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Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensina à Distância

Curso de Português

M.I.C

Impacto do Coronavírus na Economia Mundial

Discente:

Rebeca Maria Chimica Coutinho

Código: 708207051

Docente:

Dr. Óscar José Sagrado

Beira

Maio de 2020
Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensina à Distância

Curso de Português

M.I.C

Impacto do Coronavírus na Economia Mundial

Discente:

Rebeca Maria Chimica Coutinho

Código: 708207051

Docente:

Dr. Óscar José Sagrado

Beira

Maio de 2020
Índice
Introdução..........................................................................................................................1

1. Coronavírus (COVID-19)..............................................................................................2

1.1. Impacto do coronavírus na economia mundial.......................................................3

1.1.1 Recessão global....................................................................................................3

1.2 Economia paralisada................................................................................................3

1.3 Bolsas mundiais sofrem baque................................................................................4

1.4 Impacto do coronavírus nas bolsas..........................................................................5

1.5 Fábricas em paralisação...........................................................................................5

1.6. Consumidores compram menos.............................................................................6

1.7 Setor de turismo sofre com restrições.....................................................................8

1.8. Activos valorizados................................................................................................9

1.9. Os setores mais afetados pelo coronavírus...........................................................10

Conclusão........................................................................................................................11

Referencias......................................................................................................................12
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Introdução

O presente trabalho tem como foco principal trazer em vista alguns impactos que o novo
coronavírus trará na encomia mundial. Visto que o avanço do novo coronavírus vem
afetando diretamente os mercados ao redor do mundo e, junto com ele, também tem
elevado as preocupações dos investidores sobre os impactos na economia global. Por
conta disso, as bolsas de valores estão constantemente no radar de vários veículos, uma
vez que são afetadas pelas repercussões e enfrentam oscilações ainda maiores do que o
comum para o mercado de renda variável. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por
exemplo, já afirmou que a pandemia do Covid-19 já está levando a economia mundial a
uma nova recessão. De salientar que, segundo alguns especialistas em economia, os
impactos causados pelo vírus já têm um choque maior do que a crise financeira de 2008.
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1. Coronavírus (COVID-19)

COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019) é uma doença infeciosa causada pelo
coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Os sintomas mais
comuns são febre, tosse e dificuldade em respir------------ar. Cerca de 80% dos casos
confirmados são ligeiros ou assintomáticos e a maioria recupera sem sequelas. No
entanto, 15% são infeções graves que necessitam de oxigénio e 5% são infeções muito
graves que necessitam de ventilação assistida em ambiente hospitalar. Os casos mais
graves podem evoluir para pneumonia grave com insuficiência respiratória grave,
falência de vários órgãos e morte.

A doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas
infetadas. Ao espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir
diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em contacto próximo. Estas gotículas
podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem infetar quem
nelas toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão
seja menos comum. O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos
sintomas é de 2 a 14 dias, sendo em média 5 dias. Entre os fatores de risco estão a idade
avançada e doenças crónicas graves como doenças cardiovasculares, diabetes ou
doenças pulmonares O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e fatores de risco e
confirmado com ensaios em tempo real de reação em cadeia de polimerase para deteção
de ARN do vírus em amostras de muco ou de sangue.

Entre as medidas de prevenção estão a lavagem frequente das mãos, evitar o contacto
próximo com outras pessoas e evitar tocar com as mãos na cara. A utilização de
máscaras cirúrgicas é recomendada apenas para pessoas suspeitas de estar infetadas ou
para os cuidadores de pessoas infetadas, mas não para o público em geral. Não existe
vacina ou tratamento antiviral específico para a doença. O tratamento consiste no alívio
dos sintomas e cuidados de apoio. As pessoas com casos ligeiros conseguem recuperar
em casa. Os antibióticos não têm efeito contra vírus.
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1.1. Impacto do coronavírus na economia mundial

1.1.1 Recessão global

A pandemia de coronavírus vai levar a economia mundial a registrar em 2020 o pior


desempenho desde a Grande Depressão de 1929, segundo relatório divulgado pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI). O órgão passou a estimar que o Produto Interno
Bruto (PIB) global deve recuar 3%. neste ano.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, ou clube dos


países ricos), estima que cada mês de confinamento irá tirar 2 pontos do PIB nas
grandes economias. Já a Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê que comércio
global recuará em até 32% neste ano.

