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1.

INTRODUÇÃO

Hematoma Subdural Crônico


Treinamento auditivo ➢Conceito:
acusticamente controlado em
indivíduos após hematoma subdural - É caracterizado por uma coleção sanguínea,
com grau variado de degeneração, encapsulada,
crônico de evolução crônica, localizada entre a dura-
máter e a aracnóide.
Tese apresentada à
Universidade Federal de São
Paulo, como requisito para
- Geralmente se desenvolve
obtenção do título de Doutor após traumatismo cranioencefálico leve.
em Ciências
(Ernestus et al., 1997)
Fga. Me. Aline Priscila Cibian
Orientadora: Profa. Dra. Daniela Gil

1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO

Hematoma Subdural Hematoma Subdural Crônico


➢Classificação:
➢Epidemiologia

• O sexo masculino é o mais acometido com prevalência de


• Agudo (72 horas após o trauma)
70% a 90% dos casos;
• Subagudo (72 horas a 20 dias após o trauma)
• Idosos após traumatismo craniano;
• Crônico (mais de 20 dias após o trauma)
• Pessoas mais jovens também podem apresentar Hematoma
Subdural Crônico (HSDC), especialmente se tiverem algum
(Yasuda et. al., 2003)
distúrbio de coagulação, convulsões ou abusarem do uso
de álcool.

(Yasuda et. al., 2003)


1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO

Hematoma Subdural Crônico Hematoma Subdural Crônico


➢Sintomas:
➢Tratamento:
•cefaléia • confusão • Cirúrgico:
•náuseas • dormência ou fraqueza • drenagem;
•vômitos no rosto, braços ou • craniotomia;
•alterações motoras pernas • uso ou não de dreno subdural;
•alteração memória • letargia • anestesia geral ou sedação com anestesia local;
•alteração visual • paralisia
•convulsões • coma (Yasuda et. al., 2003)
•alteração de fala • crises convulsivas
•alteração de deglutição • sonolência excessiva

1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO

Hematoma Subdural Crônico Processamento Auditivo


➢Tratamento:
Processamento auditivo → conjunto de operações que o sistema
• Cirúrgico:
auditivo executa → estímulos acústicos recebidos são
detectados, reconhecidos e interpretados
• O diagnóstico precoce e a drenagem cirúrgica = programar uma resposta
possibilitam uma recuperação rápida e completa
(Alvarez et. al., 1997)
na maioria dos casos. - Uma falha neste mecanismo neural pode dar origem a um
transtorno do processamento auditivo. Este transtorno, por sua
vez, pode estar associado a dificuldades de linguagem,
(Ernestus et al., 1997; Yasuda et al., 2003) aprendizagem e funções comunicativas.

(ASHA, 2005; Musiek et. al., 2002; Chermak, 2004)


1. INTRODUÇÃO
HSDC

Neuroplasticidade
• É uma mudança nas células nervosas provocada por Manifestações de linguagem
expressiva e receptiva +
influências ambientais e esta alteração está associada à funções cognitivas

mudanças comportamentais e eletrofisiológicas.


PEA + avaliação
• Neurônio fica predisposto a receber estimulação; TPAC comportamental

• Tarefas que envolvem repetição provocariam um aumento


da força de transmissão sináptica (alteração na estrutura TAAC como abordagem
terapêutica
das sinapses).
(Musiek e Berge, 1997)
Maximização da
plasticidade

• Estudos demonstraram estas mudanças, após os indivíduos


terem realizado o TAAC.
Medidas de eficácia
(Musiek e Schochat, 1998)

1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO

HSDC e suas implicações


(audição e linguagem)
A hipótese elencada é a de que o HSDC poderia
interferir com o processamento neurológico das
Não foi encontrada nenhuma pesquisa na literatura que se
informações recebidas auditivamente, podendo afetar
correlacionasse diretamente com o tema deste estudo.
o substrato neural responsável pela audição, gerando
❖Estudos: Traumatismo cranioencefálico (TCE) déficits auditivos centrais.
1.1 OBJETIVOS 1.1 OBJETIVOS

Objetivo geral Objetivos específicos

 Caracterizar a avaliação do processamento auditivo central/as


respostas eletrofisiológicas/ as respostas dos questionários que
 Investigar a avaliação comportamental do
avaliam o comportamento auditivo em indivíduos pós-
processamento auditivo, os potenciais evocados
tratamento cirúrgico de um HSDC, em três momentos: avaliação
auditivos com estímulos tonais e complexos e as
inicial, denominado momento T0; após nove semanas,
respostas aos questionários subjetivos em indivíduos
denominado momento T1 e 3 meses após o término da segunda
pós-tratamento cirúrgico de HSDC. avaliação, denominado momento T2.

