Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Professor: Maria Clara Rebel

Matéria: Psicologia Social II

Alunas: Danielle Veiga, Debora, Viviane Fazol

Matricula: / 20110130852-4

Nova Friburgo, 27 de Março de 2014.


Psicologia Social II – Psicologia da Educação

1. Como é o seu dia-a-dia?

“Não tem rotina, nosso trabalho é chegar a cada dia e ver qual é a demanda e
demanda essa que a gente é uma escola que vai desde educação infantil, até o
ensino médio e a gente vem olhando por faixa etária aí é importante o nosso
conhecimento das etapas do desenvolvimento infantil, psicossocial, cognitivo
para assim se ter uma ideia de quais problemas irão surgir, onde iremos conduzir
de uma maneira bem bacana. Lidamos como os alunos, professores, pais de
alunos, fornecedores, cada dia é algo novo que irá surgir, temos que lidar com a
tecnologia que além de nos ajudar, trás também problemas, pois sabemos que a
escola é estratificação, um pedacinho da sociedade aqui dentro, você tem tudo
dentro da escola, valores, crenças, que tem que saber lidar com elas, por isso tem
que se ter uma visão ampla, para entender tudo isso”

2. Quais são as atividades que você tem que desenvolver?

“Eu diria que o psicólogo num primeiro momento ele fica a disposição, para atendimento
de pais, alunos, também temos alunos com necessidades especiais (sindrome de donw,
dislexio, transtorno de atenção entre outros...) e daí vem o atendimento dos pais,
psicopedagogos, o acompanhamento desses alunos dentro de sala de aula, temos do
professor a visão de como esse aluno está dentro de sala e a gente precisa propor
intervenções para melhoraria do desempenho da disciplina ou das relações. A entrada de
aluno novo também temos que estar presente, na adaptação dele, de onde ele veem,
como que ele é, então assim, temos todo um contexto, a gente pede alguém da turma
para ajudar a adapta-lo, para que ele posso interagir. Bem, se está conversando
interagindo... a gente ta observando, se está triste, quieto a gente chama pra conversar.”

3. Você trabalha com profissionais de outras áreas? Como é isso?

“Sim. dependendo da situação na maioria delas a gente encaminha para fonoaudiólogos,


psicopedagogos, psicólogos, neuros psicólogos, professores responsáveis pela matéria pela
qual o estudante está com dificuldades, médicos, hospitais, atuamos dando notícia de morte,
quando morre alguém da família do aluno. Temos todo um cuidado para encaminhar, afinal
hoje em dia é muito mais fácil você dá uma pílula e justificar a falta de limite do que
propriamente identificar e dar a abordagem mais adequada. Quando a aluno vai a um
profissional que não encaminhamos temos sempre a preocupação de entrar em contato, de
ter uma relação, até mesmo para que a gente possa ajudar trabalhar junto, para que esse
aluno possa estar bem na escola. É fato que nem sempre temos sucesso, pois existem
profissionais que não aceitam, mas então a gente entende e respeita.”
4. Como o governo (Federal, Estadual ou Municipal) atua em relação ao seu contexto
profissional?

“Bom, por exemplo, dia 26 eles terão vacinação de HPV. Projeto que não foi iniciativa da
escola, mas sim uma iniciativa da saúde pública, de fazer essa vacinação dentro da escola,
então, buscamos se adaptar, pedimos autorização aos pais e fizemos todo o ciclo para que a
vacinação aconteça no dia 26. Vimos isso como algo muito importante. Sempre estamos em
contato com órgãos públicos, porque possuímos dentro da escola todo um nível de exigência
em relação à m² por aluno, tamanho de turma e toda a legislação educacional, é algo que
devemos estar atentos por causa de supervisão do estado, ministério público.”

5. Como as pessoas com as quais você trabalha sentem ou percebem o governo?

“ Em geral, quando vem alguma situação de governo costuma ser de cobrança. A escola
particular é auditada pela prefeitura. Quando eles vão auditar alguma questão dizemos: Olha,
quando você tiver na sua escola o que você está me exigindo, tranquilo, vamos seguir então
todas as exigências. Porque dentro das escolas públicas e creches não tem nem um terço da
condição de que nos particulares temos, mas também ficamos super contentes quando
acontece a campanha de vacina por exemplo, pois é raríssimo acontecer algo nesse sentido. Às
vezes qualquer situação que ocorre fora da escola, à escola é intimada a dar telefone,
endereço, dado de algum aluno, então assim tem muitas situações que a gente acaba tendo
que dar conta de tudo, eles acabam transferindo toda a responsabilidade até mesmo muitas
vezes pessoal do aluno para a escola.”

