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Alex Fabiano Wehrle
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Universidade do Sul de Santa Catarina | Campus UnisulVirtual | Educação Superior a Distância
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da Grande Florianópolis Roberto Iunskovski Valmir Venício Inácio Marcelo Tavares de Souza Campos Daiana Ferreira Cassanego
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Secretária-Geral de Ensino Vice-Coordenadores Graduação Extensão Marina Cabeda Egger Moellwald Edison Rodrigo Valim
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Jeferson Pandolfo
Universidade do Sul de Santa Catarina
Expectativa e Comportamento
do Cliente
Livro Digital
Palhoça
UnisulVirtual
2012
Copyright © UnisulVirtual 2012
658.8342
W42 Wehrle, Alex Fabiano
Expectativa e comportamento do cliente : livro digital / Alex Fabiano
Wehrle; design instrucional Lis Airê Fogolari. – Palhoça : UnisulVirtual,
2012.
135 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-437-8
Expectativa e Comportamento
do Cliente
Livro Digital
Designer instrucional
Lis Airê Fogolari
Palhoça
UnisulVirtual
2012
Sumário
7 Apresentação
9 Palavras do professor
11 Plano de estudo
14 Unidade 1
O comportamento do consumidor e os estudos atuais
32 Unidade 2
Influências sobre o comportamento do consumidor
77 Unidade 3
Pesquisar o comportamento do consumidor
112 Unidade 4
Estudos contemporâneos na área do comportamento do consumidor
Caro/a estudante,
Tais materiais didáticos foram construídos especialmente para este curso, levando
em consideração as necessidades da sua formação e aperfeiçoamento profissional.
Atenciosamente,
Equipe UnisulVirtual
Palavras do professor
Como estudante desta disciplina, e mais ainda como profissional, verá o quanto
se faz importante conhecer o cliente e saber o que ele está pensando, seja no
processo ou no ato da compra.
Para se ter esse conhecimento, modelos foram criados, teorias foram formuladas.
Bons estudos!
Objetivo geral
Visa discutir os principais conceitos ligados ao estudo do comportamento
do consumidor e as suas implicações sobre o projeto e desenvolvimento de
compostos de marketing.
Ementa
Fatores que influenciam o comportamento do consumidor. Natureza do
comportamento. Processo de tomada de decisão de compra. Estágios no
processo de compra. Comportamento pós-compra. Influências ambientais.
Processos psicológicos.
Conteúdo programático/objetivos
A seguir, as unidades que compõem o livro digital desta disciplina e os seus
respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que você deverá alcançar
ao final de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade definem o
conjunto de conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento de
habilidades e competências necessárias a este nível de estudo.
Unidades de estudo: 4
Os estudos a serem realizados nesta unidade vão proporcionar uma revisão das
pesquisas realizadas a respeito do modelo do comportamento do consumidor
apresentado pelos autores Churchill e Peter (2003).
Pós-graduação
O que você aprenderá nesta unidade servirá de base para estudos e pesquisas que
envolvam o consumidor e o processo de compra. Identificar as influências que o
consumidor sofre durante o processo de compra é uma atividade importante para
o contexto organizacional, principalmente na criação de estratégias específicas
de satisfação e captação de públicos específicos. Uma leitura sobre os aspectos
psicológicos completará o entendimento sobre os modelos dos comportamentos
do consumidor.
Título da unidade
Unidade 1
O comportamento do consumidor
e os estudos atuais
Objetivos de Aprendizagem
•• Conhecer o estado da arte do tema comportamento do consumidor.
•• Entender o processo decisório do consumidor.
•• Conhecer os modelos de comportamento do consumidor.
Introdução
A complexidade da decisão de compra foi o que estimulou vários pesquisadores
a buscar o entendimento deste processo que envolve um grande número de
variáveis e vários indivíduos.
Para estruturar esta unidade de estudos foram pesquisadas áreas que explicam
cada etapa do processo de compra. Compreender como o processo de decisão de
compra envolve tanto a área social como a econômica é de suma importância para
entender a sociologia econômica.
A ação econômica passa pelo processo de decisão de compra. Essa ação será
estudada através de um estudo de caso que apresenta a compra de imóveis
levando em consideração aspectos do processo de compra embasado nos
modelos de comportamento do consumidor.
É importante pontuar que alguns autores tratam esses diferentes termos - cliente e
consumidor - com um conceito único. Por outro lado, há autores que os diferenciam.
Nesse sentido, Bretzke (apud DIAS, 2006, p.38, grifo nosso) entende que deva ser
feita a devida distinção entre os termos “consumidor” e “cliente”, sendo que este
se refere a “uma pessoa ou unidade que desempenha um papel no processo de
troca ou transação com uma empresa ou organização”, enquanto aquele se refere
apenas ao usuário final de um produto ou serviço.
Importante
O consumidor está inserido em um mercado, o comportamento
do consumidor interfere e ao mesmo tempo influencia as decisões
de compra.
Pós-graduação
17
Conceito de Cliente
Outro aspecto muito importante é que “cliente” pode ser tanto o cliente potencial
como o cliente atual de uma empresa.
Conceitos de Marketing
Pós-graduação
19
Referências
COBRA, M., Plano Estratégico de Marketing. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
DIAS, João Carlos Quaresma - Logística global e macrologística. Lisboa: Edições Sílabo, 2005.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados.
Tradução: Bazán Tecnologia e Lingüística. 10ª ed. São Paulo: Futura, 1999.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 12º ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
O comportamento do consumidor
e a sociologia econômica
Alex Fabiano Wehrle
Para que se atinjam os objetivos, propõe-se recorrer aos autores que trilharam
os primeiros caminhos do construto teórico, identificando o processo percorrido
pelos indivíduos até o ato da compra.
Dentro do processo de compra, as etapas que terão mais atenção para este
trabalho serão:
•• a busca de informações,
•• análise de alternativas e
•• compra.
Conceitos gerais
Pós-graduação
21
Conceito
Na subsocializada, o indivíduo toma a decisão de acordo com o seu
próprio interesse.
Na supersocializada, a sociedade influencia o comportamento
individual através da classe social ou através de seu segmento
de trabalho. Todo o resto se torna um processo automático. Se o
pesquisador identificar a classe social do indivíduo ou a sua ocupação,
poderá dizer qual a decisão ele irá tomar.
Um dos estudos que buscou analisar esta relação foi proposto por Dimaggio e
Louch (1998). O estudo analisa como as pessoas desenvolvem transações entre
amigos e familiares e como a confiança nestes diminui o risco da transação e
modifica a satisfação sobre o produto.
Isso justifica o emprego das redes nos estudos que envolvem o indivíduo e
suas relações sociais. E os estudos sobre as redes vão ajudar a entender a ação
econômica do consumidor, pois a imersão social do indivíduo é inevitável.