1.1 OBJETIVOS 2. MÉTODOS

Objetivos específicos Caracterização da pesquisa e local de estudo

 Estudo clínico prospectivo e longitudinal.


 O local de realização do estudo foi o Núcleo Integrado de
 Verificar as respostas da avaliação do processamento auditivo Assistência, Pesquisa e Ensino em Audição (NIAPEA) da Disciplina
dos Distúrbios da Audição, serviço de avaliação do
central/eletrofisiológicas/dos questionários que avaliam o
processamento auditivo e eletrofisiologia do Departamento de
comportamento auditivo em indivíduos que realizaram o TAAC, Fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.
comparando com as respostas dos indivíduos que não
realizaram a intervenção; em três momentos da reabilitação Aspectos éticos da pesquisa
auditivo-verbal: avaliação inicial, denominado momento T0;
após nove semanas, denominado momento T1 e 3 meses após o  O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa da
término da segunda avaliação, denominado momento T2. UNIFESP antes de seu início e aprovado, sob o número do CAAE:
47056315.0.0000.5505.
 Os voluntários assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido.
2. MÉTODOS 2. MÉTODOS

Casuística Fluxograma
Mudaram de
Critérios de inclusão cidade
Recusa Acima de 65 anos Perda auditiva
1 113 8
3
•Indiv íduos que realizaram tratamento cirúrgico decorrente de um
Hematoma Subdural Crônico (Escala Glasgow de onze a quinze na
admissão hospitalar); Internação/
• Tempo entre o tratamento cirúrgico e a participação inicial no Óbito
comorbidades
estudo de um a trinta meses; 1
3 Indivíduos
•Faixa etária de 45 a 64 anos, ambos os sexos;
•Limiares auditiv os dentro dos padrões da normalidade, ou seja, Portadores de
156 Sem contato
inferiores a 25 dBNA nas frequências sonoras compreendidas entre marca-passo telefônico
250 e 4000Hz (Lloyd & Kaplan, 1978) e Curv as timpanométricas do 3 7
tipo A bilateralmente (Anexo 3) (Jerger, 1970).
Indisponibilidade Alteração na
Critérios de exclusão de comparecer na bateria breve de
data estimada rastreio cognitivo
2
•Indiv íduos que já hav iam sido submetidos à terapia fonoaudiológica; 2
Amostra
•Falhar na Bateria Brev e de Rastreio Cognitiv o,;
•Indisponibilidade de comparecer ao ambulatório de pesquisa na 13
data estimada e portadores de marca-passo.

2. MÉTODOS 2. MÉTODOS

Grupos

7 6
2. MÉTODOS 2. MÉTODOS


Sessão

Sessão
Caracterização
Anamnese

Indivíduo Idade Sexo Preferência Escolari- Lado do Local da lesão


Av aliação
Av aliação eletrofisiológica Manual dade Hematoma
audiológica da audição -
básica PEALL (Tone
Burst)
HSDC à fronto temporo
1 58 M D EMC esquerda parietal à esquerda
Bateria Brev e de Av aliação
eletrofisiológica
Rastreio
da audição –
Cognitiv o PEALL (Estímulo
HSDC bifrontal (maior ao
2 45 M D EMC bilateral lado esquerdo)
de fala)
HSDC à
3 52 M D EMC direita fronto parietal à direita
Av aliação
Questionário de
comportamental
identificação do
do
comportamento HSDC à fronto temporo
processamento
auditiv o - SAB 4 63 M E EMC direita parietal à direita
auditiv o
HSDC à fronto parietal à
5 64 M D ESC esquerda esquerda

HSDC à fronto parietal à


Tempo: 1h30m Tempo: 1h30m 6 64 F D ESC esquerda esquerda
HSDC à
7 63 F D ESC direita frontal à direita

