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CENTRO TÉCNICO DE ENSINO PROFISSIONAL

LILIAN ARAUJO LIMA

COVID- 19

GUARULHOS - SP
2020

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UTI

LILIAN ARAUJO LIMA

COVID- 19

GUARULHOS - SP
2020

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COVID - 19

O que é o Coronavírus?

O novo Coronavírus foi descoberto em Wuhan, cidade chinesa com 11 milhões


de habitantes, por conta de uma série de casos de pneumonia com origem
desconhecida. Depois de algumas pesquisas, foi descoberta a COVID-19,
doença causada pelo novo Coronavírus. Desde então, o vírus vem se
espalhando exponencialmente por todo o globo terrestre – e já causou quase
170 mil mortes confirmadas só até meados de abril.

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo


agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na
China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19). É uma
infecção que compromete o trato respiratório, que foi identificada inicialmente
em Wuhan, China, em dezembro de 2019.

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937.


No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em
decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que


apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros
respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
a maioria dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%) podem ser
assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento
hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos
aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de
insuficiência respiratória (suporte ventilatório).

Segundo o Ministério da Saúde, a doença chegou ao Brasil em janeiro e, só até


a primeira quinzena de abril, foram confirmados cerca 30 mil casos e quase 2
mil mortes. Apesar de os números ainda serem menores do que muitos países
com situações críticas, alguns estados do País já estão com os sistemas de
saúde sobrecarregados e entrando em colapso – o que aconteceu também em
alguns países da Europa como Itália e Espanha, e está acontecendo nos
Estados Unidos.

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SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas da COVID-19 podem variar de um simples resfriado até uma


pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns:

 Tosse
 Febre 
 Coriza 
 Dor de garganta
 Dificuldade para respirar

COMO É TRANSMITIDO

A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato


próximo por meio de: 

 Toque do aperto de mão


 Gotículas de saliva
 Espirro;
 Tosse;
 Catarro;
 Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas,
 maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da COVID-19 é realizado primeiramente pelo profissional de


saúde que deve avaliar a presença de critérios clínicos:

Pessoa com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou


febre, que pode ou não estar presente na hora da consulta (podendo ser
relatada ao profissional de saúde), acompanhada de tosse OU dor de garganta
OU coriza OU dificuldade respiratória, o que é chamado de Síndrome Gripal.

Pessoa com desconforto respiratório/dificuldade para respirar OU pressão


persistente no tórax OU saturação de oxigênio menor do que 95% em ar

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ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto, o que é chamado de
Síndrome Respiratória Aguda Grave

Caso o paciente apresente os sintomas, o profissional de saúde poderá


solicitar exame laboratoriais:

De biologia molecular (RT-PCR em tempo real) que diagnostica tanto a COVID-


19, a Influenza ou a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Imunológico (teste rápido) que detecta, ou não, a presença de anticorpos em


amostras coletadas somente após o sétimo dia de início dos sintomas.

O diagnóstico da COVID-19 também pode ser realizado a partir de critérios


como: histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 7 dias antes do
aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para
COVID-19 e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial
específica, também observados pelo profissional durante a consulta.

MEDIDAS DE COMBATE A COVID-19

Para conter a transmissão por Coronavírus, a OMS recomenda que os


governos estimulem a quarentena para pessoas que tiveram contato com o
vírus, distanciamento social para toda a população e isolamento total para
quem estiver com a doença. Além disso, a higienização das mãos e locais, o
uso de máscaras faciais principalmente para idoso ou está dentro dos grupos
de risco e manter distância de pelo menos 1 metro entre as pessoas, também
são ações que podem ser aplicadas para evitar o contágio.

COMO SE PROTEGER

 As recomendações de prevenção à COVID-19 são as seguintes:


 Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e
sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%.
 Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e
não com as mãos.
 Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

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 Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
 Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer
pessoa tossindo ou espirrando.
 Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento
amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.
 Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.
 Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos
e copos.
 Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
 Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings,
shows, cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.
 Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas,
principalmente idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar.
 Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
 Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de
saída de sua residência.

