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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

ACAUÃ VÍDERO CALDAS VALENTIN


LEIDIANE DE SOUSA BRITO

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE SUPLEMENTOS


NUTRICIONAIS POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO EM
ACADEMIAS DE GINÁSTICA NA CIDADE DE SALVADOR (BA)

Salvador, BA
2015
ACAUÃ VÍDERO CALDAS VALENTIN
LEIDIANE DE SOUSA BRITO

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE SUPLEMENTOS


NUTRICIONAIS POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO EM
ACADEMIAS DE GINÁSTICA NA CIDADE DE SALVADOR (BA)

Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado para obtenção do grau de
bacharel no Curso de Nutrição da Faculdade
de Tecnologia e Ciência (FTC).

Orientador: Prof. João Paulo Coelho Mendes.

Salvador, BA
2015
ACAUÃ VÍDERO CALDAS VALENTIN
LEIDIANE DE SOUSA BRITO

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE SUPLEMENTOS


NUTRICIONAIS POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO EM
ACADEMIAS DE GINÁSTICA NA CIDADE DE SALVADOR (BA)

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado


pela Banca Examinadora para obtenção do
Grau de Bacharel no curso de Nutrição da
Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC).

Salvador, 11 de Junho de 2015

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________
Prof. João Paulo Coelho Mendes – Nutricionista – Especialista - (IPGS) - Orientador

__________________________________________________________
Profª Rafaella Cajaíba Sousa Cruz – Nutricionista – Mestranda - (UFBA) – Coorientadora

__________________________________________________________
Profª Carla Magalhães – Nutricionista – Mestre – (UFBA)
AGRADECIMENTOS

À Deus, que em sua infinita sabedoria guia nossos caminhos nos proporcionando
saúde, serenidade e disposição para enfrentar todas as etapas desta árdua
caminhada.

Aos nossos pais que com seu amor infinito e apoio incondicional são responsáveis
por nossa base pessoal e educacional.

Aos nossos irmãos e irmãs por sempre nos incentivar e compreender nos momentos
difíceis.
Aos nossos colegas pelo companheirismo e disponibilidade para nos auxiliar em
vários momentos.
“A mente que se abre a uma nova ideia,
jamais volta ao seu tamanho original”.

Albert Eistein
RESUMO

A academia de ginástica é um local para a prática de exercícios físicos por indivíduos sem
vínculos profissionais com o esporte. Há uma necessidade crescente de orientação e
educação em nutrição esportiva para auxiliar os esportistas a melhorar seus hábitos
alimentares, em virtude do desconhecimento por parte destes sobre a existência de dietas
apropriadas nas diferentes fases do exercício, onde cada nutriente presente pode
desempenhar uma função específica. Este trabalho tem por objetivo avaliar o conhecimento
sobre suplementos nutricionais por praticantes de musculação nas academias de ginástica,
e através da análise dos dados identificar os tipos suplementos nutricionais mais utilizados,
finalidade do uso, as fontes de indicação, frequência de consumo e a associação entre
consumo e a faixa etária. Foi realizado um estudo transversal com população alvo composta
por 138 praticantes de musculação de ambos os sexos, com idade entre 18 e 40 anos e que
fazem uso de suplementos nutricionais há pelo menos dois meses. A coleta de dados foi
realizada através da aplicação de um questionário por perguntas objetivas e subjetivas
relativos à identificação, prática de musculação, consumo de suplementos e o conhecimento
sobre suplementos nutricionais.

Palavras-chaves: suplementos nutricionais, academia, praticantes de musculação.


ABSTRACT

The health club is a place for physical exercise by individuals with no occupational
ties with the sport. There is a growing need for guidance and education in sports
nutrition to help athletes improve their eating habits, because of ignorance on their
part on the existence of appropriate diets at different stages of the exercise, where
each nutrient present can perform a specific function. This study aims to evaluate the
knowledge of nutritional supplements for bodybuilders in the gyms, and by analyzing
the data to identify the types most commonly used nutritional supplements, purpose
of use, sources of indication, frequency of consumption and the association between
consumption and age. A cross-sectional study with the target population included
138 bodybuilders of both sexes, aged between 18 and 40 and that use of nutritional
supplements for at least two months was conducted. Data collection was performed
by applying a questionnaire for objective and subjective questions relating to identity,
practice weight training, use of supplements and knowledge about nutritional
supplements.

Keywords: nutritional supplements, fitness, body builders.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Perfil dos participantes, segundo o gênero. Salvador, 2015. 32


Figura 2 – Perfil dos participantes, segundo a faixa etária. Salvador, 2015 33
Figura 3 – Indicação do uso de suplementos alimentares. Salvador, 2015 36
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Utilização de suplementos, segundo o gênero. Salvador, 2015 34


Tabela 2 – Utilização de suplementos, segundo o objetivo. Salvador, 2015 34
Tabela 3 – Utilização dos suplementos nutricionais pelos frequentadores das
academias. Salvador, 2015 35
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................11
2 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................13
3 OBJETIVOS.............................................................................................................14
3.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................................................14
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................................14

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................15
4.1 SUPLEMENTOS À BASE DE PROTEÍNA.........................................................................................17
4.2 SUPLEMENTOS À BASE DE CARBOIDRATO..................................................................................18
4.3 SUPLEMENTOS À BASE DE LIPÍDEO.............................................................................................19
4.4 HIDRATAÇÃO..............................................................................................................................20
4.5 VITAMINAS E MINERAIS.............................................................................................................21

5 METODOLOGIA......................................................................................................22
5.1 POPULAÇÃO E DESENHO DE ESTUDO.........................................................................................22
5.2 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE.....................................................................................................22
5.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO............................................................................................................22
5.4 COLETA DOS DADOS...................................................................................................................23
5.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA.................................................................................................................23
5.6 QUESTÕES ÉTICAS.......................................................................................................................24

REFERÊNCIAS...........................................................................................................25
ARTIGO ORIGINAL....................................................................................................28
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.............................42
APÊNDICE B – Formulário para Aplicação na Pesquisa......................................44
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1 INTRODUÇÃO

A academia de ginástica é um local para a prática de exercícios físicos


também por indivíduos sem vínculos profissionais com o esporte. O ambiente das
academias favorece a disseminação de padrões estéticos estereotipados, como o
corpo magro, com baixa quantidade de gordura ou com elevado volume e tônus
muscular (HIRSCHBRUCH, FISBERG et al. 2008).

A modalidade mais comumente praticada é a musculação, que tem como


objetivo a melhora do desempenho esportivo, condição física geral e hipertrofia
(crescimento de massa muscular) (ADAM, FANNELI et al. 2013). Conforme apontam
as estimativas da Associação Brasileira de Academias (ACAD) cerca de 2,8 bilhões
de brasileiros são adeptos a prática de musculação em academias de ginástica.
Estes números revelam que as pessoas estão preocupadas com a promoção e
melhoria da saúde de forma geral e buscam também o aumento da massa muscular
(NOGUEIRA, SOUZA et al. 2013).

Nesta busca por melhoramento no corpo, muitos adotam os recursos


denominados ergogênicos, compostos por esteróides anabólicos androgênicos
(EAA) e suplementos alimentares (NOGUEIRA, SOUZA et al. 2013).

Os EAA são um grupo de compostos naturais e sintéticos formados a partir da


testosterona ou um de seus derivados, cuja indicação terapêutica clássica está
associada a situações de hipogonadismo e quadros de deficiência do metabolismo
protéico (ARAÚJO; NAVARRO, 2012).
Já os suplementos alimentares, são produtos a base de vitaminas, minerais,
extratos, aminoácidos, metabólicos ou combinações destes (NOGUEIRA, SOUZA et
al. 2013).

