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Casos Maria Fernanda Palma – imputação subjetiva

Caso 1)

A) A dispara para matar o cão e no momento em que o faz não atingiu o alvo correto.
Erro na execução – caso em que não há um erro quanto à identidade do objeto mas
quanto à execução do ato. (aplicado ao caso) VS erro sobre o objeto – o agente
comete o erro antes da execução; erro formulado sobre a identidade da vitima.
Aberratio ictus, podendo ser com identidade típica ou sem identidade típica. No caso
há aberratio ictus sem identidade típica.
Punição do agente por tentativa de atingir o cão (aquele que não conseguiu obter) e
simultaneamente pelo crime consumado (no caso, atentado à integridade física).
212//1 CP + 144 CP. Punição pela tentativa + crime consumado – por crimes dolosos
O facto do nosso agente saber que estavam a brincar crianças às escondidas e que
estava lusco fusco não o levou ainda assim a por um travão ao seu plano que disparar
contra o cão. Disparar uma arma de fogo para um terreno onde estão crianças existe
um conjunto de riscos que poderão acontecer. A intensidade do risco e não obstante
ele saber a existência de crianças poderá relevar a existência um dolo eventual – o
agente sabendo das circunstâncias ainda assim decidiu disparar – relacionado com a
linguagem social. Logo, punimos por tentativa dolosa de crime de dano quanto ao
cão e quanto à criança por crime consumado à integridade física.

B) Um dos elementos do dolo é o elemento intelectual que se carateriza essencialmente


pela manifestação da consciência da factualidade típica. Esta exige que se verifiquem 3
aspetos, nomeadamente a previsão do decurso do acontecimento – é necessário o
conhecimento pelo agente da conexão entre a ação e o resultado. Acerca do mesmo,
estamos perante um erro na execução, onde o objeto atingido é diferente do que
estava no propósito do agente. Ao contrario do caso anterior estamos existe
identidade típica.
Como poderemos saber se um crime pode ser punido por tentativa? Artigo 23 – se for
punido por mais de 3 anos e doloso. Ou a tentativa está prevista na lei. Há dolo em
relação ao cão de B. O comportamento não podia ser imputado a maus tratos de
animais poderíamos imputar a titulo de tentativa.
Negligencia? Em relação à ofensa da integridade física

C) Problema de dolo alternativo. O agente conforma-se em obter um dos dois, não


havendo prevalência. Ação ambivalente. Como punimos? Figueiredo Dias, pune-se
apenas o crime consumado, só há uma ação que cumpre objetivamente e
subjetivamente os elementos de um só crime. Maria Fernanda Palma, punir por
tentativa o crime não consumado e punir dolosamente o crime consumado.
Mas para punir a tentativa tem de haver perigo.

D) Um dos elementos do dolo é o elemento intelectual que se carateriza essencialmente


pela manifestação da consciência da factualidade típica. Esta exige que se verifiquem 3
aspetos, nomeadamente a previsão do decurso do acontecimento – é necessário o
conhecimento pelo agente da conexão entre a ação e o resultado. Acerca do mesmo,
estamos perante um erro na formação da vontade. FD distingue a solução com base
num critério: o objeto atingido é tipicamente idêntico ao projetado ou o agente erra
sobre as qualidades tipicamente relevantes do objeto? no caso estamos perante a
primeira situação e, portanto, o erro é irrelevante. A lei proíbe a lesão de qualquer
objeto ou pessoa e não de uma determinada.
Resolução:
Tentativa impossível? Impossível criar dano a um objeto que não e propriedade de
ninguém G
Erro sobre entidade sobre o objeto e um erro de suposição que rendondaria por
tentativa impossível, sendo o agente não punido

2)

A) Para afirmar o dolo eventual de morte – o risco de contaminação e subquentemente


morte é muito reduzido, mesmo assim pode afirmar-se dolo?
Divergência entre FD e MFP em relação à SIDA: implica que para um desses autores
não haja dolo.
Erro sobre o processo causal. Como é que identificamos o erro no processo causal? O
bem jurídico que o agente quis atingir é aquele que veio a ser lesado. Será possível
imputar o resultado morte ao agente?

Agravação pelo resultado – agressores que só querem bater mas acabam por matar

…………..