Mizruchi (1994) afirma que o princípio básico da análise de redes é que o conteúdo
das relações está dimensionado pela estrutura das relações. O autor explica que a
estrutura se baseia em como ocorre o fluxo das informações dentro da rede.
Para Scott (2000), a teoria gráfica é uma linguagem formal que descreve as
características das redes, utilizando dados matriciais, conceitos e teoremas
diretamente relacionados com a estrutura da rede.
Para Scott (2000), a densidade é a relação entre os pontos (atores) e suas relações
(linhas) perante o todo, e também pode ser considerada uma tentativa de
sintetizar a distribuição das linhas perante a rede por completo.
Pós-graduação
23
Para a rede obter o seu nível mais denso, é necessário que todos os pontos
(atores) estejam interligados entre si. (SCOTT, 2000).
D = L / n (n-1) /2
Para Scott (2000), a rede egocêntrica é aquela na qual se faz necessário separar
o agente focal dos seus contatos diretos, concentrando assim a análise sobre o
agente focal e suas ligações entre seus contatos.
A densidade da rede vai ser utilizada para analisar a rede e assim melhor entender
se existe influência sobre a ação de compra do consumidor.
Importante!
A decisão de compra é uma ação econômica, em que o consumidor
toma a decisão: se compra ou não o produto. Se ocorrer a compra,
o indivíduo decide primeiramente o que comprar, onde comprar,
quando comprar e ainda como pagar. (CHURCHILL; PETER, 2003).
Referências
DIMAGGIO, Paul. LOUCH, Hugh. Socially embedded consumer transactions: For what kinds
of purchases do people most often use networks? American Sociological Review; Oct 1998;
63, 5; ABI/INFORM Global.
Pós-graduação
25
Reconhecimento
do Problema
Busca de
informações
Avaliação de
alternativas
Decisão de
compra
Pós-compra
Aqui cabe um parêntese, a costureira é um serviço e não deixa de ser uma decisão
de compra.
Esse modelo inclui busca interna e externa, como exemplos, a memória como
busca de informações passadas e também a divisão das variáveis que influenciam o
processo decisório em dois grupos: Influências Ambientais e Diferenças Individuais.
Pós-graduação
27
Processo
Decisório Variáveis que
influenciam o
Processo Decisório
Processamento de
Informações Reconhecimento
de necessidade
Input
Influências
Ambientais
Exposição Busca - Cultura
Interna Busca
- Classe social
- Influências Pessoais
Estímulos - Família
Atenção
- Domínio pelo - Situação
profissional
de Mkt Avaliação de
- Outros Compreensão Memória alternativa
pré-compra Influências
Individuais
- Recursos do
Exposição Compra consumidor
- Motivação e
envolvimento
Consumo - Conhecimento
Retenção - Atitude
- Personalidade, valores
Resultados e estilo de vida
Busca
Externa
Insatisfação Satisfação
Descarte
Com base nos dois modelos apresentados anteriormente, podemos salientar que
o processo de decisão de compra inicia-se com o reconhecimento do problema.
Pós-graduação
29
Referências
Pós-graduação
31
Atividades de Autoaprendizagem
Enumere a ordem do modelo do Processo de Compra proposto por Kotler (1998):
( ) Pós-Compra
( ) Decisão de Compra
( ) Busca de Informações
( ) Reconhecimento do Problema
Atividade colaborativa
Você já pensou como é o processo de compra? Para responder a essa pergunta,
analise como você age quando for consumir um produto, e procure identificar
todas as etapas desse processo, considerando o que estudamos nesta unidade.
Síntese
Esta unidade buscou fazer uma pequena revisão da literatura a respeito do
comportamento do consumidor, envolvendo conceitos como decisão de compra e
de modelos de análise do comportamento do consumidor.
Saiba Mais
Amplie seu conhecimento sobre Redes Sociais, acessando o FÓRUM - REDES
SOCIAIS E INTERORGANIZACIONAIS, publicado na Revista de Administração de
Empresas. Acesse: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/1551/155116000004.pdf
Objetivos de Aprendizagem
•• Conhecer o modelo do comportamento do consumidor.
•• Compreender como as influências sociais, de marketing e situacionais
interferem no comportamento do consumidor.
Introdução
Nesta unidade, vamos abordar as influências que o consumidor sofre durante o
processo de compra. É importante como gestor e pesquisador compreender que
as influências existem e fazem parte de um contexto no qual cada detalhe tem
muita importância no processo de compra.
O modelo dos autores Churchill e Peter (2003) foi escolhido para nossos estudos
devido a sua estrutura e pela discriminação das variáveis divididas em três grupos:
•• Influências sociais,
•• Influências de marketing e
•• Influências situacionais.
Essa divisão ajuda porque a atenção será voltada para o grupo das influências
sociais e também porque as influências de marketing e situacionais estão isoladas
e ficam constantes durante o processo de compra. As influências sociais são
aquelas que são difíceis de identificar como estratégia organizacional.
Influências Sociais
Alex Fabiano Wehrle
Neste tópico se concentra o aspecto das redes sociais que é importante nos dias
atuais devido à forte influência de pessoas nos processos organizacionais. As
redes sociais estão presentes nos tópicos: grupos de referência e família.
Interpessoais
Cultura
Pós-graduação
35
Valores da
sociedade
Instituições
Família Escola Experiência de
Religiosas
início de vida
Valores
Colegas Individualizados
Internalizados
Figura 2 – Influências Ambientais na Decisão do Consumidor e na Estratégia de Marketing: Transmissão de Valores
Intergerações
Fonte: Reproduzido de Engel, Blackwell, Miniard (2000).
De acordo com Kotler (1998), a sociedade molda nossas crenças, nossos valores
e normas, bem como as visões que as pessoas têm uma das outras e de si própria
depende da sociedade, das organizações, da natureza e do universo.
Para Monteiro (2001), a cultura também pode ser entendida como um sistema de
símbolos que precisam ser entendidos pelo indivíduo, tal como a arte, o mito, a
linguagem, em sua qualidade de instrumento de comunicação entre as pessoas e
os grupos sociais, que permite a criação de um conhecimento sobre o significado
do mundo; e também como um instrumento de poder e legitimação.
Subcultura
Para Kotler (1998), cada cultura é composta por várias subculturas que permitem
aos seus membros uma maior identificação e socialização e podem ser divididas por:
•• nacionalidade (portugueses, italianos);
•• raça (amarelos, afro-americanos) e
•• religião (católicos, judeus, árabes).
Pós-graduação
37
Schiffman e Kanuk (2000, p.310) definem subcultura como “um grupo cultural
distinto que existe como um segmento identificável dentro de uma sociedade
maior e mais complexa”.
