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Ageu Armando Joaquim Mendonça

Agira Augusto Giroque


Beleza Sandra António
Elsa Gilberto

Nafiza Ali Ussene

Dimensões da avaliação institucional

(Licenciatura em Administração e Gestão da Educação)


Habilitações em Supervisão Educacional

Universidade Rovuma
Nampula
2019
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Ageu Armando Joaquim Mendonça


Agira Augusto Giroque
Beleza Sandra António
Elsa Gilberto

Nafiza Ali Ussene

Dimensões da avaliação institucional

(Licenciatura em Administração e Gestão da Educação)


Habilitações em Supervisão Educacional

Trabalho de carácter avaliativo a


ser entregue no curso de
Administração e gestão
Educacional na cadeira de
Avaliação Institucional
Docente:
MA. Manuel Rapieque

Universidade Rovuma
Nampula
2019
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Índice
1. Dimensões da avaliação institucional....................................................................................4
1.1. Conceitos...........................................................................................................................4
1.2. Concepção da auto-avaliação.............................................................................................4
1.3. Estratégias de avaliação institucional................................................................................5
1.4. Dimensões da autoavaliação..............................................................................................5
1.5. Instrumentos: elaboração e aplicação................................................................................6
1.6. Tratamento, análise e interpretação dos dados..................................................................6
2. Avaliação institucional no ensino superior............................................................................8
2.1. Eixo 1: Planeamento e Avaliação Institucional.................................................................8
2.2. Eixo 2: Desenvolvimento Institucional..............................................................................8
2.3. Eixo 3: Políticas Académicas............................................................................................9
2.4. Eixo 4: Políticas de Gestão................................................................................................9
2.5. Eixo 5: Infra-estrutura Física...........................................................................................10
2.6. Metodologias avaliação...................................................................................................10
Conclusões..................................................................................................................................11
Bibliografia.....................................................................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho tem como tema dimensões da avaliação institucional com objectivo de
mostrar como são definidas as dimensões da avaliação institucional.

As dimensões institucionais estabelecidos como obrigatórios para a avaliação das instituições


superiores, no art. 3º da Lei 10.861, de 14 de Abril de 2004, que instituiu o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior – SINAES e expressos, também, pela Comissão Nacional de
Avaliação da Educação Superior (CONAES), orientaram a CPA na estruturação de seu
funcionamento e na organização dos processos da auto-avaliação por meio das Comissões
Institucionais (académica e de gestão) e de suas Comissões Sectoriais.

As razões de ordem socioeconômicas, político-administrativas, científico-pedagógicas e legais


que justificam a necessidade de a escola se autoavaliar são abordadas no texto a fim de explicitar
a importância da avaliação institucional das escolas e também trazer elementos conceituais que
contribuam por um lado, para a compreensão da avaliação educacional e da avaliação da escola
para captar o movimento institucional, e por outro; e propiciar um refinamento metodológico no
campo da avaliação de escolas, compreendendo que a avaliação, se entendida como uma análise
crítica da realidade é fonte valiosa de informação, problematização e ressignificação dos
processos educativos, consequentemente, tem função estratégica no desenvolvimento
institucional da escola e na gestão educacional.
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1. Dimensões da avaliação institucional


Para dar o inicio de presente trabalho começaremos por abordar os conceitos básicos da dimensão
da avaliação institucional, portanto:

1.1. Conceitos
Dimensões são agrupamentos de grandes traços ou características referentes aos aspectos
institucionais sobre os quais se emite juízo de valor e que, em seu conjunto, expressam a
totalidade da instituição.

Categorias são subdivisões ou aspectos específicos que compõem uma dimensão e que, em
conjunto, expressam a situação em que se encontra a instituição com relação a cada dimensão.

Grupo de indicadores é o conjunto de medidas e/ou evidências usadas para caracterizar o


estado da categoria.
Indicadoras são evidências concretas (quantitativas ou qualitativas) relativas a cada um dos
grupos de indicadores, que de uma forma simples ou complexa caracterizam a realidade dos
múltiplos aspectos institucionais que retratam.
Critérios são atributos ou qualidade dos indicadores que permitem avaliar uma categoria.
(DOURADO, 2015)

1.2. Concepção da auto-avaliação


A auto-avaliação orienta-se pelas premissas e dimensões propostas pelo SINAES e tem como
objectivos:

a) Ser um processo contínuo, estruturado e reflexivo para o aperfeiçoamento do desempenho


académico;

b) Ser uma ferramenta para o planeamento e a gestão universitária;

c) Ser um processo sistemático para responder, através de suas acções, às necessidades de sua
comunidade e da sociedade.
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1.3. Estratégias de avaliação institucional


FÓRUNS REFLEXIVOS: espaço criado para que a CPA e as Comissões Institucionais de
Avaliação – CIAs., divulguem as actividades desenvolvidas e alimentem o processo com
palestras e debates.