Segundo estudos, o conhecimento de nutrição em jovens é melhor nos


atletas em relação aos não atletas. No entanto, as informações a respeito de
nutrição e atividade física são geralmente fornecidas por pessoas nem sempre
habilitadas em nutrição esportiva, criando tabus e dependendo de como são
interpretadas, podem levar a um consumo dietético inadequado. Portanto, há uma
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necessidade crescente de orientação e educação em nutrição esportiva para auxiliar


os esportistas a melhorar seus hábitos alimentares, em virtude do desconhecimento
por parte destes sobre a existência de dietas apropriadas nas diferentes fases do
exercício, onde cada nutriente presente pode desempenhar uma função específica
(ADAM, FANNELI et al. 2013).

Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar o conhecimento sobre


suplementos nutricionais por praticantes de musculação nas academias de ginástica
do bairro de Mussurunga, Salvador – BA.
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2 JUSTIFICATIVA

O uso indiscriminado de suplementos alimentares por praticantes de


atividade física é uma realidade nos dias de hoje. Os jovens procuram resultados
rápidos e maior desempenho dentro das academias de ginástica. Com isso, essa
população tem usado diversos tipos de suplementos por indicação de outros
profissionais ou até mesmo amigos, mesmo estes não tendo o conhecimento
necessário e principalmente não sendo habilitado para tal atuação (HIRSCHBRUCH,
FISBERG et al. 2008).

A utilização descontrolada de suplementos nutricionais causam


consequências que vão desde efeitos colaterais muito leves – como cãimbras e
fadiga muscular – até prejuízos graves, como a acromegalia, síndrome metabólica,
sobrecargas renais e hepáticas, alterações psicológicas, cardíacas e morfológicas e
até a morte de indivíduos (NOGUEIRA, SOUZA et al. 2013).

Ao considerar as preocupações sobre o consumo de suplementos


alimentares, o presente estudo poderá auxiliar no entendimento das relações entre o
consumo de suplementos entre os usuários de academias, os tipos de suplementos
consumidos, a motivação para o consumo e as fontes de indicação, permitindo criar
um panorama sobre o assunto em que se possam basear futuros estudos e projetos
de intervenção nutricional.
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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o conhecimento sobre suplementos nutricionais por praticantes de


musculação em academias de ginástica na cidade de Salvador (BA).

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar os suplementos nutricionais mais utilizados

 Identificar as fontes de indicação dos suplementos

 Verificar a frequência do consumo desses suplementos

 Identificar os principais objetivos com o uso dos suplementos

 Verificar a associação entre consumo de suplementos e faixa etária


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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O uso de suplementos ocorreu na Antiguidade e baseava-se no


comportamento supersticioso dos atletas e soldados orientados a consumir partes
específicas de animais, de forma a obter bravura, habilidade, velocidade ou força,
características inerentes a esses animais. Manias dietéticas são conhecidas desde
400 a.C a 500 a.C, quando atletas e guerreiros ingeriam fígado de veado e coração
de leões. (APPLEGATE; GRIVETTI, 1997).

As academias de musculação, recebem cada vez mais um número maior de


frequentadores, que as procuram no intuito de melhorar seu perfil estético (ganho ou
perda de peso). Essa busca muitas vezes reflete desde a utilização de programas de
treinamentos resistidos inadequados com seu nível de condicionamento físico, bem
como a utilização de suplementos sem a devida prescrição e acompanhamento dos
profissionais especializados (ROCHA e PEREIRA, 1998).

A mídia está inserida no campo da educação física e exerce grande


influência, talvez o de maior evidência seja o que se refere ao discurso sobre os
benefícios do exercício físico para a promoção e manutenção da saúde,
aproveitando-se da possibilidade de mercadorizacão que podem advir com está
simbólica venda de saúde e melhor qualidade de vida por meio do exercício físico
(PATRICIO, 2013).

Para Betti (2003, p. 97)

Embora o foco prioritário das mídias continue a ser o esporte, outras formas
da cultura corporal (em especial as ginásticas e os “esportes radicais”)
passam a ser objeto do processo de espetacularizacão mediado pelas
câmaras televisivas, temática da publicidade, matéria de investigação em
jornais e revistas.

Pires (2002) comunga das ideias de Betti (1998) e coloca que a Educação
Física deve, através de um programa voltado a educação para a mídia, esclarecer
para as pessoas, sobre os conceitos estabelecidos por ela (mídia), principalmente os
que se referem aos seus conteúdos, que vão desde exercícios físicos, e saúde, até
o esporte espetáculo e a criação de estereótipos corporais e suas consequências.
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Sendo assim, a mídia nos traz o que há de novo no mercado para diversas
áreas, para as práticas esportivas, atividade em academias ou clubes, na
suplementação, nas roupas e calçados, para estética no cuidado da aparência
(cabelos, rosto, corpo), os diversos tipos de atividades físicas, informações sobre
alimentação e benefícios dos exercícios físicos e tudo que possa satisfazer seus
desejos e necessidades (PATRICIO, 2013).

De acordo com varias pesquisas, no Brasil, os suplementos alimentares


mais consumidos pelos frequentadores de academia são proteínas, carboidratos,
creatina, aminoácidos e, mais recentemente, termogênicos ou fat burneres
(ARAUJO; ANDREOLO; SILVA, 2002; PEREIRA; LAJOLO; HIRSCHBRUCH, 2003).

Os suplementos alimentares são classificados em recursos ergogênico


nutricional, isto é, alimentos que visam melhorar o rendimento físico. No Brasil, a
portaria número 222 da Secretaria de Vigilância Sanitária (1998), estabelece como
“Alimentos para Praticantes de Atividades Físicas”:

 Repositores Hidroeletrolíticos para praticantes de Atividade Física;

 Repositores Energéticos para Atletas;

 Alimentos Protéicos para Atletas;

 Alimentos Compensadores para Praticantes de Atividade Física;

 Aminoácidos de Cadeia Ramificada para Atletas

Repositores Hidroeletrolíticos: São bebidas esportivas com o objetivo de


repor água, eletrólitos e carboidratos de forma mais rápida, evitando a desidratação
de uma atividade intensa/longa. Indicado para corredores, ciclistas. 

Repositores Energéticos: podem ser usados antes, durante ou após


treinos e provas, dependendo das características do indivíduo e do esporte.
Fornecem basicamente energia, vinda sobretudo de carboidratos, e são encontrados
em pó ou gel.  São exemplos: maltodextrina, dextrose. 

Protéicos: indicados para completar a ingestão protéica da dieta. O horário


de consumo depende de uma série de fatores, mas muitas vezes são indicados para
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após o treino. Podem ser encontrados em pó, gel ou barra.  Fazem parte do grupo
a Whey Protein, a Albumina, a Caseína e o Isolado Protéico de soja. 

Compensadores: contém carboidratos, proteínas e lipídios, além de


vitaminas e minerais. Encontrados em pó ou líquido. Indicados para desnutridos ou
para atletas com necessidades aumentadas devido ao estado fisiológico, limitações
na dieta ou tipo de exercício. 

Aminoácidos: fazem parte deste grupo os aminoácidos, indicados para


aumento da massa muscular. Como exemplo temos os BCAAs, nome dado aos
aminoácidos da cadeia ramificada, Leucina, Isoleucina e Valina. Os BCAAS, são
indicados para recuperação muscular e para exercícios de longa duração (ANVISA,
1998).

As vitaminas e os minerais essenciais podem ser adicionados aos alimentos


desde que o consumo diário não ultrapasse 100 % dos valores considerados para
Ingestão Diária Recomendada. Para além dessa porcentagem são considerados
medicamento (ANVISA, 1998).

4.1 SUPLEMENTOS À BASE DE PROTEÍNA

A proteína é um conjunto de aminoácidos ligados entre si por ligações


peptídicas (MENDES, 2012). Assim como o carboidrato e o lipídio, a proteína é um
nutriente classificado como macro nutriente, por ser uma substância fundamental,
que o organismo necessita diariamente, em grandes quantidades (MENDES, 2012).

