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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL


FEDERAL DE

...., brasileiro , casado, portador do RG. Nº ,


inscrito no CPF. Nº residente e domiciliado na Rua ... CEP. , através de seu patrono,
instrumento de mandato anexo (Doc. 01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, propor a presente,

AÇÃO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA OU CONCESSÃO DE


APOSENTADORIA POR INVALIDEZ C/ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

em face de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, pelos seguintes


fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor:

1- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O Reclamante requer o benefício da gratuidade


de justiça assegurado no Art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e disciplinado

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nos Artigos 98 e seguintes da Lei 13.105/15 (CPC), inclusive para efeito de possível
recurso, tendo em vista estar impossibilitado de arcar com as despesas processuais
sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme declaração de
hipossuficiência em anexo.

2- DOS FATOS

O autor é portador de cegueira da visão no OLHO DIREITO (Cid: H54.1) - Cegueira


em um olho e visão subnormal em outro. Tendo a visão apenas de percepção
luminosa.

No OLHO ESQUERDO o autor possui acuidade visual de 20/20, conforme relatório


médico anexo, o que o torna incapaz de desenvolver as atividades laborativas
habitualmente desenvolvidas.

Ressalta-se que o autor também teve diagnóstico de deslocamento de retina e de


Glaucoma. Realizou procedimento cirúrgico em .........., não tendo contudo,
readquirido sua capacidade laborativa, em que pesem seus esforços e dedicação
para se recuperar.

Desse modo, em .../.../..., postulou junto ao INSS a concessão de auxílio doença (NB
nº___________), tendo sido indeferido por ..........

Em ..../...../..... postulou novamente junto ao INSS a concessão de auxílio doença,


(NB. nº.......), tendo sido indeferido por........... em razão da perícia médica ter
informado que o autor está.........

In casu, a parte autora é por portadora das enfermidades denominadas por: (Cid:
H54.1) - Cegueira em um olho e visão subnormal em outro, e por estar ainda em
tratamento, não se encontra em condições de voltar às suas atividade laborais.

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Diante desta situação encontra-se o Requerente impossibilitado para o trabalho, e em


conseqüência, para a manutenção das despesas advindas do dia-a-dia que por obra
de seu esforço eram mantidas pelo labor diário. No atual momento, o Autor passa por
dificuldades econômicas, acarretados, inclusive, pela necessidade urgente de seu
tratamento médico e da compra de medicamentos indispensáveis à sua reabilitação.

Assim, não restando inconformado com o erro cometido pela autarquia ré, vem o
autor perante este Emérito Julgador, requerer a concessão de seu benefício de
auxílio-doença e posterior conversão em aposentadoria por invalidez.

A parte autora é segurada da Previdência Social, e, desde o dia de ..../.../....., sofre


de....

Ocorre que, apesar de devidamente requerido,não foi concedido o benefício de


auxílio-doença/aposentadoria por invalidez pela Autarquia Previdenciária.
Tal requerimento e sua negatória estão devidamente comprovados nos documentos
anexos a essa exordial.
Quanto ao resultado do pedido administrativo, sem dúvida alguma, merece reparo o
trabalho realizado pela perícia da Autarquia-Ré. Isso porque a análise do caso
realizado pelo perito da Autarquia-Ré foi feita de forma incorreta e superficial,
desconsiderando o tratamento feito desde o ano de ......, pela parte autora, bem
como os exames e laudos apresentados.

Assim, conforme documentação anexa, o autor não apresenta condições laborativas


do ponto de vista Oftalmológico pelas restrições de sua patologia, necessitando, pois,
de proteção previdenciária, uma vez que continua sofrendo das limitações impostas
pela doença, o que o torna incapaz para o trabalho.

Como consequência da manutenção do quadro médico do autor, afigura-se como


detentor do direito ao AUXÍLIO-DOENÇA já que não possui condições de
desempenhar atividade laborativas e consequentemente não possui outros meios de
manter a subsistência de sua família.

Por fim, cabe ressaltar que o autor é segurado da previdência social e preenche todos
os requisitos de carência e qualidade de segurado, configurando-se assim a situação

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em que vive o autor em um verdadeiro absurdo, uma vez que deveria estar nesse
momento sob a proteção previdenciária.

3- TUTELA DE URGÊNCIA
A parte Autora necessita da concessão do
benefício em tela para custear sua vida, tendo em vista que as sequelas
apresentadas reduzem sua capacidade laboral e, consequentemente, causam
prejuízo à sua subsistência.
Note-se, Douto Julgador que não há dúvida sobre o
direito autoral, tendo em vista que sofreu um acidente de trabalho, CAT em anexo,
aberta pelo Empregador, assim como, esteve em auxilio-acidente pelo INSS, além do
laudo médico que nos esclarece sobre as lesões consolidadas.
Assim, ante o receio de dano irreparável, necessita
a requerente da tutela de urgência, nos termos do artigo 300 do NCPC, para que lhe
seja concedido o benefício pleiteado. Salientando que a tutela ora perseguida é
perfeitamente possível de ser concedida antecipadamente, em virtude do caráter
alimentício do benefício ora pleiteado.

4- DOS PEDIDOS
EM FACE DO EXPOSTO, REQUER a Vossa
Excelência:

a) Seja concedida a tutela antecipada a Autora, no sentido de que o órgão réu


efetue mensalmente o pagamento do valor do benefício a mesma;

b) Seja determinada a citação do INSS para contestar querendo a presente ação no


prazo legal, sob as penas do art. 359 do CPC;

c) Provar por todos os meios probatórios em direito permitido o ora alegado,


especialmente com realização de perícia médica com médico ORTOPEDISTA;

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d) Acréscimo de 25%. Requer ainda, diante da necessidade de cuidados


permanentes de outra pessoa ao Autor, que o benefício de auxílio doença ou
aposentadoria por invalidez seja concedido com o acréscimo de 25% nos termos
art. 45 da Lei nº 8.213/1991.

e) Seja concedido a requerente, o benefício da Justiça Gratuita, nos termos da Lei


n°. 1060/50, eis que a mesma é pessoa pobre a não possui condições
financeiras de arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios
sem prejuízo do seu próprio sustento;

f) Ao final, SEJA JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, sendo


reconhecida a incapacidade laborativa parcial e permanente da Autora a partir de
.......... e, seja concedido o AUXILIO ACIDENTE na conformidade com o art. 86,
da Lei 8.213/91 e parágrafos;

g) A condenação do Órgão Requerido, no pagamento dos honorários advocatícios


no percentual equivalente a 20% sobre a condenação;

5- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 31.383,17 (Trinta e um
mil, trezentos e oitenta e três reais e dezessete centavos).

Termos em que,

Pede deferimento.

de agosto de 2019.

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