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Resumo de Memórias de Emília de Monteiro Lobato

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O livro de Monteiro Lobato, Memórias de Emília começa com a boneca de pano,
criada por Tia Anastácia a partir de uma saia dela, que de tanto falar em “minhas
memórias” decide fazer um livro com suas memórias, mesmo não tendo muitas.
Então a Dona Benta, avó de Pedrinho de Narizinho, fica questionando Emília sobre
o que ela entende por “memórias” e logo a boneca explica que “são histórias da
vida da gente com tudo o que acontece na vida da gente desde o dia do nascimento
até o dia da morte”, mas quando o escrevedor, ou melhor, escritor sente que vai
morrer, para a história e deixa o finalzinho sem acabar.
Emília logo sente dificuldade em como iniciar suas memórias e chama o Visconde
de Sabugosa para ser seu secretário, e quando ele traz o papel, a pena e a tinta,
Emília fica colocando dificuldades, se engasgando, dizendo que só escreveria em
um papel se for azul da cor do céu e ainda com todas as estrelinhas. Mas como no
sítio não há, o jeito foi fazer as memórias em um simples papel.
E começa Emília a ditar suas memórias, sendo o escritor nesse momento
o Sabugo. Ela então pede pra escrever tema, capítulo primeiro, e ainda pede pra
ele colocar 6 pontos de interrogação, afinal é difícil começar um texto, porém ele
põe sete, mais tudo bem! Tudo bem nada, ela fica colocando dificuldades, insulta o
sabugo que já quer desistir de ser seu secretário, mas Emília é tão sabida, que até
diz que a maioria dos escritores fazem isso, usa a mão de um, e depois ele ainda
leva todo o crédito.
Nas memórias, depois dos pontos de interrogação, ela pede pra escrever assim:
Nasci no ano de ... põe três estrelinhas, cidade de.. mais três estrelinhas aí, e filha
de gente desarranjada, porque tem muita gente mexeriqueira e isso atrapalharia
futuros historiadores.
Como naõ tinha muito o que escrever, decidem contar a história do anjinho da asa
quebrada, que foi de uma história à viagem ao céu, e Emília raptou o anjo e este
chamou muito a atenção do mundo inteiro que até vieram crianças da Inglaterra
em um navio no comando do Almirante Brown com a permissão do rei da
Inglaterra, Eduardo VII. Mas a galerinha do sítio, com medo daquelas crianças
todas quebrarem ainda mais o anjinho que se chama “Flor das alturas”, enfeitam o
Visconde Sabugosa de anjo, todo branco de trigo,e ainda com a asa quebrada. Não
teve jeito, as crianças espertas logo chamaram de impostor, e ficaram chateadas
por virem de tão longe para ver um ser estranho, enquanto que o almirante estava
na sala como refém na presença da Dona Benta exigida por Pedrinho, na certeza de
que nenhuma criança iria raptar o anjo.
A coisa estava feia, as crianças começaram a insultar o anjo sabugo e já queriam
até linchar, porém entra na história o Peter Pan pra acalmar e tentar resolver a
intriga, mas Pedrinho não querendo ceder, começa a discutir com ele, enquanto
que do outro lado Emília discute com a Alice do País das Maravilhas, que também
veio no navio com as crianças inglesas, (mas falavam português, porque já vieram
traduzinhas).
Assim, Pedrinho cede, conta a verdade, e mostra o anjo de verdade. Ele conta a
história dele, de como vivia entre as nuvens, até como estava vivendo e
aprendendo com Emília algumas coisas interessantes.
Depois surge do nada, o marinheiro Popeye que veio dos Estados Unidos, com a
intenção de raptar o anjo para leva-lo a Hollywood para ser estrela de cinema,
enquanto que também surge o Capitão Gancho, que veio também no navio
escondido entre os marinheiros com a intenção de roubá-lo para render dinheiro no
circo em Londres. Os dois brigaram feio, e quem venceu a luta, foi o Popeye, é
claro, já que tinha comido seu espinafre.
Depois os marinheiros do Wonderland lutaram com Popeye, mas também
perderam, e o Almirante já estava sem saber o que fazer, pois sabia que ele iria
vencê-lo. A Boneca Emília então, tem um ótima ideia, trocar o espinafre por couve,
e pede para Tia Anastácia moer, e pede para o anjinho trocar as latas, isso tudo
enquanto espera o efeito da força se acabar. Dito e feito, dado o tempo, a força
acabou, e o couve não deu o mesmo resultado do espinafre, e Peter Pan e Pedrinho
deram uma surra no Popeye, e toda criançada comemora com muito lanche e
pipoca. O Almirante agradece a esperteza de Emília e lhe promete recompensa, e
esta pede nada além de uma caixa cheia de leite condensado, pois seu prazer era
fazer dois furos na lata e escorrer um fio no prato.