Classe Social
A classe social pode ser definida como “um agrupamento que distingue entre
o tamanho e a taxa de crescimento da população, cidades, regiões e países; a
distribuição de faixas etárias; os níveis de instrução; etnia; padrão de moradia e
ainda, características dos movimentos regionais”. (KOTLER, 1998).
Engel, Blackwell e Miniard (2000, p. 438) definem classe social como sendo as
Caro (2005) classifica classe social como sendo grupos homogêneos que se
mantêm por toda a vida, modificando o perfil de cada indivíduo.
Para Max Weber, as classes sociais são estratificadas conforme suas relações na
produção e aquisição de bens, enquanto que os grupos de status são estratificados
de acordo com seus princípios de consumo de bens, representados por estilos de
vida especiais de cada indivíduo. (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000).
Grupos de referência
Aqueles que exercem alguma influência direta (face a face) ou indireta sobre
as atitudes ou o comportamento de uma pessoa. Os grupos que exercem
influência direta são chamados de grupos de afinidade. Alguns grupos de
afinidade são primários, como família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho,
com os quais se interage contínua e informalmente. As pessoas também
pertencem a grupos secundários, como grupos religiosos e profissionais
ou associações de classe, que normalmente são formais e exigem menor
interação contínua. As pessoas são significativamente influenciadas por seus
grupos de referência de pelo menos três maneiras distintas. Os grupos se
expõem a novos comportamentos e estilos de vida. Além de influenciar suas
atitudes e sua auto-imagem, fazem pressões que podem afetar as escolhas
reais de produto e marca. As pessoas também são influenciadas por grupos
aos quais não pertencem. Grupos de aspiração são aqueles aos quais se
espera pertencer, e os grupos de dissociação são aqueles cujos valores ou
comportamentos são rejeitados. Os fabricantes de produtos e marcas em
que a influência do grupo de referência é forte devem atingir e influenciar
os líderes de opinião de tais grupos. Um líder de opinião é uma pessoa que
realiza uma divulgação informal, oferecendo conselhos ou informações sobre
um produto ou categoria de produtos específicos dizendo, por exemplo,
quais dentre as muitas marcas disponíveis, são as melhores ou como um
determinado produto deve ser usado. Para atingir os líderes de opinião, os
profissionais de marketing devem descobrir as características demográficas
e psicográficas associadas à formação de opinião, identificar os meios de
comunicação usados por esses líderes e direcionar mensagens para eles.
Pós-graduação
39
Por grupo, Schiffman e Kanuk (2000, p. 228) entendem se tratar da reunião de “duas
ou mais pessoas que interagem para atingir objetivos particulares ou comuns”.
Nos estudos de Slongo e Ugalde (2006), podemos identificar que durante o processo
decisório de compra as pessoas sofreram influências importantes dos grupos
de referência como família e amigos, sendo que, para algumas, essas influências
funcionaram como estímulos para iniciar ou até mesmo para precipitar a decisão.
Sugerir comportamentos
Recomendações “Você deveria comprar um Ford Ka”
apropriados
Solicitar participação
Convites “Você quer ir à Palestra com a gente?”
em eventos
Comentários bem-humorados
“Puxa, esse penteado faz você
Provocações sobre comportamento
ficar parecendo o Bozo”.
ou aparência
Pós-graduação
41
Família
A família pode ser entendida como um grupo complexo, pois é altamente solidário,
intensivo, extensivo (possui uma gama de valores), semifechado, unido, possuidor
de vínculos territoriais, socializador, educador, além de protetor da vida, da
integridade e dos valores. (SOROKIN, 1962).
Para alguns autores como Boone e Kurtz (1998), Churchill e Peter (2003), Kotler
(1998), a família é o grupo de referência que mais influencia no comportamento
do consumidor, porque as relações são estreitas. E o fato de estarem em
convivência entre os membros da família faz com que os gostos sejam parecidos e
também as necessidades.
A família, por sua vez, recebe influências do grupo de referência, da classe social a
qual pertence, do seu estilo de vida, da personalidade de cada membro da família,
entre outros fatores externos. (COBRA, 1992).
IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO
Solteiro (Pessoas Jovens e solteiras morando longe dos pais).
Casais recém-casados sem filhos
Jovens Casais cujo filho mais novo tem menos de seis anos
Jovens Casais cujo filho mais novo tem mais de seis anos
Casais maduros com filhos dependentes
Casais maduros ainda no mercado de trabalho, mas com filhos vivendo independentes.
Sobrevivente do casal ainda no mercado de trabalho
Sobrevivente do casal aposentado
Quadro 2 - Ciclo de vida familiar
Fonte: Adaptado de Churchill e Peter (2003).
Churchill e Peter (2003) fazem ressalva que nem todas as famílias passam por
todos esses estágios, nem mesmo nesta ordem. Isso se deve principalmente à
diversificação da estrutura familiar moderna.
Pós-graduação
43
Intrapessoais
De acordo com Caro (2005), dentro de uma sociedade podem existir subgrupos,
que separam as pessoas através da idade, ocupação, religião, região, localização
geográfica, nacionalidade de origem, raça, renda etc.
Idade
A pesquisa concluiu que uma série de questões se difere em muito das outras
faixas de idade que atraem os pesquisadores de marketing há anos atrás como,
por exemplo, os consumidores infantis e adolescentes.
Ocupação
Para Shiffman e Kanuk (1997), a ocupação é uma medida que talvez seja a melhor
documentada para efetuar a classificação da classe social, pois identifica o status
ocupacional. A ocupação também ajuda a determinar o nível de educação, que é
um fator determinante da posição na classe social.
Renda
O poder de compra de um indivíduo pode ser determinado pela renda, por isso
existe uma grande variedade de produtos destinados a várias classes sociais.
Necessidade
Motivação
Percepção
Pós-graduação
45
Atitude
Para Sandhusen (2003), a atitude pode ser entendida como a tendência por uma
ação, sentimento ou avaliação cognitiva, que dura um período determinado e é
dirigida a um objeto, ideia ou pessoa em particular.
Aprendizado
Cabe ressaltar que, para Engel, Blackwell e Miniard (2000, p.354), essa
forma híbrida que combina as abordagens cognitiva e behaviorista é
denominada “abordagem vicariante”.
Personalidade
Para Shiffman e Kanuk (1997), a personalidade pode ser de três propriedades distintas:
•• primeira propriedade é referente às diferentes características individuais,
aquelas que não podem ser alteradas.
•• a segunda propriedade é a que a personalidade se molda por fatores
psicológicos e socioculturais, sendo que esses podem ser alterados
através da convivência dos indivíduos.
•• a terceira propriedade é a situacional, que envolve circunstâncias fora do
comum do indivíduo, como o nascimento de um filho.
