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ALUNA: JOICY CAMILA OLIVEIRA

MATRÍCULA: 201707153418

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) FEDERAL DA __ª VARA DA JUSTIÇA DO


TRABALHO DA COMARCA DE MACEIÓ-AL .

Processo nº: 0000001-96.2017.5.19.000x

COMERCIO zzzz , devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem


respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado,
com fulcro no artigo 769 da CLT c.c artigo 350 do Código de Processo Civil apresentar
MANIFESTAÇÃO SOBRE A DEFESA e DOCUMENTOS carreados aos autos pela Reclamante,
pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A pretensão principal do presente feito é relativa a estabilidade do emprego devido à doença que a
obreira diz ser acometida, doença esta degenerativa que a mesma alega ser doença ocupacional,
pedido assim uma tutela de urgência para reestabelecer o plano de saúde que a empresa
disponibilizava.
Preliminarmente, insta chamar atenção deste douto Juízo para a omissão das acionadas em apensar
à peça de defesa o ASO admissional da obreira, conquanto este ser de suma importância para
detectar que ao nascedouro do contrato de trabalho, encontrava-se o obreiro em gozo de sua plena
saúde.
Posto que, em peça defensiva da primeira acionada, esta sustenta veementemente que a obreira é
acometido por doença crônico-degenerativa, pois é o que fica claro no laudo médico acostado nos
autos deste processo e que a mesma, não guarda nenhuma ligação com as atividades exercidas.
Quero deixar claro que durante seu contrato de trabalho em nenhum momento a mesma se afastou
para tratamento de nenhuma doença como a que alega ser acometida por tanto tempo, e sendo causa
de seu pedido incoerente com as provas peço que julgue improcedente todos os outros pedidos
decorrente deste.
Foram formulados pedidos de aplicação das penalidades previstas nos artigos 402 e 950 ambos do
Código Civil, art. 303 NCPC.
DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Conforme a própria Reclamante declara em sede de Defesa em forma de contestação, foram
realizados pela Reclamante, porém, como facilmente se observa no documento ID´s: b1dd2c3,
Vejamos causa e sintomas da doença da patologia Varizes aduzido pela autora:
Varizes são veias com tortuosas, dilatadas e insuficientes.
Qualquer veia pode ficar varicosa, mas é mais comum as
varizes afetarem as pernas e pés – isso porque ficar em pé
parado ou assentado por longos períodos aumenta a pressão
nas veias da parte inferior do corpo.

Para muitas pessoas, as varizes e vasinhos (uma variação mais


leve de varizes) são uma preocupação puramente estética. Para
outras pessoas, varizes podem causar dor, desconforto e até
mesmos problemas mais graves, como aumentar o risco de
doenças circulatórias. O tratamento pode envolver medidas de
autocuidado ou procedimentos para fechar ou remover as
veias.

Causas:

Varizes são veias dilatadas que geralmente ocorrem na parte


mais superficial da pele. A causa mais comum de varizes é a
influência genética, uma vez que existe forte predisposição
familiar. Pode-se herdar veias mais frágeis que com a idade e
fatores de risco predispõem ao aparecimento das varizes.

Menos comumente, as varizes podem ser um sinal de um


problema mais grave que pode, por vezes, precisar de
tratamento. Estes problemas graves podem incluir:

Coágulos de sangue ou

bloqueio as veias profundas e

danificadas.

Vasos sanguíneos anormais (fístulas

arteriovenosas) Tumores (muito

raramente).

Fatores de risco

Os fatores que aumentam o risco de

desenvolver varizes incluem: Gravidez por

ser do sexo feminino, idade avançada e

Excesso de peso e

obesidade História

familiar de varizes
passar muito

tempo de pé.

Condições que aumentam a pressão no abdômen, tais como


doenças do fígado, líquido no abdômen ou insuficiência
cardíaca

Fístulas arteriovenosas

Passado de Trombose venosa Profunda. (...)


Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/varize

Assim, como demonstrado a reclamante é portadora de doença


que já tinha pré-disposição, bem como doenças degenerativas, logo, não ocasionadas
pelo labor na reclamada. No mais, há de se observar que a hipótese é diversa
daquela prevista na Lei 8.213/91, senão vejamos:

A estabilidade decorrente de doença ocupacional apenas poderia ser deferida.


É que para que o trabalhador venha a ter direito a estabilidade prevista no art. 118 da
Lei 8.213/1991, é requisito essencial que venha a ter gozado benefício previdenciário,
por acidente de trabalho ou doença ocupacional, o que não é o caso dos autos.

Veja-se que a causa de pedir do autor é estabilidade por ser portador de doença
ocupacional, o que já se afastou, e que, de qualquer forma, não gera por si só direito
a estabilidade. Assim prevê a norma legal:
É que para que o trabalhador venha a ter direito a estabilidade prevista no art. 118 da
Lei 8.213/1991, é requisito essencial que venha a ter gozado benefício
previdenciário, por acidente de trabalho ou doença ocupacional, o que não é o caso
dos autos.

Veja-se que a causa de pedir do autor é estabilidade por ser portador de doença
ocupacional, o que já se afastou, e que, de qualquer forma, não gera por si só direito
a estabilidade. Assim prevê a norma legal:
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida,
pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
O C. TST reconhece que o dano decorrente dos acidentes de trabalho e
das doenças ocupacionais, verifica-se "in re ipsa" (a coisa fala por si mesma), ou
seja, é presumido. Assim, sua prova é prescindível, de modo que, para o deferimento
de indenização é necessário apenas que se comprovem a ação ou omissão culposa do
ofensor, a lesão e o nexo de causalidade.
O que neste caso fica claro que não ouve, as provas deixa claro que não há nexo com
a causalidade. Doença ocupacional, não é o caso e sim doença degenerativa como o
laudo médico aduz. Peço que julgue improcedente haja vista os fatos, que anulam a
clareza do pedido.
Face ao exposto, reitera o pedido acima entabulado na petição inicial.
Mesmo se diverso, respeitando o entendimento do Ilustre Julgador a matéria já se encontra
pacificada pelo pretório Excelso Trabalhista, motivando então o não acatamento das razões
declinadas em defesa.
CONCLUSÃO
Por estar encerrada a instrução processual o Reclamante esclarece não ter provas a produzir,
requerendo desde já sejam analisados os documentos acostados na petição inicial, no fito de auxiliar
a formação da convicção do Magistrado ao prolatar sentença. Outrossim, Reitera todos os pedidos
da inicial.
Termos em que,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]

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