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3. CONTEÚDO APRESENTADO
3.1.Introdução 1,0
3.2. Desenvolvimento 4,0
( ) Resumo dos Problemas
( ) Fundamentação Teórica
( ) Discussão
3.3.Conclusão 0,5
4. VOCABULÁRIO ADEQUADO E GRAMÁTICA 1,0
( ) Vocabulário (variedade e científico)
( ) Gramática (acentuação, ortografia, regência, emprego adequado dos pronomes,
conjunções, tempos e modos verbais, preposições e pontuação)
Jacobina/BA
Maio de 2020
1. INTRODUÇÃO
Esta Produção Única que trata do caso da 2ª SETAC da disciplina de Desenho
Técnico, protagonizado pelo casal João e Maria, empresários e moradores na cidade de
Jacobina/BA, tinham o desejo de prestar serviços de hospedagem a um custo acessível para
estudantes das faculdades e universidades da região, através da construção de uma república
estudantil.
Para tornar o sonho em uma realidade, o casal inicialmente investiu na aquisição de
um terreno localizado no centro da cidade e mesmo não tendo conhecimento técnico,
considerando que Maria atua no ramo estético e João na agropecuária, empolgado, João
começa a esboçar o um possível “projeto” para análise e posicionamento de Maria.
Maria por sua vez o elogia pela iniciativa seguida de uma relevante ressalva sobre a
importância em contratar um profissional habilitado para a realização do projeto,
considerando que uma obra desse porte sem o devido planejamento inevitavelmente incorrerá
em gastos desnecessários.
Após assistir algumas lives e palestras gratuitas bem como a realização de algumas
leituras sobre o tema, Maria consegue contestar os argumentos de João, o seu companheiro,
que acreditava que apenas de posse das medidas lineares do imóvel seriam suficientes para
projetar o empreendimento. Mas, mesma sabiamente enfatiza sobre a necessidade de
considerar vários fatores muito antes de começar a projetar como, por exemplo, a realização
de análises preliminares pelos profissionais para a elaboração de um bom projeto
arquitetônico que visam contemplar no empreendimento sustentabilidade, eficiência
energética e utilização responsável dos recursos renováveis.
João por sua vez elogiou o posicionamento racional de sua companheira, que
continuou elencando outros fatores importantes a ser considerado previamente, como o estudo
da posição do imóvel em relação à orientação solar, a importância do projeto apresentar
soluções técnicas para a utilização máxima da iluminação natural, previsão de existência de
um sistema de geração de energia renovável do tipo solar, ventilação no mínimo adequada
para os ambientes bem como isolamento acústico a fim de promover conforto aos usuários.
Além de todas essas questões que serão analisadas previamente por um profissional
habilitado, Maria completa seu apontamento enfatizando a necessidade de analisar a relação
do empreendimento a ser construído com a historicidade geográfica local, onde é importante
respeitar as particularidades arquitetônicas, como também as características planialtimétricas
da área a ser intervencionada, tipos de materiais ecológicos e sustentáveis a serem utilizados,
bem como a importância da existência de um sistema de racionamento e reuso de água.
Após todas as explanações de Maria, João se conscientizou sobre a importância de
contratar um profissional habilitado para projetar todo o empreendimento, considerando que o
mesmo terá competência para propor soluções técnicas aliada ao emprego das novas
tecnologias, resultando em conforto, durabilidade, economia e valorização constantemente do
imóvel.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Resumo dos problemas
O caso em tela apresenta como principal problema o dilema entre o casal João e Maria
sobre a necessidade da realização de projetos arquitetônicos, estudos preliminares, bem como
sobre a importância de um olhar técnico profissional no decorrer da concepção de seu
empreendimento.
O casal debate sobre a realização de um correto planejamento de obra, chegando à
conclusão que o emprego do mesmo possibilitará a redução de desperdícios, a utilização de
material ecologicamente sustentável, como também a implantação de sistemas capazes de
promover compatibilização de eficiência energética, economia e principalmente o bem estar
para todos os indivíduos envolvidos diretamente ou indiretamente no decorrer da utilização do
empreendimento.
Para que seja possível alcançar a resolução dos problemas presentes no caso, faz-se
necessário possuir competência em desenhar croquis e desenhos técnicos de planta baixa,
cortes, fachadas, elevações etc.; conhecer os métodos e técnicas de representação gráficas;
conhecer como se dobra o papel conforme norma e planejar projetos arquitetônicos simples
Segundo a Monnerat (2013), o desenho técnico é definido como a forma utilizada para
expressar graficamente representações de posições e dimensões de objetos, lugares e etc.,
respeitando normas técnicas de linguagem universal para tracejados, escritas de textos,
numerações e simbologias, na forma de croquis, perspectivas, planta baixa, planta de situação,
projeções diversas, vistas ortográficas, projetos arquitetônicos e entre outros, visando atender
a representação técnica na engenharia e na arquitetura, com base sólida na Geometria
Descritiva.
Segundo a NBR ABNT 10647:1989, o desenho técnico é definido quanto ao seu
aspecto geométrico, podendo ser projetivos através de vistas ortográficas e perspectivas, não
projetivo através de representação gráfica na forma de diagramas, esquemas, ábacos ou
nomogramas, fluxogramas, organogramas e gráficos, quanto ao seu grau de elaboração,
podendo ser representado na forma de esboço, desenho preliminar, croqui e desenho
definitivo; quanto ao seu grau de pormenorização, sendo expresso por meio de desenho de
componente, desenho de conjunto, detalhe; quanto ao material empregado; quanto à técnica
de execução empregada e quanto ao modo de obtenção (ABNT, 1989).
