAÇÃO: SINCO ENGENHARIA
A visão de quem constrói é igualmente Na Sinco Engenharia, a industrialização
importante para alcançar o bom desem- das instalações prediais tem como prin-
penho da edificação. Além disso, se torna cipal objetivo a redução de mão de obra,
necessário o entendimento do construtor um componente altamente impactante no
sobre a racionalização da construção para custo final das obras.
a execução de uma obra que almeja indus-
trializar seus sistemas prediais.
“
A ideia é reduzir a quantidade de pessoas no canteiro,
bem como prazos de execução de etapas e sub-etapas
no canteiro”.
Eder Bocutti, engenheiro civil na Sinco Engenharia
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
“
O ideal seria se tivéssemos um fornecimento just in
time(1), assim como produtos com execução mais
intuitiva para diminuir a dependência da capacitação
dos instaladores”
Eder Bocutti, engenheiro civil na Sinco Engenhari
1
Just in time é um método de produção enxuta
que prevê a fabricação dos produtos de acordo
com a demanda exata, sem produção de estoque e
priorizando a entrega rápida ao cliente.
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
2 - A IMPORTÂNCIA DO PROJETO NA
EXECUÇÃO DE OBRAS DE INSTALAÇÕES
E NA OPERAÇÃO DOS SISTEMAS
PREDIAIS
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Novas disciplinas
◗ Sustentabilidade
◗ Acessibilidade
◗ Desempenho Exigências
◗ Operação condominial normativas e
◗ Segurança patrimonial legislações
◗ Conforto térmico
◗ Conforto lumínico ◗ Edifícios de uso múltiplo
◗ BIM Manager ◗ Fachada ativa
◗ Estudo de microbacia ◗ Certificação de instalações Novas tecnologias
elétricas
◗ Eficiência energética ◗ Fiação elétrica (polvo)
◗ Segurança de ambientes ◗ Kit pex
◗ Medição individualizada ◗ Kits de montagem
◗ Novos textos normativos hidráulica
◗ Medição remota
◗ Controle de demanda
◗ Indústrias para
pré-fabricação
◗ Banheiros prontos
◗ Cozinha pronta
“
A atividade de projeto está de cabeça para baixo.
Transformaram-se o objeto, as exigências e a forma dos
projetos. Mudaram-se os parâmetros de dimensionamento.
As equipes precisaram se qualificar mais e contar com
estrutura de informática mais robusta. Os softwares se
tornaram indispensáveis e a capacidade de desenvolver
tecnologia in house passou a ser estratégica.”
Fabio Pimenta, diretor da Projetar
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
“
Se tenho uma instalação elétrica com luminárias
comandado por cinco interruptores diferentes. Nesse
caso existem 120 alternativas de ligação desses
interruptores, mas qual delas é a melhor? Até então,
ninguém saberia responder essa questão. Agora, o
sistema analisa todas as opções e escolhe a de menor
custo ou a que exige menos cabos”
Fabio Pimenta, diretor da Projetar
No caso do pathfinding, os caminhos descritos pelas instalações elétricas, por exemplo, podem
ser calculados automaticamente, buscando-se economia de materiais ou maior eficácia.
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
VISÃO DO CONSTRUTOR NA
INDUSTRIALIZAÇÃO: GAFISA
Para a Gafisa, a redução de juntas reali- É essa a filosofia seguida na Gafisa, uma
zadas na obra e a utilização de kits que das pioneiras na industrialização de sis-
chegam pré-montados reduzem o tempo temas e componentes em edificações A
de execução na obra e evitam erros de construtora tem feito uso amplo de kits
interpretação de projetos executivos. Na prontos, com chicotes elétricos, pex e sis-
comparação direta, o custo da solução tema polvo, conforme relatou Fábio Gar-
industrializada pode até ser mais elevado, bossa*, diretor de engenharia da constru-
mas a redução da mão de obra e das per- tora e incorporadora.
das podem compensar esse investimento.
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Aos participantes do GT ele citou uma série de motivos que justificam a mobilização de
uma construtora em direção à industrialização. Entre eles:
Eliminação
de desperdícios
Redução do Diminuição de
ciclo de obra problemas pós-obra
Logística
mais assertiva
Aumento da
produtividade
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
“
Quanto mais sistemas forem interligados e mais
informações estiverem disponíveis, mais efetividade
conseguimos atingir”.