 Reuniões com a comunidade universitária.


 Boletim informativo.

1.4. Dimensões da autoavaliação

AUTO
AVALIAÇÃO

DIMENSÃO 1 DIMENSÃO 2 DIMENSÃO 3


INFRA-
ORGANIZAÇÃO CORPO SOCIAL ESTRUTURA
INSTITUCIONAL FÍSICA

CATEGORIAS CATEGORIAS CATEGORIAS

Gestão Docente Instalações


Administrativa Discentes e Gerais
Gestão Académica Egressos Biblioteca
Técnicos Laboratórios
Administrativos Instalações
Específicas:
Clínicas, Hospital,
Fazenda Escol

FONTE: Adaptado de SINAES. Instrumento de avaliação externa de universidades. Versão preliminar. Brasília:
INEP, Março de 2005.
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1.5. Instrumentos: elaboração e aplicação


Após a definição das dimensões, categorias de análise e indicadores, vêm à etapa da escolha dos
instrumentos e técnicas a serem utilizados no processo de autoavaliação para colecta dos dados,
os quais podem ser aplicados em grupos ou individualmente. Eles podem ser: questionários,
entrevistas, grupo focal, observação, portfólio, seminários, pesquisa em arquivos, análise de
documentos, análise quantitativa, relatórios, dentre outros.

Os instrumentos escolhidos devem estar adequados às dimensões, categorias e indicadores


propostos no projecto. É importante considerar que nenhum instrumento de avaliação é completo
por si só, razão pela qual podemos escolher tipos que se complementam. Definidos os
procedimentos devem ser escolhidas as fontes de informação para colecta dos dados os quais
podem ser: documentos, projectos, planos, regimento escolar, gestores, professores, alunos, pais,
funcionários, membros coligados, membros da comunidade externa, dentre outros.

Na etapa de aplicação dos instrumentos para colecta das informações nos deparamos com a sua
fase mais difícil, que é passar pelo confronto com os sujeitos da avaliação, ou seja, com o seu
público-alvo. É a fase de implantação do projecto, de provação, confronto com a realidade, de
constatação de imperfeições, de ajustes que garantam a sua validade. È o momento de perceber se
há motivação e disposição dos participantes para contribuir com as suas percepções sobre os
aspectos solicitados na avaliação da escola. A colecta de dados precisa ser feita de uma forma
não incomodativa, com discrição, com profissionalismo, pois a escola não para porque nela está
em desenvolvimento um processo de autoavaliação.

1.6. Tratamento, análise e interpretação dos dados


Dependendo da natureza da informação colectada e das questões de avaliação, optamos por um
processo de análise específico. Os dados de natureza quantitativa deverão ser objecto de análise
estatística, e os de natureza qualitativa poderão ser apresentados em descrições, mas também
poderão ser sujeitos a uma análise de conteúdo. Antes de iniciarmos o tratamento das
informações, procedemos a uma verificação dos dados brutos para prepará-los para a primeira
análise, o que comummente se designa “limpeza” dos dados.

Em seguida procedemos à análise propriamente dita, integrando e sintetizando os resultados. O


trabalho de análise de dados consiste em reduzi-los ou condensá-los em tabelas, gráficos,
sumários estruturados em função de categorias de análise, sinopses, registos de pequenos
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episódios, diagramas que mostram a relação entre eles. São apresentações das informações
colectadas nos instrumentos de modo sintetizado, que permitem uma primeira análise para a qual
é importante ter presentes os objectivos e as questões de avaliação inicialmente propostas.

Dela Emergem as primeiras tendências, as primeiras imagens da escola, ainda não articuladas
numa imagem global, são os resultados preliminares. Eles geralmente suscitam mais perguntas,
ora porque se encontram discrepâncias, ora porque existe uma combinação de informações não
prevista ou pensada, que implica um novo olhar aos dados originais.