As proteínas são classificadas pelo seu valor biológico, com base na boa
digestibilidade e na quantidade de aminoácidos essenciais e de nitrogênio total que
podem ser oferecidos ao organismo. Quanto maior essa quantidade, maior o valor
biológico. (TEIXEIRA, GUEDES JR., 2010). As proteínas do leite humano (ex: whey
protein – proteína do soro do leite) são as que possuem o valor biológico mais alto.
(GIUGLIANI E VICTORIA, 2000 apud TEIXEIRA E GUEDES JR 2010).

Diferentes dos carboidratos (CHO), as proteínas apresentam pequena


contribuição energética para a realização do exercício físico, principalmente nos
exercícios de alta intensidade e com sobre carga. Seu consumo é de fundamental
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importância para o processo de hipertrofia muscular, decorrente do exercício de


força. (BACURAU, 2007).

Pessoas envolvidas em treinos de resistência necessitam de 1,2 a 1,4g de


proteína por quilograma de peso ao dia, enquanto que atletas de força, 1,6 a
1,7g/kg/dia, bem superior aos 0,8 a 1,0g/kg/dia, estabelecidos para indivíduos
sedentários. A ingestão de proteína ou aminoácidos, após exercícios físicos,
favorece a recuperação e a síntese proteica muscular. Além disso, quanto menor o
intervalo entre o término do exercício e a ingestão proteica, melhor será a resposta
anabólica ao exercício (LEMON, 1998).

Segundo ANVISA, Portaria n º 222, de 24 de março de 1998, os produtos


proteicos:

São produtos com predominância de proteína(s), hidrolisada(s) ou não, em


sua composição, formulados com o intuito de aumentar a ingestão deste(s)
nutriente(s) ou complementar a dieta de atletas, cujas necessidades
proteicas não estejam sendo satisfatoriamente supridas pelas fontes
alimentares habituais. (BRASIL, 1998).

4.2 SUPLEMENTOS À BASE DE CARBOIDRATO

Os carboidratos realizam diversas funções no organismo e como são a


principal fonte de energia, preservam a massa muscular, facilitam o metabolismo
das gorduras e mantém o bom funcionamento do sistema nervoso central
(MENDES, 2012).

No esforço físico, respondem pelo fornecimento de energia por meio da


glicólise anaeróbia ou aeróbia, sendo a diminuição de suas reservas o fator
determinante para a fadiga. (HIRSCHBRUCH e CARVALHO, 2002; NABHOLZ,
2007).

A energia gasta durante os treinos e competições irá depender da


intensidade e duração dos exercícios que são realizados, do sexo dos atletas e do
estado nutricional inicial. Quanto maior a intensidade dos exercícios, maior será a
participação dos carboidratos como fornecedores de energia (MENDES, 2012).
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A estimativa de ingestão de carboidratos necessária para atender a


demanda de um treinamento esportivo, corresponde a 60% a 70% do aporte calórico
diário de um indivíduo ativo. Para aperfeiçoar a recuperação muscular, recomenda-
se que o consumo de carboidratos esteja entre 5 e 8g/kg de peso/dia. Em atividades
de longa duração e/ou treinos intensos, há necessidade de até 10g/kg de peso/dia
para a adequada recuperação do glicogênio muscular e/ou aumento da massa
muscular. (HERNANDEZ; NAHAS, 2009).

Na falta de CHO, o organismo utilizará outros nutrientes para suprir a


necessidade energética. Um desses nutrientes é a proteína, encontrada nos
músculos esqueléticos. A falta de CHO pode gerar um processo catabólico
muscular. Portanto, a ingestão na medida certa de CHO ajuda a preservar as
proteínas teciduais, Dentre as quais, o músculo esquelético. (TEIXEIRA E GUEDES
JR. 2010).

4.3 SUPLEMENTOS À BASE DE LIPÍDEO

Os lipídeos são moléculas altamente energéticas, fornecendo 9 kcal/g,


estocados anidramente nos adipócitos (quantitativamente mais importante) e
músculos, fazendo com que sejam mais eficientes quanto ao estoque energético por
unidade de peso do que o glicogênio. São capazes de fornecer alto número de ATP,
cerca de 147 moléculas (como por exemplo, um ácido graxo de 18 carbonos),
processo que depende exclusivamente do alto consumo de oxigênio (26 moléculas)
para sua oxidação (JEUKENDRUP, et al, 1998).

Como as reservas de glicogênio são limitadas e a sua depleção gera a


fadiga, seria mais benéfico para o rendimento de atletas, se numa mesma
intensidade de exercício, relativamente intensa, o consumo de ácidos graxos fosse
maior que o de glicídios (ANDRADE, et al, 2006).

Apesar dos estoques de ácidos graxos serem relativamente grandes, a


capacidade de oxidação dos ácidos graxos apresenta uma série de limitações.
Assim, várias estratégias têm sido discutidas, de maneira a potencializar o uso de
ácidos graxos pelo metabolismo. São, geralmente, usadas estratégias nutricionais
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como: cafeína, triglicerídeos de cadeia média, Lcarnitina e dietas hiperlipídicas


(ANDRADE, et al, 2006).

Não existe uma recomendação específica de consumo de macronutrientes


para atletas de acordo com a modalidade praticada. O papel dos lipídeos na dieta do
atleta é suprir as necessidades orgânicas normais desse nutriente, como transportar
vitaminas lipossolúveis e fornecer substrato energético. Pelas características da
modalidade esportiva, não há necessidade de diferenciar o consumo de lipídeos
entre atletas e a população em geral. Por isso, a recomendação que se faz é que, do
total de calorias ingeridas por dia, em torno de 25 a 30% sejam lipídeos, sendo que
uma distribuição equilibrada entre a gordura saturada, monoinsaturada e
polinsaturada se faz importante (WHO & FAO, 1995). A conduta do nutricionista que
lida com atletas é orientar quanto à qualidade das fontes de gorduras presentes na
dieta (WHO & FAO, 1995).

4.4 HIDRATAÇÃO

A hidratação é fundamental uma vez que a maior parte das modalidades


esportivas envolve condições ambientais ou indumentária que interfere com a troca
de calor, fazendo com que o controle termorregulatório seja dificultado. Nesse caso,
a desidratação pelo suor excessivo é comum. Sugere-se acostumar o atleta a ingerir
muito líquido o dia todo (no mínimo 3 litros de água por dia) e, principalmente,
durante os treinamentos. A reposição de carboidratos e eletrólitos por meio da
hidratação também é útil nos dias de treinos intensos e prolongados (GREIWE et al,
1998; HARGREAVES, 2000; RANKIN, 2001). Durante os treinamentos, recomenda-
se ingerir líquidos a cada 15 a 20 minutos (aproximadamente 600 a 1200 ml/hora de
exercício, oferecido em pequenas doses de acordo com a tolerância gástrica do
atleta), em temperatura inferior a 15°C (ACSM, 2007). Recomenda-se uma bebida
esportiva com uma concentração de 6 a 8% de carboidratos (maltodextrina ou
sacarose, exceto a frutose) (ACSM, 2007), sendo que a solução com 6% de
concentração de carboidratos apresenta melhores resultados de percepção subjetiva
de esforço (CHAVES, 2002).
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4.5 VITAMINAS E MINERAIS

O uso de suplementos de vitaminas e minerais apenas será necessário em


caso de o atleta possuir alguma deficiência específica; caso contrário, a dieta é
capaz de suprir todas as necessidades de um atleta. Essa afirmação só é verdadeira
nos casos de dietas equilibradas, ricas em frutas, legumes, carboidratos complexos,
sementes, oleaginosas, grãos, leite, carnes magras, etc (ZEIZEL, 2000).

