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O que são transtornos de personalidade?

Os transtornos de personalidade são um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa tem um


padrão de pensamento e comportamento bastante rígido e mal ajustado. Sem tratamento, que
envolve psicoterapia e medicamentos, o problema costuma ter longa duração e causa sofrimento e
dificuldade nos relacionamentos pessoais e em outras áreas.

Os transtornos de personalidade são classificados em categorias que têm características comuns.


Embora seja comum reconhecer traços de si mesmo em diferentes transtornos de personalidade,
quem tem o problema possui a maior parte das características de um transtorno específico.

Transtornos excêntricos ou estranhos


 Transtorno de personalidade paranoide - pessoas com esse transtorno tendem a desconfiar
dos outros e achar que vão ser enganadas. Por causa disso, elas podem ser hostis ou
emocionalmente desapegadas.
 Transtorno de personalidade esquizoide - provoca falta de interesse em relações sociais.
Quem tem o problema é indiferente às interações sociais.
 Transtorno de personalidade esquizotípica - pode levar a um comportamento excêntrico,
pensamentos e crenças incomuns ou bizarras, sentimento de desconforto em ambientes sociais e
dificuldade para ter relacionamentos íntimos.
Transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares
 Transtorno de personalidade antissocial – quem tem o transtorno não reconhece os
sentimentos e necessidades de outros. Também pode repetidamente mentir, agredir, roubar e ter
comportamentos ilegais.
 Transtorno de personalidade histriônica - pessoas com este transtorno são altamente
emotivas e dramáticas, têm uma necessidade excessiva de atenção e aprovação e podem usar a
aparência física para consegui-la.
 Transtorno de personalidade borderline - as características principais incluem o medo do
abandono, relacionamentos intensos e instáveis, explosões emocionais extremas, comportamento
autodestrutivo e sentimento crônico de vazio.
 Transtorno de personalidade narcisista - são as pessoas com autoestima inflada e
necessidade de admiração. Elas costumam ter pouca empatia ou preocupação com os outros e têm
fantasias de sucesso, poder ou beleza.
Transtornos ansiosos ou receosos
 Transtorno de personalidade esquiva - pessoas que evitam a interação social e são
extremamente sensíveis aos julgamentos negativos dos outros; elas podem ser tímidas e isoladas
socialmente e ter sentimentos de inadequação.
 Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva - são pessoas preocupadas com regras
e ordem e que valorizam o trabalho acima de outros aspectos da vida; são perfeccionistas e têm uma
necessidade de estar no controle. É importante não confundir com o transtorno obsessivo-compulsivo,
que é uma forma de transtorno de ansiedade.
 Transtorno de personalidade dependente - causa necessidade de ser cuidado e medo de
estar sozinho, além de dificuldade de separar-se de seus entes queridos ou tomar decisões por conta
própria. Quem tem o problema pode ser submisso e tolerar relações abusivas.

O transtorno de personalidade esquizoide é caracterizado por um padrão generalizado de


distanciamento e desinteresse geral nos relacionamentos sociais e uma variedade limitada
de emoções em seus relacionamentos interpessoais. O diagnóstico é por critérios clínicos. O
tratamento é com terapia cognitivo-comportamental.

No transtorno de personalidade esquizoide, a capacidade de se relacionar com os outros


é significativamente limitada.

Estima-se que cerca de 1 a 3% da população em geral têm transtorno de personalidade


esquizoide. Esse transtorno pode ser mais comum em pessoas com histórico familiar de
esquizofrenia ou transtorno de personalidade esquizoide.
Comorbidades são comuns. Até metade dos pacientes tiveram pelo menos um episódio
de depressão maior. Eles muitas vezes também têm outros transtornos de personalidade,
mais comumente esquizotípica, paranoia, borderline ou esquivo.

Etiologia
Ter cuidadores que eram emocionalmente insensíveis, negligentes e distantes durante a infância
pode contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade esquizoide, alimentando a
sensação da criança de que relacionamentos interpessoais não são gratificantes.

Sinais e sintomas
Pacientes com transtorno de personalidade esquizoide parecem não ter nenhum desejo de manter
relacionamentos íntimos com outras pessoas, incluindo parentes. Eles não têm amigos íntimos ou
confidentes, exceto às vezes um parente de primeiro grau. Eles raramente namoram e muitas vezes
não se casam. Eles preferem estar sós, escolhendo atividades e hobbies que não exigem interação
com os outros (p. ex., jogos de computador). A atividade sexual com os outros é de pouco, se algum,
interesse para eles. Eles também parecem sentir menos prazer com as experiências sensoriais e
corporais (p. ex., uma caminhada na praia).