Concluída esta etapa os resultados devem ser organizados de acordo com as dimensões,
categorias e indicadores propostos no projecto de autoavaliação. Assim, teremos as imagens da
escola reveladas. Os significados desses resultados expressam o pensamento do colectivo escolar
que participou do processo avaliativo. Eles, os dados, não falam por si só, por isso a necessidade
de interpretá-los, ou seja estabelecer em que medida os resultados são positivos ou negativos,
significam sucessos ou fracassos, pontos fortes ou pontos frágeis, mostrando assim as
potencialidades e fragilidades da escola, e as áreas em que a escola precisa melhorar.

A divulgação dos resultados à comunidade escolar é fundamental para legitimação do processo


avaliativo. Eles devem ser apresentados, divulgados e debatidos de forma alargada, oportunidade
a manifestação de pontos de vista e a revisão de conclusões, quando as discussões acrescentem
contribuições que auxiliem no aprofundamento da interpretação. Um relatório deve responder
necessariamente a três questões: Quais são os resultados da avaliação? Como se chegou a esses
resultados? face à esses resultados o que se pode fazer para melhorar? Portanto, um relatório de
autoavaliação da escola constitui-se num documento em que a escola fala de si, mas também num
instrumento de trabalho para subsidiar a análise do que se pode fazer para melhorar.

Ainda que, a opção teórico metodológica do processo avaliativo deva ser escolhida pela escola,
há que se iniciar o trabalho com um planeamento de preparação do projecto colectivo, seguida de
sua implementação e síntese dos resultados obtidos. É um ciclo avaliativo que envolve diferentes
momentos possibilitadores de se construir um retrato da escola para analisá-la com base em
evidências válidas e fiáveis, retirando da autoavaliação aquilo que dá sentido à vida da escola,
bem como a sua utilidade para a criação de propostas de melhorias internas voltados ao
desenvolvimento institucional.
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Para Sousa (2000), é possível uma classificação das dimensões da avaliação educacional,
considerando-se o espaço pedagógico que define sua actuação:

 Avaliação de sala de aula tem como objecto o processo de ensino e aprendizagem, que
tanto serve para diagnosticar o ensino como a aprendizagem do aluno;
 Avaliação institucional - admite analisar uma instituição educativa para verificar o
cumprimento de sua função social;
 Avaliação de programas e projectos educativos - tem como foco os propósitos e as
estratégias destes;
 Avaliação de sistema - centra sua atenção em sistemas de ensino com o propósito de
subsidiar políticas públicas na área educacional;
 Avaliação de currículo - volta seu foco à atenção para a análise do valor psicossocial dos
objectivos e conteúdos de um curso.

2. Avaliação institucional no ensino superior


A metodologia de autoavaliação da Comissão Própria de Avaliação – CPA esta orientada pelo
SINAES e pelos objectivos, princípios e missão da FESLJ. A organização dos questionários,
aplicados aos membros da comunidade académica, e a apresentação dos resultados procuram
atender as dez dimensões constantes no art. 3º da Lei nº 10.861 (BRASIL, 2004), que foram
reagrupadas em cinco eixos de avaliação (BRASIL, 2014 a/b), a seguir listados e descritos:

2.1. Eixo 1: Planeamento e Avaliação Institucional


Dimensão 1 - Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional

Consiste em identificar e avaliar as marcas que caracterizam a instituição, definindo sua


identidade e indicando sua responsabilidade social. Os objectivos da autoavaliação estarão
sempre em consonância com as metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional e
com o que preconiza a missão institucional.

2.2. Eixo 2: Desenvolvimento Institucional


Dimensão 1 - Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional:

Consiste em identificar e avaliar as marcas que caracterizam a instituição, definindo sua


identidade e indicando sua responsabilidade social. Os objectivos da autoavaliação estarão
9

sempre em consonância com as metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional e


com o que preconiza a missão institucional.

Dimensão 3 - Responsabilidade social

A responsabilidade social da instituição é considerada especialmente no que se refere à sua


contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento económico e social, à defesa do
meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do património cultural.