Por outro lado, o uso de micronutrientes e substâncias antioxidantes também


é bastante difundido entre praticantes de esportes. Devido ao estresse físico e
psicológico e às lesões decorrentes da prática esportiva que geram processos
inflamatórios, a produção orgânica de radicais livres pode ser aumentada. As lesões,
contusões, escoriações, entorses e até mesmo fraturas são muito comuns, ainda
mais nos praticantes iniciantes. Considerando a grande incidência desses eventos,
torna-se fundamental o consumo adequado de alimentos ricos em nutrientes
antioxidantes bem como a sua suplementação (DAVIES et al, 1982; LANGER,
1986). É também indicada nesses casos a redução de consumo de gorduras
saturadas e alimentos ricos em gorduras trans que possuem potencial de danos por
estresse oxidativo (LANGER, 1986).

A meta do nutricionista é fazer com que o esportista alcance ótimo estado


nutricional, por ser um profissional que tem amplo conhecimento sobre os
paradigmas e riscos de saúde associados ao esporte e desenvolve procedimentos
de avaliação específicos às necessidades do desportista. Assim, um de seus papéis
é aconselhar o praticante de atividade física acerca das necessidades nutricionais
adequadas antes, durante e depois do exercício e para a manutenção de uma boa
saúde, peso e composição corporal adequado (ADAM, FANNELI et al. 2013).
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5 METODOLOGIA

5.1 POPULAÇÃO E DESENHO DE ESTUDO

Foi realizado um estudo transversal, descritivo, junto a 138 praticantes de


atividade física, em duas academias (Estação Fitness e Paulo Santana Fitness) na
cidade de Salvador localizadas no bairro de Mussurunga, acompanhadas no período
de fevereiro a abril de 2015.
A escolha das academias obedeceu ao critério de localização e maior número
de frequentadores. As academias oferecem diversas atividades físicas para varias
faixas etárias, dentre elas a musculação.

5.2 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

Foram incluídos os praticantes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 40


anos e que faziam uso de suplementos nutricionais há pelo menos dois meses.
Exigiu-se ainda a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para
todos aqueles que concordarem em participar da pesquisa depois da apresentação
dos objetivos (APÊNDICE A).

5.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos os praticantes profissionais de educação física ou de


nutrição, os que não completarem todas as perguntas do questionário proposto,
praticantes que logo após a apresentação dos objetivos da pesquisa relatem não ter
interesse em participar, e não assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido pelo praticante de musculação.
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5.4 COLETA DOS DADOS

Inicialmente foi feito o contato com os proprietários das academias e


apresentado o projeto solicitando a autorização para a realização do estudo.
Foram apresentados os objetivos da pesquisa e após à aceitação em
participar, foi assinado o termo de consentimento livre e esclarecido e aplicado o
questionário de coleta de dados (APÊNDICE B), dentro dos critérios previamente
delineados. O questionário foi formado por perguntas objetivas e subjetivas relativos
aos dados sócio-econômicos, prática de musculação, consumo de suplementos e o
conhecimento sobre suplementos nutricionais. Em relação à identificação da
população, foram levados em consideração: sexo, idade (em anos) e grau de
escolaridade.

Sobre o consumo de suplementos foi questionado: o objetivo do uso, o tipo


de suplemento, indicação, a frequência diária e semanal do consumo do suplemento
e a satisfação com rendimento após o consumo.

5.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados coletados foram tabulados e processados por meio do programa


Microsoft Office Excel (2007) e expressos em gráficos e tabelas para melhor
visualização e interpretação dos resultados.

Para verificação da normalidade dos dados, foi realizado o cálculo amostral


com um grau de confiança de 95%, que é o mais usado nos cálculos estatístico, com
um margem de erro de 2%, bastante comum e um desvio padrão de 12%, que
configura-se a dispersão da pesquisa. Portanto, a amostra de 138 participantes tem
uma boa confiabilidade.
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5.6 QUESTÕES ÉTICAS

A coleta dos dados teve início após a avaliação e liberação do Comitê de


Ética em Pesquisa da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), conforme
determinado pela Resolução n° 466/12, do Conselho Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde, que trata da pesquisa envolvendo seres humanos. A avaliação
foi realizada após leitura e assinatura do TCLE (Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido) em duas vias, sendo uma retida com os pesquisadores responsáveis e
a outra com o sujeito da pesquisa. Os dados obtidos foram utilizados unicamente
para o desenvolvimento de trabalhos científicos, de maneira ética e sigilosa.
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REFERÊNCIAS

ACSM – American College of Sports Medicine. Position stand on exercise and fluid
replacement. Med Sci. Spots Exerc. v. 28, n. 12, p. 377-90, Feb. 2007.

ADAM, B. O. et al. Conhecimento nutricional de praticantes de musculação de uma


academia da cidade de São Paulo. Brazilian Journal of Sports Nutrition, São
Paulo, v. 2, n. 2, p. 24–36, mar. 2013.

ALVES, S. C. R.; NAVARRO, F. O uso de suplementos alimentares por


frequentadores de academias de Potim – SP. Revista Brasileira de Nutrição
Esportiva, São Paulo, v. 4, n. 20, p. 139-146, mar./abr. 2010.

ALVES, T. O. et al. Estimativa do consumo de proteínas e suplementos por


praticantes de musculação em uma academia da Baixada Fluminense, Rio de
Janeiro. Corpus et Scientia, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 01-10, jun. 2012.

ANDRADE, P. M. M., RIBEIRO, B. G., CARMO, M. G. T. Papel dos lipídios no


metabolismo durante o esforço. Rio de Janeiro. v. 8, n. 2, p. 81, abril/junho. 2006;

BETTI, M. A janela de vidro: esporte, televisão e Educação Física. 1997. 278 f.


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P á g i n a | 28

ARTIGO ORIGINAL

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS


POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA NA
CIDADE DE SALVADOR (BA)

Leidiane de S. Brito¹
Acauã V. C. Valentin¹
Rafaella C. S. Cruz²
João Paulo C. Mendes³

Resumo: A academia de ginástica é um local para a prática de exercícios físicos por indivíduos sem
vínculos profissionais com o esporte. Há uma necessidade crescente de orientação e educação em
nutrição esportiva para auxiliar os esportistas a melhorar seus hábitos alimentares, em virtude do
desconhecimento por parte destes sobre a existência de dietas apropriadas nas diferentes fases do
exercício, onde cada nutriente presente pode desempenhar uma função específica. Este trabalho tem
por objetivo avaliar o conhecimento sobre suplementos nutricionais por praticantes de musculação nas
academias de ginástica, e através da análise dos dados, identificar os suplementos nutricionais mais
utilizados, finalidade do uso, as fontes de indicação, frequência de consumo e a associação entre
consumo e a faixa etária. Foi realizado um estudo transversal com população alvo composta por 138
praticantes de musculação de ambos os sexos, com idade entre 18 e 40 anos e que fazem uso de
suplementos nutricionais há pelo menos dois meses. A coleta de dados foi realizada através da
aplicação de um questionário por perguntas objetivas e subjetivas relativos à identificação, prática de
musculação, consumo de suplementos e o conhecimento sobre suplementos nutricionais. A amostra
foi constituída por 138 alunos, sendo 70% do gênero masculino e 30% do gênero feminino,
onde a predominância de idade variou de 21 a 25 anos representando 34% dos frequentadores.
O suplemento mais consumido foi a base de proteína 77%, com a finalidade de aumentar a
massa muscular (hipertrofia) 83%. Principal fonte de indicação foram os professores das
academias com 43%. As informações coletadas através da pesquisa mostraram que existe
uma utilização significativa de suplementos pelos frequentadores das academias investigadas.
O nutricionista é pouco consultado pelos praticantes em relação à indicação do melhor
suplemento, sendo este fato preocupante, uma vez que outros profissionais que não tem
conhecimento específico sobre o assunto referido estão prescrevendo esses produtos, podendo
acarretar em agravos a saúde humana.

