Março de 6019
Os autores
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SUMÁRIO
PARTE I
Nota introdutória 7
Capítulo 1 – Enquadramento
PARTE II
Advertência final 65
Bibliografia 65
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PARTE I
Capítulo 1 – Enquadramento
1Esta acepção da palavra lodge mantém, entre os britânicos, o seu significado original
e designa qualquer tipo de alojamento provisório ou de uso esporádico para um
determinado fim: p.e. hunting lodge – o abrigo de caçadores ou local onde se recolhe
provisoriamente a caça.
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É pois, neste contexto, por necessidade de organização interna da
corporação dos construtores e para o estabelecimento de uma
hierarquia interna de governança, que se estabelece o segredo, desde
logo revestido de um duplo carácter:
2James VI, Rei da Escócia que, a partir de 1603, é também James I, Rei das coroas
unidas de Inglaterra e Irlanda sucedendo a Elizabeth I de Inglaterra.
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das academias italianas3 e alargará essa reforma às Lojas inglesas e
irlandesas, a partir de 1603.
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científico e simbólico, por via da estreitíssima relação que as
instituições vão estabelecer entre si, nomeadamente através dos seus
membros comuns.
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Por várias razões e, com um sentido mais profundo, por discordarem da
opção liberal e agnóstica da nova Grande Loja e da sua vontade de
relegar a antiguidade histórica das suas origens e o valor dos seus
manuscritos e das suas lendas próprias, várias Lojas não se afiliaram,
permanecendo fieis às old charges das suas próprias constituições. Para
vincar a sua oposição, apelidam a nova organização de “Grande Loja dos
Modernos”
&c. of that most Ancient and Right Worshipful Fraternity, For the Use of the Lodges»,
James Anderson, 1723.
10 Leia-se a belíssima reinterpretação de Gérard de Nerval no conto «A lenda de Hiram
Old Constitutions”.
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constituída em 1751, que publicará as suas próprias Constituições, em
175613.
A face mais visível desta reforma será a introdução dos chamados “Altos
Graus” que, mais rigorosos na selecção, propõem um caminho de
progressão contínuo, baseado no prolongamento das lendas de base dos
rituais anteriores, mas com novas aceções filosóficas e de carácter
moral.
Por sua vez, o Barão Karl Gotthelf von Hund (1722-1776), iniciado nos
Altos Graus em Paris, em 1754, introduz na Alemanha esta ideia de
“escocismo” ligado aos templários e às antigas Ordens de Cavalaria, a
que chamará, numa primeira fase, “Maçonaria Retificada”, com o
intuito de provocar igualmente a reorganização da instituição maçónica
no seu país.
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Convénio de Wilhelmsbad, em 1782, que finalmente definirão o Regime
Escocês Retificado, ainda hoje praticado em várias jurisdições,
congregado que foi com as práticas introduzidas pela Maçonaria
Martinista francesa16.
A verdade é que todas estas reformas, que vieram dar origem aos
principais Ritos que ainda hoje observamos na Maçonaria, constituem
respostas conservadoras e classistas, de determinadas elites crentes,
aos desvios revolucionários e anti-religiosos emergentes da Revolução
Francesa.
Esta nova aceção não exclui nenhuma religião nem qualquer prática
religiosa mas exclui, definitivamente, os defensores da “Maçonaria
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laica”17 ou os que advogam o conceito neutro, indefinido e aberto a toda
a interpretação da figura do Grande Arquiteto do Universo.
segregadora e elitista, pela forçosa e necessária distinção de quem julga saber mais, de
quem tem mais acesso ao conhecimento, de quem se acha num estado mais evoluído,
ou seja de quão livre é, de facto, o arbítrio de cada um.
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Em Portugal a Maçonaria terá sido introduzida pela mão da numerosa
colónia de britânicos que no séc. XVIII residia em Lisboa, sobretudo
comerciantes ligados ao grande tráfego de importações e exportações do
Tejo. Tudo o que se passava em Inglaterra tinha eco quase imediato em
Lisboa, quer ao nível popular e burguês dos meios portuários e
comerciais, quer ao nível superior, através das velhas relações políticas
e diplomáticas estabelecidas entre as duas coroas.
