Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região - 1º Grau

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O documento a seguir foi juntado aos autos do processo de número 0101319-44.2019.5.01.0017

em 06/03/2020 17:55:04 - 5ee6b06 e assinado eletronicamente por:
- LEONARDO SANTINI ECHENIQUE

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 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA MM. 17ª
VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

Processo n.º 0101319-44.2019.5.01.0017

GENERAL ELECTRIC DO BRASIL LTDA., sediada na

Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço na Avenida
Magalhães de Castro, 4.800, 9º andar, Cidade Jardim, inscrita no CNPJ sob
o nº 33.482.241/0001-73, vem, sempre respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador que esta subscreve,
vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar sua
CONTESTAÇÃO pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:

DAS INTIMAÇÕES

A Reclamada requer que sejam todas as intimações relativas

à presente demanda publicadas no Diário Oficial em nome dos advogados
CARLA ABDUCH, inscrita na OAB/SP sob o nº 307.893; JULIANA BARALDI
LOPES, inscrita na OAB/SP sob o nº 297.275 e LEONARDO SANTINI
ECHENIQUE, inscrito na OAB/SP sob o nº 249.651, sob pena de nulidade
do ato de comunicação nos termos da Súmula nº 427, do C. TST.

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 BREVES CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO CONTRATO DE
TRABALHO DO RECLAMANTE. ILEGITIMIDADE DA RECLAMADA

O reclamante celebrou contrato com a reclamada em

22/04/2002, sendo que pretende a baixa de sua CTPS e emissão de alvará
para levantamento do seguro-desemprego.

Alega que se ativou para a reclamada até 31/07/2013, data

que pretende ser inscrita em sua CTPS.

Ocorre que pela própria análise dos extratos de FGTS

juntados aos autos pelo reclamante, verifica-se que seu empregador é a
Efficient Lighting Products Ind e Com de Lâmpadas:

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 A reclamada salienta que em a fábrica era de sua
propriedade até setembro de 2008, sendo que após foi venda para a Eficient
Lighting Products Ind e Com. De Lâmpadas, de modo que de tal data em
diante é de tal empresa a responsabilidade pela anotação de sua CTPS.

Cabe ressaltar que pela análise do cartão de CNPJ da

reclamada verifica-se que, de fato, houve baixa em 10/09/2008:

Uma vez que o reclamante informa que seu contrato de

trabalho findou em 2013, por certo que não era mais empregado da ora
contestante, que encerrou suas atividades cinco anos antes.

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 Desse modo, verifica-se que a contestante não possui
sequer legitimidade para figurar no polo passivo da presente demanda,
tampouco para dar baixa na CTPS do obreiro.

Em prestígio à economia e celeridade processuais, a

reclamada sugere que a secretaria deste D. Juízo dê baixa na CTPS do
obreiro, assim como seja expedida a guia de levantamento do FGTS, como
pretendido pelo autor.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Caso Vossa Excelência entenda ser cabível pagamento de

honorários advocatícios no presente caso, estes deverão ser recíproca e
proporcionalmente distribuídos, nos exatos termos dispostos no artigo 791-
A da CLT (Lei nº 13.467/2017), que assim dispõe:

“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa

própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados
entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15%
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação
da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
(...)
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará
honorários de sucumbência recíproca, vedada a
compensação entre os honorários.”

Ressalta-se que a lei de natureza processual produz efeitos

imediatos, atingindo também os processos em curso, de forma que a norma
mencionada se aplica aos processos a partir de 13/11/2017, devendo ser
considerado que o contrato de trabalho se encerrou em 03/09/2018.

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 Desta forma, em caso de improcedência total ou parcial,
requer seja a parte autora condenada no pagamento de honorários de
sucumbência.

Em atendimento ao princípio da eventualidade, caso Vossa

Excelência entenda pela inaplicabilidade da Lei nº 13.467/2017 ao presente
caso, requer-se a improcedência do pedido de honorários advocatícios por
não estarem preenchidos os requisitos das Súmulas n.º 219 e 329 Colendo
Tribunal Superior do Trabalho. Sucessivamente e, ainda que assim não se
entenda, o que não se acredita ou espera, a condenação deve ser limitada
ao percentual de 15% incidente do valor líquido.

REQUERIMENTOS

A) Sejam julgados improcedentes os pedidos formulados

pelo Reclamante em relação à contestante, com sua condenação no
pagamento das custas processuais e demais cominações legais.
B) Seja autorizado, sobre eventual e remota condenação, o
desconto do Imposto de Renda, onde couber, já que por força do art. 46,
da Lei 8.541/92, é da Reclamada a obrigação da retenção e recolhimento.
C) Seja autorizado, sobre eventual e remota condenação, o
desconto das contribuições previdenciárias, inclusive do empregado,
devendo sua parte ser abatida de seu crédito.
D) Ad eventum, requer sejam os valores apurados em
regular execução de sentença, via liquidação legal, já que as
proporcionalidades das verbas ficam impugnadas, seja a correção
monetária apurada pela época própria, ou seja, a partir do mês
subsequente ao da prestação dos serviços, a teor da Súmula 381, do
C.TST., e juros de mora pro-rata-die a partir do ajuizamento da ação, bem
como os abatimentos compensatórios em relação aos títulos já quitados.

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 E) Requer, ainda, o depoimento pessoal do Reclamante na
instrução, sob pena de confesso e a produção dos demais gêneros de provas
em direito admitidas e permitidas, notadamente as provas testemunhais,
periciais e documentais, bem como se ratifica a juntada de novos
documentos.
F) Requer, ainda, na eventualidade de condenação da
Reclamada ao pagamento das verbas postuladas na exordial, no todo ou
em parte, sejam adotados, para cálculo do valor da condenação, os critérios
de frequência efetiva (somente os dias trabalhados), descontando-se férias
e outros afastamentos, bem como a correta evolução salarial do
Reclamante.
G) Requer, também, que com o encerramento da instrução
seja dada às partes oportunidade de memoriais.

Termos em que,
Pede deferimento.

São Paulo, 06 de março de 2020.

Leonardo Santini Echenique

OAB/SP 249.691

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