Palavras-chaves: suplementos nutricionais, academia, praticantes de musculação.

¹Graduando em Nutrição pela Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC).


²Mestranda em Alimentos, Nutrição e Saúde pela UFBA e Especializada em Nutrição Clínica pela Escola de
Nutrição da Universidade Federal da Bahia(ENUFBA).
³Pós-graduado em Nutrição Clínica Esportiva pelo IPGS (RS).
P á g i n a | 29

Abstract: The fitness center is a place for physical exercise by individuals with no
professional ties to the sport. There is a growing need for guidance and education in sports
nutrition to help athletes improve their eating habits, due to ignorance on their part on the
existence of appropriate diets at different stages of the exercise, where each this nutrient can
perform a specific function. This study aims to evaluate the knowledge about nutritional
supplements for body builders in gyms, and by analyzing the data, identify the most widely
used nutritional supplements, purpose of use, sources of indication, frequency of consumption
and the association between consumption and age. Sectional study with the target population
consists of 138 bodybuilders of both sexes, aged 18 and 40 and that use of nutritional
supplements for at least two months was conducted. Data collection was performed by
applying a questionnaire by objective and subjective questions relating to identity, practice
bodybuilding supplements and consumer knowledge about nutritional supplements. The
sample consisted of 138 students, 70% male and 30% female, where the predominant age
ranged from 21 to 25 years representing 34% of the regulars. The supplement was consumed
over the 77% protein-based, in order to increase muscle (hypertrophy) 83%. Main source of
indication were teachers of the academies with 43%. The information collected through the
survey showed that there is a significant use of supplements by regulars of the investigated
academies. The nutritionist is little consulted by practitioners regarding the best supplement
statement, and this worrying fact, as others who have no specific knowledge of the matter said
are prescribing these products, and resulting in injuries to human health.

Keywords: nutritional supplements, fitness, body builders.

1 Introdução

A academia de ginástica é um local para a prática de exercícios físicos por indivíduos


com ou sem vínculos profissionais com o esporte. O ambiente das academias favorece a
disseminação de padrões estéticos estereotipados, como o corpo magro, com baixa quantidade
de gordura ou com elevado volume e tônus muscular (HIRSCHBRUCH, FISBERG et al.
2008).

Conforme apontam as estimativas da Associação Brasileira de Academias (ACAD)


cerca de 2,8 bilhões de brasileiros são adeptos a prática de musculação em academias de
ginástica. Estes números revelam que as pessoas estão preocupadas com a promoção e
melhoria da saúde de forma geral e buscam também o aumento da massa muscular
(NOGUEIRA, SOUZA et al. 2013).

A modalidade mais comumente praticada é a musculação, que tem como objetivo a


melhora do desempenho esportivo, condição física geral e hipertrofia (crescimento de massa
muscular) (ADAM, FANNELI et al. 2013).
P á g i n a | 30

Nesta busca por melhoramento no corpo, muitos adotam os recursos denominados


ergogênicos, compostos por esteróides anabólicos androgênicos (EAA) e suplementos
alimentares (NOGUEIRA, SOUZA et al. 2013).

Os EAA são um grupo de compostos naturais e sintéticos formados a partir da


testosterona ou um de seus derivados, cuja indicação terapêutica clássica está associada a
situações de hipogonadismo e quadros de deficiência do metabolismo protéico (CUNHA et al,
2002). Já os suplementos alimentares, são produtos a base de vitaminas, minerais, extratos,
aminoácidos, metabólicos ou combinações destes (NOGUEIRA, SOUZA et al. 2013).
De acordo com varias pesquisas, no Brasil, os suplementos alimentares mais
consumidos pelos frequentadores de academia são proteínas, carboidratos, creatina,
aminoácidos e, mais recentemente, termogênicos ou fat burneres (ARAUJO; ANDREOLO;
SILVA, 2002; PEREIRA; LAJOLO; HIRSCHBRUCH, 2003).

No Brasil, a portaria número 222 da Secretaria de Vigilância Sanitária (1998),


estabelece como “Alimentos para Praticantes de Atividades Físicas”: a) repositores - são
bebidas esportivas com o objetivo de repor água, eletrólitos e carboidratos de forma mais
rápida, evitando a desidratação de uma atividade intensa/longa. Indicado para corredores,
ciclistas; b) energéticos - podem ser usados antes, durante ou após treinos e provas,
dependendo das características do indivíduo e do esporte. Fornecem basicamente energia,
vinda sobretudo de carboidratos, e são encontrados em pó ou gel.  São exemplos:
maltodextrina, dextrose; c) protéicos - indicados para completar a ingestão protéica da dieta.
O horário de consumo depende de uma série de fatores, mas muitas vezes são indicados para
após o treino. Podem ser encontrados em pó, gel ou barra.  Fazem parte do grupo a Whey
Protein, a Albumina, a Caseína e o Isolado Protéico de soja; d) compensadores - contém
carboidratos, proteínas e lipídios, além de vitaminas e minerais. Encontrados em pó ou
líquido. Indicados para desnutridos ou para atletas com necessidades aumentadas devido ao
estado fisiológico, limitações na dieta ou tipo de exercício; e) aminoácidos - fazem parte
deste grupo os aminoácidos, indicados para aumento da massa muscular. Como exemplo
temos os BCAAs, nome dado aos aminoácidos da cadeia ramificada, Leucina, Isoleucina e
Valina. Os BCAAS, são indicados para recuperação muscular e para exercícios de longa
duração.

As vitaminas e os minerais essenciais podem ser adicionados aos alimentos desde


que o consumo diário não ultrapasse 100 % dos valores considerados para Ingestão Diária
P á g i n a | 31

Recomendada. Para além dessa porcentagem são considerados medicamento (ANVISA,


1998).

O uso indiscriminado de suplementos alimentares por praticantes de atividade física


é uma realidade nos dias de hoje. Os jovens procuram resultados rápidos e maior desempenho
dentro das academias de ginástica. Com isso, essa população tem usado diversos tipos de
suplementos por indicação de outros profissionais ou até mesmo amigos, mesmo estes não
tendo o conhecimento necessário e principalmente não sendo habilitado para tal atuação
(HIRSCHBRUCH, FISBERG et al. 2008).

A utilização descontrolada de suplementos nutricionais causam consequências que vão


desde efeitos colaterais muito leves – como câimbras e fadiga muscular – até prejuízos graves,
como a acromegalia, síndrome metabólica, sobrecargas renais e hepáticas, alterações
psicológicas, cardíacas e morfológicas e até a morte de indivíduos (PIMENTA, LOPES,
2007).

Ao considerar as preocupações sobre o consumo de suplementos alimentares, o


presente estudo poderá auxiliar no entendimento das relações entre o consumo de
suplementos entre os usuários de academias, os tipos de suplementos consumidos, a
motivação para o consumo e as fontes de indicação, permitindo criar um panorama sobre o
assunto em que se possam basear futuros estudos e projetos de intervenção nutricional.

Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar o conhecimento sobre suplementos
nutricionais por praticantes de musculação nas academias de ginástica do bairro de
Mussurunga, Salvador – BA.

2 Material e Métodos

Foi realizado um estudo transversal, descritivo, junto a 138 praticantes de atividade


física, em duas academias (Estação Fitness e Paulo Santana Fitness) na cidade de Salvador
localizadas no bairro de Mussurunga, acompanhadas no período de fevereiro a abril de 2015.
A escolha das academias obedeceu ao critério de localização e maior número de
frequentadores. Foram incluídos os praticantes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 40
anos e que faziam uso de suplementos nutricionais há pelo menos dois meses. Foram
excluídos os praticantes profissionais de educação física ou de nutrição, os que não
P á g i n a | 32

completarem todas as perguntas do questionário proposto. O questionário foi formado por


perguntas objetivas e subjetivas relativos aos dados sócio-econômicos, prática de musculação,
consumo de suplementos e o conhecimento sobre suplementos nutricionais.
Os dados coletados foram tabulados e processados por meio do programa SPSS e
expressos em gráficos e tabelas para melhor visualização e interpretação dos resultados
através do programa Microsoft Office Excel (2007). Para verificação da normalidade dos
dados, foi realizado o cálculo amostral com um grau de confiança de 95%, que é o mais usado
nos cálculos estatístico, com um margem de erro de 2%, bastante comum e um desvio padrão
de 12%, que configura-se a dispersão da pesquisa.