Haverá também uma breve Loja de franceses, erigida por Jean Coustos
mas que, em pouco mais de um ano, conhecerá o mesmo fim, com a
prisão efectiva e o degredo dos seus principais responsáveis.
19A.H. Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, Vol.I, Ed. Presença, 1989.
20D. Nuno da Cunha e Ataíde (1664-1750), membro do Conselho de Estado de D.
Pedro II, Cardeal D. Nuno de Santa Anastácia a partir de 1712.
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Com a ascensão ao poder de Sebastião José de Carvalho e Melo cessam
as condenações do Santo-Ofício à Maçonaria ou, quando existiam, eram
rapidamente anuladas por ordem do ministro. A tradição maçónica
reclama a própria afiliação do Marquês, iniciado enquanto embaixador
em Londres ou em Viena, mas não há provas documentais dessa
pretensão. Existe sim a generosa tolerância deste governante para com
personalidades que reconhecidamente pertenciam à Ordem, preferindo-
os para lugares de administração. Regressam à pátria, para ocuparem
estes lugares, muitos “estrangeirados” que, tendo estabelecido
contactos com a Maçonaria europeia, darão corpo à “administração
esclarecida e iluminada” que Pombal requer para o Reino.
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vista ao seu reconhecimento do G.O.L., que só viria a mostrar-se efetivo
a partir de 1806.
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1.3 - Os Landmarks
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«The fatherhood of God, the brotherhood of man, the moral law, the
Golden Rule, and the hope of life everlasting.»26
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A paternidade de Deus, a fraternidade dos Homens, as Leis Morais, a Regra de Ouro
e a esperança na vida eterna.
27 Rui Bandeira, Os Landmarks da Maçonaria Regular: a Regra em 12 pontos, in a-
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rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas
pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência.
1.4 - A Regularidade
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ela afiliados e Instalado por um Grão-Mestre regular (normal e
preferencialmente o seu antecessor).
1.5 - O Reconhecimento
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Capítulo 2 – A Grande Loja Legal de Portugal/Grande Loja Regular
de Portugal
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O mesmo erro não se verificou à segunda tentativa. De facto, Vítor
Marques, Fernando Teixeira, Nuno Nazareth Fernandes, Antero da
Palma Carlos, João Figueiredo, José Vacondeus, Luís Lameiras de
Figueiredo, Manuel van Hoof Ribeiro e Rui Abreu, serão regularizados
pela Grande Loja Nacional Francesa que, para esse fim, reergue as
colunas da Loja Nominoé nº436, em Lorient, França, em 29 de
setembro de 1986. Esta Loja reunia sempre que se deslocassem à
Bretanha os referidos Maçons portugueses ou que estivesse em Portugal
Daniel Laurent, seu Venerável.
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Estava assim consumada a cisão interna da GLRP que redundou numa
sucessão de atos formalmente irregulares e profundamente anti-
maçónicos.
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Depois de ter estado instalada em vários locais, sempre com carácter
provisório, a Grande Loja Legal de Portugal estabeleceu-se na velha
Quinta de Sant’Ana, em pleno jardim de Telheiras, uma zona com
grande dignidade na cidade de Lisboa. O novo Templo foi consagrado a
15 de setembro de 2012. Compareceram à cerimónia representantes
das principais jurisdições regulares da Europa, do Brasil e algumas
Grandes Lojas africanas, que quiseram desta forma reforçar os laços
fraternais que mantêm com a obediência regular portuguesa.
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Grande Loja e por quatro vogais, Mestres Instalados nomeados pelo
Grão-Mestre.
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de Adesão) e dos vários juramentos rituais que lhes são exigidos, ao
longo do seu percurso maçónico.
Uma vez que a Grande Loja Legal de Portugal está inserida na vertente
regular da Maçonaria, a Constituição e o Regulamento Geral têm
também a função de conservar e balizar as suas práticas dentro dos
trâmites e limites a que a obriga a Regularidade e a Tradição
maçónicas, de quem depende para o seu reconhecimento internacional.
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Capítulo 3 – O Grau de Aprendiz Maçon
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O inculto é, enquanto princípio geral, um fanático e um intolerante, os
dois maiores inimigos do verdadeiro Maçon. As vantagens em ser Maçon
são, sobretudo, de natureza moral, filosófica e espiritual.