Esses pacientes não parecem incomodados com o que os outros pensam deles— seja bom ou ruim.
Como eles não percebem indícios normais da interação social, eles podem parecer socialmente
ineptos, indiferentes ou autoabsorvidos. Eles raramente reagem (p. ex., sorrindo ou gesticulando) ou
demonstram emoção em situações sociais. Eles têm dificuldade de expressar raiva, mesmo quando
são provocados. Eles não reagem adequadamente a acontecimentos importantes da vida e podem
parecer passivos em resposta a mudanças nas circunstâncias. Como resultado, eles podem parecer
não ter direcionamento na vida.

Raramente, quando esses pacientes se sentem à vontade expondo-se, eles admitem que sofrem,
especialmente em interações sociais.

Os sintomas do transtorno de personalidade esquizoide tendem a permanecer estáveis ao longo do


tempo, mais do que aqueles de outros transtornos de personalidade.

Diagnóstico
 Critérios clínicos (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth
Edition [DSM-5])

Para o diagnóstico do transtorno de personalidade esquizoide, os pacientes devem ter um


distanciamento persistente e desinteresse geral nos relacionamentos sociais e expressão limitada das
emoções nas interações interpessoais, como mostrado por ≥ 4 dos seguintes:

 Nenhum desejo ou prazer com relacionamentos íntimos, incluindo aqueles com membros da
família

 Forte preferência por atividades solitárias

 Pouco, se algum, interesse em atividade sexual com outra pessoa

 Prazer com poucas, se alguma, atividades

 Falta de amigos íntimos ou confidentes, exceto possivelmente parentes de primeiro grau

 Indiferença aparente quanto a elogios ou críticas dos outros


 Frieza emocional, distanciamento ou afeto aplainado

Além disso, os sintomas devem ter ocorrido no início da idade adulta.

O Transtorno de Personalidade Esquizotípica (Schizotypal personality disorder) é


um transtorno de personalidadecaracterizado pela dificuldade em manter relacionamentos
saudáveis, fortes crenças no sobrenatural inapropriadas a seu contexto social,
pensamentos e percepções não compartilhados socialmente, desconfiança e medo
mesmo sem evidências de ameaça e hábitos excêntricos. Os portadores deste transtorno
muitas vezes creem ter habilidades extrassensoriais ou que eventos mundiais estão
relacionados a eles de alguma forma importante. Eles, algumas vezes, se empenham em
comportamento excêntrico e têm dificuldades em se concentrar por longos períodos de
tempo. Suas conversas geralmente são excessivamente elaboradas e difíceis de
acompanhar.[1]

O que é Transtorno de personalidade


antissocial?
Transtorno de personalidade antissocial é uma condição em que a
pessoa tem pensamentos e atitudes disfuncionais. No caso, essas
pessoas tendem a explorar as outras para ter algum ganho, seja
material ou mesmo pessoal.

Em geral, pessoas com transtorno de personalidade antissocial não


fazem distinção entre certo e errado e não consideram os direitos,
desejos e sentimentos dos outros. Por este motivo, os especialistas se
dividem se o transtorno seria o mesmo que a psicopatia.

Estima-se que cerca de 6% da população tenha o transtorno de


personalidade antissocial.

Causas
Não se sabe ao certo quais são as causas do transtorno de
personalidade antissocial. É muito provável que o fator genético esteja
envolvido, mas há indícios de que fator ambiental também esteja
relacionado ao aparecimento desse transtorno, principalmente na
infância. Por exemplo, sabe que crianças que foram abusadas na
infância ou que cresceram com pais alcoólatras ou que tinham o
transtorno de personalidade antissocial tem maior tendência a
desenvolver a condição.

Além disso, crianças que cresceram em ambientes familiares instáveis


ou caóticos, que perderam os pais devido a algum divórcio traumático,
também são mais propensas ao problema.
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Pode haver também uma relação entre a falta de empatia desde cedo
(capacidade de entender o sentimento do outro e se colocar em seu
lugar) e o aparecimento desse transtorno mais para frente.

Fatores de risco
O transtorno de personalidade antissocial é mais comum em homens
do que mulheres. Além disso, crianças que cresceram em ambientes
instáveis, com pais alcoólatras ou que abusavam dela seja verbal,
física ou sexualmente, são mais propensas a adquirirem o transtorno.

