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Biografia Nirvana PDF
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Notícias O Nirvana foi uma das bandas mais importantes que surgiu nesse
final de século e milênio. Sobre seus méritos musicais e líricos, isto
Biografia Nirvana deve ser avaliado usando-se critérios pessoais e subjetivos, ficando
Carta ao Arnaldo Batista a cargo de cada um decidir e formar sua opinião (ficar indiferente é
difícil). Mas sua importância para o mundo do rock'n'roll, e sua
Lista das Músicas participação no cenário artístico dessa era que se acaba, isto sim é
Cronologia Nirvana inquestionável, podendo-se até dizer, sem medo de errar, que a
banda marcou indelevelmente a história da música.
Entrevista com Kurt
Interpretações de musicas
O grupo acabou sendo escolhido como o símbolo da geração
grunge, e, da mesma maneira que este movimento, o seu sucesso
Guitarras foi muito rápido. Mas isso não significa que a banda tenha tido
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pouca repercussão. Muito pelo contrário: foi super explorada e
exposta durante esse período, sendo que dessa maneira, sua
Carta suicida história se confunde com a do próprio grunge, dadas as semelhança
entre suas trajetórias (vida curta, super exposição na mídia,
Kurt D.Cobain suicidio ou
assassinato? descaracterização dos propósitos iniciais, etc). O final prematuro de
ambos é derivado de vários fatores, sendo que isso dá margem
Nirvana Fotos para muita discussão, discussão esta que fica bem caracterizada
Shows Históricos por acontecer entre dois grupos bem distintos: aqueles que acham
que o grunge (e o Nirvana) foi apenas uma moda passageira e
Curiosidades exclusivas descartável, que teve sorte por ter sido escolhido pela MTV para ser
nirvana
a "bola da vez"; e os que não vêem dessa forma, e consideram o
movimento como algo válido e com atitude, e que teve o azar de
cair nas malhas do comercialismo exacerbado que toma conta do
cenário musical de hoje em dia (ainda que, no começo, o
movimento tenha sido algo tipicamente underground).
Foi através dessa relativa fama que o produtor Jack Endino tomou
conhecimento da banda. Depois de encontrá-los e ficarem amigos,
ele ajudou-os a produzir algumas fitas demo com as quais
convenceu seu amigo Jonathan Poneman, da Sub Pop, a firmar um
contrato com eles. O primeiro fruto desse contrato foi um single
lançado em dezembro de 1988 com as música "Love Buzz" (cover
de uma banda holandesa chamada Socking Blues) e "Big Chesse".
O lançamento final desse single foi marcado por alguns problemas
(era originalmente para ter sido lançado em junho) devido às
dificuldades financeiras da gravadora. Apesar de fazer um
excepcional trabalho de divulgação de várias excelentes bandas
que não encontravam apoio nas grandes gravadoras (que sempre
vêem com maus olhos pequenas bandas que podem roubar o lucro
certo que elas possuem ao investir nos grandes nomes mundiais), a
Sub Pop continuava a ser um pequeno selo alternativo e
underground, e os problemas financeiros freqüentemente
atrapalhavam os dignos propósitos de seus fundadores. E acabou
não sendo diferente com o Nirvana, que não só viu o atraso do
lançamento de "Love Buzz", como também teve que aceitar um
aumento no preço final do material, para tentar evitar uma possível
perda de dinheiro investido pela gravadora. Felizmente, não foi o
que aconteceu: o single vendeu bem, principalmente devido ao fato
de o Nirvana já possuir um público fiel, formado nas famosas e
incendiárias apresentações da banda em Olympia e Seattle.