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Princípios, onde manifesta o cariz voluntário da sua pretensão em se
tornar candidato à iniciação na Loja indicada.
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do V:.M:. a disposição dos lugares sentados nas colunas, a configuração
do Templo e a entrada pelo Ocidente.
A Sala dos Passos Perdidos fica na linha que separa o mundo profano
do sagrado, pois é neste lugar que os Maçons se recolhem e se
concentram antes de entrar no Templo, separando o exterior do interior,
onde se aguarda para ser acolhido ou introduzido no mundo maçónico.
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3.3 - A Câmara de Reflexão
Antes de ver a Luz, todo o ser tem que ser formado em ambiente
fechado, de clausura e recolhimento. Só depois de ver a luz é que se
inicia a fase de aprendizagem e aperfeiçoamento, através de um
processo contínuo que irá durar até à morte material.
O Maçon, por isso mesmo, passa pela Câmara de Reflexão antes de ser
iniciado, ou seja, o Ventre da Loja Mãe, um período de escuridão e
maturação silenciosa da alma, onde se desenvolve o embrião da criação,
enquanto princípio de toda a vida mística da Ordem Maçónica
Universal.
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A Câmara de Reflexão surge, assim, como um ponto crítico na iniciação
do candidato, levando-o a uma purificação do espírito e, por
conseguinte, a um maior entendimento, por um lado, das coisas
terrenas e, por outro, do valor inestimável dos bens espirituais, através
do resgate do seu verdadeiro eu interior, tornando-se assim um
Aprendiz Maçon.
É por estes motivos que deve ser concedido ao profano tempo suficiente,
geralmente uma hora e nunca menos de meia, para meditar e reflectir
sobre os símbolos que se encontram na Câmara, sem que nada o
perturbe durante este período, evitando-se, sempre que possível,
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colocar mais que um profano na Câmara de cada vez. As iniciações
devem ser, preferencialmente, individuais.
«Se queres empregar bem a tua vida, pensa na morte» - Sendo a morte o
fim de tudo, a sua aproximação será o castigo ou a recompensa da vida.
Ao reflectir sobre a morte, o homem valoriza e lapida a sua vida. É por
estes motivos que o Maçon deve fazer da sua vida um caminho
laborioso, superando obstáculos, tendo no horizonte a sua máxima
valorização. A morte é, pois, o fim da vida profana e o nascimento na
vida maçónica, onde a verdade e a justiça são glorificadas e os vícios
enterrados.
«Se tens receio que descubram os teus defeitos, não estarás bem entre
nós» - O homem não pode alcançar um grau de perfeição elevada, senão
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através do estudo de si mesmo e do reconhecimento dos seus defeitos,
para, desse modo, poder lapidar a verdadeira pedra bruta que há em si.
O Maçon deve seguir um caminho de aprendizagem constante, rumo à
perfeição.
«Se tens medo, não vás em frente» - Esta inscrição existe para indicar
que no momento de perigo, o homem carente de fé e de valor se deixa
dominar pelo terror e superstição, não conseguindo exteriorizar a sua
pedra bruta. O sentimento de medo faz com que o homem bloqueie o
seu caminho rumo ao futuro e ao progresso.
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morrer para os seus defeitos e imperfeições para que uma Nova Vida
possa germinar, crescer e manifestar-se.
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O tempo voa (tempus fugit) e a vida sobre a terra é semelhante ao cair
da areia. Neste sentido, importa aproveitar bem o tempo em coisas úteis
e proveitosas, quer para si próprio quer para a humanidade. O
escoamento do tempo, simbolizado pela Ampulheta, sugere ao iniciado
que não deve relegar para amanhã as suas paixões e a procura de
virtudes, uma vez que pode não haver mais tempo. Para um Maçon, o
tempo é agora. Uma vida dedicada a acumular riquezas e ao gozo dos
prazeres sensuais não contribui para a suprema felicidade, é uma vida
desperdiçada.
Sal - Mostra ao profano que ele será acolhido alegremente, com todo o
coração, e que irá sentir-se em sua casa. É o símbolo da mão estendida,
representando a hospitalidade. Partilhar com terceiros o pão e o sal
significam uma amizade indestrutível e uma aliança que Deus não pode
romper.