2. MÉTODOS 2. MÉTODOS

Caracterização Procedimentos - Testes comportamentais

Teste dicótico de
dissílabos alternados
Indivíduo Idade Sexo Preferência Escolari- Lado do Local da lesão
Reconhecimento de (SSW)
Manual dade Hematoma
sons v erbais em
escuta dicótica
Teste Dicótico
HSDC à fronto parietal à
1 63 M D EMC esquerda esquerda Consoante Vogal
(TDCV)
HSDC à fronto temporo Reconhecimento de
2 58 M D ESC esquerda parietal à esquerda
Atenção seletiv a sons fisicamente
distorcidos em
HSDC à fronto temporo escuta monótica Teste de Fala com
3 64 M D EMC esquerda parietal à esquerda
Ruído Branco (TFRB)
HSDC à fronto parietal à
4 52 M D EMC direita direita

HSDC à fronto temporo


Reconhecimento de
5 58 M D EMC esquerda parietal à esquerda sons v erbais em Teste de
HSDC à fronto parietal à
escuta monótica Identificação de
6 52 M D EMC direita direita sentenças sintéticas
(SSI)
2. MÉTODOS

Procedimentos - Testes comportamentais Procedimentos - Testes comportamentais

Teste de Memória
Sequencial para
Discriminação de Sons Verbais
sons não verbais e (TMSV)
verbais em
sequências simples Teste de Memória
Sequencial para
Sons Não-Verbais Interação binaural
(TMSNV)
Discriminação de
Processamento padrões sonoros
temporal quanto à sua Identificação de
frequência Teste Padrão de sons apresentados
Frequência (TPF) na presença de
ruído mascarante
Discriminação de
pausas Teste Detecção de
interestímulos gaps aleatórios
(RGDT)
Limiar Diferencial de
Mascaramento
(MLD)
Reconhecimento
de sons verbais
(dissílabos) em Inversões (SSW)
sequência

2. MÉTODOS 2. MÉTODOS

Procedimentos - Testes eletrofisiológicos Procedimentos - Questionários de auto-


avaliação

1000 Hz - estímulo
frequente
Estímulos tonais Escala de
monoaurais, do
tipo (tone burst) Funcionamento
2000 Hz - estímulo auditivo (SAB)
raro
Potencial Evocado Questionários
de Longa Latência
(P300) Questionário
Sílaba /ba/ -
estímulo frequente
pós Treinamento
Estímulos auditivos
Auditivo Formal
de fala monoaurais
Sílaba /ga/ -
estímulo raro
2. MÉTODOS 2. MÉTODOS
Intervenção terapêutica: Treinamento Auditivo Intervenção terapêutica: Treinamento Auditivo
Acusticamente Controlado (TAAC) Acusticamente Controlado (TAAC)
Sessões Habilidade Apresentação Orelha Relação Estímulos Resposta Testes
dos estímulos treinada
Sessões Habilidade Apresentação Orelha Relação Estím ulos Resposta Testes
Tarefa Monótica OD/OE SC Estímulo Ouvir e apontar PSI/SSI dos estím ulos treinada
1ª Figura-fundo +10 verbal
sessão a
-25 OD+OE 0 Estímulo Ouvir e nomear PI
OD/OE SC Estímulo Ouvir e apontar TDD 5 ª sessão Ordenação não verbal
Binaural
2 ª sessão +10 verbal TDNV temporal
a Estímulo Não-
Figura-fundo Tarefa Dicótica 0 Ouvir e apontar CD2
-40 verbal Binaural OD+OE Estímulo
5 ª sessão Resolução não verbal
temporal
OE/OD SC Estímulo Ouvir e apontar TDD Atividades Atividades
3 ª sessão +10 verbal TDNV
a Estímulo Não- realizadas da 5 ª sessão Resolução
Binaural OD+OE 0 Estímulo Ouvir e falar CD 2 realizadas da
Figura-fundo Tarefa Dicótica não verbal
verbal
-40
primeira à temporal quinta à sétima
OD+OE 0 Estímulo Ouvir e falar TDD quinta sessão Binaural OD+OE 0 Estímulo Ouvir e sinalizar CD3 sessão do
3 ª sessão verbal 6 ª sessão Resolução não verbal com as maõs
Figura-fundo Tarefa Dicótica do treinamento temporal treinamento
auditivo Binaural OD+OE 0 Estímulo Ouvir e apontar TPD auditivo
OD+OE 0 Estímulo não Ouvir e falar TDNV 6 ª sessão não verbal Ouvir e imitar
4 ª sessão verbal acusticamente Ouvir, imitar e acusticamente
Figura-fundo Tarefa Dicótica nomear
controlado Ordenação Ouvir e nomear controlado
temporal
OD/OE SC Estímulo Ouvir e falar LRRS
4 ª sessão +20 verbal
Fechamento Tarefa Monótica a
0
Binaural OD+OE 0 Estímulo Ouvir e apontar TPF
OD/OE SC Estímulo Ouvir e falar CD1 7 ª sessão não verbal Ouvir e imitar
5 ª sessão +25 verbal
Ouvir, imitar e
Fechamento Tarefa Monótica a nomear
+5 Ordenação Ouvir e nomear
temporal
OD/OE SC Estímulo Ouvir e apontar
5 ª sessão +25 verbal FR com
Fechamento Tarefa Monótica a figuras
+5 (PSI)
OD/OE IFG Estímulo Ouvir e falar CD1
5 ª sessão verbal
Fechamento Tarefa Monótica