Empolgada com o sucesso, a Sub Pop resolve arriscar e investir em
um álbum para o trio, além de promover um grande esquema de
divulgação para eles. Por fim, vale destacar que o single de "Love
Buzz" ficou também conhecido por ter sido o primeiro a fazer parte
de uma promoção especial da Sub Pop, chamada "The Singles
Club", que distribuia singles das bandas de seu cast em formato
vinil para os clientes que assinaram esse serviço e pagavam por
isso uma pequena quantia mensal. Com o dinheiro arrecadado
nesse original e triunfante esquema comercial, a Sub Pop pagou a
estadia em Seattle de um famoso editor inglês da revista "New
Music Express". O objetivo era fazê-lo conhecer a fervilhante cena
underground da região, de maneira que ele a divulga-se lá fora. Não
deu outra: o influente editor, chamado Everett True, ficou
impressionado com bandas como Mudhoney, Nirvana e
Soundgarden, e as fez virar notícia na Europa também. A partir
desse momento, o grunge também passou a receber atenção por
parte da indústria musical e dos amantes do rock'n'roll que não
necessariamente moravam em Seattle ou arredores. Ainda não era
a histeria que viria a ser na primeira metade da década seguinte,
mas o embrião do sucesso do grunge começou a se desenvolver aí.
As bandas de Seattle passaram a fazer turnês maiores e
começaram a ver seus nomes escritos e reconhecidos em várias
revistas e publicações dos EUA e da Europa. E o Nirvana desde o
começo aparecia como o expoente desse movimento, a despeito de
haverem bandas mais experintes, como o Soundgarden, Mother
Love Bone e o Mudhoney, que já algum tempo batalhavam no
underground em busca do merecido reconhecimento (e que não
demoraria a chegar).
Mesmo sem contar com divulgação pela MTV ou rádio, o disco virou
um fenômeno de vendas logo de início, e ficou durante muito tempo
nas paradas de sucesso (tendo atingido a primeira posição nas
paradas americanas em fevereiro do ano seguinte). O Nirvana tem
seu nome levado à posição de grande sensação do rock mundial,
assim como toda geração de bandas de Seattle tem seus nomes
reconhecidos e expostos. O grunge vira a moda do momento, e
começa a ser impiedosamente explorado pela mídia, assim como
todas as bandas que faziam parte desse cenário. Seattle, que antes
disso havia dado "apenas" Jimi Hendrix ao mundo, passa a ser o
grande centro das atenções. Kurt Cobain vê sua vida invadida e
seus valores completamente deturpados, em nome do
comercialismo selvagem. Vira um típico (e talvez, o maior de todos)
ícone pop, e seu rosto é estampado em camisetas, revistas, posters
e tudo mais que a indústria do lucro conseguia inventar. Isso tudo,
sem levar em consideração se o público entendia ou não a
mensagem e o conteúdo, não só do Nirvana, como também de toda
a estética grunge. O importante era aproveitar o momento e
explorar o movimento, uma vez que uma geração de jovens inteira
se identificou de imediato com a proposta das bandas vindas de
Seattle, e, em especial, do Nirvana.
Aí começam os problemas. Kurt mostra imediatamente ser incapaz
de suportar e ser aquilo em que ele se transformou. Esse tipo de
sucesso o incomodava, e o seus antigos problemas com as drogas
voltam a atrapalhar sua carreira e o seu relacionamento com as
pessoas próximas. Assim como começa a ficar evidente também a
sua tendência a ser depressivo (fato já facilmente percebido através
do conteúdo lírico do Nirvana), a ponto de ser diagnosticado como
maníaco-depressivo, com fortes tendências suicidas. Contribui com
essa última conclusão o fato de Cobain possuir uma coleção de
armas em casa, e adorar posar para fotografias com elas,
geralmente apontado-as para sua própria cabeça (sem contar o clip
de "Come as You Are", que fala por si só). Ainda assim, nada
atrapalhou a incrível ascensão do Nirvana, e por volta de 1992, eles
possuiam prestígio e sucesso poucas vezes vistos antes na história
do show-business.
Esse não foi o primeiro show acústico promovido pela MTV, mas
certamente foi o que popularizou esse tipo de apresentação, além
de ter sido um dos mais emocionantes. A banda não tocou seus
maiores sucessos, mas soube escolher muito bem as músicas que
fariam parte do repertório, e que acabaram se encaixando
perfeitamente no contexto e nesse tipo de show.