4)

A) No erro sobre identidade da pessoa ele consegue obter o resultado que pretendeu, o
resultado é levado a cabo mas a pessoa não é a certa, há uma perturbação anterior, ao
contrario no erro sobre a execução. No erro sobre a execução é atingido objeto
diferente daquele que estava no propósito do agente – há uma perturbação sobre o
que ele pretende e o que consegue.
A queria atingir o patrão, B, mas atinge C. Há um erro sobre a execução. Pune-se
quanto ao patrão o crime de propagação de doença – 283, ou ofensa à integridade
física por tentativa (artigo 23) – temos dolo direto (requisito para a tentativa) e pena
superior a 3 anos. No caso acontece. Podemos punir por tentativa. Se não fosse
superior a 3 anos podemos punir por tentativa quando estiver especialmente previsto.
Em relação à secretaria, C, pune-se por crime negligencia de propagação de doença ou
ofensa à integridade física. É negligente porquê? Podia ser dolo eventual se ele se
conformasse que a chávena podia ser de outra pessoa. Se não o fez, não há dolo
eventual e há negligencia pois pensava que a chávena era do patrão. C pune-se por
negligencia sendo necessário que para tal é necessário que esteja prevista, como está
no 283/2.

B) O agente quis ou não produzir este resultado? O agente representou não há erro. Ele
sabe o que esta a fazer e o que pode acontecer. Dolo eventual ou negligência
consciente? O risco valoriza mais a relação sexual em relação ao risco que poderá
causar. O resultado não era de todo improvável

C) Não podemos imputar dolo direto, só podendo imputar quando tem relações sexuais.
A morte não foi por ter uma relação sexual. Existência de risco intenso de contagio, o
agente tendo decidido por não se isolar – problema do agente estar perante um risco
mais intenso, com relações sexuais ou estar em contato com a casa. Se o agente sabe
que está contagiado tem de saber minimamente como ela se propaga. O risco mais o
conhecimento torna insustentável dizer que o mesmo não aceitou ou não sabia do
mesmo. Estava em erro pensando que só com relações sexuais.
Podemos imputar objetivamente? Ver os 3 estádios. Se entendermos que não há
conexão, não imputamos objetivamente o crime de homicídio. Podendo haver apenas
crime de propagação de doença – se sim, vemos subjetivamente? Dolo eventual de
propagação de doença. Não há para imputar objetivamente e como tal resta a
possibilidade de imputar o resultado morte como uma agravação – 185 – crime de
agravação de doença. Aqui, há um duplo .... – contagiou e ? e a professora diz que se
tem de fazer um juízo: o resultado morte teria acontecido sem a doença?. Negligencia
inconsciente.

D) Problema de criação do risco. O que falta ao mesmo é a proibição. Não há a criação de


um risco proibido. Auto colocação em perigo livremente aceite. Estas situações tem
uma pequena exceção: hétero colocação em perigo – situação especifica destes casos
de auto colocação em perigo livremente aceite. Roxin – há situações em que o agente
pena que se esta a colocar livremente em perigo mas este tem falta de conhecimento.
Dealer da droga a agente, o agente morreu de overdose, quando comprou droga ao
dealer aceitou o risco (auto colocação em perigo livremente aceite). Diferente será
(hétero..) se o dealer souber que tem uma droga impura com alta probabilidade de
matar e não disser nada. Vendeu a droga sendo que o agente consentiu num perigo
que não é o correto.
Imaginando que a amante não sabia do risco de contágio ou menos informação –
hétero colocação em perigo.
Há alguma causa de justificação? O consentimento – 38 CP

5.

A) Em relação ao B: situação de erro sobre a identidade da pessoa. Dolo direto. Crime de


homicídio doloso,
Em relação a A: em relação a morte de D – crime consumado de homicídio, dolo
eventual
Em relação a C: comparticipação, tem 2 modalidades: autoria, e dentro dos núcleos de
autores pode ser autor mediato, imediato ou coautor. A segunda modalidade:
participação em sentido estrito. Os participantes não praticam atos de execução,
havendo os instigadores (o A, no caso), cúmplice (auxilio material ou mora)
B é quase a arma do crime. A instigação dolosamente o B. A poderia prever que o B se
enganaria e havia informações precisas. A tem então pelo menos dolo eventual.
Como imputo o crime consumado a um agente que nem sequer estava la? Pelo nexo
de acessoriedade? Artigo 26. Parte final. Podemos alargar o ato de homicídio à pessoa
que planeou.
Há um cenário em que podíamos negar este nexo de acessoriedade – caso de desvio
de mandato (instigador manda o instigado matar B, e o instigado decide por sua livre
vontade o A)

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