2. MÉTODOS 2. MÉTODOS
Intervenção terapêutica: Treinamento Auditivo Avaliação e Reavaliação
Acusticamente Controlado (TAAC)
comportamental e eletrofisiológica
Sessões Habilidade Apresentação dos Orelha Relação Estímulos Resposta Testes
estímulos treinada

Ordenação Binaural OD+OE 0 Estímulo não Ouvir e apontar TPD


8 ª sessão Temporal verbal Ouvir e imitar
Ouvir, imitar e
nomear
Ouvir e nomear

8 ª sessão
Figura-fundo Tarefa Dicótica OD SC
+40
Estímulo
verbal
Ouvir e apontar CD1
Atividades Momento T0 Momento T1 Momento T2
a
0 realizadas da
Figura-fundo Tarefa Dicótica OD SC Estímulo Ouvir e apontar TDCV oitava e nona
8 ª sessão +40 verbal - Av aliação
a sessão do comportamental do - Av aliação
0 - Av aliação comportamental do
treinamento comportamental do processamento
Ordenação Binaural OD+OE 0 Estímulo não Ouvir e apontar TPF auditiv o processamento
9 ª sessão temporal verbal Ouvir e imitar auditivo processamento auditiv o
Ouvir, imitar e
auditiv o - Av aliação
nomear
Ouvir e nomear
acusticamente eletrofisiológica - Av aliação
- Av aliação eletrofisiológica
controlado eletrofisiológica - Questionários de
auto-avaliação (SAB - Questionários de
Figura-fundo Tarefa Dicótica OE SC Estímulo Ouvir e apontar CD1 -Questionários de auto-avaliação (SAB
9 ª sessão verbal
auto-avaliação (SAB) e Questionário pós
+40
a Treinamento Auditiv o e Questionário pós
0
Formal) Treinamento Auditiv o
Figura-fundo Tarefa Dicótica OE SC Estímulo Ouvir e apontar TDCV
Formal)
9 ª sessão +40 verbal
a
0

Figura-fundo Tarefa Dicótica OD+OE 0 Estímulo Ouvir e falar CD1


9 ª sessão verbal

10ª sessão
REAVALIAÇÃO
2. MÉTODOS 2. MÉTODOS

Método estatístico Método estatístico


2 profissionais
Primeira parte das análises Segunda parte das análises
caracterização da amostra e as análises dos questionários avaliações comportamentais e eletrofisiológicas
de auto-percepção
 Técnica Equações de Estimação
 Testes não paramétricos e a Generalizadas (GEE)
estatística descritiva Distribuição binomial para as variáveis qualitativas com duas categorias (Normal
X Alterado);

- Teste de Friedman; -Distribuição Gamma para as variáveis quantitativas;


-A estrutura de correlação utilizada foi a não estruturado;
-Teste de Wilcoxon;
- Software estatístico SPSS versão 19.0;
-Teste de M ann-Whitney; -Intervalo de confiança de 95%;
- Teste de Qui-Quadrado; - Nível de significância de 0,05 (5%). ***Com exceção de um teste
comportamental (TFRB OD), em que o nível de significância adotado foi igual a
-Intervalo de confiança de 95%; 0,0083.
- Nível de significância de 0,05 (5%). - Efeito de interação;
- Comparações múltiplas

3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 2 e 3 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO


Tabela 1
Caracterização da amostra nos Caracterização da amostra nos
grupos GTAAC e GSI grupos GTAAC e GSI
A maior prevalência foi
do sexo masculino (P-
valor = 0,155).

