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Nota: a ARPANET foi desenvolvido pela ARPA (Advanced Research Projects Agency) do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A ARPANET foi a primeira rede de comutação
de pacotes operacional do mundo e a antecessora da Internet atual.
Os usuários típicos talvez desconheçam a presença de vários roteadores em sua própria rede
ou na Internet. Os usuários esperam ser capazes de acessar páginas da Web, enviar emails e
baixar músicas – independentemente do servidor acessado estar em sua própria rede ou em
outra rede no mundo. No entanto, os profissionais de networking sabem que o roteador é
responsável por encaminhar pacotes de rede-a-rede, da origem original para o destino final.
Um roteador conecta várias redes. Isso significa que ele tem várias interfaces pertencentes a
uma rede IP diferente. Quando um roteador recebe um pacote IP em uma interface, ele
determina que interface usar para encaminhar o pacote para seu destino. A interface que o
roteador usa para encaminhar o pacote pode ser a rede do destino final do pacote (a rede com
o endereço IP de destino desse pacote) ou pode ser uma rede conectada a outro roteador
usado para alcançar a rede de destino.
Cada rede a que um roteador se conecta costuma exigir uma interface separada. Essas
interfaces são usadas para conectar uma combinação de redes locais (LANs, Local Area
Networks) e redes remotas (WAN, Wide Area Networks). As redes locais costumam ser redes
Ethernet que contêm dispositivos como PCs, impressoras e servidores. As WANs são usadas
para conectar redes em uma área geográfica extensa. Por exemplo, uma conexão WAN
costuma ser usada para conectar uma rede local à rede do Provedor de Internet (ISP, Internet
Service Provider).
Na figura, vimos que os roteadores R1 e R2 são responsáveis por receber o pacote em uma
rede e encaminhar o pacote por outra rede para a rede de destino.
A responsabilidade primária de um roteador é direcionar pacotes com destino para redes locais
e remotas:
• Determinando o melhor caminho para enviar pacotes
• Encaminhando pacotes para o destino
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O roteador usa sua tabela de roteamento para determinar o melhor caminho para encaminhar o
pacote. Quando o roteador recebe um pacote, ele examina seu endereço IP de destino e
procura a melhor correspondência com um endereço de rede na tabela de roteamento do
roteador. A tabela de roteamento também inclui a interface a ser usada para encaminhar o
pacote. Quando uma correspondência é localizada, o roteador encapsula o pacote IP no
quadro de enlace da interface de saída, e o pacote é encaminhado para seu destino.
As rotas estáticas e os protocolos de roteamento dinâmico são usados por roteadores para
aprender redes remotas e criar suas tabelas de roteamento. Essas rotas e protocolos são o
foco primário do curso, sendo abordados em detalhes nos capítulos posteriores, além do
processo que os roteadores usam ao pesquisar suas tabelas de roteamento e encaminhar os
pacotes.
Passe o mouse sobre componentes na figura para ver uma breve descrição de cada um.
CPU
RAM
A RAM armazena as instruções e os dados que precisam ser executados pela CPU. A RAM é
usada para armazenar estes componentes:
• Sistema operacional: O IOS (Internetwork Operating System, Sistema operacional
de Internet) Cisco é copiado para a RAM durante a inicialização.
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• Executando arquivo de configuração: Esse é o arquivo de configuração que
armazena os comandos de configuração que o IOS do roteador está usando
atualmente. Com poucas exceções, todos os comandos configurados no roteador
são armazenados no arquivo de configuração em execução, conhecido como
running-config.
• Tabela de roteamento IP: Esse arquivo armazena informações sobre redes
conectadas diretamente e remotas. Ele é usado para determinar o melhor caminho
para encaminhar o pacote.
• Cache ARP: Esse cache contém o endereço IPv4 para mapeamentos de endereço
MAC, semelhante ao cache ARP em um PC. O cache ARP é usado em roteadores
com interfaces de rede local, como interfaces Ethernet.
• Buffer de pacotes: Os pacotes são armazenados temporariamente em um buffer
quando recebidos em uma interface ou antes de saírem por uma interface.
RAM é uma memória volátil e perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado.
No entanto, o roteador também contém áreas de armazenamento permanentes, como ROM,
memória flash e NVRAM.
ROM
ROM é uma forma de armazenamento permanente. Os dispositivos Cisco usam a ROM para
armazenar:
• As instruções de bootstrap
• Software de diagnóstico básico
• Versão redimensionada do IOS
A ROM usa firmware, que é o software incorporado no circuito integrado. O firmware inclui o
software que normalmente não precisa ser modificado ou atualizado, como as instruções de
inicialização. Muitos desses recursos, inclusive o software monitor ROM, serão abordados em
um curso posterior. A ROM não perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou
reiniciado.
Memória flash
Flash é uma memória de computador não volátil que pode ser apagada e armazenada
eletricamente. A memória flash é usada como armazenamento permanente para o sistema
operacional, o Cisco IOS. Na maioria dos modelos de roteadores Cisco, o IOS é armazenado
permanentemente na memória memória flash e copiado para a RAM durante o processo de
inicialização, quando é executado pela CPU. Alguns modelos mais antigos de roteadores Cisco
executam o IOS diretamente na memória flash. A memória flash consiste em placas SIMMs ou
PCMCIA, que podem ser atualizadas para aumentar a quantidade da memória flash.
A memória flash não perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado.