Depois de três dias, as mil crianças voltam com o Almirante Brown para a
Inglaterra. E sabugo mostra para a Emília, que relê e pede para agora falar do caso
que Pedrinho queria saber no momento da partida se o Peter Pan seria o mesmo
Peninha. E assim, Pedrinho escreve essa pergunta em um papel que embrulha
sanduiche e entrega ao Rabicó, mas no meio do caminho come o recado e depois
inventa que a resposta seria nem que sim nem que não, Pedrinho fica irritado e dá
um ponta a pé nele que é lançado por cinco metros de distancia fazendo coin coin.
Bom, nesse ponto da História, o Visconde já cansado de escrever, começa a falar
de Emília dizendo que ela é uma tirada sem coração, interesseira, que nem tem dó
de ficar olhando um frango sendo matado pela Tia Anastácia , que só pensa em si e
que por isto estava ficando rica com tanta bugiganga que tem em seu quarto.
Emília depois ao lê essa parte escrita em suas memórias, observa que realmente
ela é assim mesma, e que não precisava tirar isso da história, afinal ela não tinha
culpa de ser assim, e toda a culpa é da Tia Anastácia, e Emília insulta a chamando
de Nega beiçuda, e que foi ela que os fez assim e ela era a única culpada de tudo,
inclusive a culpa era dela de ter deixado o anjo voltar para o céu quando sarou da
asa quebrada, pois foi avisado por Emília para cortar a asa, mas ela não obedeceu
por medo de ser castigada por Deus. E Emília é grossa em suas palavras racista
com sua própria criadora.
Assim, Emília libera Visconde de continuar escrevendo as memóras, e começa por
si mesma escrever o final da história sobre como seria se o anjo não tivesse ido
embora e inventa que estaria em Hollywood na presença de Shirley Temple fazendo
uma performance de Dom quixote, onde Shirley seria Rocinante, Sancho Pança o
anjinho, Dom Quixote o Sabugo, e Emília o moinho, mas antes mesmo de terminar
essa parte da história com toda a encenação de uma fita, é posto o Visconde para
aumentar e terminar a parte, mas Emília não gosta e manda ele sair novamente, e
escreve que acaba de contar sua história, mas para por enquanto por ser este o
primeiro volume de suas memórias.
A história mesmo assim continua e Emília escreve ainda que ouviu Dona Benta
contar a história de Dom Quixote que ficou louco por excesso de bondade, e faz
uma comparação com Jesus Cristo dizendo que ele também foi um homem bom,
mas seu resultado em querer salvar o mundo, foi a crucificação enquanto os
homens de sua época só pensavam em si para ficarem ricos e felizes. Dessa forma,
Emília diz que Narizinho a chama de filósofa, mas ela até entende que quando
Emília não sabia ler, era feliz, e que quando aprendeu a ler jornais viu a realidade
do mundo e ficou triste com tanta guerra, desastres, misérias e sofrimento, por
isso que o único lugar no mundo onde há paz e felicidade é ali no sítio.
Assim, Emília termina falando da Vaca Mocha, do Burro Falante, Rabicó, a porteira,
a pitangueira, a jabuticabeira, a Tia Anastácia que era ignorância em pessoa,
mas era sábia quando o assunto era cozinhar, e que não compreendia porque Deus
fez nascer uma pessoa tão boa sedo preta como um carvão, mas as jabuticabeiras,
amoras e maracujás também são pretos e ninguém os desmerecem, e lá no céu
não haverá diferença de cor. Termina falando das brigas com Narizinho e Pedrinho,
mas são boas pessoas e que também os amam. Assim, escreve que “já contou tudo
quanto sabia, já disse várias asneiras, já deu sua opinião filosófica sobre o mundo e
as impressões do pessoal de casa, e que resta apenas despedir do respeitável
público, dando até logo, e que se gostaram das memórias, muito bem!, e se não
gostaram, Pílulas! Assinado Marquesa de Rabicó, Emília. 10 de agosto de 1936,
Sítio do Pica Pau Amarelo. .

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