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Aqui, o profano é chamado a testemunhar por escrito as suas intenções
filosóficas. A finalidade não reside apenas em responder às questões,
mas antes fazer com que o iniciado veicule a sua opinião sobre essas
mesmas questões e redija as suas últimas vontades, tal como se fosse
morrer, manifestando os seus últimos pensamentos e disposições,
dizendo a verdade pela influência que a Câmara exerce sobre a sua
pessoa.
In, graulivre.blogspot.com
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3.4 - O Aprendiz Maçon
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pelos sentimentos e virtudes do obreiro e assegurando com
determinação a prossecução dos objectivos traçados.
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abertura que comunica o profano e o sagrado e, por onde se entra, para
aprender os mistérios da alma e do espírito.
A porta deve ficar em frente ao Oriente e ser ladeada por duas colunas,
B (força) à esquerda e J (beleza) à direita, também chamadas de
Colunas de Salomão, ambas decoradas com lírios e romãs. Os lírios
simbolizam a pureza e a virgindade, a beleza feminina, a chama
fecunda, enquanto as romãs simbolizam a virilidade masculina, a
fecundidade, a riqueza, a abundância e a união entre todos os Maçons.
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Os laços da união e fraternidade que devem abranger os Maçons em
todo o mundo, também chamados laços do amor, são representados por
uma corda de nós que percorre toda a parte superior dos templos
maçónicos europeus mais antigos, terminando as extremidades junto
das colunas B e J, dando a entender que os laços fraternais devem
prolongar-se e ter continuidade fora do templo.
3.6 - O Ágape
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A organização e educação maçónicas assentam na aprendizagem e
conhecimento dos seus símbolos ritualísticos, entre os quais se
encontra o Ágape, enquanto acto dinamizador dos laços de
solidariedade e fraternidade entre II:.
Após uma sessão em Loja vem sempre uma refeição. As primeiras Lojas
inglesas começaram a operar em Tabernas. Daí que, o Ágape seja
obrigatório no Rito de Emulação, com tudo o que se encontra na mesa a
ser comparado com apetrechos relacionados com a artilharia, tendo
encontrado inspiração nas tradições das Lojas pré-militares
revolucionárias francesas. A água é pólvora, o vinho é pólvora
fulminante, a cerveja é pólvora amarela, os copos são canhões, o sal é
areia branca, etc.
O acto de tomar as refeições sempre foi, historicamente, uma actividade
social, já que se realizam colectivamente, tendo sido, desde sempre,
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uma acção de grupo, considerando-se que um novo membro só é
verdadeiramente aceite numa determinada comunidade a partir do
momento em que passa a partilhar as refeições com os demais, melhor
forma de quebrar espíritos e selar compromissos.
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3.7 - O Simbolismo Maçónico
Por outro lado, o simbolismo revelou-se, desde sempre, como uma das
formas mais eficazes do Maçon transmitir os seus pensamentos e a sua
filosofia de vida, sendo, por isso mesmo, um dos patrimónios mais
valiosos herdado dos seus antecessores.
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Nas nossas vidas maçónicas confrontamo-nos com símbolos de madeira
e pedra, objectos mortos, jóias, mas também com a capacidade, a força
e o poder de as fazer reviver em toda a sua plenitude espiritual
simbólica.
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não seria possível demonstrar a existência e as realidades da vida. É
por isso que, em Maçonaria, existem três ferramentas de trabalho em
cada grau, três oficiais principais, três luzes grandes e três pequenas,
para citar apenas alguns exemplos.
E se é verdade que o divino G:. A:. D:. U:., ser supremo, misterioso e
invisível, não pode ser inteiramente representado através de símbolo ou
símbolos, não é menos verdade que Ele é a Grande Realidade, o Pai de
todos os símbolos, o Centro do Círculo e da sua Circunferência, o
Símbolo da Eternidade e, por conseguinte, a Fonte Inspiradora e
Grande Objectivo de todos os símbolos vivos da Maçonaria – os Maçons.
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O Malhete é o símbolo da autoridade do Venerável Mestre e personifica
a disciplina nos trabalhos a que todo o Maçon está obrigado. O Prumo
significa a verticalidade, a rectidão e a integridade que devem reger as
nossas condutas.