A coleta dos dados teve início após a avaliação e liberação do Comitê de Ética em Pesquisa
da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), conforme determinado pela Resolução n° 466/12, do
Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, que trata da pesquisa envolvendo seres humanos.
A avaliação foi realizada após leitura e assinatura do TCLE (Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido) em duas vias, sendo uma retida com os pesquisadores responsáveis e a outra com
o sujeito da pesquisa. Os dados obtidos foram utilizados unicamente para o desenvolvimento
de trabalhos científicos, de maneira ética e sigilosa.

3 Resultados e Discussão

A amostra foi constituída por 138 alunos, sendo 70% (n=97) do gênero masculino e
30% (n=41) do gênero feminino, como mostra a Figura 1.

30%

Masculino
Feminino

70%

Figura 1. Perfil dos participantes, segundo o gênero. Salvador, 2015.


P á g i n a | 33

Apesar de 70% dos frequentadores serem masculinos, observa-se que o número de


mulheres praticantes é relativamente significativo. Para Hirschbrush (2008), as mulheres se
exercitam, principalmente, para controlar o peso e não com o objetivo de hipertrofia
muscular, estimuladas pela supervalorização da magreza e da forma física imposta pela mídia.
Evidenciando assim o gênero encontrado por Alves (2011) 65% masculino e 35% feminino.
Na Figura 2, podemos observar as variações 18 a 40 anos de idade dos praticantes de
musculação, onde houve predominância de jovens adultos nas academias dentre 21 a 25 anos,
representando uma porcentagem de 34% (n=47). Outra faixa etária de expressão é a de 18 a
20 anos no qual correspondem a 23% (n=32), seguido de 20% (n=27) 26 a 30 anos aderiram à
musculação como atividade física, dados também encontrados com relevância por Campos &
Capelli (2003) 15 a 24 anos, Schmitz e Martins (2003), 19 a 27 anos.

9% 23%
14%

18 - 20 anos
21 - 25 anos
26 - 30 anos
31 - 35 anos
36 - 40 anos
20%
34%

Figura 2. Perfil dos participantes, segundo a faixa etária. Salvador, 2015.

O fato da maior parte dos frequentadores terem de 18 a 30 anos, pode indicar que
esses jovens adultos são mais vulneráveis a influencia dos apelos da sociedade pelo “corpo
sarado”, e mais preocupados com a estética.
Observou-se que dos frequentadores 56% (n=77) tinham ensino superior completo,
30% (n=42) ensino médio completo/superior incompleto, 11% (n=15) pós-graduação e apenas
3% (n=4) apresentou ensino médio incompleto.
P á g i n a | 34

Tabela 1. Utilização de suplementos, segundo o gênero. Salvador, 2015.


Alternativa Proteínas Aminoácidos Carboidratos Polivitamínico Termogênico
f % f % f % f % f %
Masculino 81 76 19 58 19 73 9 90 0 0
Feminino 25 24 14 42 7 27 1 10 8 100
Total de respostas (TR¹) 106 77 33 24 26 19 10 7 8 6
Total de respostas (TE²) 138 100 138 100 138 100 138 100 138 100
¹Total de Resposta
²Total de Entrevistado

A Tabela 1, mostra que os principais suplementos utilizados entre os frequentadores


das academias são suplementos alimentares a base de proteínas com um percentual de 77%
(n=106), seguido dos aminoácidos 24% (n=33) e carboidratos 19% (n=26).
Fica evidenciado através dos percentuais desta tabela, que existe uma grande
utilização de suplementos por frequentadores de academias de musculação, possivelmente
devido ao grande número de produtos disponíveis no mercado que são facilmente adquiridos
por qualquer pessoa sem nenhum tipo de prescrição e que pode afetar de maneira prejudicial à
saúde da população que os consome.
No estudo Linhares e Lima (2006) feito com praticantes de musculação nas academias
de Campos dos Goytacazes – RJ, a maioria (78,15%), consome proteínas como suplementos,
seguido de aminoácidos (12,61%).
Alves (2011) relata que o consumo de suplementos, apesar de poder ter restrições, é
uma prática que faz parte da realidade das academias, visto que, este é um ambiente
favorecedor a tal prática.
Sendo assim, uma substância ergogênica poderá intensificar ou melhorar a capacidade
de trabalho em pessoas sadias e eliminar a sensação dos sintomas de cansaço e fadiga física e
mental, dessa maneira potencializando o desempenho esportivo (SANTOS; SANTOS, 2002),
a partir da promoção de benefícios diversos. Entretanto, para que esses efeitos benéficos
ocorram, o indivíduo precisa fazer o uso correto dos suplementos, adequando-os com sua
dieta, tipo de atividade física e intensidade.
Devido à falta de orientação apropriada muitos indivíduos consomem suplementos
esportivos de maneira errônea, o que pode agravar algumas desordens na saúde, pois a
suplementação deve ser baseada em uma adequação do consumo alimentar, definição do
tempo de utilização da suplementação e reavaliação sistemática do estado nutricional e do
plano alimentar (BRASIL, 2006).
P á g i n a | 35

Suplementos de proteína não são necessários para indivíduos que desejam hipertrofia
muscular (e que tenham uma dieta balanceada), pois a quantidade de 1,4 a 1,8 g/kg/dia já
superior à recomendada e pode ser alcançada facilmente através da dieta. Caso a dieta do
indivíduo seja bem diversificada, com alimentos ricos em proteína de boa qualidade, como
carne vermelha, peixes, frango, ovos, leite e derivados, a suplementação protéica não se torna
necessária (OSELAME; OSELAME, 2013).
Em muitos casos os excessos de proteínas são transformados em gordura e,
posteriormente, armazenados no tecido adiposo. Além disso, o sistema renal é exigido aquém
de suas necessidades rotineiras para metabolizar todo esse aporte protéico, podendo resultar
em patologias crônicas, uma vez que as substâncias extras não aproveitadas, produtos finais
do metabolismo protéico, serão eliminadas pela urina. Esta informação hoje é falha, pois os
indivíduos não sabem dos riscos do uso sem conhecimento destes suplementos (OSELAME;
OSELAME, 2013).

Tabela 2. Utilização de suplementos, segundo o objetivo. Salvador, 2015.


Alternativa Proteínas Aminoácidos Carboidratos Polivitamínico Termogênico
f % f % f % f % f %
Hipertrofia 99 93 28 85 23 88 0 0 2 25
Emagrecimento 34 32 12 36 9 35 8 80 8 100
Estética 37 35 12 36 9 35 3 30 4 50
Resistência física 32 30 11 33 9 35 0 0 3 38
Ganho de força 27 25 10 30 10 38 0 0 1 13
Saúde 18 17 2 6 0 0 2 20 0 0
Total de respostas (TR¹) 106 77 33 24 26 19 10 7 8 6
Total de respostas (TE²) 138 100 138 100 138 100 138 100 138 100
¹Total de Resposta
²Total de Entrevistado

Na Tabela 2, observou-se que os frequentadores que utilizavam os suplementos a base


de proteínas e aminoácidos, tinham respectivamente como principal objetivo, a hipertrofia
93% (n=99), 85% (n=28), seguido de estética 35% (n=37), 36% (n=12) e emagrecimento 32%
(n=34), 36% (n=12). Para aqueles que utilizavam os polivitamínico e os termogênicos, tinham
como objetivo respectivamente, o emagrecimento 80% (n=8), 100% (n=8) e estética 30%
(n=3), 50% (n=4).
Sendo assim, o estudo apresenta um grande número de frequentadores que consomem
os suplementos no intuito de aumentar a sua massa muscular (hipertrofia) com 83% (n=114),
seguido de emagrecimento com 38% (n=52)% e estética 36% (n=49). Moreau (2003) em
P á g i n a | 36

estudo realizado na cidade de São Paulo encontrou que o principal objetivo dos praticantes de
musculação era a hipertrofia, resultado similar ao estudo realizado nesta pesquisa.
A hipertrofia exerce uma espécie de fascínio, a partir do momento que é identificada,
principalmente em indivíduos pouco treinados, onde os resultados ocorrem de maneira mais
expressiva. Segundo Moreau (2003), o principal fator que induz o frequentador de academia a
escolher pela hipertrofia é a possibilidade de melhoria na estética corporal dá-se pela ampla
divulgação na mídia e o modismo do corpo “sarado”.