A média das idades entre


os grupos ficaram próximas
- Rozo (1981);
entre si (P-valor = 0,661).
- Salomão et. al.(1990);
- Lacerda et. al. (1999);
- Yasuda et. al.(2003);
- M artinez, 2007; Delgado-López et. al.
(2009);
- Gonzalez et. al. (2013);
- Gonzalez et. al. (2016).
-Rozo (1981); -Salomão et. -Yasuda et. al.
-Neto et. al. (2015). al. (1990); -M arangoni e Gil
(2003). A maioria tinha (2014) - mínimo grau
-Delgado- como grau de GTAAC GSI
de escolaridade
López et. al. escolaridade o 57,1% 83,3%
ensino médio (ensino médio
(2009); completo (P- completo);
- Gonzalez et. valor = 0,308).
- TCE grave
al. (2016).
Tabelas 4 e 5 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 6 e 7 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO

Caracterização da amostra nos Caracterização da amostra nos


grupos GTAAC e GSI Controv érsias na literatura:
grupos GTAAC e GSI
GTAAC
1- Gonzalez et. al. (2013) -
14,3%
população abaixo dos 40 Não houve
GTAAC
GTAAC GTAAC anos - HSDC no lado direito diferença - Filho et. al. (2003): tempo médio de
2,9 dias
No GTAAC metade 42,9% 42,9% na maioria dos indiv íduos estatística
dos indivíduos tiveram (50%). entre os internação de 3 dias (tempo mínimo
lesão do lado direito, 2- Neto et. al. (2015) -
metade, no esquerdo
grupos para a GSI de 2 dias e máximo de 15 dias).
população com a faixa variável tempo 1,7 dias
e apenas um foi
etária semelhante a este
bilateral. No GSI, a de internação
estudo - HSDC do lado
maioria dos indivíduos
esquerdo na maioria dos
(dias), P-valor
tiveram a lesão do = 0,294.
lado esquerdo (P- indiv íduos (43%); fato que -Após o período mínimo de 03
valor = 0,529). combina com o GSI deste meses, o cérebro lesado pode
estudo.
modificar-se e readaptar-se por
- HSDC bilateral: minoria
possui esta injúria (Rozo, meio da neuroplasticidade
1981; Gonzalez et. al., 2013; induzida pela estimulação, com
GSI GSI Neto et. al., 2015).
66,7% 33,3% durabilidade de até dois anos após
a lesão cerebral (Santos et. al.,
O GTAAC possui a 2011).
média do tempo
Em ambos os -I ndiv íduos conseguiam conversar e responder de espera entre a GTAAC
grupos, a aos estímulos (Meredith et. al.,1998), fato que cirurgia e a 2,9
maioria tinha o corrobora com os estudos de Sousa (2013) primeira meses
Glasgow 15 e Yasuda et. al. (2003). avaliação menor
que é o índice -Sousa (2013) v erificou que 67,9% dos
GTAAC: 14,4 do que o GSI. P-valor = 0,019* Os indivíduos do GSI tiveram
máximo indiv íduos tinham em sua admissão hospitalar
GSI: 14,8 Glasgow entre 14 e 15, porém a maior GSI maior tempo de vivência e
possív el (P-v alor
= 1,000). 19,8 experiência após injúria quando
frequência foi de 15.
meses comparados aos indivíduos do
GTAAC.

Tabela 12 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabela 12 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO


Análises comparativas (GTAAC e GSI) – Testes Análises comparativas (GTAAC e GSI)
comportamentais
Efeito de interação significante
- TFRB – OE; p = 0,042* Efeito de grupo e tempo de lesão significante
-SSI – rel -15 – OD; p <0,001*
-SSI – rel -15 – OE; p =0,010*
- SSW – OE; p =0,001* -TDCV – OD; p =<0,001*
- TDCV – OE; p = 0,009* -GTAAC apresentou P-valor do efeito de grupo e tempo
- TDCV – Erros; p =0,008* maiores médias (e de lesão
tempo de lesão
- TPF – H; p =0,014* significante),
-MLD; p =<0,001* independente do
- Fechamento; p =0,027* momento.
- Interação Binaural p =<0,001*

Apenas tempo de lesão significante Apenas efeito de momento significante

GSI  GTAAC no T0
-TPF – N; p = 0,001*
(GTAAC 35,4 e GSI
59,0) - Figura-Fundo p = 0,019*
- Resolução temporal (SSI)/ Codificação
p =0,013* GTAAC: T0 100% (integração sensorial)
GSI: T0: 66,7%
alterados
Tabelas 9 a 12; 14 e 15; 17 a 19; 21 e 22
Tabelas 9 a 12; 14 e 15; 17 a 19; 21 e 22 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (GTAAC e GSI) – T0
Análises comparativas (GTAAC e GSI) TDCV – OD: GTAAC  GSI (efeito de grupo e tempo de lesão
significante), independente do momento.