Fábio Martins, diretor de property management na JLL
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
“
Não se trata de montarmos um componente que antes
era um produto vendido a granel, mas de prever a
melhor forma de instalação e economizar com mão
de obra, ganhar tempo no transporte e na montagem e
evitar retrabalho”.
Alexandre Miranda*, gerente de vendas
técnicas da Astra
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Em sua fala aos participantes do GT, em obras com paredes de concreto detec-
Luciana Hergo Delfino*, gerente de proje- taram que, em uma unidade habitacional
tos de inovação da Ambar, trouxe núme- de 45 m2 seria necessária uma equipe de
ros que comprovam as vantagens pro- seis pessoas somente para montar as
porcionadas pela industrialização das instalações elétricas. Com os kits, essa
instalações prediais. Estudos realizados equipe cai para duas pessoas.
“
Também é possível constatar redução média do custo
da obra de 15% e uma produtividade 70% superior. As
perdas e desperdícios caem a zero”. Contudo, para
atingir máxima precisão, a modelagem da informação
da construção (BIM) deve ser implantada, pois é uma
aliada de primeira ordem.”
Luciana Hergo Delfino, gerente de projetos de
inovação da Ambar
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Ela explicou que todos os kits vendidos são embalados em pacotes por pavimen-
pela Ambar são modelados e divididos em tos, seguindo preceitos da filosofia lean
peças para a produção na fábrica em São (produção enxuta).
Carlos, SP. Uma vez prontos, os módulos
“
Se o cliente permitir, ainda ajudamos a organizar a
central logística do canteiro, conforme a metodologia
racionalizada FIFO1 (first in first out)”
Luciana Hergo Delfino, gerente de projetos
de inovação da Ambar
A Ambar foi concebida em 2013 para trazer mais eficiência para cada
canteiro de obra do Brasil. Com planta em São Carlos, SP, a empresa
incorporou empresas como a Polar, que faz componentes para
instalações de infraestrutura elétrica, hidráulica e climatização que
ajudam a elevar a produtividade dos canteiros.
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
OBSTÁCULOS À INDUSTRIALIZAÇÃO
Apesar das soluções disponíveis, o setor da Sanhidrel Engekit, enxerga falhas ao
ainda não conseguiu absorver ao máximo longo de todo o processo construtivo
as potencialidades dos sistemas prontos. que atrapalham o avanço das metodolo-
Segundo dados da consultoria McKinsey, gias racionalizadas. Em geral, os projetos
a construção tem crescido apenas 1% ao apresentam natureza apenas orientativa,
ano ao longo dos últimos anos. O desper- sendo inconsistentes para embasar uma
dício dos métodos de instalação tradicio- instalação industrializada. Na execução
nais chega a 15%, valor inadmissível em tradicional, os sistemas em geral não são
tempos de responsabilidade ambiental e padronizados, acarretando problemas de
de práticas ESG (Environmental, Social qualidade. O modelo gera desperdícios e
and Governance). retrabalho, além de gerar entulho e resí-
duos. A mão de obra empregada no pro-
São diversos os desafios para transfor- cesso acaba sendo cara e ineficiente.
mar essa realidade. Erick Viegas*, diretor
“
Também há falta de interface entre o projeto e outras
disciplinas. Em geral, você constata que o projeto
previu interfaces físicas, mas não as logísticas”.
Erick Viegas*, diretor da Sanhidrel Engekit
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4 - A IMPORTÂNCIA DO COMISSIONAMENTO
NO DESEMPENHO DE SISTEMAS PREDIAIS
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fonte: https://tokenengenharia.com.br/
Para piorar, na maioria das vezes, as ins- é o risco gerado por instalações críticas,
talações são avaliadas e testadas por especialmente no caso dos sistemas elé-
empresas contratadas pelas próprias tricos, no qual a consequência de uma
instaladoras, estabelecendo um conflito má execução pode ser catastrófica, com
de interesses entre os responsáveis pela custo inestimável.
execução e os responsáveis pela valida-
ção de sua qualidade. Tal condição acaba Uma das formas que as empresas têm
ocasionando falhas não verificadas dos para certificar-se da qualidade dos proje-
sistemas prediais, que levam as constru- tos, execução e operação dos sistemas
toras a arcar com custos crescentes de prediais é implementar o processo de
assistência técnica, impactando nos seus comissionamento.
resultados. Problema ainda mais grave
“
Não estamos falando de contratar empresas para
fazer testes no final da obra. Afinal, de nada adianta
constatar diversas não conformidades no momento da
entrega se os erros já eram originados na concepção e
na etapa dos projetos”.