No total foram 6 covers: "The Man Who Sold the World" de David
Bowie, "Jesus Doesn't Want me for a Sunbeam" do Vaselines,
"Where Did You Sleep Last Night" do Leadbelly e "Plateau", "Oh,
Me" e "Lake of Fire" do Meat Puppets. Essa última banda, uma das
que Cobain mais gostava quando jovem, subiu ao palco como
convidada, para tocar suas três músicas. Todas essas seis canções
ficaram excelentes, com atuações magistrais de Cobain, com
destaque para "Jesus Doesn't Want me for a Sunbeam" e "Plateau",
que ficarem realmente emocionantes. A banda tocou ainda algumas
músicas de seu repertório, como "Come as You Are", "About a Girl",
"Polly" e "Pennyroyal Tea". Essa última pode ser apontada como o
destaque final do disco, uma atuação belíssima de Kurt, muito
emotiva e inspirada. A música foi toda interpretada por ele, uma vez
que ela precisou apenas de voz e violão. Kurt calou a boca de uma
vez por todas daqueles que falavam que ele não sabia cantar .
Ainda pela MTV, a banda grava um especial de final de ano. O final
de ano que seria o último vivido por Kurt Cobain.
Kurt Cobain foi alçado a posições ainda mais altas das que ele já
gozava entre seus fãs e seguidores. Para esses, hoje ele repousa
ao lado de Jimi Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin. Sua morte foi o
primeiro passo para o fim da chamada era grunge. Surgiram teoria
absurdas como as que garantiam que a morte de Cobain fora
arquitetada e executada por Courtney Love, e até pelo FBI. Os
detratores de Seattle riam à toa, dizendo estarem certos desde o
início. A aura mágica de Seattle aos poucos foi se desfazendo até
sumir quase que completamente.
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10/01/2011 - 23h02
Nos Estados Unidos e na Europa é comum que bandas de rock realizem concertos para marcar a
passagem de ano. Ao contrário de festas que promovem a paz com shows melosos com Madonna ou U2,
algumas cidades já receberam, em pleno 31 de dezembro, apresentações de Beatles, Queen, Ramones e
Cramps, entre outros.
A cidade de Dale City, na Califórnia, abrigou um trio de peso para brindar o ano de 1992: Pearl Jam,
Nirvana e Red Hot Chili Peppers tocaram juntos na tradicional arena Cow Palace, palco de eventos
esportivos e de grandes shows. Na época, a casa abria as portas para o último grande movimento
revolucionário e cultural do rock and roll: o grunge - mesmo com os grandes headliners da noite sendo os
Chili Peppers. "Come As You Are: A História do Nirvana" e"Heavier Than Heaven: Mais Pesado
que o Céu: Uma Biografia de Kurt Cobain", biografias que contam a história do Nirvana e do mítico
Kurt Cobain, respectivamente, relatam um pouco do que aconteceu no concerto, além do contexto vivido
pelo cantor e pela banda.
Divulgação
A trajetória singular de Kurt Cobain, o
mítico líder do Nirvana.
No apagar das luzes, o Pearl Jam era o primeiro a subir no palco. O grupo ainda não era tão conhecido
assim, apesar de "Ten" ter sido lançado em agosto, cerca de um mês antes de "Nevermind". No meio do
show, o grupo de Eddie Vedder se arriscou a tocar "Smells Like Teen Spirit", o hino da juventude da
época. "Lembre-se que nós a tocamos primeiro!", brincou o vocalista.
Apesar de Kurt sempre sofrer de uma certa resistência ao Pearl Jam, decidiu embarcar numa turnê com a
banda. "Eles evidentemente são marionetes de corporações que estão tentando fazer algo só para imitar o
circuito alternativo - e nós mesmos estamos sendo colocados nessa categoria. Essas bandas de repente
pararam de lavar o cabelo e começaram a usar camisas de flanela. Isso não tem sentido. Existem bandas
partindo de Los Angeles para Seattle dizendo que nasceram aqui só para conseguirem contratos com
gravadoras. Isso me ofende", disse Kurt durante uma entrevista para a "Flipside" em 1992.
Para a revista "Rolling Stone", em outubro de 1993, falou: "aprendi que hostilizar as pessoas não me faz
bem nenhum. É uma pena, porque o problema entre Pearl Jam e Nirvana vem acontecendo há muito
tempo e se tornou tão próximo de ser resolvido. Nunca houve rixa. Eu os hostilizei porque não gostava da
banda. Não tinha conhecido Eddie ainda. Foi culpa minha. Eu deveria ter hostilizado a gravadora ao invés
deles.