POSIÇÃO PRONA NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA


AGUDA NA COVID-19

Enquanto a maioria dos pacientes infectados não desenvolve complicações ou


apresenta apenas sintomas leves, aproximadamente 14% evoluem para um
estágio mais grave que requer hospitalização, suporte de oxigênio e, por vezes,
ventilação mecânica (VM). Destes, de 5% a 26% dos casos necessitam
internação em unidade de terapia intensiva (UTI). A COVID-19 pode
desencadear complicações como sepse (59%), insuficiência renal aguda (15%
a 29%), disfunção cardíaca aguda (17% a 23%) e síndrome do desconforto
respiratório agudo (SDRA) (31% a 67%). No tratamento de pacientes com
SDRA, uma estratégia que se destaca é a posição prona. Esta estratégia
consiste em posicionar o paciente em decúbito ventral, o que deve resultar em
distribuição mais uniforme do estresse e da tensão pulmonar, melhora da
relação ventilação/perfusão, da mecânica pulmonar e da parede torácica,

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contribuindo para redução da duração da VM e da taxa de mortalidade avaliada
em um seguimento de 28 e 90 dias.

A posição prona deve ser utilizada precocemente (até nas primeiras 48 horas,
de preferência nas primeiras 24 horas), em pacientes que apresentem SDRA e
alteração grave da troca gasosa, caracterizada por uma relação entre pressão
parcial de oxigênio arterial - PaO2 e fração inspirada de oxigênio - FiO2
(PaO2/FiO2) inferior a 150 mmHg. Quando adotada, deve ser mantida por pelo
menos 16 horas (podendo atingir 20 horas), antes de retornar o paciente para
posição supina. Após 1 (uma) hora em posição prona, uma gasometria deve
ser realizada para avaliar se o paciente responde ou não a esta estratégia.
Caso seja considerado como respondedor (aumento de 20 mmHg na relação
PaO2/FiO2 ou de 10 mmHg na PaO2), o posicionamento deve ser mantido. Do
contrário, retorna-se o paciente à posição supina. Sugere-se que esta
avaliação seja repetida a cada 6 (seis) horas. Não havendo mais sinais de
resposta, o paciente deve ser retornado à posição supina. A presença de sinais
de sofrimento cutâneo também pode indicar a necessidade de interrupção do
posicionamento prono.

TRATAMENTO

Pesquisadores, cientistas e profissionais da saúde no mundo todo têm focado


sua energia e recursos em busca de uma reposta rápida para a pandemia
causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Além do desenvolvimento de
vacinas, a pesquisa global busca estabelecer tratamentos eficientes e seguros
para a covid-19. Por enquanto, não há medicamentos ou terapias aprovadas
pelas autoridades médicas e sanitárias para prevenir ou tratar a covid-19 no
Brasil ou em qualquer outro país. As abordagens atuais baseiam-se em
controlar sintomas, prevenir infecções e tentar evitar o avanço da doença com
fármacos já conhecidos e usados para outras doenças.

Hidroxicloroquina e cloroquina

Ambos em estudo para o combate da covid-19, a hidroxicloroquina e a


cloroquina são remédios de formulações diferentes, mas que levam a

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cloroquina como base. Seus benefícios clínicos são parecidos, mas a
hidroxicloroquina é considerada um pouco mais segura, com menos efeitos
colaterais, e por isso é foco de mais estudos. O medicamento é de uso
controlado que tem efeito imunomodulador fornece aumento da resposta imune
contra determinados microrganismos, e por isso é usada para tratar doenças
autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, e até malária. No combate à
covid-19, o papel da hidroxicloroquina seria controlar a infecção impedindo que
o vírus.

Azitromicina

É um antibiótico com efeito antibacteriano, comumente usado para combater


doenças do trato respiratório, como a bronquite, pneumonia, sinusite, faringite,
IST, entre outros quadros. Em testes para o combate à covid-19, a droga é
usada combinada com a cloroquina/hidroxicloroquina. A esperança, ainda sem
comprovação, é que o combo reduza a carga viral da doença, especialmente
em pacientes com pneumonia, doença pulmonar, doença respiratória aguda
(desde que relacionadas ao vírus Sars-CoV-2), e até previna quadros graves.