Eduardo S. Yamada*, gerente de sistemas prediais
da Unidade de Sustentabilidade do CTE
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
O QUE É COMISSIONAMENTO?
“
É nesse momento que se estabelecem as premissas
de projetos e de desempenho, as premissas técnicas
visando as atividades de operação e manutenção
das instalações e os requisitos de sustentabilidade e
eficiência energética”.
Eduardo S. Yamada*, gerente de sistemas prediais da
Unidade de Sustentabilidade do CTE
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
1. FASE DE CONCEPÇÃO:
Desenvolvimento e definição dos requisitos e
necessidades do cliente para o desenvolvimento
do projeto (Owner Project Requirements - OPR);
Avaliação das premissas técnicas ou bases dos
projetos (Basis of Design) de sistemas prediais
em atendimento ao OPR;
2. FASE DE PROJETOS:
Análise crítica dos projetos para verificação de
conformidade com as necessidades do cliente
(OPR), normas técnicas e boas práticas;
Análise das tecnologias propostas com foco na
viabilidade técnica e econômica;
São apresentadas
Análise e orientação de contratação de
a seguir, de forma fornecedores, construtora e empresas instaladoras;
resumida, as principais
atividades do processo 3. FASE DE OBRAS:
de comissionamento ao
Acompanhamento de obras para verificação
longo da cadeia da qualidade de execução dos sistemas prediais;
da construção:
Validação das aquisições de equipamentos e
materiais dos sistemas;
Execução de testes funcionais e integrados
dos sistemas prediais para garantia da
funcionalidade e desempenho especificados
nos projetos;
Avaliação e validação dos treinamentos e da
documentação de entrega dos sistemas prediais
(Manuais de Operação e Manutenção, Data Book).
4. FASE DE PÓS-OBRA:
Inspeções e testes de recebimento de
sistemas prediais;
Implementação do processo de comissionamento
contínuo para acompanhamento e avaliação
de desempenho.
BENEFÍCIOS:
BENEFÍCIOS:
Com
Coma aimplementação do processo
implementação do processo de comissionamento,
de comissionamento, o cliente
o cliente (investidor, (investidor,
incorporador, incorporador,
construtora)
poderá obter diversos benefícios, sendo os principais:
construtora) poderá obter diversos benefícios, sendo os principais:
Orientação e auxílio, junto ao cliente, na definição das necessidades (premissas) e
expectativas antes do início dos projetos – explorar a “engenharia de valor” antes
das etapas de projetos e obras;
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
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TIPOS DE COMISSIONAMENTO
Rennan Prete*, engenheiro de instalações ser comissionados os sistemas hidros-
da Toledo Ferrari, tem acompanhado todo sanitário, elétrico, combate a incêndio,
o processo de concepção, projeto e execu- ar condicionado e ventilação mecânica,
ção de sistemas prediais nas edificações automação e controle, energias renová-
da construtora e incorporadora que atua veis, arquitetura, sistemas estruturais e
nos segmentos residencial, comercial, acabamentos.
shoppings e hotéis. Segundo ele, podem
“
O importante é que uma empresa especializada realize
o processo e assegure que os requisitos do cliente
sejam plenamente compreendidos”.
Rennan Prete*, engenheiro de instalações
da Toledo Ferrari
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Em fala aos participantes do GT, Prete discorreu sobre três tipos de comissionamento
mais usuais:
1. Comissionamento físico:
consiste na certificação de que as instalações e
montagens físicas dos equipamentos e sistemas
estejam 100% concluídas e aptas para entrar em
operação. Esse comissionamento tem como
pré-requisitos o controle tecnológico de materiais e
equipamentos empregados nas instalações, assim
como inspeções de equipamentos em fábrica.
2. Comissionamento
funcional: consiste na realização
de uma série de verificações e
testes funcionais dos
equipamentos para garantir que
as instalações atendam às
especificações de projeto,
normas técnicas aplicáveis e à
melhor prática de engenharia,
proporcionando as condições
necessárias para o start-up de
equipamento e sistemas.