Eles foram marquetados, não que eles não quisessem, mas foram sem que eles percebessem que estavam
sendo empurrados a essa coisa do grunge." Para a MTV, na mesma época, contou: "nunca tive uma briga
com Eddie. É que eu sempre odiei a banda dele. Eu não o considerava uma pessoa que realmente gostava.
Mas tivemos algumas conversas pelo telefone e ele é uma pessoa que eu gosto. Realmente gosto dele. Ele
é uma pessoa muito bacana".
De volta ao show, o Nirvana entraria no palco logo depois do Pearl Jam. O trio tocou durante 45 minutos
naquela noite, englobando 13 canções: "Drain You", "Aneurysm", "School", "Floyd The Barber", "Smells
Like Teen Spirit", "About A Girl", "Sliver", "Polly", "Breed", "Come As You Are", "Lithium", "Dumb" e
"Territorial Pissings". Kurt, com seus cabelos ensebados e pintados de ruivo e munido de duas guitarras
Fender - uma Jaguar sunburst e uma Stratocaster preta, protagonizou uma sessão de quebradeira de
instrumentos ao final do show. Não houve bis.
Depois de toda essa insanidade, foi a vez dos Chili Peppers subirem no palco. Era hora do público ouvir
as grandes músicas do ótimo recém-lançado disco "Blood Sugar Sex Magik" e talvez mais algumas outras
coisas da banda que estava na estrada há oito anos.
Divulgação
Conheça a história da banda que
tranformou o mundo da música
"É isso aí, queria desejar a todo vocês um feliz Ano Novo. O ano agora é de eleição, isso significa votar
no 'republicrata' que você escolher, seja lá qual for... espero que não seja o Bush, que significa um passo à
direita. Expulsem todos os 'republicratas'! Ou ponha abaixo o edifício federal se ele deixar você com um
gosto amargo na boa de qualquer jeito...", disse o baixista Krist Novoselic, que felizmente viu Clinton
vencer a disputa meses depois.
Krist logo após começou a cantar a introdução de "Territorial Pissings", que consiste numa passagem da
música "Get Together", dos Youngbloods. Começava a microfonia. "Feliz Ano Novo", disse Kurt. E só aí
ele entrou com os acordes de "Territorial", a última música da noite cuja letra realiza um ataque às
posturas machistas. Cobain berrava durante o refrão: "Gotta find a way, a better way" ("Tenho que achar
uma saída, uma saída melhor"). Porque o público já havia encontrado, e bem antes da meia noite.
Em 31 de dezembro de 1990, o Nirvana já havia feito um show de Ano Novo, em Portland, no Estado do
Oregon, juntamente com mais outras quatro bandas alternativas. Naquela ocasião, a casa noturna
distribuiu champanhe para celebrar a festa. O público começou a jogar as garrafas na parede que ficava
no fundo do palco, criando um gigantesco cobertor de vidro sobre o chão. Quando o Nirvana entrou em
cena, Krist afastou os vidros e tirou os sapatos para tocar.
No último dia de 1993, a banda fez mais um show de Réveillon, em Oakland, na Califórnia. Desta vez o
Nirvana era a estrela da noite e tocou 25 músicas por quase duas horas. As bandas Bobcat Goldthwait,
Chokebore e Butthole Surfers, uma das favoritas de Cobain, participaram do evento. Faltando poucos
minutos para a meia noite, Dave Grohl executou um solo de bateria. Cobain fez a contagem regressiva e
depois a banda fez uma "jam" sem rumo. Assim o grupo entrou para 1994. E então Kurt se foi e nasceu
Justin Bieber. Que ano terrível...
Abaixo, leia trechos extraídos de "Come As You Are: A História do Nirvana" e "Heavier Than
Heaven: Mais Pesado que o Céu: Uma Biografia de Kurt Cobain".