Remdesivir
Embora não haja pesquisas que comprovem a eficácia e a segurança
definitivas do medicamento, ele já foi aprovado nos Estados Unidos para o uso
em tratamento de pacientes com a covid-19 em estado grave. A aprovação
teve como base uma pesquisa conduzida pelo Instituto Nacional Americano de
Saúde (NIH, na sigla em inglês), que considerou 1.063 pacientes nos EUA, na
Europa e na Ásia. Os pacientes foram divididos entre os que receberam um
tratamento com placebo e os que tomaram o remdesivir. A análise preliminar
do estudo indica que os pacientes tratados com o remédio se recuperavam
cerca de quatro dias antes do que os outros. A taxa de mortalidade entre os
que usaram a medicação também seria menor. Mas cientistas do mundo todo
ainda mantêm o ceticismo diante da notícia, já que, em outro estudo recente,
feito por médicos chineses e publicado pelo periódico The Lancet, o antiviral
teve pouco resultado entre os pacientes testados.

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Heparina

De acordo com um estudo feito na Unifesp (Universidade Federal de São


Paulo), além de ser eficiente para evitar quadros de coagulação que têm sido
observados em pacientes com a doença e podem afetar vasos de diferentes
órgãos—, o medicamento parece também ser capaz de dificultar a entrada do
novo coronavírus nas células. Em testes de laboratório, feitos em linhagem
celular proveniente do rim do macaco-verde africano (Cercopithecus aethiops),
a heparina reduziu em 70% a invasão das células pelo novo coronavírus. Os
resultados do estudo ainda são preliminares e foram descritos em artigo
publicado na plataforma bioRxiv, ainda em versão pré-print (sem revisão por
pares).

Plasma

Neste caso, o "remédio" viria do corpo de quem já se recuperou da covid-19.


Os pesquisadores esclarecem que o plasma —parte líquida do sangue— de
quem se curou tem anticorpos chamados de "neutralizantes", que podem ser
úteis para compensar a incapacidade do sistema imunológico do indivíduo
doente e antecipar sua melhora. Para transformar isso em medicamento, o
plasma é coletado e devidamente testado para assegurar que tenha um bom
nível de anti-Sars-CoV-2. Quando injetado em um novo paciente, o plasma
convalescente fornece "imunidade passiva" até que o sistema imunológico do
paciente possa gerar seus próprios anticorpos. Estudos estão em curso para
provar a eficácia da técnica —que já foi usada no tratamento de doenças como
coqueluche, tétano e durante as epidemias de Sars e Mers— contra o
coronavírus. Testes preliminares feitos no Brasil apresentaram bom resultado.

Lopinavir + ritonavir

Em conjunto com Interferon beta-1b + ribavirin Os remédios lopinavir-ritonavir


já são bem conhecidos na luta para combater o HIV. Eles impedem a ação da

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enzima protease, responsável por criar os conjuntos de aminoácidos que os
vírus usam para se multiplicar. As pesquisas atuais buscam entender se o
efeito pode ser o mesmo contra o Sars-CoV-2. Seu uso também está sendo
estudado com medicamentos de efeito similares. Uma pesquisa publicada no
periódico científico The Lancet aponta que a combinação dos quatro antivirais
foi segura e mais eficiente no alívio dos sintomas da covid-19, reduzindo o
período replicação do vírus e o tempo de internação dos pacientes.

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Referência Bibliográfica

Pesquisa em sites de páginas de internet.

Coronavirus covid19
https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca

POSIÇÃO PRONA NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA


AGUDA NA COVID-19*†
https://assobrafir.com.br/wp-content/uploads/2020/03/ASSOBRAFIR_COVID-
19_PRONA.v3-1.pdf

Como surgiu o coronavírus e como afeta a população mundial


https://www.gndi.com.br/saude/blog-da-saude/como-surgiu-o-coronavirus

Novo tratamento para coronavírus melhora sobrevivência de pacientes


https://exame.abril.com.br/ciencia/novo-tratamento-para-coronavirus-melhora-
sobrevivencia-de-pacientes/

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