NVRAM
A RAM Não Volátil (NVRAM, Nonvolatile RAM) não perde suas informações quando a energia
é desligada. Isso é o oposto ao que acontece na maioria das formas comuns de RAM, como
DRAM, que exige energia ininterrupta para manter suas informações. A NVRAM é usada pelo
Cisco IOS como armazenamento permanente para o arquivo de configuração de inicialização
(startup-config). Todas as alterações feitas na configuração são armazenadas no arquivo
running-config na RAM e, com poucas exceções, são implementadas imediatamente pelo IOS.
Para salvar essas alterações caso o roteador seja reiniciado ou desligado, o running-config
deve ser copiado para a NVRAM, onde é armazenada como o arquivo startup-config. A
NVRAM manterá seu conteúdo, mesmo quando o roteador for recarregado ou desligado.
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ROM, RAM, NVRAM e memória flash são abordadas na seção a seguir, que apresenta o IOS e
o processo de inicialização. Elas também são abordadas mais detalhadamente em um curso
posterior referente ao gerenciamento do IOS.
Embora o Cisco IOS possa ser aparentemente o mesmo em muitos roteadores, há muitas
imagens diferentes do IOS. Uma imagem do IOS é um arquivo que contém todo o IOS do
roteador. A Cisco cria muitos tipos diferentes de imagens do IOS, dependendo do modelo do
roteador e dos recursos no IOS. Normalmente, quanto mais recursos no IOS, maior será a
imagem do IOS e, logo, mais memória flash e RAM são exigidas para armazenar e carregar o
IOS. Por exemplo, entre alguns recursos estão a capacidade de executar IPv6 ou a capacidade
do roteador de executar a Tradução de Endereços de Rede (NAT, Network Address
Translation).
Assim como acontece com outros sistemas operacionais, o Cisco IOS tem sua própria interface
do usuário. Embora alguns roteadores forneçam uma Interface Gráfica do Usuário (GUI,
Graphical User Interface), a Interface de Linha de Comando (CLI, Command Line Interface) é
um método muito mais comum de configurar roteadores Cisco. A CLI é usada ao longo deste
currículo.
Nota: O Cisco IOS e o processo de inicialização são abordados com mais detalhes em um
curso posterior.
1. Executando o POST
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1. Executando o POST.
O Auto-teste de inicialização (POST, Power-On Self Test)é um processo comum que ocorre em
quase todos os computadores durante a inicialização. O processo POST é usado para testar o
hardware do roteador. Quando o roteador for ligado, um software no chip ROM irá executar o
POST. Durante esse auto-teste, o roteador executa o diagnóstico a partir da ROM em vários
componentes de hardware, inclusive CPU, RAM e NVRAM. Depois que o POST for concluído,
o roteador irá executar o programa de bootstrap.
Depois do POST, o programa de bootstrap é copiado da ROM para a RAM. Uma vez na RAM,
a CPU executa as instruções no programa de bootstrap. A tarefa principal do programa de
bootstrap é localizar o Cisco IOS e carregá-lo na RAM.
Nota: A esta altura, se tiver uma conexão de console com o roteador, você irá começar a ver a
saída na tela.
Localizando o software IOS Cisco. O IOS costuma ser armazenado na memória flash, mas
também pode ser armazenado em outros locais como um servidor de Protocolo de
Transferência de Arquivos Trivial (TFTP, Trivial File Transfer Protocol).
Se uma imagem completa do IOS não puder ser localizada, uma versão dimensionada do IOS
será copiada da ROM para a RAM. Essa versão do IOS é usada para ajudar a diagnosticar
qualquer problema, podendo ser usada para carregar uma versão completa do IOS na RAM.
Nota: Um servidor TFTP costuma ser usado como um servidor de backup para o IOS, mas
também pode ser usado como um ponto central para armazenar e carregar o IOS. O
gerenciamento do IOS e o uso do servidor TFTP são abordados em um curso posterior.
Carregando o IOS. Alguns dos roteadores Cisco mais antigos executavam o IOS diretamente a
partir da memória flash, mas os modelos atuais copiam o IOS para a RAM para execução pela
CPU.
Nota: Quando o IOS começar a ser carregado, você talvez veja uma cadeia de caracteres de
sustenidos (#), como os mostrados na figura, enquanto a imagem é descompactada.
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<o roteador pára aqui ao difundir para um arquivo de configuração em um enlace ativo>
O modo de configuração não será usado neste curso para configurar o roteador. Quando
solicitado a acessar o modo de configuração (setup mode), sempre responda não. Se
responder sim e acessar o modo de configuração (setup mode), você poderá pressionar Ctrl-C
a qualquer momento para encerrar o processo de configuração.
Quando o modo de configuração não é usado, o IOS cria um running-config padrão. O running-
config padrão é um arquivo de configuração básico que inclui as interfaces do roteador, as
interfaces de gerenciamento e determinadas informações padrão. O running-config padrão não
contém nenhum endereço de interface, nenhuma informação de roteamento, senhas ou outras
informações de configuração específicas.
Dependendo da plataforma e do IOS, o roteador pode fazer a seguinte pergunta antes de exibir
o prompt:
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Nota: O processo de inicialização é abordado com mais detalhes em um curso posterior.
O comando show version pode ser usado para ajudar a verificar e solucionar problemas de
alguns componentes básicos de hardware e de software do roteador. O comando show version
exibe informações sobre a versão do software Cisco IOS atualmente em execução no roteador,
a versão do programa de bootstrap e as informações sobre a configuração de hardware,
inclusive a quantidade de memória do sistema.
Versão do IOS
Esta é a versão do software Cisco IOS na RAM, sendo usada pelo roteador.
Isso mostra a versão do software de bootstrap do sistema, armazenada na memória ROM que
foi usada inicialmente para inicializar o roteador.