Não é possível diagnosticar esse transtorno antes dos 18 anos de


idade. Por isso qualquer criança que apresente os sintomas do
transtorno de personalidade antissocial é diagnosticada com transtorno
de conduta. Nem toda criança com transtorno de conduta
desenvolverá personalidade antissocial, mas este é um fator de risco.

Sintomas de Transtorno de personalidade


antissocial
Pessoas com transtorno de personalidade antissocial têm um
comportamento específico, que leva em conta os sentimentos das
outras pessoas. Veja, a seguir os principais sintomas desse transtorno:

 Desconsideração por o que é certo ou errado


 Uso persistente de mentiras e fraudes para explorar os
outros
 Uso de charme ou sagacidade para manipular os outros em
prol de si mesmo
 Egocentrismo, senso de superioridade, vaidade e
exibicionismo
 Dificuldades recorrentes com a lei
 Abuso ou negligência com crianças
 Hostilidade, irritabilidade significativa, agitação,
impulsividade, agressão ou violência
 Ausência de empatia com as outras pessoas e de remorso
por prejudicar os outros
 Comportamentos perigosos
 Relacionamentos pobres ou abusivos
 Comportamento irresponsável no trabalho
 Dificuldade em aprender com as consequências negativas de
seu comportamento.

Transtorno de personalidade
histriônica: Você conhece alguém
muito sedutor e influenciável?
· 
 A origem do sentimento constante de abandono
 Uma pessoa com transtorno de personalidade histriônica se
caracteriza por um padrão de tendências cognitivas,
comportamentais e emocionais onde se destacam
o comportamento sedutor, dramático, muito influenciável, e
uma grande instabilidade emocional. Além disso, aqueles que
têm um transtorno de personalidade histriônica, a curto prazo,
geram um magnetismo que atrai o restante das pessoas.

 Desta forma, entendemos que podemos observar a


personalidade histriônica naqueles indivíduos que são
sedutores, que estão sempre buscando atrair a atenção dos
outros e são muito influenciáveis. Apresentam sentimentos
intensos, exageram a importância dos acontecimentos e
parecem estar sempre “representando um personagem”.
Qual é a diferença entre um transtorno de personalidade e uma
forma de ser?
Considera-se que estamos diante de um transtorno psicológico e não
diante de um “modo de ser”, quando esse tipo de personalidade
afeta seriamente a pessoa que o manifesta e as pessoas que
convivem com ela. As pessoas mais próximas daqueles que sofrem
um distúrbio de personalidade sofrem muito porque é uma condição
psicopatológica que é egossintônica (comportamentos, sentimentos,
ideias, crenças do indivíduo que se encontram de acordo, ou em
sintonia com o seu ego), portanto, para elas esse comportamento é
“normal”. Isso significa que a desordem está integrada na estrutura
psicológica da pessoa, faz parte do seu modo de ser.
Ao contrário de um Transtorno de Ansiedade ou um Transtorno
Obsessivo Compulsivo que é experimentado como algo externo que
invade a pessoa e tem um ponto de partida (transtornos
egodistônicos), os transtornos de personalidade começam a se
desenvolver antes da adolescência, pouco a pouco, e a pessoa não
o percebe como um fenômeno alheio a si mesmo.
“O curioso paradoxo é que quando me aceito, posso mudar”.
  – Carl Rogers –
Os distúrbios de personalidade também são caracterizados pela
grande quantidade de problemas e conflitos que geram no
contexto social mais próximo. A diferença entre um “modo de ser”,
que pode ser mudado com relativa rapidez em sessões de terapia
psicológica, e os transtornos de personalidade é que os transtornos
são resistentes ao tratamento. Além disso, aqueles que têm um
transtorno de personalidade evitam ir ao psicólogo porque acreditam
que “sempre foram assim” e que os “seus problemas são culpa dos
outros”.
Como diagnosticar o transtorno de personalidade histriônica?