Pós-graduação
47
Estilo de vida
Para Bourdieu (1983, p.82), “às diferentes posições que os grupos ocupam
no espaço social correspondem estilos de vida, sistemas de diferenciação
que são a retradução simbólica de diferenças objetivamente inscritas nas
condições de existência”.
Kotler e Keller (2006, p.181) definem estilo de vida como “o padrão de vida de uma
pessoa expresso por atividades, interesses e opiniões. [...] representa ‘a pessoa
por inteiro’, interagindo com seu ambiente [...] reflete o que as pessoas pensam
de si mesmas (teoria do autoconceito)”.
Da mesma forma, para Bretzke (2006, p.68), o “estilo de vida é o fator que
identifica a maneira como a pessoa vive, qual é o seu traço pessoal no agir, na
prática das atividades e no comportamento em geral”.
Por outro lado, Engel, Blackwell e Miniard (2000, p. 292) consideram que
Envolvimento
Pós-graduação
49
Referências
BOONE & KURTZ. Marketing Contemporâneo. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora SA, 1998.
BOURDIEU, Pierre, “Gostos de classe e estilos de vida”. In: Ortiz, Renato (org.) Coleção
Grandes Cientistas Sociais. nº. 39. Ática, São Paulo, 1983.
BRASIL. Lei º 9.278 de 10 de maio de 1996. Regula o § 3° do art. 226 da Constituição Federal.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9278.htm.
Acesso em 23 jan 2012.
CHURCHILL JR, Gilbert A. e PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. São
Paulo: Saraiva, 2003.
DIMAGGIO, Paul. LOUCH, Hugh. Socially embedded consumer transactions: For what kinds
of purchases do people most often use networks? American Sociological Review; Oct 1998;
63, 5; ABI/INFORM Global.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 7.ed. Rio de Janeiro:LTC, 1998.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. – Administração de marketing – 12ª ed. – São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
MELLO, Luiz Gonzaga de. Antropologia cultural. Iniciação, teoria e temas. 4ª ed. Petrópolis,
Vozes, 1987.
SANDHUSEN, Richard L.. Marketing básico. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
SOROKIN, Pitirim A.; Sociedade, Cultura e Personalidade. Porto Alegre. Editora Globo, 1962.
Pós-graduação
51
Influencias de Marketing
Alex Fabiano Wehrle
A disponibilidade de um produto é essencial para que ele seja consumido, por isso
a organização precisa prever onde estarão seus clientes para que estes vejam e
sintam-se atraído a adquirir o produto.
Pós-graduação
53
Referências
CHURCHILL JR, Gilbert A. e PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. São
Paulo: Saraiva, 2003.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 7.ed. Rio de Janeiro:LTC, 1993.
Influências Situacionais
Alex Fabiano Wehrle
Ambiente físico
Ambiente social
De acordo com Moura (2005), o ambiente social é composto por indivíduos que estão
presentes na situação de compra e interagem com o ator durante o ato da compra.
Tempo
Karsaklian (2000) afirma que o tempo é algo que pode fazer com o processo de
decisão se torne mais rápido. A perfectiva temporal pode ser um imprevisto, algo que
necessite urgência na decisão, pode citar a necessidade do consumo de remédios.
Pós-graduação
55
Tarefa
Condições momentâneas
Referências
CHURCHILL JR, Gilbert A. e PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. São
Paulo: Saraiva, 2003.
ESPARTEL, L.B. e SAMPAIO, C.H. Anúncio De Novos Produtos: Seu Impacto Sobre o
Processo de Tomada de Decisão do Consumidor Anais do XXII ENANPAD – Encontro
Nacional da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Administração, 1998.
Processos psicológicos e o
Comportamento do Consumidor
Jailson Coelho
Motivação e personalidade
Talvez, o primeiro ponto que você deve entender em relação ao consumidor seja
a motivação. Com raras exceções, um ser humano não consumirá nada se não
estiver motivado a comprar.
Se por algum motivo ficar sem tomar água por algum tempo, o seu organismo
reagirá de uma forma tal que constantemente você irá se sentir compelido a buscar
o objetivo, ou seja, saciar a sede. O comportamento motivado tenderá a prosseguir
até que o objetivo seja alcançado, de forma a reduzir a tensão que você sente.
Exemplo
Mesmo sem estar com sede, ao imaginar uma garrafa de refrigerante
gelado pode lhe fazer sentir todos os sintomas da sede, desta vez
não porque o seu organismo necessita de água, mas porque a sua
imaginação pôs em funcionamento os mecanismos do corpo que lhe
fariam sentir a mesma sede. Da mesma forma, um estímulo externo,
como a visão de um grupo de amigos tomando uma cerveja, pode
ocasionar os mesmos sintomas.
Pós-graduação
57
Nos três casos, sempre haverá uma espécie de aprendizado adequado à satisfação
de saciar a sede. Haverá, então, uma vontade que se manifestará de forma física,
o que o fará ir ao bar ou supermercado mais próximo e comprar um refrigerante
ou uma cerveja. Esses exemplos se baseiam em impulsos que se manifestam de
forma fisiológica.
Grande parte dos nossos impulsos nos remetem, na sua origem, a saciar as
necessidades básicas, como a sede, o sono, a fome, a proteção do corpo contra
frio, calor e outros.
Tais necessidades são de origem psicológica ou social. Sentir sede, por exemplo, é
uma necessidade biológica, é uma necessidade básica. Não tomar refrigerantes
para poder emagrecer, no entanto, é uma necessidade de cunho social.
Exemplo
Usar um casaco para se proteger do frio é necessidade básica.
Usar um casaco da moda é uma necessidade de aceitação social,
ou secundária.
A teoria de Maslow
Importante
Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem
com força sobre os indivíduos, levando-os à ação. Para que haja
ação ou reação, é preciso que um estímulo seja implementado, seja
decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo.
Essa teoria nos dá ideia de um ciclo, o ciclo motivacional.
Importante
A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes
teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos
obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem
transpostos. Isso significa que, no momento em que o indivíduo
realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre
que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Logo, você é um
eterno insatisfeito.
Pós-graduação
59
Os desejos mais altos da escala só serão realizados quando os que estão mais
abaixo estiverem mais ou menos satisfeitos.
A teoria de Freud
Pós-graduação
61
Esses fatores foram estudados com base na premissa de que certos objetos de
consumo satisfariam mais a determinadas instâncias psíquicas do que outros,
assim como a satisfação desses desejos pode entrar em conflito com esta ou
aquela entidade.
A teoria de Herzberg
Herzberg desenvolveu uma teoria de dois fatores para distinguir os que causam
insatisfação (os insatisfatórios) e aqueles que causam a satisfação (os satisfatórios).