Local do IOS
Isso mostra onde o programa de bootstrap está localizado e carregou o Cisco IOS, além do
nome de arquivo completo da imagem do IOS.
cisco 2621 (MPC860) processor (revision 0x200) with 60416K/5120K bytes of memory
A primeira parte dessa linha exibe o tipo de CPU no roteador. A última parte dessa linha exibe
a quantidade de DRAM. Algumas séries de roteadores, como a 2600, usam uma fração da
DRAM como memória de pacote. A memória de pacote é usada para armazenar pacotes em
buffer.
Para determinar a quantidade total de DRAM no roteador, adicione ambos os números. Nesse
exemplo, o roteador Cisco 2621 tem 60.416 KB (quilobytes) de DRAM livre usados para
armazenar temporariamente o Cisco IOS e outros processos de sistema. Os demais 5.120 KB
são dedicados à memória de pacote. A soma desses números é 65.536K ou 64 megabytes
(MB) de DRAM no total.
Nota: Talvez seja necessário atualizar a quantidade de RAM durante a atualização do IOS.
Interfaces
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Esta seção da saída exibe as interfaces físicas no roteador. Nesse exemplo, o roteador Cisco
2621 tem duas interfaces FastEthernet e duas interfaces seriais de baixa velocidade.
Quantidade de NVRAM
Essa é a quantidade de memória flash no roteador. A memória flash é usada para armazenar
permanentemente o Cisco IOS.
Nota: Talvez seja necessário atualizar a quantidade de memória flash durante a atualização do
IOS.
Registro de configuração
A última linha do comando show version exibe o valor configurado atual do registro de
configuração de software em hexadecimal. Se houver um segundo valor exibido entre
parênteses, ele irá denotar o valor do registro de configuração a ser usado durante a próxima
recarga.
Os roteadores têm conectores físicos usados para gerenciar o roteador. Esses conectores são
conhecidos como portas de gerenciamento. Diferentemente das interfaces Ethernet e seriais,
as portas de gerenciamento não são usadas no encaminhamento de pacotes. A porta de
gerenciamento mais comum é a porta console. A porta console é usada para conectar um
terminal, ou mais freqüentemente um PC que executa software emulador de terminal, para
configurar o roteador sem a necessidade de acesso à rede para o roteador. A porta console
deve ser usada durante a configuração inicial do roteador.
Outra porta de gerenciamento é a porta auxiliar. Nem todos os roteadores têm portas
auxiliares. Às vezes, a porta auxiliar pode ser usada de maneira semelhante a uma porta
console. Ela também pode ser usada no acoplamento a um modem. As portas auxiliares não
serão usadas neste currículo.
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Interfaces de roteador
Nota: Uma única interface em um roteador pode ser usada na conexão com várias redes; no
entanto, isso está além do escopo deste curso, sendo abordado em um curso posterior.
Assim como a maioria dos dispositivos de networking, os roteadores Cisco usam indicadores
LED para fornecer informações de status. Um LED de interface indica a atividade da interface
correspondente. Se um LED estiver desligado quando a interface estiver ativa e a interface
estiver conectada corretamente, isso talvez seja um indício de que existe um problema nessa
interface. Se uma interface estiver muito ocupada, seu LED estará sempre ligado. Dependendo
do tipo de roteador, talvez haja outros LEDs. Para obter mais informações sobre exibições de
LED no 1841, consulte o link abaixo.
Links
Como mostrado na figura, toda interface no roteador é membro ou host em uma rede IP
diferente. Cada interface deve ser configurada com um endereço IP e uma máscara de sub-
rede de uma rede diferente. O Cisco IOS não irá permitir a duas interfaces ativas no mesmo
roteador pertencer à mesma rede.
Como o próprio nome diz, as interfaces de rede local são usadas para conectar o roteador à
rede local, semelhante à forma como uma placa de rede Ethernet do PC é usada para conectar
o PC à rede local Ethernet. Assim como uma placa de rede Ethernet de PC, uma interface
Ethernet de roteador também tem um endereço MAC de Camada 2 e participa da rede local
Ethernet da mesma forma que qualquer outro host na rede local. Por exemplo, uma interface
Ethernet de roteador participa do processo ARP da rede local. O roteador mantém um cache
ARP para a interface, envia solicitações ARP quando necessário e responde com respostas
ARP quando solicitado.
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Uma interface Ethernet de roteador normalmente usa um conector RJ-45 que oferece suporte
ao cabeamento Par Trançado Não-Blindado (UTP, Unshielded Twisted-Pair). Quando um
roteador é conectado a um switch, um cabo straight-through é usado. Quando dois roteadores
são conectado diretamentes pelas interfaces Ethernet, ou quando uma placa de rede de PC é
conectada diretamente a uma interface Ethernet de roteador, é usado um cabo crossover.
Use a atividade de Packet Tracer posteriormente nesta seção para testar suas habilidades de
cabeamento.
Interfaces WAN
As interfaces WAN são usadas para conectar roteadores a redes externas, normalmente a uma
grande distância geográfica. O encapsulamento de Camada 2 pode ser de tipos diferentes,
como PPP, Frame Relay e Controle de Enlace de Alto Nível (HDLC, High-Level Data Link
Control). Semelhante a interfaces de rede local, cada interface WAN tem seu próprio endereço
IP e máscara de sub-rede, o que a identifica como um membro de uma rede específica.