Para diagnosticar um transtorno mental, os critérios mais utilizados na


psiquiatria e na psicologia são os estabelecidos pela American
Psychological Association (APA). Atualmente, o termo proposto pela
APA no Manual de Diagnóstico Estatístico dos Transtornos Mentais
(DSM-5) para este tipo de comportamento é o de “Transtorno da
personalidade histriônica”. De acordo com a APA, o transtorno de
personalidade histriônica pertence ao Grupo B dos transtornos de
personalidade, caracterizado pela habilidade emocional,
pela dramaticidade e extroversão.
Saiba como identificar um transtorno de personalidade histriônica
Você pode conhecer várias pessoas que se encaixam nessa descrição
por serem dramáticas, sedutoras e influenciáveis, mas isso não
significa que todas elas tenham um transtorno de personalidade
histriônica. Para poder dizer que alguém possui um transtorno de
personalidade histriônica, é necessário que ela apresente cinco ou
mais dos seguintes critérios:
 Ela se sente desconfortável em situações onde não é o
centro das atenções.
 A interação com os outros é frequentemente caracterizada por
comportamentos sexualmente sedutores ou provocativos.
 Apresenta mudanças rápidas e pouco expressivas das
emoções.
 Utiliza constantemente a aparência física para atrair a atenção.
 Tem uma forma de falar baseada nas suas impressões e
carente de detalhes.
 Demonstra dramatização, teatralidade e expressão exagerada
das emoções.
 É sugestionável (ou seja, facilmente influenciada pelos outros
ou pelas circunstâncias).
 Ela considera os relacionamentos mais estreitos do que
realmente são.

Além da pessoa apresentar cinco ou mais dos critérios acima, é


necessário que estes se manifestem desde o final da adolescência e o
início da idade adulta para poder estabelecer o diagnóstico de
transtorno de personalidade histriônica. Quando os critérios de
diagnóstico não são atendidos na quantidade ou no tempo, podemos
dizer que é uma pessoa com um padrão, perfil ou estilo de
personalidade histriônica.
O transtorno de personalidade esquiva é caracterizado pela esquiva de situações
ou interações sociais que envolvam risco de rejeição, crítica ou humilhação. O
diagnóstico é por critérios clínicos. O tratamento é com psicoterapia, ansiolíticos e
antidepressivos.
Pessoas com transtorno de personalidade esquiva têm sentimentos intensos de
inadequação e lidam de maneira mal-adaptativa evitando quaisquer situações em que
podem ser avaliadas negativamente.

Estima-se que 1 a 5,2% da população em geral têm transtorno de personalidade esquiva;


ele é mais comum em mulheres do que em homens.

Comorbidades são comuns. Os pacientes muitas vezes também têm transtorno


depressivo maior, distimia, transtorno obsessivo-compulsivo ou transtorno de
ansiedade (p. ex., transtorno do pânico, particularmente fobia social [transtorno de
ansiedade social]). Eles também podem ter outro transtorno de personalidade (p.
ex., dependente, borderline). Pacientes com fobia social e transtorno de personalidade
esquiva têm sintomas mais graves e incapacidade do que aqueles apenas com um dos
transtornos.

Etiologia
Pesquisas sugerem que as experiências de rejeição e marginalização durante a infância e
características inatas da ansiedade e esquiva sociais podem contribuir para transtorno de
personalidade esquiva. Esquiva em situações sociais foi detectada tão cedo quanto aos 2 anos de
idade.

Sinais e sintomas
Pacientes com transtorno de personalidade esquiva evitam interação social, incluindo aquelas no
trabalho, porque temem que eles serão criticados ou rejeitados ou que as pessoas vão desaprová-los,
como nas situações a seguir:

 Eles podem recusar uma promoção porque temem que colegas de trabalho vão criticá-los.

 Eles podem evitar reuniões.

 Eles evitam fazer novos amigos a menos que tenham certeza de que serão aprovados.

Esses pacientes pressupõem que as pessoas serão críticas e vão desaprová-los até que passem por
testes rigorosos provando o contrário. Assim, antes de ingressar em um grupo e formar um
relacionamento íntimo, pacientes com esse transtorno exigem garantias repetidas de suporte
aceitação acrítica.

Pacientes com transtorno de personalidade esquiva anseiam por interação social, mas temem colocar
seu bem-estar nas mãos dos outros. Como esses pacientes limitam suas interações com as pessoas,
eles tendem a ser relativamente isolados e não têm uma rede social que possa ajudá-los quando
precisam.

Esses pacientes são muito sensíveis a qualquer coisa ligeiramente crítica, desaprovação ou
ridicularização porque pensam constantemente sobre serem criticados ou rejeitados por outros. Eles
estão atentos a qualquer sinal de resposta negativa a eles. Sua aparência tensa e ansiosa pode
provocar zombaria ou ridicularização, parecendo assim confirmar suas autodúvidas.