Para motivar uma compra, não basta que os fatores de insatisfação estejam
ausentes. Pelo contrário, os fatores de satisfação devem estar bem presentes. A
teoria de Herzberg apresenta duas sugestões, mais ou menos óbvias:
•• evitar os fatores de insatisfação; e
•• apresentar os fatores de satisfação.
A teoria de McGregor (X e Y)
Teoria X:
•• homem médio não gosta do trabalho e o evita;
•• precisa ser forçado, controlado e dirigido;
•• prefere ser dirigido e tem pouca ambição;
•• busca apenas a segurança.
Teoria Y:
•• dispêndio de esforço no trabalho é algo natural;
•• o controle externo e a ameaça não são meios adequados de se obter
trabalho;
•• homem exercerá autocontrole e autodireção se suas necessidades forem
satisfeitas;
•• a pessoa média busca a responsabilidade;
•• empregado exercerá e usará sua engenhosidade quando lhe permitirem
autodireção e autocontrole.
Exemplo
“- Eu só queria saber quem inventou o trabalho?”;
“- Meu trabalho rende se o chefe ficar me cobrando a toda hora!”;
“- O importante é receber o pagamento, independente de ter
cumprido as metas ou não!”;
“O que me interessa é ter segurança no emprego, mesmo que para
isso eu não receba um salário alto!”.
Pós-graduação
63
São pessoas que têm iniciativa e pode-se afirmar que seu grau de satisfação em
relação ao trabalho é maior do que aqueles que se enquadram na teoria X. Buscam
desafios, mas, ao mesmo tempo, essas pessoas sentem-se incomodadas com
ameaças, pois entendem que inibem a criatividade tornando-as meras executoras
de tarefas.
Assim, McGregor não disse que “se você não for Teoria X, será Teoria Y.” O que ele
deixa implícito é que, na extensão em que alguém adote e pratique as suposições
da Teoria Y, as pessoas com quem ele interage exibirão comportamento motivado.
A teoria de Jung
Jung afirmou que cada indivíduo poderia ser caracterizado como sendo
primeiramente orientado para seu interior ou para o exterior. Entretanto, o
indivíduo não é totalmente introvertido ou extrovertido.
O pensamento
O sentimento
Para esse tipo de consumidor, tomar decisões deve ser de acordo com
julgamentos de valores próprios, como, por exemplo, valores do bom ou do ruim,
do certo ou do errado, agradável ou desagradável, em vez de julgar em termos de
lógica ou eficiência, como faz o reflexivo.
A sensação
Ela reporta-se ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. É a experiência
concreta e tem sempre prioridade sobre a discussão ou a análise da experiência.
Pós-graduação
65
A intuição
Percepção
Importante
A razão é simples: o que você compra depende, para além das suas
necessidades mais profundas, dos produtos e serviços disponíveis no
seu meio envolvente e do modo como os percebe.
Em termos gerais, a percepção pode ser descrita como a forma como é visto o
mundo à nossa volta, o modo segundo o qual você constrói a representação e o
conhecimento que possui das coisas, pessoas e situações, ainda que, por vezes,
seja induzido a erro.
Percepcionar algo ou alguém é captá-lo por meio dos sentidos e também fixar
essa imagem.
As relações entre o indivíduo e o mundo que o rodeia são assim regidas pelo
mecanismo perceptivo e todo o conhecimento é necessariamente adquirido pela
percepção. Dois indivíduos, da mesma faixa etária, que sejam sujeitos ao mesmo
estímulo, nas mesmas condições, captam-no, selecionam-no, organizam-no e
interpretam-no com base em um processo perceptivo individual segundo as suas
necessidades, seus valores e suas expectativas.
É fundamental, por isso, estudar e tentar perceber esse processo, com vista ao
conhecimento dos principais fatores que determinam a captação de um estímulo
e a sua interpretação.
O processo perceptivo inicia-se com a captação, por meio dos órgãos dos sentidos,
de um estímulo que, em seguida, é enviado ao cérebro. A percepção pode então
ser definida como a recepção, por parte do cérebro, da chegada de um estímulo,
ou como o processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta
estímulos. Esse processo pode ser decomposto em duas fases distintas:
•• a sensação, mecanismo fisiológico pelo qual os órgãos sensoriais
registram e transmitem os estímulos externos;
•• a interpretação, que permite organizar e dar um significado aos
estímulos recebidos.
Exemplo
Por exemplo, uma pessoa cega tem a percepção auditiva e tátil mais
desenvolvida que a maioria das pessoas e como tal é capaz de ouvir
sons que normalmente as pessoas não ouvem conscientemente.
Pós-graduação
67
Os limiares sensoriais
Exemplo
Quando, por exemplo, você entra em uma sala escura, não vê nada de
princípio, mas à medida que os seus olhos vão se habituando, começa
a distinguir formas e depois objetos.
Exemplo
Os anúncios em preto e branco são captados mais facilmente porque
há uma diminuição da intensidade do estímulo (considerando que o
mesmo é passado num conjunto de anúncios a cores) e logo há uma
diferenciação em relação aos restantes; um anúncio com uma figura
insólita chama a atenção do telespectador, pois o estímulo apresenta-
se alterado.
A atenção seletiva explica porque é que os anúncios contra o tabagismo são mais
facilmente percebidos pelos não-fumantes, e,pelas pessoas gordas, os produtos
para emagrecimento.
A figura e fundo
O reagrupamento
O estímulo ambíguo
Importante
Um estímulo é declaradamente ambíguo quando não corresponde a
uma forma imediatamente reconhecida ou quando se podem fazer
várias “leituras”.
Pós-graduação
69
Importante
Foram identificados três mecanismos de decodificação. O consumidor
procede ora por níveis: se é caro ou é barato; ora por associação: é
caro, logo, é de boa qualidade; ora por generalizações: a partir de
cores, de logotipos ou condicionamentos. Constrói, assim, repertórios
que lhe permitem acolher e mesmo antecipar novas experiências de
compra e de consumo.
Exemplo
Sente-se, por exemplo, que os gestos de um italiano não significam
a mesma coisa que os gestos de um brasileiro, e essa interpretação
deriva unicamente das bases culturais de cada povo.
Exemplo
Assim, a figura de um quadrado encimado por um triângulo é
geralmente interpretado pelas crianças ocidentais como uma
casa, e como um templo pelas crianças orientais. Por outro lado, as
associações simbólicas ligadas aos objetos ou às cores podem variar
consideravelmente.
Exemplo
Por exemplo, percebemos uma coisa grande como de mais valor e
temos a sensação de limpeza e pureza ao vermos algo branco.