6. Como as pessoas com as quais você trabalha interagem?

“Na escola estamos sempre trabalhando, para que as relações interpessoais sejam o foco, Pois
acreditamos que, ou se trabalha em equipe, ou não se trabalha, Temos reuniões periódicas,
conversamos sobre tudo que ocorre na escola, é separado um dia da semana para ter uma
direção compartilhada onde sentamos e definimos todos os objetivos da semana, os
desdobramentos vão gerando uma série de outras reuniões. Estamos sempre presentes nos
recreios tanto de alunos, quanto de professores e essas informações converte para que nos
possamos ter ações, ou funcionamos como uma equipe ou não funcionamos, acaba sendo
muito produtivo, temos capacitações constantes, e o psicólogo esta sempre no meio dessas
inter-relações.”

7. Qual é o público com o qual você trabalha/atende?

“ Somos uma escola católica, nível socioeconômico e cultural é um pouco eu diria mediano e
somos filantrópicos temos um programa de bolsas e aí certamente temos várias pessoas
carentes, temos desde do mais pobre ao mais rico, porém todos em harmonia e não veem essa
diferença não, temos a felicidade de termos um publico que interagem bastante, até porque
também a gente não deixa espaço para nenhum tipo de preconceito. Mesmo sendo uma
instituição católica temos todos os tipos de religiosos, nossas aulas de religião, por exemplo, é
aprender a ser e conviver, que na verdade são valores cristãos que vai ajudar ao aluno como
irá lidar lá fora.

8. Como você vê o trabalho do psicólogo junto a este público?

O psicólogo pode contribuir e muito na medida em que se tem a visão das relações
comportamentais, uma visão diferente e ampla. A cada reunião de pais ou outra pensamos
um tema para falar, ou sobre motivação ou relações interpessoais. Pensamos em temas típicos
de cada idade. Na medida em que o psicólogo vai falando do desenvolvimento em cada idade
os pais vão se interessando ao ponto de pedir ajuda e isso é muito rico, a gente lança mão de
teorias para assim explicar como será o desenvolvimento e porque de algumas dificuldades. É
um muito legal a gente saber que isso a gente consegue através da nossa formação.

9. Quais são os resultados e desdobramentos do seu trabalho?


“Desdobramento é a gente vê o aluno sair da escola, na verdade a manutenção desse
aluno na escola e na captação de alunos novos, é a propaganda, o market, na verdade
o próprio trabalho que se realiza. Não existe a melhor escola e sim a melhor escola
para seu filho, se os valores da família forem parecidos com a da escola eles irão se
sentir em casa, pra gente vê o sucesso deles fora daqui e depois eles voltarem para
dizerem que estão bem, que gostariam de rever os professores, isso é gratificante ver
a felicidades deles. O sucesso deles é o sucesso da gente!”

10. Em sua opinião, como os fatores sociais e culturais atuam na vida dos sujeitos?

“Os fatores sociais e culturais atuam sempre de uma maneira definitiva na vida de todos eles e
o papel do psicólogo, também, é ampliar essa visão para eles. Se ele (aluno) vem de um meio
cultural onde privilegiam uma única forma de ação e de cultura, a escola vai expandindo,
fazendo questão de mostrar e de fazê-lo conhecer todas as formas de cultura, de sociedade e
de vivenciar porque não adianta só falar. Como a gente é uma escola católica e estamos em 7
países, facilita mostrar o tamanho que é a obra, estamos na Coréia, na Índia, na África que são
populações carentes e com isso ajudamos esses indivíduos fora daqui com o nosso trabalho,
são obras sociais pelo mundo, atendemos crianças em situação de risco. Em Campos do
Jordão, São João del Rei... Estamos sempre fazendo campanhas de alimento, agasalho,
coberto, sopão ou participando e os alunos acabam interagindo com esse sistema isso
transcendem os muros da escola, e os alunos são protagonistas nisso!”

Você também pode gostar