Baixa autoestima e um senso de inadequação inibem esses pacientes em situações sociais,


especialmente as novas. Interações com novas pessoas são inibidas porque os pacientes se
consideram socialmente ineptos, desagradáveis e inferiores aos outros. Eles tendem a ser quietos e
tímidos e tentar desaparecer porque acham que se disserem alguma coisa, os outros dirão que isso
está errado. Eles relutam em falar sobre si mesmos temendo ridicularização ou humilhação. Eles
temem que irão ruborizar ou chorar quando forem criticados.

Pacientes com transtorno de personalidade esquiva são muito relutantes em assumir riscos pessoais
ou participar de novas atividades por razões semelhantes. Nesses casos, eles tendem a exagerar os
perigos e usar sintomas mínimos ou outros problemas para explicar seu lado esquivo. Eles podem
preferir um estilo de vida limitado por causa da sua necessidade de segurança e certeza.

Diagnóstico
 Critérios clínicos (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth
Edition [DSM-5])

Para o diagnóstico do transtorno de personalidade esquiva, os pacientes devem ter um padrão


persistente de esquiva de contato social, sentirem-se inadequados e serem hipersensíveis a críticas e
rejeição, como mostrado por ≥ 4 do seguinte:

 Esquiva de atividades relacionadas ao trabalho que envolvam contato interpessoal porque


temem que serão criticados ou rejeitados ou que as pessoas vão desaprová-los

 Falta de vontade para se envolverem com as pessoas, a menos que tenham certeza de que
são amados

 Reserva em relacionamentos íntimos porque temem o ridículo ou a humilhação

 Preocupação em serem criticados ou rejeitados em situações sociais

 Inibição em novas situações sociais porque se sentem inadequados

 Um visão do eu como socialmente incompetente, desagradável ou inferior aos outros

 Relutância em assumir riscos pessoais ou participar de qualquer nova atividade porque


podem ficar constrangidos

Além disso, os sintomas devem ter ocorrido no início da idade adulta.

Diagnóstico diferencial
O transtorno de personalidade esquiva deve ser diferenciado dos dois transtornos a seguir:

 Fobia social: as diferenças entre fobia social e transtorno de personalidade esquiva são
sutis. O transtorno de personalidade esquiva envolve ansiedade e esquiva mais
generalizadas do que a fobia social, que muitas vezes é específica para situações que podem
resultar em constrangimento em público (p. ex., falar em público, encenar no palco). Mas a
fobia social pode envolver um padrão de esquiva mais amplo e, assim, pode ser difícil de
distinguir. Os dois transtornos frequentemente ocorrem juntos.

 Transtorno de personalidade esquizoide : ambos os transtornos são caracterizados por


isolamento social. Entretanto, pacientes com transtorno de personalidade esquizoide se
isolam porque eles não tem interesse nos outros, enquanto aqueles com transtorno de
personalidade esquiva se isolam porque são hipersensíveis à possível rejeição ou críticas de
outros.

Outros transtornos de personalidade podem ser semelhantes de algumas maneiras ao transtorno de


personalidade esquiva, mas podem ser distinguidos por aspectos característicos (p. ex., por uma
necessidade de ser cuidado no transtorno de personalidade dependente versus esquiva da rejeição e
críticas no transtorno de personalidade esquiva).

Tratamento
 Terapia cognitivo-comportamental focada nas habilidades sociais

 Psicoterapia de suporte

 Psicoterapia psicodinâmica

 Ansiolíticos e antidepressivos

O tratamento geral do transtorno de personalidade esquiva é semelhante àquele para todos os


transtornos de personalidade.

Pacientes com transtorno de personalidade esquiva muitas vezes evitam o tratamento.

Terapias eficazes para pacientes tanto com fobia social como transtorno de personalidade esquiva
incluem

 Terapia cognitivo-comportamental que focaliza a aquisição de habilidades sociais, feita em


grupos

 Outras terapias em grupo se o grupo for composto por pessoas com as mesmas dificuldades

Pacientes com transtorno de personalidade esquiva se beneficiam de

 Terapias individuais que são solidárias e sensíveis às hipersensibidades do paciente em


relação aos outros

Psicoterapia psicodinâmica, que focalize os conflitos subjacentes, pode ser útil.

Terapia medicamentosa eficaz inclui inibidores da monoamina oxidase (IMAOs), ISRSs e


ansiolíticos, que ajudam a reduzir a ansiedade o suficiente para permitir que os pacientes se
exponham a novas situações sociais.

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