Neste sentido, a NBR ABNT 6492:1994 preconiza que a representação gráfica de
projetos de arquitetura é feita através de planta de situação, planta de locação, planta de
edificação, cortes, fachadas, elevações, memorial justificativo, orçamento bem como a
compreensão de outros elementos como, por exemplo, as linhas de representação que se
subdividem em linhas contínuas variando entre ±1 0,4 mm e 0,6 mm; linhas tracejadas com a
espessura de aproximadamente de 0,2 mm; linhas de eixo na forma de traço e ponto em 0,2
mm; linhas de cotas contínuas em 0,2 mm; linhas auxiliares contínuas projetadas em 0,2 mm
linhas contínuas de indicação e chamadas em 0,2 mm; linhas de silhueta bem como as linhas
de interrupção de desenho projetada também em 0,2 mm (ABNT, 1994).
Logo, para que o profissional possa ter competência técnica para a elaboração dos
referidos tipos de projetos citados anteriormente, a referida norma apresenta também algumas
condicionantes para a elaboração dos mesmos como, por exemplo, a utilização do formato e
do tipo de papel adequado, seja ele transparente ou opaco como também a inclusão das
informações técnicas na forma de carimbo/legenda sobre a identificação da empresa, do
cliente, do responsável técnico pelo projeto, título, escala, autoria e etc. (ABNT, 1994).
Não obstante, segundo a NBR ABNT 13142:1999, é definido os requisitos gerais e
específicos quanto ao procedimento de dobramento de cópias de projeto nos tamanhos A0,
A1, A2 e A3, determinando que o dobramento das folhas, independente do seu tamanho,
deve-se iniciar pelo lado direto no sentido vertical, obedecendo às demarcações predefinidas e
que ao final do dobramento das folhas, deve-se possibilitar a visibilidade da legenda (ABNT,
1999).
Contudo, para se planejar projetos arquitetônicos simples ou até mesmo complexos, a
NBR ABNT 13532:1995 determina que o projetista compreenda que a concepção
arquitetônica da edificação engloba a representação gráfica dos ambientes internos e externos
da edificação; dos elementos construtivos estruturais como, por exemplo, fundação, pilares,
1
Símbolo de mais ou menos.
vigas, paredes, lajes, etc.; das coberturas; forros; dos tipos de revestimentos e acabamentos;
equipamentos de comunicação visual; jardins e parques; instalações prediais como, por
exemplo, energia, telefonia, iluminação, sonorização, alarmes entre outras e ainda determina
as etapas do projeto iniciando pelo levantamento de dados; programa de necessidades; estudos
de viabilidade e preliminar; anteprojeto; projeto legal; projeto básico e projeto para execução
(ABNT, 1995).
Outro elemento importantíssimo na elaboração de croquis, esboços, planta baixa e
elevações é o emprego das cotas, que segundo a NBR 10126:1987, são definidas como
representações das dimensões dos objetos através de números, linhas e símbolos, podendo ser
do tipo em cadeia; por elemento de referência; por coordenadas ou combinadas, sendo
utilizados para todas as formas os (ABNT, 1987).
Ao elaborar esses projetos, a NBR ABNT 8196:1999 orienta que, quando da utilização
de escalas deve obedecer aos requisitos gerais de proporção de 1:1, definida como escala
natural; de X:1 definida como escala de ampliação quando X for maior que 1 e na proporção
de 1:X para a escala de redução quando X também for maior que 1 que para o desenho
técnico deve-se utilizar reduções de 1:2, 1:5, 1:10 e para ampliação adotar 2:1, 5:1 e 10:1,
sempre levando-se em consideração a finalidade bem como a complexidade da representação
gráfica (ABNT, 1999).
3. CONCLUSÃO
Portanto, com base nos dados apresentados, pode-se concluir que para o casal de
empresários João e Maria ter sucesso na concepção, projeção e execução de seu
empreendimento destinado ao funcionamento de uma república estudantil, faz-se necessário a
contratação de um profissional habilitado para a elaboração do projeto arquitetônico, bem
como a realização de análises e estudos preliminares a cerca da edificação, para que o
empreendimento em questão possa ser projetado com todo o conforto possível, de forma
sustentável, ecologicamente correto e principalmente economicamente viável.
Dessa forma, João e Maria certamente reduziram os custos de manutenção durante
toda a vida útil do imóvel, e consequentemente se beneficiará com a valorização considerando
que o mesmo estará projetado de acordo com as normas técnicas em voga.
4. REFERÊNCIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: Cotagem em
desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987. Disponível em:
<https://docente.ifrn.edu.br/samueloliveira/disciplinas/desenho-industrial/normas-abnt-para-
desenho-tecnico>. Acesso em: 19 mai. 2020.
______. NBR 10647: Desenho técnico. Rio de Janeiro, 1989. Disponível em:
<http://www.asser.edu.br/rioclaro/biblioteca/docs/engenhariacivil/nbr%2010647%20-
%20desenho%20tecnico.pdf>. Acesso em: 19 mai. 2020.
______. NBR 8196: Desenho técnico - Emprego de escalas. Rio de Janeiro, 1999. Disponível
em: <https://docente.ifrn.edu.br/samueloliveira/disciplinas/desenho-industrial/normas-abnt-
para-desenho-tecnico>. Acesso em: 19 mai. 2020.
______. NBR 13142: Desenho técnico - Dobramento de cópia. Rio de Janeiro, 1999.
Disponível em: <https://docente.ifrn.edu.br/samueloliveira/disciplinas/desenho-
industrial/normas-abnt-para-desenho-tecnico>. Acesso em: 19 mai. 2020.