Nota: Os endereços MAC são usados em interfaces de rede local, como Ethernet, não sendo
usados em interfaces WAN. No entanto, as interfaces WAN usam seus próprios endereços de
Camada2, dependendo da tecnologia. Os tipos de encapsulamento WAN da Camada 2 e os
endereços serão abordados em um curso posterior.
Interfaces de roteador
O roteador na figura tem quatro interfaces. Cada interface tem um endereço IP de Camada 3 e
uma máscara de sub-rede que a configura para uma rede diferente. As interfaces Ethernet
também têm endereços MAC Ethernet de Camada 2.
As interfaces WAN estão usando encapsulamentos de Camada 2 diferentes. Serial 0/0/0 está
usando HDLC e Serial 0/0/1 está usando PPP. Esses dois protocolos ponto-a-ponto seriais
usam um endereço de broadcast para o endereço de destino da Camada 2 ao encapsular o
pacote IP em um quadro de enlace.
No ambiente de laboratório, você está restrito a quantas interfaces de rede local e WAN pode
usar para configurar laboratórios práticos. No entanto, com o Packet Tracer, você tem a
flexibilidade de criar designs de rede mais complexos.
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Quando cada roteador recebe um pacote, ele procura em sua tabela de roteamento até
encontrar a melhor correspondência entre o endereço IP de destino do pacote e um dos
endereços de rede na tabela de roteamento. Quando uma correspondência é localizada, o
pacote é encapsulado no quadro de enlace da Camada 2 dessa interface de saída. O tipo de
encapsulamento do enlace de dados depende do tipo de interface, como Ethernet ou HDLC.
O pacote acaba alcançando um roteador que faz parte de uma rede que corresponde ao
endereço IP de destino do pacote. Neste exemplo, o Roteador R2 recebe o pacote de R1. R2
encaminha o pacote por sua interface Ethernet, que pertence à mesma rede do dispositivo de
destino, PC2.
Essa seqüência de eventos é explicada com mais detalhes posteriormente neste capítulo.
Um roteador toma sua decisão primária de encaminhamento na Camada 3, mas como vimos
anteriormente, ele também participa dos processos das camadas 1 e 2. Depois que um
roteador examina o endereço IP de destino de um pacote e consulta sua tabela de roteamento
para tomar sua decisão de encaminhamento, ele pode encaminhar esse pacote pela interface
apropriada na direção do seu destino. O roteador encapsula o pacote IP da Camada 3 na
porção de dados de um quadro de enlace de dados da Camada 2 apropriado à interface de
saída. O tipo de quadro pode ser um encapsulamento Ethernet, HDLC ou algum outro de
Camada 2 – independentemente do encapsulamento usado na interface em questão. O quadro
de Camada 2 é codificado em sinais físicos da Camada 1 usados para representar bits no
enlace físico.
Para compreender melhor esse processo, consulte a figura. Observe que PC1 funciona em
todas as sete camadas, encapsulando os dados e enviando o quadro como um fluxo de bits
codificados para R1, seu gateway padrão.
R1 recebe o fluxo de bits codificados em sua interface. Os bits são decodificados e passados
para a Camada 2, onde R1 desencapsula o quadro. O roteador examina o endereço de destino
do quadro de enlace de dados para determinar se ele corresponde à interface de recebimento,
incluindo um endereço de broadcast ou multicast. Se houver uma correspondência em relação
à porção de dados do quadro, o pacote IP será passado para a Camada 3, onde R1 toma sua
decisão de roteamento. Em seguida, R1 reencapsula o pacote em um novo quadro de enlace
de dados da Camada 2 e o encaminha pela interface de saída como um fluxo de bits
codificados.
Esse processo é repetido mais uma vez pelo Roteador R3, que encaminha o pacote IP
encapsulado em um quadro de enlace de dados e codificado como bits, para PC2.
Cada roteador no caminho da origem até o destino executa esse mesmo processo de
desencapsulamento, pesquisando a tabela de roteamento, e reencapsulando. Esse processo é
importante para sua compreensão de como roteadores participam de redes. Portanto, nós
veremos novamente essa discussão em mais profundidade em uma seção posterior.
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Ao criar uma nova rede ou mapear uma já existente, documente-a. A documentação deve
incluir, pelo menos, um diagrama de topologia indicando a conectividade física e uma tabela de
endereçamento listando todas as seguintes informações:
Nomes de dispositivo
Interfaces usadas no design
Endereços IP e máscaras de sub-rede
Endereços de gateway padrão dos dispositivos finais, como PCs
A figura mostra uma topologia de rede com os dispositivos interconectados e configurados com
endereços IP. Sob a topologia está uma tabela usada para documentar a rede. A tabela é
preenchida parcialmente com os dados documentando a rede (dispositivos, endereços IP,
máscaras de sub-rede e interfaces).
Agora você irá configurar as interfaces de roteador individuais com endereços IP e outras
informações. Primeiro, acesse o modo de configuração da interface, especificando o tipo de
interface e o número. Em seguida, configure o endereço IP e a máscara de sub-rede:
R1(config)#interface Serial0/0/0
R1(config-if)#ip address 192.168.2.1 255.255.255.0
É uma prática recomendada configurar uma descrição em cada interface para ajudar a
documentar as informações de rede. O texto da descrição está limitado a 240 caracteres. Em
redes de produção, uma descrição pode ser útil na solução de problemas, fornecendo
informações sobre o tipo de rede a que a interface está conectada e se há qualquer outro
roteador nessa rede. Se a interface se conectar a um ISP ou a uma operadora de serviço, será
útil inserir a conexão de terceiros e informações de contato; por exemplo:
Em ambientes de laboratório, insira uma descrição simples que irá ajudar a solucionar
problemas em situações; por exemplo:
R1(config-if)#description Link to R2
Depois de configurar o endereço IP e a descrição, a interface deve ser ativada com o comando
no shutdown. Isso é semelhante a ligar a interface. A interface também deve ser conectada a
outro dispositivo (um hub, um switch, outro roteador etc.) para que a camada física permaneça
ativa.