3. Comissionamento integrado:
trata-se de um conjunto de técnicas e
procedimentos de engenharia
aplicados de forma integrada a um
empreendimento. A ideia é torná-lo
operacional segundo os requisitos
especificados em projeto. Para tanto,
são avaliadas as integrações
funcionais entre todos os sistemas do
empreendimento. A ideia é prover a
confirmação documental necessária
para garantir que os sistemas
satisfaçam as necessidades
operacionais, assegurando a
transferência da unidade do construtor
para o proprietário com confiabilidade e
rastreabilidade de informações.
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
“
O comissionamento é uma visão geral sobre todas as
etapas, por meio da qual se tenta resolver problemas
no pré-obra, durante a obra e no pós-obra”.
Bruno Cannas*, senior facilities
operations lead na WeWork
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Bruno explicou que o ideal é que a equipe precocemente. Entre elas, equipamentos
responsável pelo processo realize várias de ar condicionado com nível de ruído fora
visitas durante a obra e tente detectar e dos padrões estabelecidos pelo cliente e
prever diferentes problemas em todas as pelas normas, posicionamento errado
etapas, inclusive na fase de projeto. de sensores de temperatura e instala-
ção de dutos com layout que dificulta o
Para ilustrar, Cannas citou falhas que balanceamento.
podem custar caro à operação e que são
mais solucionáveis quando detectadas
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
5- BANHEIROS PRONTOS
“
Infelizmente, as construtoras brasileiras estão
habituadas a pensar em preço por metro quadrado. Mas
há uma série de componentes de custo que favorecem
o banheiro pronto na comparação com o executado de
forma convencional”.
Luiz Henrique Ceotto*, CEO na Urbic
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
Entre os principais fatores que ele des- tempo em obra. Portanto, evitar isso é
taca, estão o prazo mais curto de execu- uma grande vantagem.
ção, a redução da ocorrência de manifes-
tações patológicas e questões logísticas. Os banheiros prontos tornam-se soluções
A parte mais demorada da obra interna é ainda mais desejáveis quando associados
a instalação de cerâmica nos banheiros. à industrialização de outros sistemas, como
A equipe de cerâmica passa um longo vedações e componentes estruturais.
“
O banheiro pronto tem que fazer parte do processo desde
o nascedouro do projeto construtivo, desta forma, é
possível prever soluções que favoreçam o posicionamento
do módulo quando ele chegar ao canteiro”.
Luiz Henrique Ceotto*, CEO na Urbic
É fato que a aplicação bem-sucedida desta de maneira muito fluida, sem a necessidade
tecnologia depende de um planejamento de desviar de vigas. No trecho de entrada
consistente de fabricação, transporte e mon- do banheiro é importante que não haja viga
tagem, assim como a compatibilização ade- de borda. Da mesma forma, a trajetória que
quada entre a obra e o projeto do banheiro deverá ser descrita pelo banheiro pronto
pronto. O objetivo deve ser evitar interferên- deve ser previamente planejada. Além disso,
cias, como vigas que bloqueiam a introdu- a compatibilização com fachadas pré-mol-
ção do banheiro na estrutura já construída. dadas tende a ser mais simples do que com
as moldadas in loco, uma vez que os banhei-
Nesse ponto, Ceotto recomendou trabalhar ros prontos exigem um grau de precisão ele-
com lajes planas, tipo cogumelo, para que vado para evitar arremates de última hora.
o deslocamento horizontal possa ser feito
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
PROCESSO DE INSTALAÇÃO
O banheiro pronto não difere, no que diz as especificações do projeto arquitetônico,
respeito ao resultado final, do banheiro por uma única fabricante, ele apresenta
convencionalmente executado. Porém, qualidade superior, evita desperdícios, pro-
como ele é produzido em fábrica, seguindo porciona economia e reduz o prazo de obra.
“
Basicamente, todas as etapas, tarefas e disciplinas
envolvidas na construção de um banheiro são
executadas em fábrica”.