Pós-graduação
71
Atenção seletiva
Exemplo
Se você deseja comprar um automóvel, provavelmente prestará
atenção nos carros da rua, nos anúncios e nas reportagens sobre
automóveis. Da mesma forma, prestará mais atenção em conversas
sobre automóveis do que em conversas sobre a atual situação política.
Distorção seletiva
Exemplo
No caso do automóvel, se alguém lhe falar bem ou mal de uma
determinada marca que está disposto a comprar, provavelmente,
reforçará o que já tinha de positivo e não irá dar importância ao que
lhe foi falado de negativo.
Retenção seletiva
Exemplo
No caso do automóvel, é provável que você se lembre sempre
dos pontos positivos da marca que deseja comprar e acabe se
esquecendo de informações positivas sobre outras marcas.
Atitude
Importante
No consumidor, a atitude é a predisposição interna de um indivíduo
para avaliar determinado objeto, ou aspecto, de forma favorável ou
desfavorável, sendo uma das variáveis a decidir no consumo.
Pós-graduação
73
A formação de atitudes
Referências
Pós-graduação
75
Atividades de Autoaprendizagem
Numere as colunas, conforme o grupo de influências do modelo do Processo de
Compra Proposto por Churchill e Peter (2003):
1 – Influências Sociais
2- Influências de Marketing
3 – Influências Situacionais
( ) Idade
( ) Produto
( ) Tempo
( ) Renda
( ) Classe Social
( ) Tarefa
( ) Promoção
( ) Atitude
Atividade colaborativa
Você já pensou como é o processo de compra? Você imagina quantas influências
você sofre no momento da compra (Influências Situacionais) e quais são elas? Talvez
você fique surpreso com a existência dessas influências no momento da compra.
Procure analisar da próxima vez que você for fazer uma compra em um Shopping
ou em um supermercado.
Síntese
Os estudos realizados nesta unidade nos proporcionaram uma revisão das
pesquisas realizadas a respeito do modelo do comportamento do consumidor
apresentado pelos autores Churchill e Peter (2003).
O que você aprendeu aqui servirá de base para estudos e pesquisas que envolvam
o consumidor e o seu processo de compra. Identificar as influências que o
consumidor sofre durante o processo de compra é uma atividade importante para
o contexto organizacional, principalmente na criação de estratégias específicas de
satisfação e captação de públicos específicos.
Saiba Mais
Aprofunde seus conhecimentos sobre Comportamento do Consumidor, acessando
o artigo de Valter Afonso Vieira. Acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-
65552002000300015&script=sci_arttext
Pós-graduação
Unidade 3
Objetivos de Aprendizagem
•• Conhecer alguns dos tipos pesquisas sobre o Comportamento do
Consumidor, compreendendo suas metodologias.
•• Desenvolver uma pesquisa do Comportamento do Consumidor, com
base nas metodologias existentes.
Introdução
Nesta unidade, falaremos sobre as pesquisas na área do Comportamento
do Consumidor, buscando enfatizar alguns dos métodos mais utilizados na
atualidade. Apresentaremos um modelo de pesquisa a partir do qual o acadêmico
irá desenvolver sua própria pesquisa, elegendo um dentre os diversos tipos de
organizações dos mais diferentes setores.
78
Os dados primários são aqueles que ainda não estão disponíveis para consulta.
Trata‑se de dados novos, coletados para auxiliar na resolução de um problema de
pesquisa. Os dados primários estão em mãos de indivíduos e podem ser coletados
através de levantamento, observação ou experimentação.
Pós-graduação
79
Pós-graduação
81
Em relação à abordagem
Conceito
A pesquisa qualitativa refere‑se às descobertas da pesquisa que não
estão sujeitas à análise quantitativa ou de quantificação. A pesquisa
quantitativa é aquela que permite que os dados coletados sejam
submetidos a análises matemáticas.
Estatística, modelos de
Psicologia, sociologia, psicologia
decisões, sistemas de apoio
social, comportamento do
Treinamento do pesquisador a decisões, programação
consumidor, marketing,
de computador, marketing,
pesquisa de marketing
pesquisa de marketing
Pós-graduação
83
Discussões em grupo
Pós-graduação
85
Técnicas de projeção
Pesquisa de experimentação
Pesquisa de levantamento
Importante
A avaliação da qualidade das informações obtidas com a pesquisa de
levantamento determina a precisão dos resultados.
Pós-graduação
87
Pesquisa de observação
Vamos aprender quais procedimentos devem ser adotados nas etapas finais
da pesquisa, tais como análise dos dados, preparação do relatório final e
apresentação dos resultados da pesquisa.
A confiabilidade nos indica até que ponto podemos confiar na medição, ou seja,
indica-nos o grau em que as medidas estão isentas de erros. Pode ser avaliada
a partir das seguintes formas, conforme McDaniel e Gates (2004): teste‑reteste,
consistência interna e formas equivalentes.
Conceito
Um processo de medição deve apresentar confiabilidade e validade,
isto é, deve ser um processo com o menor número de erros
possível e medir realmente o que se pretende medir, seja a atitude,
aceitação, rejeição, fidelidade, etc. do consumidor em relação a um
produto/serviço.
Entretanto, o pesquisador não mede o consumidor, mas suas atitudes, sua renda,
sua idade, sua fidelidade à marca, número de filhos, estado civil, comportamentos,
nível de escolaridade e outros fatores relevantes para a tomada de decisão em
marketing. Essas características ou atributos do consumidor são medidos através
das escalas de medição e dos instrumentos de coleta de dados.
Escalas de mensuração
Pós-graduação
89
Exemplo
Para mensurar o estado civil, o pesquisador pode designar o número 1
para o solteiro, o número 2 para o casado, o número 3 para o viúvo, o
número 4 para outra situação civil.
A escala ordinal tem por objetivo obter dados ordenados da realidade, ou seja,
classificar objetos e pessoas por ordem. Não habilita o pesquisador a conhecer ou
inferir o quanto um item é preferido em relação a outros da mesma categoria, ou
seja, não é possível dizer se a diferença entre o primeiro e o segundo e entre o
segundo e o terceiro é a mesma, é maior ou é menor.
Exemplo
Classifique os seguintes aparelhos de televisão de 1 a 4, sendo 1 o
menos preferido e o 4 o mais preferido.
São eles: LG ___ Panasonic ___ Philips ___ Samsung ___ .
Escalas de atitude
Exemplo 1
_________________________________________________________
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Desconfortável Confortável
Exemplo 2
É durável _______________
100 pontos
Importante
Ao elaborar um questionário de pesquisa, você deve considerar: a
disposição das perguntas, a redação, o nível de profundidade, a
coerência com o problema e com os objetivos da pesquisa, adequando o
conjunto de perguntas abertas ou fechadas ao que pretende pesquisar.
Pós-graduação
91
Conceito
Amostragem é o processo de coleta de amostra de uma população ou
universo de pesquisa.
