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A intentou contra a EDP ação declarativa de condenação com o fundamento em que, durante
e por causa do apagão de 9 de maio de 2000 no sul do país, caiu nas escadas do seu prédio e
fraturou um braço e uma perna, o que lhe causou serevas dores, angustias e incómodos. Pediu
o pagamento de uma indemnização no valor de 25.000 euros. A EDP contestou alegando que o
credito de A estava prescrito porque A teve conhecimentos dos factos constitutivos do seu
direito há mais de 3 anos
a) A tem de provar que a energia elétrica falhou durante o dia 9 de maio de 2000 no sul
do país?
b) A tem de provar que a fratura lhe causou muitas dores, angustias e incómodos?
c) Independentemente da questão da repartição do ónus da prova, o conhecimento e o
momento do conhecimento dos factos constitutivos do direito por parte de A estão
sujeitos a prova?
Resolução:
Em relação à aliena a) – 412 CPC estamos perante um facto notório, não carecem de prova,
sendo assim, não vão para os temas de prova do artigo 596. Definição Lebre de Freitas: grande
notoriedade para a generalidade das pessoas, mas essencialmente para as partes e para o juiz
da causa. O facto ficará provado.
Caso 85.
Afonso intentou contra Bártolo ação declarativa de condenação com fundamento em que, no
dia 1 de janeiro de 2006, Bártolo cortou propositadamente o fio que fornecia energia elétrica
ao seu restaurante, assim lhe causando uma interrupção no fornecimento de 5 dias e um
prejuízo de 50.000 euros.
Bártolo contestou, impugnado e alegando que o credito de Afonso estava prescrito, pois que:
Sub-hipótese: suponha-se que, após a produção da prova, o tribunal fica convencido de que
Afonso tem efetivamente um restaurante e o reu cortou o fio elétrico, mas fica com duvidas
depois de ouvidas as testemunhas, sobre se faltou ou não a energia elétrica durante 5 dias. O
tribunal deve dar como não provado esse facto à simples duvida sobre a sua verificação ou era
necessário que Bártolo fizesse prova do contrario?