Leandro Fangel*, engenheiro e especialista em
projetos offsite da CMC Modular
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
TABELA
12 RECOMENDAÇÕES PARA ESTIMULAR A INDUSTRIALIZAÇÃO DE
SISTEMAS PREDIAIS EXTRAÍDAS DOS DEBATES DO GT “DESEMPENHO E
INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS”
É fundamental comunicar É preciso incluir o tema Os modelos BIM precisam O processo de comissio-
melhor aos clientes finais industrialização na ser utilizados em todo o namento é a metodologia
as vantagens da industria- formação acadêmica e seu potencial, sobretudo ideal para certificar que as
lização. encurtar distâncias entre integrando-se melhor com premissas do contratante,
universidades e empresas. a obra. normas e leis foram
plenamente observadas
na obra, de maneira
tecnicamente embasada e
com independência.
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
CONCLUSÃO
De forma muito oportuna e bem-vinda, a o uso de tecnologias digitais para reduzir
indústria vem ampliando a disponibilidade incompatibilidades, assim como a ado-
de soluções pré-montadas para sistemas ção do comissionamento para garantir o
prediais, acompanhando a maior demanda atendimento às melhores práticas foram
das construtoras por alternativas que ele- alguns pontos de atenção destacados
vem a produtividade no canteiro. Tanto é pelos membros do GT.
que já há uma oferta razoável de produtos
Eles também enfatizaram que a obten-
para quem quer industrializar essa etapa
ção de sistemas prediais mais eficientes
construtiva, tanto componentes, kits e
e sustentáveis requer uma colaboração
chassis, quanto módulos prontos. mais ampla entre contratantes, projetis-
Contudo, a rota para o aproveitamento mais tas, instaladores e fornecedores. Isso
amplo da industrialização ainda é longo, enfatiza ainda mais o papel do Grupo e
como mostraram as apresentações e os do Enredes, que busca criar e ampliar as
oportunidades de relacionamento setorial
debates promovidos no GT “Desempenho
visando promover a industrialização, a
e industrialização de Sistemas Prediais”.
transformação digital, a sustentabilidade
Projetos mais consistentes e que conside- e a inovação no setor da construção.
rem a industrialização desde o princípio,
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
CRÉDITOS
CO-AUTORES
Adson Eduardo de Souza Almeida, gerente comercial na Projelet Projetos de Sistemas Prediais
Alexandre Miranda, gestor de vendas técnicas e desenvolvimento de negócios na Astra
Aline Caroline Lopes da Rocha, arquiteta na Cubicset
André Luis de Campos Bicudo, estagiário de Inteligência e Processos BIM na Ambar Tech
Bianca Codognato Tahara, analista de inovação na Ambar Tech
Daniel Pallos Barbosa, coordenador de obras na Habiarte Barc
David de Castro Berti, analista de inovação na Ambar Tech
Denise Sato Fukuda, engenheira civil na Stamade
Eder Bocutti, engenheiro na Sinco Engenharia
Elisa Aparecida dos Santos Farah, engenheira na Amanco Wavin
Fabio Pimenta, diretor na Projetar Engenharia
Fabrício Marotta Terciotti, gerente de operações na Método Engenharia
Francisco Lenilson Lima dos Santos, gerente de projetos na Toledo Ferrari
Gabriel Francisco dos Santos, analista de Engenharia Júnior na Ambar Tech
Hugo Albuquerque, coordenador na MRV
Jorge Luiz de Aquino Lima, gerente técnico na Viapol
Liliana Vergamini Luna de Sá, diretora de projetos no Königsberger Vannucchi
Luiz Felipe Prata Ribeiro, engenheiro de instalações na Eztec
Paulo Luiz Silveira Coelho, engenheiro na RKM Engenharia
Paulo Oliveira, CEO na Aratau Construção Modular
Pedro Veríssimo Soulé, engenheiro civil na RPS Engenharia
Phelipe Allan Silva de Jesus, engenheiro de obra na Gafisa
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DESEMPENHO E INDUSTRIALIZAÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS
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O Centro de Tecnologia de Edificações é uma
empresa de consultoria e gerenciamento especia-
lizada em qualidade, tecnologia, gestão, susten-
tabilidade e inovação para o setor da construção.
Exerce suas atividades desde 1990, desenvolvendo
metodologias e tecnologias para a melhoria da
gestão das empresas, dos empreendimentos e
das obras, estimulando e promovendo a produti-
vidade, a competitividade, a cultura diferenciada e
o crescimento sustentável da cadeia produtiva da
construção.