Tabela 3. Utilização dos suplementos nutricionais pelos frequentadores das academias.


Salvador, 2015.
Alternativa f %
Utiliza apenas 1 suplemento 94 68
Utiliza apenas 2 suplementos 43 31
Utiliza apenas 3 suplementos 1 1
Total de respostas (TE²) 138 100
Alternativa f %
Antes do treino 73 53
Durante o treino 21 15
Depois do treino 138 100
Total de respostas (TR¹) 232 168
Total de respostas (TE²) 138 100
¹Total de Resposta
²Total de Entrevistado

De acordo com a Tabela 3, 68% (n=94) dos frequentadores das academias estudadas
utilizam apenas 1 suplemento, seguido de 31% (n=43) que utilizam apenas 2 suplementos.
Em relação ao horário do consumo, 100% (n=138) dos frequentadores das academias
consomem suplemento depois do treino, 53% (n=73) consomem também antes do treino e
15% (n=21) durante o treino. A principal necessidade do nosso organismo no momento após
o treinamento seria repor as reservas de glicogênio depletadas durante o exercício físico.
Segundo Peres (2011) o consumo de carboidratos em conjunto com uma fonte protéica de
rápida absorção é recomendado. Consumir apenas proteína após o treino é um grande
desperdício.
Em relação à frequência do consumo dos suplementos alimentares, 93% (n=129) dos
frequentadores consome suplemento de 5 a 6 vezes por semana, enquanto 7% (n=9) consome
todos os dias. Quanto ao tempo de consumo desses suplementos, 60% (n=83) consome em
P á g i n a | 37

período de 1 a 6 meses, 30% (n=41) consome de 1 a 5 anos e 10% (n=14) consome a mais de
5 anos. Em relação à forma de consumo, o pó diluído com água foi à forma mais consumida.
Indivíduos que praticam musculação em longo prazo podem ser mais susceptíveis ao
consumo de suplementos, com a finalidade de aumentar a resistência durante os treinos
(TROG E TEIXEIRA, 2009).
Em relação à frequência semanal do treino, os resultados apontam uma assiduidade
dos entrevistados, 93% frequentam de 4 a 5 dias por semana, e com duração superior à 1 hora
de treino, chegando a 80% entre os praticantes.
O tempo de prática de exercícios e a frequência à academia afetam o uso de
suplemento, pois o indivíduo é mais exposto ao ambiente de consumo (T ROG E TEIXEIRA,
2009).

6%
4%
Professor da Academia
25% 46% Vendedor de loja de
suplementos
Nutricionista
Médico
Amigos/colegas
14% Conta própria
1% Jornal/televisão/revistas

2%

Figura 3. Indicação do uso de suplementos alimentares. Salvador, 2015.

A Figura 3, ilustra que 46% (n=64) dos usuários de suplemento alimentar obteve as
informações sobre a utilização da suplementação por professores das academias, seguido por
amigos 25% (n=35) e 15% (n=20) nutricionistas.
Os praticantes que afirmam terem sido orientados pelo instrutor da academia, refletem
um percentual elevado, visto que, nenhum instrutor de musculação possui capacitação para
prescrever a utilização dos suplementos. Ressalta-se ainda que nenhuma academia dentre as
investigadas, possui atendimento nutricional.
P á g i n a | 38

O estudo realizado por Hirschbruch, Fisberg e Mochizuki (2008) faz uma ressalta
sobre a indicação de suplementos entre os educadores físicos e instrutores de academias, onde
muitas vezes eles mesmos são os próprios vendedores de suplementos dentro das academias.
Esse fato é preocupante, pois a ingestão excessiva de proteína e aminoácidos, em
níveis acima de 15% das calorias totais, pode levar a cetose, gota, sobrecarga renal, aumentar
a gordura corporal, desidratação, promover balanço negativo de cálcio e induzir perda de
massa óssea (ARAÚJO, ANDREOLO E SILVA, 2002).
Quando se perguntou ao grupo de usuários qual a finalidade do suplemento por eles
consumido, 84% (n=116) responderam que era para acelerar o processo do ganho de massa
muscular e 16% (n=22) informaram que serve para suplementar a sua alimentação diária, dos
quais apenas cinco indivíduos souberam dizer com exatidão qual era a finalidade do produto.
Um estudo realizado por Viviani e Garcia Junior (2003), evidenciou que quanto maior
o conhecimento sobre nutrição, menor era o consumo de suplementos, o que mostra a
importância dos nutricionistas na transmissão de conhecimentos fiéis sobre o assunto.
Não é raro encontrar frequentadores de academias consumindo suplementos sem
conhecer seu ingrediente principal, sua função ou por quais mecanismos este produto irá
alcançar os resultados prometidos no rótulo. Muitos desses produtos geram grande
controvérsia sobre seus efeitos, principalmente a longo prazo. Adicionalmente, sua venda e
sua recomendação são feitas por profissionais não especializados no assunto. Portanto, o
consumo de suplementos de maneira inadvertida pode vir a representar um problema de saúde
pública.

4 Considerações Finais

Observa-se que é cada vez mais crescente a utilização de suplementos. A cada dia
cresce o número de produtos existentes que sugerem inúmeros benefícios na prática. Porém,
existe uma enorme carência de informações, e muitas dúvidas a respeito da utilização de
suplementos, ficando comprovada a grande influência que o convívio social, e o professor das
academias exercem sobre seus alunos.
Sugere-se, a partir dos dados obtidos, que seja criada uma lei que proíba a venda de
suplementos alimentares sem a prescrição do médico e/ou nutricionista, pela proteção do
consumidor, além da realização de palestras nos cursos para instrutores de musculação, como
uma forma de proteção para os praticantes de musculação em academias. Ou então, faz-se
P á g i n a | 39

necessário a inserção do profissional nutricionista na rotina das academias de ginástica, uma


vez que, sendo um dos únicos profissionais habilitados a prescrever os suplementos, podem
assegurar o consumo eficaz e seguro desses produtos.

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27 de abril de 2010 – Regulamento Técnico sobre Alimentos para Atletas, estabelecendo a
classificação, a designação, os requisitos de composição e de rotulagem dos alimentos para
atletas. Disponível
em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/eb12e1804cc1568a88de9fc8a8d1b925/RD
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P á g i n a | 42

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Nome do participante:
Idade: _______
Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

As informações contidas neste documento têm o objetivo de firmar por escrito, mediante o
qual, o (a) voluntário (a) da pesquisa autoriza sua participação, com pleno conhecimento da
natureza da pesquisa a que se submeterá, com capacidade de livre arbítrio e sem qualquer
coação.