A crise deve ser mais severa nas economias desenvolvidas. A projeção do FMI é a de
que os país mais ricos tenham uma retração na atividade de 6,1%, enquanto a atividade
dos países emergentes e das economia em desenvolvimento deve recuar 1%. Para os
EUA, a estimativa é de uma retração de 5,9%. Já para a China a previsão é de uma alta
de 1,2%, após um crescimento de 6,1% em 2019.

1.2 Economia paralisada

Se a economia de um país cresce, em geral isso representa mais riqueza e mais


empregos. Isso é medido a partir da análise de variações no Produto Interno Bruto, ou
nos valores de serviços e bens produzidos, em geral no período de um trimestre ou de
um ano. Em razão do surto de coronavírus, a economia global pode crescer na taxa mais
baixa desde 2009, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), conhecida como "clube dos países ricos".

Para conter a pandemia do novo coronavírus, mais de um terço da população mundial


vive hoje sob medidas de isolamento. Embora o surto tenha começado na China, a
Europa e os Estados Unidos se tornaram os principais epicentros do coronavírus.

Na China, embora parte das atividades estejam sendo retomadas, o coronavírus fechou
fábricas e deixou regiões inteiras do país isoladas, com muitos cidadãos trancados em
suas casas por medo do contágio, o que reduziu drasticamente o consumo e a produção
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industrial. O PIB chinês caiu 6,8% no 1º trimestre, na primeira contração desde 1992,
quando dados trimestrais oficiais do PIB começaram a ser publicados no país.

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduz


previsões de crescimento

PIB deve desacelerar em 2020

A organização prevê um crescimento global de 2,4% em 2020, uma queda em relação à


previsão feita em novembro, de 2,9%.

Para a OCDE, se o surto for mais duradouro e intenso, ele pode derrubar essa taxa para
1,5% em 2020, em meio a fábricas fechadas e trabalhadores em casa para evitar a
disseminação do vírus.

1.3 Bolsas mundiais sofrem baque

Investidores estão preocupados com o impacto do coronavírus ao redor do mundo.

Grandes mudanças nas bolsas de valores, onde participações em empresas são


negociadas, podem afetar investimentos de fundos de pensão e de poupanças
individuais.

A última semana de fevereiro registrou o pior desempenho do mercado desde a crise


econômica de 2008.
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1.4 Impacto do coronavírus nas bolsas

OMS declara emergência global

Bolsas da Europa e dos Estados Unidos tiveram uma leve alta sob expectativa de que os
países farão intervenções para proteger suas economias contra o impacto do surto.

O Banco Central americano, por exemplo, cortou taxas de juros em reação. Essa
medida, em teoria, torna empréstimos mais baratos e incentiva a atividade econômica.

1.5 Fábricas em paralisação

A China é responsável por um terço das manufaturas no mundo e líder das exportações
de bens de consumo.

Mas a atividade da chamada "fábrica do mundo" foi paralisada para tentar conter a
disseminação da doença.
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Imagem de Satélite mostrando o recuo da poluição em pleno surto

A Nasa (agência espacial americana) afirmou que os satélites de monitoramento de


poluição detectaram uma queda dos níveis de dióxido de nitrogênio ao redor da China.
Os dados indicam que isso se deve, em parte, ao recuo da atividade econômica causado
pelo surto.

O impacto foi sentido na cadeira produtiva de grandes empresas, como Diageo, JCB e
Nissan, que se baseiam na produção chinesa e em mais de 300 milhões de trabalhadores.

1.6. Consumidores compram menos

O medo do surto resulta também em pessoas optando por evitar atividades que
poderiam expô-las ao risco de infecção, como sair para fazer compras, por exemplo.

Restaurantes, revendedoras de carros e lojas têm registrado quedas na demanda.


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Vendas de carros despencara na china

As vendas de carros na China, por exemplo, caíram 92% durante a primeira metade de
fevereiro. Por outro lado, fabricantes como Tesla e Geely estão vendendo mais pela
internet.

Entregas de telefones celulares também devem sofrer um grande recuo no primeiro


semestre de 2020 — o setor estima, por outro lado, que a recuperação seria rápida.

A Apple já detectou essa demanda fraca.

Entregas de celulares na china devem se recuperar rapidamente


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1.7 Setor de turismo sofre com restrições

Com o aumento do número de casos em cada vez mais países, muitos lugares têm
adotado restrições a viagens para tentar conter o avanço do surto.