TDCV - OE GSI  GTAAC GSI  GTAAC GTAAC  GSI Significante


Testes/ T0 T1 T2 Tempo de lesão 0,022* 0,000* 0,042* p =0,006*
Habilidades/MF
TDCV (etapa de atenção livre) TDCV - % de -------- -------- GSI  GTAAC Significante
TFRB – OD* -------- -------- GTAAC  GSI Ajustado* erros 0,042* p <0,001*
0,008*  *Maior
orelha direita + orelha esquerda + número de erros número
TFRB - OE -------- GTAAC  GSI GTAAC  GSI Significante  de erros
0,049* 0,003* p<0,001*
Não pode-se afirmar que um grupo teve melhor desempenho que o outro em linhas gerais
SSI rel -15 OD -------- -------- GTAAC  GSI Significante 
0,011* p =0,002* Todos os indivíduos no momento T0 tinham este teste alterado
SSI rel -15 OE -------- -------- -------- -------- 

SSW - OE -------- GTAAC  GSI GTAAC  GSI Significante GSI: melhor reconhecimento das sílabas na orelha esquerda
0,003* 0,004* p =0,001* GTAAC: melhor reconhecimento de sílabas na orelha direita
TDCV - OE GSI  GTAAC GSI  GTAAC GTAAC  GSI Significante
0,022* 0,000* 0,042* p =0,006* - Um dos parâmetros de normalidade é a vantagem da orelha direita (para destros), portanto,
nesse quesito, o GTAAC apresentou melhor desempenho;
TDCV - % de erros -------- -------- GSI  GTAAC Significante
0,042* p <0,001* - Verificou-se que no GTAAC e GSI a maior porcentagem é na OD (em médias isoladas).
*Maior número
de erros Análises comparativas (GTAAC e GSI) – T1
Habilidades
TPF - H -------- GSI  GTAAC GTAAC  GSI Significante relacionadas à
TPF - H -------- GSI  GTAAC GTAAC  GSI Significante 0,048* 0,002* p <0,001* funções cognitivas
0,048* 0,002* p <0,001*
TPF (imitação) : GSI  GTAAC (habilidades
auditiv as):
MLD GSI  GTAAC GSI  GTAAC GSI  GTAAC Significante Grande variabilidade de respostas para os testes de ordenação temporal, v ariação das
0,001* 0,009* 0,015* p <0,001* diferente de outros testes de processamento auditivo que apresentam maior respostas pode ser
Habilidade auditiva -------- -------- -------- -------- confiabilidade (Frasca, 2005; Murphy e Shochat, 2007); algo prev isível
de fechamento Berwanger et. al. (2004) → testes temporais em crianças (teste-reteste) → (Correa, 2010).
grande variabilidade de respostas.
MF de Interação -------- GSI  GTAAC GSI  GTAAC Significante
Binaural 0,034* 0,000* p =0,004*

Tabelas 9 a 12; 14 e 15; 17 a 19; 21 e 22 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 9 a 12; 14 e 15; 17 a 19; 21 e 22 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (GTAAC e GSI) – T1/T2 Análises comparativas (GTAAC e GSI) – T2
*TDCV OD
TFRB - OE -------- GTAAC  GSI GTAAC  GSI Significante
TDCV - OE GSI  GTAAC GSI  GTAAC GTAAC  GSI Significante
0,049* 0,003* p<0,001*
0,022* 0,000* 0,042* p =0,006*

SSW - OE -------- GTAAC  GSI GTAAC  GSI Significante


0,003* 0,004* p =0,001* →TDCV (OE): T0 e T1 (GSI  GTAAC) / T2 (GTAAC  GSI)

