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DIREITO COMERCIAL I – 1.

ª TURMA TEÓRICA

1.º ciclo de Estudos em Direito

EXAME - 25/02/2014

Responda justificadamente a todas as perguntas

«Chegou – Transporte rodoviário de mercadorias, S.A.», comprou à «Contimundo – Fabrico e


comercialização de contentores, Lda.», dois contentores para o transporte de mercadorias. Como a
«Chegou» não podia pagar a totalidade do preço dos contentores, aceitou uma letra sacada pela
«Contimundo» pagável a esta última ou à sua ordem. A «Contimundo» endossou a letra a X, um dos seus
fornecedores, que por sua vez a endossou a Z, importador a quem X comprava material.

1. Diga se a «Chegou» é ou não comerciante e se a compra e venda dos contentores é ou não um ato de
comércio (3 v.)
A Chegou. O art. 13º, 2 CCom. O art. 1º, 2, CSC. O tipo comercial e o art. 275º, 1 CSC. O objeto comercial
e o art. 230º, 7 CCom. Interpretação do art. 230º CCom. O art. 366º CCom.(1 v.) A compra e venda é
ato objetivo de comércio: arts. 230º, 1 ou 463º, 3, pelo lado da venda (a vendedora tanto se dedica ao
fabrico como à comercialização de contentores), e 230º, 7, pelo lado da compra (1,5 v.). A compra e
venda ato de comércio subjetivo (justificar) (0,5 v.).
2. Suponha que na data de vencimento da letra Z exigiu à «Chegou» o pagamento da quantia constante
da letra e que a aceitante recusa o pagamento alegando que os contentores comprados sofriam de
vícios estruturais que prejudicavam a sua resistência. A «Chegou» invoca também que Z sabia de tudo
o que se passava, pois tinha acompanhado o fabrico daqueles contentores. Porém, Z entende que não
tinha que se preocupar com o estado dos contentores, visto que tinha recebido a letra de X, que nada
sabia do que se passara. Pronuncie-se sobre os argumentos da «Chegou» e de Z (7 v.)
A invocação de uma exceção causal. A causa. Relações imediatas e mediatas. O art. 17º LULL. A
obrigação cambiária é abstrata (3 v.). A má fé do portador mediato e a parte final do art. 17º LULL (2
v.). A boa fé do portador mediato e as consequências (2 v.).
3. A «Contimundo» vendeu a Juvenal o seu estabelecimento fabril. Celebrado o negócio referido e pago
o preço devido, a «Contimundo» e Juvenal estão em desacordo porque Juvenal entende que com a
compra do estabelecimento adquiriu a firma «Contimundo», a marca «Supercontentores», até agora
registada em nome da «Contimundo», e os créditos resultantes das vendas dos contentores fabricados
no estabelecimento adquirido. Pronuncie-se sobre as pretensões de Juvenal (7 v.)
A compra e venda de estabelecimento como trespasse; noção de trespasse (1 v.). A firma integra o
âmbito convencional (justificar) (2 v.). A marca integra o âmbito natural (justificar) (2 v.). Os créditos
devem integrar o âmbito convencional, embora não sejam elementos (justificar) (2 v.).

II
«O juiz deve recusar a homologação de um plano de insolvência que preveja uma redução do capital social
de uma sociedade comercial insolvente». Comente (3 v.)

A redução do capital social e o art. 198º, 2, a) CIRE. A previsão para todas as sociedades comerciais. Os
poderes do juiz quanto à recusa da homologação em geral (1 v.). A 2ª Diretiva sobre direito das sociedades,
as sociedades anónimas e a recusa oficiosa de homologação do plano de insolvência em causa (2 v.).

BOM TRABALHO!

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