Pós-graduação
93
Importante
Quanto mais subconjuntos precisarem ser analisados, maior é o
tamanho da amostra. E, quanto maior a amostra, menor o erro de
amostragem.
Além desses fatores, existem técnicas estatísticas que são utilizadas para
determinar o tamanho da amostra. Existem três elementos necessários para se
calcular o tamanho da amostra: uma estimativa do desvio padrão da população, o
nível de erro amostral aceitável pelo pesquisador e o nível desejado de confiança
para um valor de população que se encaixe dentro de um limite aceitável.
Onde,
Onde,
N – tamanho da população;
n – tamanho da amostra.
Quadro 3 - Cálculo do tamanho de amostra sem conhecimento das informações sobre a população
Fonte: Dornelles Junior (2005, p. 197).
Pós-graduação
95
Com base no mesmo autor citado, temos as fórmulas para calcular o tamanho
da amostra a seguir, que servem tanto para estimar a proporção como a média
populacional.
Onde: Onde:
n = tamanho da amostra n = tamanho da amostra
N = tamanho da população N = tamanho da população
e = erro amostral e = erro amostral
s = desvio padrão p = percentual de elementos com
Z = limite do intervalo (distribuição normal) característica estudada
q = percentual de elementos sem
característica estudada
Z = limite do intervalo (distribuição normal)
Quadro 4 - Fórmulas de cálculo do tamanho de amostra, quando se conhecem as informações sobre a população
Fonte: Dornelles Junior (2005, p. 200).
Em alguns casos, o despreparo dos responsáveis pela coleta de dados ocorre por
não estarem adequadamente capacitados para fazer frente às dúvidas e, ainda,
à postura negativa dos entrevistados no momento dos questionamentos, o que
pode gerar distorções ou seletividade nas respostas.
Além disso, podem ocorrer problemas operacionais que levem a erros sistemáticos
ou aleatórios, tais como erro amostral ou erro no instrumento de coleta de dados.
Por isso, quanto maior for a experiência do pesquisador, maior será a chance de
evitar erros, o que possibilitará menor prejuízo aos resultados esperados.
Pós-graduação
97
Referências
MCDANIEL, Carl D.; GATES, Roger. Pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira, 2004.
Como este livro serve de base para uma disciplina de pós-graduação, sinto a
necessidade de escrever esta leitura especialmente com o propósito de melhor
orientar o aluno/pesquisador a desenvolver pesquisa.
Pequenas ações nas primeiras fases do curso podem amenizar, e até mesmo
solucionar, esse problema. Uma dessas ações é fazer com que o aluno tenha
contato com a pesquisa desde o início do curso, o que resulta em um ganho
significativo, embora não suficiente para que o aluno tenha o hábito de
desenvolver pesquisa.
É importante que os alunos vejam a pesquisa não como um artifício para receber
nota, ou mesmo como meio para receber o diploma no final do curso, mas
sobretudo como proposta que visa investigar e resolver problemas dos mais
diferentes, existentes sociedade, nas empresas, etc.
A partir dessa ideia é que lanço aqui minha proposta de pesquisa, que já foi aplicada
em outra ocasião e que se desenvolveu na base de uma metodologia que pode ser
agora ser estudada e posteriormente replicada pelos alunos, tanto em artigo no
final do curso de Pós-Graduação, como em pesquisas no âmbito empresarial.
Cabe aqui uma ressalva: estou escolhendo este tema, pois se trata da minha área
de pesquisa, e não existe nenhum critério de importância sobre os demais temas
de pesquisas na área do comportamento do consumidor.
Pós-graduação
99
O modelo a seguir é específico de uma pesquisa. Ele pode servir como base, mas
a metodologia deve ser a mesma, pois se modificar o método você poderá estar
modificando a validade científica.
Pós-graduação
101
Confiança
Definição Operacional: foi operacionalizada a partir dos dados obtidos por meio
das entrevistas com roteiro semiestruturado. Consideraram-se como troca
detalhada de informações todos os assuntos referentes à atividade profissional,
como: processo de construção, preço do material, situação do mercado
consumidor, clientes potenciais, concorrentes oportunistas, lucro, rendimento
da mão de obra desde início do processo, qualidade da matéria-prima, preço de
venda e fornecedores.
Definição Operacional: foi operacionalizada a partir dos dados obtidos por meio
das entrevistas com roteiro semiestruturado. Consideraram-se como resolução
conjunta de problemas todos aqueles relacionamentos que: (1) o parceiro ajuda
no desenvolvimento de processos internos; (2) o parceiro ajuda e aconselha sem
esperar um retorno financeiro; (3) os parceiros já efetuaram ações conjuntas para
solucionar problemas de ordens internas da organização; (4) o parceiro ajuda
financeiramente, sem obtenção de rendimentos (juros).
Pós-graduação
103
Aquela organização que não possui imóveis (produtos) à venda ou não presta
nenhum serviço foi eliminada da pesquisa. Essa decisão se deveu ao fato de que
a organização que está no mercado é aquela que oferece produtos e serviços
disponíveis para os clientes.
Pós-graduação
105
Aqui definimos o tipo de análise dos dados. Neste caso, como estamos
trabalhando com pessoas e conteúdos, fizemos uma análise de conteúdo como
foi embasado pelo autor a seguir.
C3
0
C7
0
I1
I2 C1
0 C4
E1
0 C2
Figura 1: Rede de Relacionamentos do Balneário Açores
Fonte: Adaptado de Dados primários.
Pós-graduação
107
Pós-graduação
109
Após a leitura dos resultados vejam que sempre existe a triangulação das
informações, que acontece a partir de três fontes de informação: a interpretação
do entrevistador, o conteúdo da entrevista e a literatura acadêmica/
fundamentação teórica.
Ao final desta leitura, podemos entender como é feita uma pesquisa no campo
do comportamento do consumidor, e a base do modelo serve para futuras
pesquisas. Os objetivos aqui foram detalhar e comentar os principais aspectos de
uma pesquisa acadêmica em nível de Pós-Graduação. Espero que aproveitem as
informações.
Referências
Pós-graduação
111
Atividades de Autoaprendizagem
Quais são os dois tipos de definições para uma análise categorial. Lembre-se de que
esses dois tipos de definições têm como forma organizar a análise dos resultados.
a. Constitutiva e Operacional
b. Relativa e Operacional
c. Operacional e Distintiva
d. Operacional e Característica
e. Constitutiva e Relativa
Atividade colaborativa
Você já pensou em fazer uma pesquisa? A pesquisa é a forma mais confiável
de se obter informações para a tomada de uma decisão. Por isso procure
desenvolver um pergunta de pesquisa, isto é, o que você desejaria saber sobre o
comportamento do consumidor.