Router(config-if)#no shutdown
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CCNA 2 Capitulo 1
ambiente de laboratório, sendo explicada com mais detalhes no Capítulo 2, "Roteamento
estático".
R1(config)#interface FastEthernet0/0
R1(config-if)#ip address 192.168.1.1 255.255.255.0
R1(config-if)#description R1 LAN
R1(config-if)#no shutdown
Neste momento, observe que cada interface deve pertencer a uma rede diferente. Embora o
IOS permita configurar um endereço IP da mesma rede em duas interfaces diferentes, o
roteador não irá ativar a segunda interface.
Por exemplo, e se você tentar configurar a interface FastEthernet 0/1 em R1 com um endereço
IP na rede 192.168.1.0/24? FastEthernet 0/0 já recebeu um endereço nessa mesma rede. Se
tentar configurar outra interface, FastEthernet 0/1, com um endereço IP que pertence à mesma
rede, você irá obter a seguinte mensagem:
R1(config)#interface FastEthernet0/1
R1(config-if)#ip address 192.168.1.2 255.255.255.0
192.168.1.0 overlaps with FastEthernet0/0
R1(config-if)#no shutdown
192.168.1.0 overlaps with FastEthernet0/0
FastEthernet0/1: incorrect IP address assignment
Observe que a saída de comando show ip interface brief mostra que a segunda interface
configurada para a rede 192.168.1.0/24, FastEthernet 0/1, ainda está desativada.
R1#show running-config
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CCNA 2 Capitulo 1
Agora que os comandos de configuração básica foram inseridos, é importante salvar o running-
config na memória não volátil, a NVRAM do roteador. Dessa forma, no caso de uma queda de
energia ou de uma recarga acidental, o roteador poderá ser inicializado com a configuração
atual. Depois que a configuração do roteador foi concluída e testada, é importante salvar o
running-config no startup-config como o arquivo de configuração permanente.
Depois de aplicar e salvar a configuração básica, você poderá usar vários comandos para
verificar se configurou corretamente o roteador. Clique no botão apropriado na figura para ver
uma listagem da saída de cada comando. Todos esses comandos são abordados com mais
detalhes em capítulos posteriores. Por ora, comece a se familiarizar com a saída.
R1#show running-config
Esse comando exibe a configuração em execução atual armazenada na RAM. Com algumas
exceções, todos os comandos de configuração usados serão inseridos no running-config e
implementados imediatamente pelo IOS.
R1#show startup-config
R1#show ip route
Esse comando exibe a tabela de roteamento que o IOS está usando atualmente para escolher
o melhor caminho para suas redes de destino. Neste momento, R1 só tem rotas para suas
redes conectadas diretamente por meio de suas próprias interfaces.
R1#show interfaces
A principal função de um roteador é encaminhar um pacote para sua rede de destino, que é o
endereço IP de destino do pacote. Para isso, um roteador precisa pesquisar as informações de
roteamento armazenadas em sua tabela de roteamento.
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CCNA 2 Capitulo 1
Uma tabela de roteamento é um arquivo de dados na RAM usada para armazenar informações
de rota sobre redes conectadas diretamente e remotas. A tabela de roteamento contém
associações de rede/próximo salto. Essas associações informam a um roteador que, em
termos ideais, um determinado destino pode ser alcançado enviando-se o pacote para um
roteador específico que representa o "próximo salto" a caminho do destino final. A associação
de próximo salto também pode ser a interface de saída para o destino final.
Uma rede conectada diretamente é uma rede acoplada diretamente a uma das interfaces do
roteador. Quando a interface de um roteador é configurada com um endereço IP e uma
máscara de sub-rede, a interface se torna um host na rede acoplada. O endereço de rede e a
máscara de sub-rede da interface, além do tipo de interface e o número, são inseridos na
tabela de roteamento como uma rede conectada diretamente. Quando um roteador encaminha
um pacote para um host, como um servidor Web, o host está na mesma rede da rede
conectada diretamente de um roteador.
Uma rede remota é uma rede que não está conectada diretamente ao roteador. Em outras
palavras, uma rede remota é uma rede que só pode ser alcançada enviando-se o pacote para
outro roteador. As redes remotas são adicionadas à tabela de roteamento usando um protocolo
de roteamento dinâmico ou configurando rotas estáticas. Rotas dinâmicas são rotas para redes
remotas que foram aprendidas automaticamente pelo roteador, usando um protocolo de
roteamento dinâmico. Rotas estáticas são rotas para redes configuradas manualmente por um
administrador de rede.
Nota: A tabela de roteamento com suas redes conectadas diretamente, as rotas estáticas e as
rotas dinâmicas serão apresentadas nas seções a seguir e abordadas com mais detalhes ao
longo deste curso.
Como mostrado na figura, a tabela de roteamento é exibida com o comando show ip route.
Neste momento, não houve nenhuma rota estática configurada nem qualquer protocolo de
roteamento dinâmico habilitado. Portanto, a tabela de roteamento de R1 só mostra as redes do
roteador conectadas diretamente. Para cada rede listada na tabela de roteamento, as
seguintes informações são incluídas:
C - As informações nesta coluna denotam a origem das informações da rota, a rede conectada
diretamente, a rota estática ou um protocolo de roteamento dinâmico. C representa uma rota
conectada diretamente.