O mapa a seguir foi elaborado no inicio do surto da pandemia e os países que estavam
restritos de viagem. Infelizmente actualmente não mais se pode viajar para qualquer
pais, o que quer dizer que o mapa mundo estaria todo a cor vermelha.

Países com restrição devido ao coronavírus

O governo britânico, por exemplo, recomendou que ninguém viaje para a província
chinesa de Hubei, onde o vírus surgiu em dezembro. Há também recomendações a
quem viaja para a Itália, país com mais casos da doença na Europa.

O setor aéreo tem sido fortemente impactado, com cancelamentos de voos pelas
empresas e pelos passageiros.
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Recuo dos voos chineses

Levantamento da empresa de análises de dados Forward Keys indica que os voos


internacionais para a China caíram 55,9% em relação ao mesmo período do ano
anterior.

Especialistas do setor turístico do Reino Unido também falam do impacto dos turistas
chineses que deixaram de viajar — mais de 400 mil visitam o país todos os anos, além
de gastarem três vezes mais que a média, cerca de R$ 10 mil cada.

1.8. Activos valorizados

É difícil falar em efeitos positivos do surto quando pessoas morrem ou ficam isoladas
em suas casas.

Mas em termos puramente financeiros, há algumas valorizações em meio ao recuo de


tantos setores.

Há aumento das vendas de produtos de limpeza, por exemplo, além das máscaras.

O preço do ouro, tradicionalmente considerado um porto mais seguro em tempos de


incerteza, também subiu. Em fevereiro, a cotação atingiu o maior valor em sete anos:
US$ 1.682,35 a onça-troy (cerca de 30 gramas).
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Recaida no preço do ouro compare-se ao de 2012

1.9. Os setores mais afetados pelo coronavírus

A consultoria também fez uma lista dos setores mais afetados pela pandemia,
projetando quando as áreas devem se recuperar.

 Turismo e hotelaria: recuperação lenta, somente no quarto trimestre;


 Aviação: efeitos mais intensos nas rotas internacionais. Recuperação entre o fim
do terceiro trimestre e início do quarto;
 Óleo e gás: preços declinam pelo impacto na demanda. Recuperação no terceiro
trimestre;
 Automotivo: queda na demanda chinesa e nos suprimentos da cadeia produtiva.
Recuperação entre o fim do segundo trimestre e início do terceiro.
 Alimentos: a consultoria prevê um declínio moderado no consumo privado e na
exportação de serviços. O impacto seria mais localizado e superado ainda no
segundo trimestre;
 Eletrônicos: o setor sofre com a falta de peças produzidas na China e em outros
países da Ásia, mas consegue se readequar de forma rápida, no segundo
trimestre.
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Conclusão

Chegado ao fim do presente trabalho pude perceber que, apesar deste cenário de
incerteza e de paralisações económicas - os chamados 'shutdowns' - possa piorar, sem
dúvida que, apesar de ainda termos de esperar até à divulgação dos números oficiais do
primeiro trimestre. A questão é se isso levará a uma grande depressão, pior do que a
crise financeira de 2009. "A proporção da economia global paralisada neste momento
ronda provavelmente os 50% do PIB mundial, e isso não inclui a China, que, de uma
forma geral, está de fora das atuais paralisações", avalia Ben May, economista da
Oxford Economics, empresa de previsão e análise económica, em entrevista à DW.
Advertindo que apresentar números desse tipo é "mais arte do que ciência", May
considera, ainda assim, que a cifra dá uma ideia da escala do problema que as
paralisações prolongadas estão a provocar na economia global. Não é só nas grandes
potências industriais onde o impacto se sente mais também em países pobres.
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Referencias

1. https://pt.wikipedia.org/wiki/COVID-19
2. https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51766452
3. https://www.gazetadopovo.com.br/economia/consultoria-relatorio-cenarios-
economia-mundial-coronavirus/ Copyright © 2020, Gazeta do Povo. Todos os
direitos reservados.
4. https://trademap.com.br/blog-educacional-entenda-os-impactos-do-coronavirus-
na-economia-global/
5. https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/26/entenda-os-impactos-do-
avanco-do-coronavirus-na-economia-global-e-brasileira.ghtml
6. https://www.dw.com/pt-002/as-consequ%C3%AAncias-da-covid-19-para-a-
economia-mundial/a-53021449

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