Síntese
Nesta unidade, buscou-se fazer a apresentação de uma metodologia de pesquisa
utilizada para estudos na área do comportamento do consumidor. A metodologia
apresentada e os comentários explicativos auxiliam o aluno a desenvolver um
tipo de pesquisa.
Saiba Mais
http://www.jstor.org/stable/10.2307/2780199
http://www.scielo.br/pdf/rae/v46n3/v46n3a02.pdf
http://www6.univali.br/tede/tde_arquivos/7/TDE-2008-02-11T084116Z-267/Publico/
Marcos%20Ribeiro%20Andrade.pdf
http://www3.mackenzie.com.br/editora/index.php/RAM/article/viewArticle/1418
Objetivos de Aprendizagem
•• Compreender o ambiente organizacional e as redes sociais.
•• Compreender o relacionamento de mercado e o relacionamento imerso e
suas características.
Introdução
Os relacionamentos interorganizacionais têm sido tema de diversos estudos e
hipóteses que dão conta da sua importância para o sucesso das organizações.
Para Granovetter (1985), as ações desenvolvidas pelos atores sociais são condicionadas
pelas redes de relações interpessoais estabelecidas. (RAUD-MATTEDI, 2005).
Pós-graduação
115
Bourdieu (2005, p. 17) reforça tal argumento ao assinalar que “tudo que a
ortodoxia econômica considera como um puro dado, a oferta, a demanda, o
mercado, é o produto de uma construção social, é um tipo de artefato histórico,
do qual somente a história pode dar conta”.
Em estudos mais recentes, Balestro et al. (2004) e Amato Neto (2000) registram
que a cooperação interorganizacional é parte do cotidiano das empresas,
sejam elas grandes ou pequenas, sendo adotada entre empresas sob várias
configurações, em inúmeros setores e em todas as escalas de produção.
Nessa busca, uma das tipologias que mais se expandiu nos últimos anos são as
redes de empresas formadas por pequenos empreendimentos, cujo mercado, por
vezes, se restringe a um bairro.
Referências
Pós-graduação
117
ZELIZER, V. The social meaning of Money: Special monies. American Journal of Sociology,
n. 95: 1989, p. 342-377.
O autor também produziu o artigo “Economic action and social structure” e nele
atribuiu o termo “imersão social” (social embeddedness) ao autor Karl Polanyi e
reivindicou que o papel da Sociologia Econômica seria descrever o modo pelo qual
as ações econômicas são estruturadas por meio de redes sociais (relacionamento),
papel este sustentado por ele desde então. (SWEDBERG, 2004).
Pós-graduação
119
Dessa forma, de acordo com esses autores, essas estruturas são vitais para se
entender o comportamento das organizações.
Confiança
Definição Operacional: foi operacionalizada a partir dos dados obtidos por meio das
entrevistas com roteiro semiestruturado. Foram considerados como confiança:
•• o relacionamento duradouro;
•• o relacionamento sem quebras de contratos;
•• o relacionamento em que os atores acreditem na palavra do outro.
Pós-graduação
121
Referências
POLANYI, K. The Great transformation: the political and economic origins of our time. 1.
ed. New York, Toronto: Farrar & Rinehart, INC. 1944.
Pós-graduação
123
Atividades de Autoaprendizagem
Quais são as três características de um relacionamento imerso?
a. Confiança, Fidelidade, Troca de informações;
b. Troca de Informações detalhadas, Confiança e Resolução Conjunta
de Problemas;
c. Confiança, Resolução de Problemas e Pureza;
d. Fidelidade, Companheirismo e Patriotismo;
e. Fidelidade, Pureza e Patriotismo.
Atividade colaborativa
Você já pensou como a confiança é importante em uma transação? Você imagina
quantos negócios empresas e pessoas físicas perdem porque não se sentem
seguros com os seus interlocutores? Você aprendeu que a confiança e a troca de
informações são a base de um relacionamento imerso, além da resolução conjunta
de problemas. Você concorda que esses aspectos ajudam nas ações econômicas?
Síntese
Nesta unidade, realizou-se uma pequena revisão da literatura a respeito dos dois
tipos de relacionamento e do ambiente das organizações. Definindo assim os
relacionamentos: de mercado e o imerso socialmente. Conseguimos definir e ver
as diferenças entre esses tipos de relacionamento.
Saiba Mais
http://www.jstor.org/stable/10.2307/2780199
http://www.scielo.br/pdf/rae/v46n3/v46n3a02.pdf
http://www6.univali.br/tede/tde_arquivos/7/TDE-2008-02-11T084116Z-267/Publico/
Marcos%20Ribeiro%20Andrade.pdf
http://www3.mackenzie.com.br/editora/index.php/RAM/article/viewArticle/1418
Eu diria que ainda não, a experiência e a busca por novas fontes de informações
que ainda virão fará parte desta busca incessante pelo aprimoramento na
análise do consumidor. Esta disciplina é apenas a base para o entendimento
deste complexo ator que é o consumidor. Continue em frente e faça estudos em
diversas empresas. Com certeza você terá os mais diferentes resultados, por um
simples motivo: as pessoas são diferentes e possuem comportamentos diferentes.
Vá em frente caro(a) leitor(a) e aluno(a)!
Bons estudos!
Minicurrículo
Jailson Coelho
Título da Disciplina
Respostas e comentários das
atividades de autoaprendizagem
Unidade 1
Resposta: 5, 4, 2, 1, 3
Unidade 2
Resposta: 1, 2, 3, 1, 1, 3, 2, 1
Unidade 3
Resposta: A
Unidade 4
Resposta: C
Referências
BOONE & KURTZ. Marketing Contemporâneo. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora SA, 1998.
BOURDIEU, Pierre. Gostos de classe e estilos de vida. In: Ortiz, Renato (org.)
Coleção Grandes Cientistas Sociais. nº. 39. Ática, São Paulo, 1983.
CHURCHILL JR, Gilbert A. e PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente.
São Paulo: Saraiva, 2003.
COBRA, Marcos., Plano Estratégico de Marketing. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
Título da Disciplina
132
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar
mercados. Tradução: Bazán Tecnologia e Lingüística. 10ª ed. São Paulo: Futura, 1999.
Pós-graduação
133
MCDANIEL, Carl D.; GATES, Roger. Pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira, 2004.
MELLO, Luiz Gonzaga de. Antropologia cultural. Iniciação, teoria e temas. 4ª ed.
Petrópolis, Vozes, 1987.
Título da Disciplina
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POLANYI, K. The Great transformation: the political and economic origins of our
time. 1. ed. New York, Toronto: Farrar & Rinehart, INC. 1944.
SANDHUSEN, Richard L.. Marketing básico. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
Pós-graduação
135
Título da Disciplina