192.168.1.0/24 - Este é o endereço de rede e a máscara de sub-rede da rede conectada
diretamente ou remota. Nesse exemplo, ambas as entradas na tabela de roteamento,
192.168.1./24 e 192.168.2.0/24, são redes conectadas diretamente.
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CCNA 2 Capitulo 1
FastEthernet 0/0 - As informações ao término da entrada da rota representam a interface de
saída e/ou o endereço IP do roteador de próximo salto. Nesse exemplo, FastEthernet 0/0 e
Serial0/0/0 são as interfaces de saída usadas para alcançar essas redes.
Quando a tabela de roteamento inclui uma entrada de rota para uma rede remota, informações
adicionais são incluídas, como a métrica de roteamento e a distância administrativa. A métrica
de roteamento, a distância administrativa e o comando show ip route são explicados com mais
detalhes nos capítulos posteriores.
Os PCs também têm uma tabela de roteamento. Na figura, você pode ver a saída de comando
route print. O comando revela o gateway padrão configurado ou adquirido, as redes
conectadas, loopback, multicast e de broadcast. A saída de comando route print não será
analisado durante este curso. Isso é mostrado aqui para enfatizar o ponto que todos os
dispositivos IP configurados devem ter uma tabela de roteamento.
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Roteamento estático
Uma rota estática inclui o endereço de rede e a máscara de sub-rede da rede remota, além do
endereço IP do roteador do próximo salto ou da interface de saída. As rotas estáticas são
denotadas com o código S na tabela de roteamento como mostrado na figura. As rotas
estáticas são examinadas com mais detalhes no próximo capítulo.
Normalmente, a maior parte das tabelas de roteamento contém uma combinação de rotas
estáticas e dinâmicas. Mas, como dissemos anteriormente, a tabela de roteamento deve conter
primeiro as redes conectadas diretamente usadas para acessar essas redes remotas para que
um roteamento estático ou dinâmico possa ser usado.
Roteamento dinâmico
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Detecção de rede
Atualização e manutenção das tabelas de roteamento
Protocolos de roteamento IP
Há vários protocolos de roteamento dinâmico para IP. Aqui estão alguns do protocolos de
roteamento dinâmico mais comuns para pacotes IP de roteamento:
Protocolo de informações de roteamento (RIP, Routing Information Protocol)
Protocolo de Roteamento de Gateway Interior (IGRP, Interior Gateway Routing Protocol)
Protocolo de Roteamento de Gateway Interior Aprimorado (EIGRP, Enhanced Interior Gateway
Routing Protocol)
Abrir caminho mais curto primeiro (OSPF, Open Shortest Path First)
Sistema Intermediário para Sistema Intermediário (IS-IS, Intermediate System-to-Intermediate
System)
Protocolo de Roteamento de Borda (BGP, Border Gateway Protocol)
Nota: RIP (versões 1 e 2), EIGRP e OSPF são abordados neste curso. EIGRP e OSPF
também são explicados com mais detalhes no CCNP, além de IS-IS e BGP. IGRP é um
protocolo de roteamento herdado, sendo substituído por EIGRP. IGRP e EIGRP são protocolos
de roteamento de propriedade da Cisco, enquanto todos os demais protocolos de roteamento
listados são protocolos padrão, sem propriedade.
Mais uma vez, lembre-se de que, na maioria dos casos, os roteadores contêm uma
combinação de rotas estáticas e dinâmicas nas tabelas de roteamento. Os protocolos de
roteamento dinâmico serão abordados com mais detalhes no Capítulo 3, "Introdução aos
protocolos de roteamento dinâmico".
Às vezes, neste curso nós iremos nos referir a três princípios relativos a tabelas de roteamento
que irão ajudar a compreender, configurar e solucionar problemas de roteamento. Esses
princípios são do livro de Alex Zinin, Cisco IP Routing.
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1. Todos os roteadores tomam suas decisões sozinhos com base nas informações presentes
em sua própria tabela de roteamento.
3. As informações de roteamento sobre um caminho de uma rede para outra não fornecem
informações de roteamento sobre o caminho inverso ou de retorno.
Roteamento assimétrico
Esse exemplo implica que, ao criar e solucionar problemas de uma rede, o administrador deve
verificar as seguintes informações de roteamento:
Há um caminho da origem para o destino disponível em ambas as direções?
O caminho leva a ambas as direções? (O roteamento assimétrico não é incomum, mas às
vezes pode oferecer problemas adicionais.)
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O protocolo de Internet especificado na RFC 791 define o formato de pacote IP. O cabeçalho
de pacote IP tem campos específicos que contêm informações sobre o pacote e sobre os hosts
de envio e de recebimento. Abaixo está uma lista dos campos no cabeçalho IP e uma
descrição sumarizada de cada um. Você já deve estar familiarizado com os campos de
endereço IP de destino, endereço IP de origem, versão e Tempo de Vida (TTL, Time To Live).
Os outros campos são importantes, mas estão fora do escopo deste curso.