1. Título do trabalho: Avaliação do conhecimento sobre suplementos nutricionais por


praticantes de musculação em academias de ginástica na cidade de Salvador, Salvador -
BA. Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre suplementos nutricionais por praticantes de
musculação nas academias de ginástica na cidade de Salvador, Salvador - BA. Identificar os
suplementos nutricionais que são mais utilizados, identificar as fontes de indicação dos
suplementos, verificar o tempo de uso desses suplementos, identificar os principais objetivos
com o uso dos suplementos e verificar a associação entre consumo de suplementos e faixa
etária.

2. Justificativas: O presente estudo tem a importância de avaliar os fatores relacionados ao


consumo de suplementos nutricionais em adultos e jovens adultos frequentadores de
academias de ginástica do bairro de Mussurunga. Nesse sentido, auxiliarão o entendimento
das relações entre o consumo de suplementos e os usuários de academias, os tipos de
suplementos consumidos, a motivação para o consumo e as fontes de indicação, permitindo
criar um panorama sobre o assunto em que se possam basear futuros estudos e projetos de
intervenção nutricional.

3. Procedimentos realizados no estudo: O estudo será desenvolvido através de dados


obtidos com a realização do seguinte procedimento: aplicação de questionário próprio.

4. Desconforto ou risco: Esta pesquisa não provocará nenhum risco ou desconforto.

5. Benefícios do estudo: Contribuir-se-á com a comunidade científica que, atualmente,


dispõe de poucos estudos de coletividade referentes ao grau de conhecimento e prevalência
de consumo acerca dos suplementos nutricionais por praticantes de musculação. Além
disto, poderá contribuir na formulação apropriada de novos protocolos para a venda dos
suplementos nutricionais, ofertando maiores esclarecimentos quanto ao uso adequado dos
suplementos e, desta forma, garantir o uso adequado desses produtos.

6. Informações: Os pesquisadores assumem o compromisso de fornecer informações


obtidas durante o estudo por meio do Trabalho de Conclusão de Curso. Os resultados
obtidos na pesquisa serão utilizados somente para fins de publicações científicas e/ou
cursos, palestras e aulas.

7. Aspecto legal: Este projeto foi elaborado de acordo com as diretrizes e normas que
regulamentam as pesquisas envolvendo seres humanos, atendendo à resolução 466/12, do
Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde – Brasília – DF.
P á g i n a | 43

8. Retirada do consentimento: A participação neste estudo é voluntária, podendo o


participante retirar-se a qualquer momento e por qualquer razão, sem alguma penalidade.
No entanto, pedimos que caso deseje retirar-se do estudo entre em contato com os
pesquisadores pessoalmente ou por telefone (71-9108-4590, Acauã Vídero Caldas Valentin
– Estudante de Nutrição e 71-9721-9309, Leidiane de Sousa Brito – Estudante de Nutrição).

Consentimento pós-informação: Eu __________________________________, após ter


recebido todos os esclarecimentos e ciente dos meus direitos, concordo em participar desta
pesquisa, bem como autorizo a divulgação e a publicação de toda informação por mim
transmitida, exceto dados pessoais, em publicações e eventos de caráter científico. Desta
forma, assino este termo, juntamente com os pesquisadores, em duas vias de igual teor,
ficando uma via sob meu poder e outra em poder dos pesquisadores.

Salvador, ____ de _____________ de ______

___________________________________________
Assinatura do Responsável

_________________________________ __________________________________
Acauã Vídero Caldas Valentin Leidiane de Sousa Brito
Pesquisador Pesquisadora
P á g i n a | 44

APÊNDICE B – Formulário para Aplicação na Pesquisa

Faculdade de Tecnologia e Ciência - FTC


Curso: Bacharelado em Nutrição Fase: 8ª semestre
Acadêmicos: Acauã Vídero Caldas Valentin e Leidiane de Sousa Brito

Este questionário tem como objetivo coletar dados para elaboração do Trabalho de
Conclusão de Curso intitulado “Avaliação do conhecimento sobre suplementos nutricionais
por praticantes de musculação nas academias de ginástica na cidade de Salvador (BA)”.

Neste sentido, solicitamos que seja respondido com coerência e ética, para que os dados
sejam fidedignos. Informamos ainda que as respostas serão tratadas com confidencialidade.

Obrigado por sua ajuda, o que você pensa é importante para nós.

Nome: _________________________________________________________________
Idade: _____ (anos)
Sexo: [01] Masculino [02] Feminino
Profissão:_______________

[01] Casado
1. Estado civil:
[02] Solteiro
[03] Divorciado
[04] Viúvo

[01] 1ª à 4ª série completo/ 5ª à 8ª série incompleto


2. Qual o seu grau de
instrução? [02] 5ª à 8ª série completo/ Ensino Médio incompleto
[03] Ensino Médio completo/ Ensino Superior incompleto
[04] Ensino Superior completo.
[05] Pós-Graduação

[01] Menos de 01 ano


3. Há quanto tempo você
pratica musculação? [02] De 01 a 05 anos
[03] De 06 a 10 anos
[04] Acima de 10 anos.

[01] 02 vezes por semana


4. Quantas vezes na
semana você treina? [02] 03 vezes por semana
[03] 04 vezes por semana
[04] 05 vezes por semana

[01] 50 minutos
5. Quanto tempo dura o seu
treino? [02] 1 hora
[03] 1 hora e 30
[04] 2 horas
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[01] Sim
6. Você utiliza algum
suplemento? [02] Não
[03] Já utilizou

Carboidratos [01] Sim [02] Não


7. Quais suplementos você
usa? Proteínas [01] Sim [02] Não
Aminoácidos [01] Sim [02] Não
Bebida isotônica [01] Sim [02] Não
Termogênicos [01] Sim [02] Não
Polivitamínico [01] Sim [02] Não
Outros:__________________________________________

8. Para que serve o


suplemento que você está
consumindo?

[01] Menos de 01 mês


9. Há quanto tempo você
utiliza? [02] De 01 a 06 meses
[03] De 01 a 05 anos
[04] Mais de 05 anos

Antes do treino [01] Sim [02] Não


10. Quando você utiliza os
suplementos? Durante o treino [01] Sim [02] Não
Depois do treino [01] Sim [02] Não

11. Qual a forma de preparo


do suplemento?

12. O que te levou a começar


a ingestão de
suplementos?
P á g i n a | 46

[01] 1 a 2 vezes por semana


13. Quantos dias da semana
você ingere [02] 3 a 4 vezes por semana
suplementação? [03] 5 a 6 vezes na semana
[04] todos os dias

[01] Sim
14. Quando você não treina,
deixa de tomar a [02] Não
suplementação?

[01] Professor da academia


15. Quem indicou a
suplementação? [02] Vendedor da loja de suplementos
[03] Nutricionista
[04] Médico
[05] Amigos/colegas
[06] Conta própria
[07] Jornal/televisão/revistas
Outros:________________________________________

Estética [01] Sim [02] Não


16. Qual o seu objetivo com a
ingestão de suplementos Saúde [01] Sim [02] Não
nutricionais? Hipertrofia [01] Sim [02] Não
Emagrecimento [01] Sim [02] Não
Ganho de força [01] Sim [02] Não
Resistência física [01] Sim [02] Não
Outros:__________________________________________

[01] Sim
17. Você acredita ter
alcançado o(s) seu(s) [02] Não
objetivo(s) com a [03] Parcialmente
utilização do
suplemento(s)
nutricional(is)?

[01] Sim
18. Teve algum efeito
colateral? [02] Não
Quais:___________________________________________
P á g i n a | 47

[01] Sim
19. Você sente diferença no
seu rendimento quando [02] Não
deixa de tomar o Quais:___________________________________________
suplemento?

20. Há quanto tempo você


pretende continuar
tomando suplemento?

[01] ate R$ 50,00


21. Quanto em dinheiro você
gasta por mês com sua [02] Entre R$ 50,00 e R$ 100,00
suplementação? [03] Entre R$ 100,00 e R$ 200,00
[04] Entre R$ 200,00 e R$ 300,00
[05] Acima de R$ 300,00

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