Logo depois do Natal, a banda saiu em uma curta turnê com o Pearl Jam e os Red Hot Chili Peppers, que
eram a atração principal. Ninguém estava contente com o fato de o Nirvana abrir para os Peppers, mas
eles já haviam se comprometido com isso durante o caos da turnê americana. De qualquer forma, o
Nirvana roubou o show. Pelo simples motivo de que seu álbum tomara-se número seis muito rápido. E
eles tinham um material sensacional - canções como "Lithium", "Teen Spirit" e "In Bloom". O melhor
que os Chili Peppers podiam apresentar era um cover de "Higher Ground" de Stevie Wonder. O Pearl Jam
estava só começando a tomar forma.
A turnê com os Chili Peppers foi o momento em que Chris finalmente admitiu a si mesmo que Kurt
estava pegando pesado com a heroína. "Ele estava com uma aparência de merda", diz Chris. "Parecia uma
assombração." Chris sabia que não podia fazer nada quanto a isso. "Apenas pensei, é a viagem dele, a
vida dele, ele pode fazer o que quiser", diz. "Não se pode mudar ninguém ou passar sermão sobre moral
ou qualquer coisa. O que vou fazer? Nada. Faço só a minha parte."
Todo mundo presumiu que Courtney havia feito Kurt usar heroína. "Todo mundo a estava culpando", diz
Shelli. "Ela era o grande bode expiatório. Se ele não tivesse se envolvido com ela, ele teria se envolvido
com outra pessoa e usado heroína. Essa é a real sobre o assunto. Era fácil culpá-la em primeiro lugar - e
olhando para trás, foi isso que todo mundo fez. Eles ainda o fazem. Só porque ela é barulhenta, franca e
tem seu próprio ponto de vista...".
Chris também estava lutando com seus próprios demônios. Depois de um show de Ano Novo no Cow
Palace, em São Francisco, bêbado, ele bateu a cabeça em uma peça de aquecedor dependurada em uma
passagem dos bastidores. Ele decidiu seguir na barca até onde pudesse.
O Nirvana terminou 1991 com o show da véspera de Ano-Novo no Cow Palace de San Francisco. O Pearl
Jam abriu a noite com um trecho de "Smells Like Teen Spirit" e Eddie Vedder brincou: "Lembrem-se que
nós a tocamos primeiro". Essa brincadeira era um reconhecimento de algo que todos ali sabiam: ao
começar 1992, o Nirvana era a maior banda do mundo e "Teen Spirit", a maior canção. Keanu Reeves
estava no concerto e tentou travar amizade com Kurt, que rejeitou os seus esforços. Mais tarde naquela
noite, no hotel, Kurt e Courtney foram tão incomodados por outros hóspedes que puseram um aviso na
porta: "Nada de Gente Famosa, por favor. Estamos trepando".
No momento em que o grupo chegou a Salem, no Oregon, para o último compromisso da excursão,
Nevermind tinha vendas comprovadas de 2 milhões de cópias e estava vendendo a um ritmo cada vez
mais acelerado. Para todo lado que Kurt se virava, alguém estava lhe pedindo algo - um contrato de
patrocínio, uma entrevista, um autógrafo. Nos bastidores, Kurt captou de soslaio o olhar de Jeremy
Wilson, vocalista e líder do Dharma Bums, uma banda de Portland que Kurt admirava. Wilson acenou
para Kurt, sem querer interromper sua conversa com uma mulher que tentava convencê-lo a figurar num
anúncio para encordoamento de guitarra. Quando Wilson se afastava, Kurt gritou "Jeremy!" e caiu nos
braços de Wilson. Kurt não disse uma palavra, simplesmente se entregou ao abraço de urso de Wilson
enquanto este repetia: "Vai ficar tudo bem". Kurt não estava chorando, mas não parecia estar longe disso.
"Não foi só um breve abraço", lembra Wilson. "Ele ficou ali parado por trinta segundos inteiros."
Finalmente, um dos organizadores agarrou Kurt e o arrastou para outra reunião.
*
"Heavier Than Heaven: Mais Pesado que o Céu: Uma Biografia de Kurt Cobain"
Autor: Charles R. Cross
Editora: Globo
Páginas: 544
Quanto: R$ 49,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
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