Versão – número de versão (4 bits); a versão predominante é o IP versão 4 (IPv4)
Comprimento de cabeçalho IP – comprimento do cabeçalho em palavras de 32 bits (4 bits)
Precedência e tipo de serviço – como o datagrama deve ser tratado (8 bits); os 3 primeiros bits
são bits de precedência (esse uso foi substituído pelo Ponto do Código de Serviços
Diferenciado [DSCP, Differentiated Services Code Point]), que usa os 6 primeiros bits [últimos 2
reservados])
Comprimento do pacote – comprimento total (cabeçalho + dados) (16 bits)
Identificação – o valor de datagrama IP exclusivo (16 bits)
Flags – controlam a fragmentação (3 bits)
Deslocamento de fragmento – oferece suporte à fragmentação de datagramas para permitir
diferir MTUs (Maximum Transmission Units, Unidades de transmissão máxima) na Internet (13
bits)
Tempo de vida (TTL) – identifica quantos roteadores podem ser percorridos pelo datagrama
antes de ser descartado (8 bits)
Protocolo – protocolo de camada superior que envia o datagrama (8 bits)
Checksum do cabeçalho – verificação de integridade no cabeçalho (16 bits)
Endereço IP de origem – endereço IP de origem de 32 bits (32 bits)
Endereço IP de destino – endereço IP de destino de 32 bits (32 bits)
Opções de IP – testes de rede, depuração, segurança e outros (0 ou 32 bits, se qualquer)
Nota: Quando a NAT é usada, o endereço IP de destino não é alterado, mas esse processo
não importa para IP e um processo seja executado em uma rede da empresa. O roteamento
com NAT é abordado em um curso posterior.
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Tipo/comprimento – 2 bytes que especificam o tipo de protocolo de camada superior (formato
de quadro Ethernet II) ou o comprimento do campo de dados (formato de quadro IEEE 802.3)
Dados e bloco – 46 a 1500 bytes de dados; zeros usados para incluir um pacote de dados
inferior a 46 bytes
Seqüência de Verificação de Quadros (FCS, Frame check sequence) – 4 bytes usados em uma
verificação de redundância cíclica para ter certeza de que o quadro não esteja corrompido
Melhor caminho
Nota: Velocidade não é uma descrição tecnicamente precisa da largura de banda porque todos
os bits percorrem na mesma velocidade usando o mesmo meio físico. Largura de banda é
definida com mais precisão como o número de bits que podem ser transmitidos em um enlace
por segundo.
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Quando a contagem de saltos é usada como a métrica, o caminho resultante pode, às vezes,
ser inferior ao ideal. Por exemplo, considere a rede mostrada na figura. Se RIP for o protocolo
de roteamento usado pelos três roteadores, R1 irá escolher a rota inferior ao ideal até R3 para
alcançar PC2, porque esse caminho tem menos saltos. A largura de banda não é considerada.
No entanto, se OSPF for usado como o protocolo de roteamento, R1 irá escolher a rota com
base na largura de banda. Os pacotes poderão alcançar seu destino usando os dois enlaces
T1 mais rápidos em comparação com o único enlace de 56 Kbps, mais lento.
Você pode estar se perguntando o que irá acontece se uma tabela de roteamento tiver dois ou
mais caminhos com a mesma métrica para a mesma rede de destino. Quando um roteador tem
vários caminhos para uma rede de destino e o valor dessa métrica (contagem de saltos, largura
de banda etc.) é igual, isso é conhecido como métrica de mesmo custo, e o roteador irá
executar o balanceamento de carga de mesmo custo. A tabela de roteamento irá conter a única
rede de destino, mas terá várias interfaces de saída, uma para cada caminho de mesmo custo.
O roteador irá encaminhar pacotes que usam as várias interfaces de saída listadas na tabela
de roteamento.
Caso você esteja se perguntando, um roteador pode enviar pacotes em várias redes mesmo
quando a métrica não é a mesma em caso de uso de um protocolo de roteamento com esse
recurso. Isso é conhecido como balanceamento de carga de custo desigual. EIGRP e IGRP
são os únicos protocolos de roteamento que podem ser configurados para o balanceamento de
carga de custo desigual. O balanceamento de carga de custo desigual em EIGRP não é
abordado neste curso, mas é no CCNP.
Determinação do caminho
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será encaminhado diretamente para o dispositivo. Isso significa que o endereço IP de destino
do pacote é um endereço de host na mesma rede da interface do roteador.
Rede remota – se o endereço IP de destino do pacote pertencer a uma rede remota, o pacote
será encaminhado para outro roteador. As redes remotas só podem ser alcançadas
encaminhando-se pacotes para outro roteador.
Nenhuma rota determinada – se o endereço IP de destino do pacote não pertencer a uma rede
conectada ou remota e se o roteador não tiver uma rota padrão, o pacote será descartado. O
rotador envia uma mensagem inalcançável ICMP para o endereço IP de origem do pacote.
Função de comutação
A função de comutação é o processo usado por um roteador para aceitar um pacote em uma
interface e encaminhá-lo usando outra interface. Uma das principais responsabilidades da
função de comutação é encapsular pacotes no tipo apropriado do quadro de enlace de dados
para o link de dados de saída.
O que um roteador faz com um pacote recebido de uma rede e com destino a outra rede? O
roteador executa as três seguintes etapas principais:
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origem do enlace de dados da Camada 2 representa o endereço de Camada 2 da interface de
saída. O endereço de destino da Camada 2 representa o endereço de Camada 2 do roteador
de próximo salto. Se o próximo salto for o dispositivo de destino final, ele será o endereço de
Camada 2 do dispositivo.
É muito provável que o pacote seja encapsulado em um tipo diferente de quadro da Camada 2
daquele em que ele foi recebido. Por exemplo, o pacote pode ser recebido pelo roteador em
uma interface FastEthernet, encapsulada em um quadro Ethernet, e encaminhado por uma
interface serial encapsulada em um quadro PPP.