→ GTAAC: TAAC em longo prazo, não só mantev e, mas também aprimorou


TPF - H -------- GSI  GTAAC GTAAC  GSI Significante
as habilidades auditiv as de fechamento e figura-fundo para sons verbais 0,048* 0,002* p <0,001*
(dissílabos e sílabas) que já encontrav am-se com diferença estatística no
→TPF H: T1 (GSI  GTAAC) / T2 (GTAAC  GSI)
momento T1;
SSI rel -15 OD -------- -------- GTAAC  GSI Significante
0,011* p =0,002* → Melhora em longo prazo nas habilidades auditivas de figura-fundo para sons verbais
em escuta dicótica (sílabas) e ordenação temporal para o GTAAC, evidenciando que
→ GTAAC: Testes em que não hav ia diferença estatística nos momentos T0 e intervenção mostrou-se eficaz em provocar a plasticidade neuronal, por meio de
estimulação e estes benefícios revelaram-se estáveis três meses após o término do
T1: melhorou as respostas dos indiv íduos nos testes comportamentais
TAAC.
env olv endo a habilidade auditiva de figura-fundo para sons verbais tanto em
escuta monótica como escuta dicótica. → Ordenação temporal (TPF): não houve concordância com Figueiredo et.al. (2015),
pois as autoras não verificaram melhora um ano após o TAAC em indivíduos com TCE,
TDCV - % de erros -------- -------- GSI  GTAAC Significante
0,042* p <0,001* porém o teste realizado foi o teste padrão de duração.
*Maior número
de erros

→GTAAC: TDCV (porcentagem de erros): nos momentos T0 e T1 (grupos eram GSI: T2 (já tinham mais de 2
semelhantes)
anos de lesão) → ultrapassaram

Ajudou na discriminação de sons que diferem quanto ao traço de
o tempo da neuroplasticidade
sonoridade (Pereira e Schochat, 1997; Marangoni e Gil, 2014). espontânea referido pela
literatura (Santos et. al., 2011).
Tabelas 9 a 12; 13 e 16; 17 e 18; 20 a 22 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 9 a 12; 13 e 16; 17 e 18; 20 a 22 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (Entre momentos) Análises comparativas (Entre momentos)

Testes/ Habilidades T0 x T1 T0 x T2 T1 x T2

TFRB – OD* GTAAC  GTAAC  -------- TFRB – OD* GTAAC  GTAAC  --------
<0,001* <0,001* <0,001* <0,001*

TFRB - OE -------- GTAAC  -------- TFRB - OE -------- GTAAC  --------


0,001* 0,001*

SSI rel -15 OD GTAAC  GTAAC  GTAAC  SSI rel -15 OD GTAAC  GTAAC  GTAAC 
0,015* 0,002* 0,012* 0,015* 0,002* 0,012*

SSI rel -15 OE GTAAC  GTAAC  -------- SSI rel -15 OE GTAAC  GTAAC  --------
0,077* 0,016* 0,077* 0,016*

SSW - OE -------- -------- -------- SSI (-15) → Marangoni e Gil (2014) verificaram tal melhora no momento após intervenção.
T0 e T2 → TFRB (OD e OE) e SSI (-15 OD e OE) → GTAAC → melhora significativa → Não
TDCV - OE -------- -------- -------- corroboraram com os estudos de TCE que avaliaram o referido teste em longo prazo
(Figueiredo et. al.,2015) → HSDC apresentaram maior dificuldade nestes testes antes de
iniciar o TAAC.
TDCV - % de erros -------- GTAAC  --------
0,043*
TDCV - % de erros -------- GTAAC  --------
TPF - H -------- GTAAC  -------- 0,043*
0,009*

MLD GTAAC  GTAAC  --------


TDCV → diminuição do número de erros em longo prazo → corroborando com Marangoni e
0,000* 0,000* Gil (2014) que também encontraram tal diminuição de erros (no instante pós- TAAC).

Fechamento -------- GTAAC  -------- TDCV → porcentagem de erros em longo prazo → não corroborou com estudos de
<0,001*
(T0 100% Alt) Figueredo et.al. (2015) e o estudo de caso, em que as autoras verificaram aumento do
(T2 100% Nl) número de erros após TAAC.
Figura-fundo (SSI) -------- GTAAC  --------
*Apenas efeito de momento p = 0,019*
significativo (T0 100% Alt)
(T2 85,7% Nl)

Tabelas 9 a 12; 13 e 16; 17 e 18; 20 a 22 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 9 a 12; 13 e 16; 17 e 18; 20 a 22 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (Entre momentos) Análises comparativas (Entre momentos)

Figura-fundo (SSI) -------- GTAAC  --------


*Apenas efeito de momento p = 0,019*
significativo (T0 100% Alt)
TPF - H -------- GTAAC  -------- (T2 85,7% Nl)
0,009*

T0 e T2 → TPF (H) → GTAAC → corroboraram com Marangoni e Gil (2014) e Marangoni et.al. → Processo gnósico de codificação (integração sensorial) = corroborou com o estudo de
(2017b) que também verificaram melhora significativa no teste padrão de duração, versão Marangoni e Gil (2014) que também encontraram melhora com diferença estatística.
Musiek (Corazza, 1998), porém esta melhora foi no instante após TAAC.