In, maconariaesatanismo.com.br
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Capítulo 4 – Postura e compostura
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A entrada de um Aprendiz em Loja ou em Grande Loja obedece às
instruções do Venerável ou do Muito Respeitável Grão-Mestre,
transmitidas ao Mestre de Cerimónias, que podem configurar:
Ainda que rara nas sessões de Grande Loja, por causa do tempo que
consome, a Entrada Ritual do Aprendiz pode ser pedida, nomeadamente
ao Aprendiz que abre o cortejo de entrada dos demais, a título de
exemplo e de controlo, pelo que é fundamental que qualquer Aprendiz
Maçon a domine na íntegra, porque a qualquer momento pode vir a ser
chamado a executá-la.
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correta execução dos rituais de entrada em Grande Loja, em qualquer
Grau, engrandece o trabalho desenvolvido pelas Lojas e quem as dirige.
In, www.arabeegipcio.com
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PARTE II
De onde vens?
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de horas de luz e, consequentemente, a data em que a noite é mais
curta.
Mas a Loja de S. João é também a Loja que é presidida pelas três luzes
da Maçonaria: o esquadro, o compasso e o Livro Sagrado, aberto no
Evangelho de S. João, o texto que nos apresenta Deus como o início e o
fim de tudo, Deus como palavra (verbo=logos), princípio e força geradora
e criadora de tudo quanto há.
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Essa marca da continuidade ou da intemporalidade do trabalho
maçónico é repetidamente lembrada ao Aprendiz através da fórmula
ritual: «Que a Luz que alumiou os nossos trabalhos continue a brilhar
em nós, para que possamos concluir no exterior a obra iniciada neste
Templo».
Solstício de Verão
In, https://pt.wikipedia.org/wiki/Solstício
Solstício de Inverno
In, https://pt.wikipedia.org/wiki/Solstício
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Devo então presumir que és Maçom?
32 http://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_Cornelius_Agrippa_von_Nettesheim
33 Agrippa, Cornelius – De occulta filosofia Libri três – Ed. V. Perrone Campagni, 1991
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Cornelius Agrippa, De oculta filosofia, Libri due
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O estudo das proporções do corpo humano teria um interesse modesto
para os herdeiros das ciências pitagóricas não fosse este revelar que,
também no corpo humano, se procurou descobrir e estabelecer a
“divina proporção” ou a “proporção harmónica”.
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Qualquer progressão sequencial que se baseie na secção de ouro será,
ao mesmo tempo, uma progressão aritmética e uma progressão
geométrica.
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Descoberta esta proporção, foi depois possível estabelecer um conjunto
de relações constantes no corpo humano, importantes para a
antropometria, a ergonomia e a medicina. Assim:
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Em termos geométricos, a proporção de ouro foi depois transposta para
o polígono regular a que se deu o nome de Rectângulo de Ouro, onde se
mantem a mesma relação racional, agora entre os lados maior e menor.
Ilustração do autor
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concordante. Em Maçonaria esses conceitos estão perfeitamente
enquadrados pela Dualidade e nunca pela Duplicidade.
No entanto, pensamos que esse erro comum advém de uma outra forma
de descobrir a mesma Sagrada Proporção ou Proporção Harmónica ou
ainda Proporção de Ouro. Neste caso, ela é obtida através de uma
transferência da diagonal do “quadrado oblongo” e é, talvez por esse
facto, que tal figura geométrica tenha erradamente entrado no léxico
maçónico.
Ilustração do autor
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Advertência final
Mais uma vez, a Academia Maçónica vem lembrar que este Caderno em
nada substitui o Ritual de Aprendiz, editado pela G.L.L.P/G.L.R.P. e em
uso nas Lojas sob sua jurisdição. Ele constitui apenas um documento
auxiliar para a formação maçónica dos Obreiros pelo que se recomenda
vivamente o estudo aprofundado do Ritual e do Catecismo do Grau, que
dele faz parte integrante e inseparável.
Bibliografia
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OLIVEIRA MARQUES, A.H., História da Maçonaria em Portugal, Vol. 1 e
2, Ed. Presença, 1996.
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