2.3. Eixo 3: Políticas Académicas

Dimensão 2 - Política para o ensino, a pesquisa e a extensão

A autoavaliação considera as respectivas normas de operacionalização, incluindo os


procedimentos adoptados para o estímulo à produção académica, as bolsas de pesquisa, de
monitoria e demais modalidades, em consonância com as políticas de pesquisa e extensão
preconizadas no Plano de Desenvolvimento Institucional e, consequentemente nos projectos
Políticos Pedagógicos de cada curso.

Dimensão 4 - Comunicação com a sociedade

Os processos de ouvir a comunidade/sociedade se fazem ainda mais importantes pela


característica comunitária da IES, no sentido de reconhecer e atender à suas especificidades em
termos de ensino, pesquisa e extensão.

Dimensão 9 - Políticas de atendimento a estudantes e ingressos

São acções viabilizadas para garantir maior conhecimento sobre os ingressos criando canal de
comunicação permanente entre universidade e ingresso, além de ser possibilidade de retorno à
IES, implantação de ouvido e núcleo de atendimento ao estudante.

2.4. Eixo 4: Políticas de Gestão


Dimensão 5 - Políticas de pessoal

As políticas de pessoal incluem políticas de carreiras do corpo docente e corpo técnico-


administrativo, seu desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho.
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Dimensão 6 - Organização e gestão

A organização e gestão da IES se referem especialmente ao funcionamento e representatividade


das escolas, sua independência e autonomia na relação com a mantenedora, e a participação dos
segmentos da comunidade universitária nos processos decisórios.

Dimensão 10 - Sustentabilidade financeira

Avaliar a sustentabilidade financeira da IES é justificado em razão de que tem em vista o


significado social da continuidade dos compromissos na oferta da educação superior com
qualidade.

2.5. Eixo 5: Infra-estrutura Física


Dimensão 7 - Infra-estrutura física, recursos de informação e comunicação

Em função das actividades académicas, considerando salas de aula, laboratórios, biblioteca,


restaurantes, áreas de lazer e transporte, tecnologias e mídias disponíveis tendo em conta a sua
importância para o ensino, a pesquisa e a extensão e também como finalidades da instituição.

2.6. Metodologias avaliação


Com relação aos pressupostos metodológicos e orientações legais, a auto avaliação realizada pela
CPA se deu por meio da:

1. Colecta de dados – realizada entre os discentes, docentes e funcionários técnicos


administrativos, visando à sistematização das acções já realizadas ou das que se pretende realizar.

2. Análise documental por meio da leitura dos seguintes documentos:

3. Sistematização e análises dos dados que foram categorizados por ato regulatório, pelas
dimensões definidas pelo SINAES.
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Conclusões
Chegado o fim do trabalho percebemos que sistematizar os resultados das pesquisas de
autoavaliação é um grande desafio considerando que o conteúdo do relatório deve reflectir
análises que traduzam os dados colectados contemplando informações confiáveis e relevantes da
IES para subsidiar as actividades de planeamento e tomadas de decisão.

Neste trabalho procuramos destacar as potencialidades da IES nos cinco eixos, bem como os
pontos que necessitam maiores análises e atenções.

Como também faz-se observações de modo a proporcionar, se possível, correcções de práticas,


implementações de acções e melhoria nos indicadores.

Com estas dimensões verifica-se que pode de contribuir para a melhoria dos processos de gestão
académica e administrativa que promovam excelência nos serviços educacionais prestados e
reconhecimentos por parte da comunidade académica.
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Bibliografia
Avaliação: políticas educacionais e reformas da educação superior. São Paulo: Cortez, 2003.

CNES. Regulamento do Quadro Nacional de Qualificações do Ensino Superior, Maputo,


Moçambique. 2010

CNES. Sistema Nacional de Avaliação e Qualidade do Ensino Superior. Maputo, Moçambique.


2007

DIAS SOBRINHO, J. Processo de socialização e processos pedagógicos. In: DIAS SOBRINHO,


J; BALZAN, N. C. (orgs.). Avaliação institucional teorias e experiências. São Paulo:
Cortez, 2008.

DIAS SOBRINHO, José Dias e BALZAM, Newton César (org) – Avaliação Institucional: teoria
e experiências. São Paulo; 5ª ed. Cortez, 2011.

DPEC-INHAMBANE. Padrões e Indicadores de Qualidade. Maxixe, Inhambane. 2011

INDE, Padrões de Qualidade de Ensino na China e Lições para Moçambique. Maputo,


Moçambique. 2009.

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