Função de comutação
A função de comutação é o processo usado por um roteador para aceitar um pacote em uma
interface e encaminhá-lo usando outra interface. Uma das principais responsabilidades da
função de comutação é encapsular pacotes no tipo apropriado do quadro de enlace de dados
para o link de dados de saída.
O que um roteador faz com um pacote recebido de uma rede e com destino a outra rede? O
roteador executa as três seguintes etapas principais:
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de próximo salto. Se o próximo salto for o dispositivo de destino final, ele será o endereço de
Camada 2 do dispositivo.
É muito provável que o pacote seja encapsulado em um tipo diferente de quadro da Camada 2
daquele em que ele foi recebido. Por exemplo, o pacote pode ser recebido pelo roteador em
uma interface FastEthernet, encapsulada em um quadro Ethernet, e encaminhado por uma
interface serial encapsulada em um quadro PPP.
Você pode descrever os detalhes exatos do que acontece com um pacote nas camadas 2 e 3
quando ele deixa a origem em direção ao destino? Do contrário, estude a animação e
acompanhe a discussão até que você seja capaz de descrever o processo sozinho.
Como PC1 sabe encaminhar o pacote para R1, e não diretamente para PC2? PC1 determinou
que os endereços de origem e de destino IP estão em redes diferentes.
PC1 sabe que a rede pertence a ele, executando uma operação AND em seu próprio endereço
IP e máscara de sub-rede que resulta em seu endereço de rede. PC1 faz essa mesma
operação AND usando o endereço IP de destino do pacote e a máscara de sub-rede PC1. Se o
resultado for o mesmo da rede, PC1 sabe que o endereço IP de destino está na própria rede,
não precisando encaminhar o pacote para o gateway padrão, o roteador. Se a operação AND
resultar em um endereço de rede diferente, PC1 sabe que o endereço IP de destino não está
em sua própria rede, devendo encaminhar esse pacote para o gateway padrão, o roteador.
Nota: Se uma operação AND com o endereço IP de destino do pacote e a máscara de sub-
rede de PC1 resultar em um endereço de rede diferente do determinado por PC1 como seu
endereço de rede próprio, esse endereço não necessariamente irá refletir o endereço de rede
remoto real. PC1 só sabe que o endereço IP de destino está em sua própria rede, as máscaras
serão iguais e os endereços de rede seriam os mesmos. A máscara da rede remota pode ser
outra. Se o endereço IP de destino resultar em um endereço de rede diferente, PC1 não saberá
o endereço de rede remota real – ele só sabe que não está em sua própria rede.
Como PC1 determina o endereço MAC do gateway padrão, roteador R1? PC1 verifica a tabela
ARP do endereço IP do gateway padrão e seu endereço MAC associado.
E se esta entrada não existir na tabela ARP? PC1 envia uma solicitação ARP e o roteador R1
devolve uma resposta ARP.
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1. Roteador R1 examina o endereço MAC de destino, que corresponde ao endereço MAC da
interface de recebimento, FastEthernet 0/0. Dessa forma, R1 copiará o quadro para o buffer.
2. R1 vê que o campo Tipo de Ethernet é 0x800, o que significa que o quadro Ethernet contém
um pacote IP na porção de dados do quadro.
5. R1 observa o endereço IP do próximo salto 192.168.2.2 em seu cache ARP para a interface
FastEthernet 0/1. Se a entrada não estiver no cache ARP, R1 enviará uma solicitação ARP
pela interface FastEthernet 0/1. R2 devolve uma resposta ARP. Em seguida, R1 atualiza seu
cache ARP com uma entrada para 192.168.2.2 e o endereço MAC associado.
2. R2 vê que o campo Tipo de Ethernet é 0x800, o que significa que o quadro Ethernet contém
um pacote IP na porção de dados do quadro.
A tabela de roteamento de R2 tem uma rota para a rota 192.168.4.0/24 com um endereço IP de
próximo salto 192.168.3.2 e uma interface de saída de Serial 0/0/0. Como a interface de saída
não está em uma rede Ethernet, R2 não deve resolver o endereço IP de próximo salto com um
endereço MAC de destino.
Quando a interface for uma conexão serial ponto-a-ponto, R2 irá encapsular o pacote IP no
próprio formato de quadro de enlace de dados usado pela interface de saída (HDLC, PPP etc.).
Nesse caso, o encapsulamento de Camada 2 é PPP; portanto, o endereço de destino do
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enlace de dados é definido como um broadcast. Lembre-se: não há nenhum endereço MAC em
interfaces seriais.
Como a interface de saída não é uma rede Ethernet conectada diretamente, R3 precisa
resolver o endereço IP de destino do pacote com um endereço MAC de destino.
1. PC2 examina o endereço MAC de destino, que corresponde ao endereço MAC da interface
de recebimento, sua placa de rede Ethernet. Dessa forma, PC2 copiará o restante do quadro
para o buffer.
2. PC2 vê que o campo Tipo de Ethernet é 0x800, o que significa que o quadro Ethernet
contém um pacote IP na porção de dados do quadro.
Resumo
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roteadores sabem aonde enviar pacotes com destino a outras redes, inclusive a Internet. Nos
capítulos seguintes, você saberá como os roteadores criam e mantêm essas tabelas de
roteamento – usando rotas estáticas inseridas manualmente ou protocolos de roteamento
dinâmico.
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Resumo
O roteador tem uma tabela de roteamento, que é uma lista de redes conhecida pelo
roteador. A tabela de roteamento inclui endereços de rede de suas próprias interfaces,
que são as redes conectadas diretamente, bem como endereços de rede para redes
remotas. Uma rede remota é uma rede que só pode ser alcançada encaminhando-se o
pacote para outro roteador.