MLD GTAAC  GTAAC  --------


0,000* 0,000*

Esta melhora decorrente do TAAC está de acordo


T0 e T2 → MLD → GTAAC → Indivíduos com comprometimento neste teste podem apresentar
dificuldade para discriminar a direção da fonte sonora e para compreender fala na com diversos estudos, que demonstraram que as
presença de ruído (McCullagh e Bamiour, 2007); sendo esta última queixa frequentemente habilidades auditivas são passíveis de treinamento e,
relatada pelos indivíduos, com questionários de auto-percepção auditiva no momento T0.
portanto, também de aprendizagem (Musiek e
Shochat, 1998; Musiek et. al., 2002; Kozlowski et. al.,
2004).
3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 25 a 29 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (GTAAC e GSI) – Testes
Eletrofisiológicos
Efeito de interação significante
Análises comparativas – outros estudos - P 300 TB OD latência p <0,001*
(padrão de
normalidade).

Apenas efeito de grupo significante


Adultos: (Cruz et. al., 2013):
Presente estudo TCE: Estabilidade ou efetividade do TAAC e
X melhora das habilidades encontraram adequação das -P 300 Fala OD p =0,015*
auditiv as av aliadas: habilidades auditivas de
Estudos fechamento, figura-fundo, figura-fundo para sons verbais amplitude; GSI  GTAAC
comparativos (TCE ordenação e resolução (frases e palavras) e de
-P 300 Fala OE p =0,023*
temporal ordenação temporal
e adultos) (frequência). amplitude.

Apenas tempo de lesão significante


Tempo de lesão
pode ter influência -P300 TB OD latência; p = 0,001* GTAAC  GSI
→Necessidade da intervenção (adultos) nas respostas
eletrofisiológicas = -P300 TB OE latência; p = 0,011*
→alternativa para minimizar suas dificuldades em maior latência
relação à comunicação para os indivíduos GTAAC  GSI (Ambos
-P 300 Fala OE latência;
com menor tempo
de lesão. p =0,002* oscilaram)
-P 300 Fala OE latência GSI- T0 66,7% NL/ GTAAC T0 –
28,6% NL
(Normalidade) p =0,020*

Tabelas 25 a 29 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 24 e 25 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO


Análises comparativas (GTAAC e GSI) – Testes Análises comparativas (GTAAC e GSI) – Testes
Eletrofisiológicos Eletrofisiológicos

GSI  GTAAC amplitudes no


P300 OD e OE (Fala);
-GSI: Maior sincronia neural;
Apenas efeito de grupo e tempo de lesão significante -Martin et. al. (2008): amplitude
Resultados do P300  para tarefas mais
-P 300 TB OD p =0,022* (grupo) oscilaram
amplitude. fáceis e  conforme a tarefa
p =0,010* (lesão) nos dois
grupos, ou torna-se mais difícil.
Só um indivíduo com presença
seja, não
da onda P3 (GSI) e amplitude mantiv eram
com valor de 5,37, portanto
não foi possível comparar os
um padrão
grupos no momento T0. ascendente
T0 - GTAAC  GSI
entre os
T1 - GSI  GTAAC momentos. GTAAC:  intervalo
Comparações
realizadas T1 e
demonstracional para
T2 - GSI  GTAAC T2: houve compreender e discriminar as
diferença sílabas do teste proposto e
apenas entre alguns voluntários perderam-
os grupos. se na contagem.
3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabelas 26, 27 e 29 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (GTAAC e GSI) – Testes Análises comparativas (entre os momentos) – Testes
Eletrofisiológicos Eletrofisiológicos
Não houve diferença estatística na latência e amplitude em todos os componentes (entre os
momentos).
GSI →Marangoni et. al. (2017b) não encontraram diferença estatística neste componente pré e
Desde T0, mostraram-se melhores na captação das pós TAAC nos nov e indiv íduos que sofreram TCE grav e.
respostas eletrofisiológicas para estímulos verbais. →Presente estudo: efeito de interação, apenas no P300 TB OD para latência (normalidade)

Testes T0 x T2 T1 x T2
Longitudinalmente eletrofisiológicos
Jirsa (2002): mudanças eletrofisiológicas podem ocorrer anteriormente às - Figueiredo et. al.
GTAAC  GTAAC 
(2015):  significante
P 300 TB OD
mudanças comportamentais provenientes da intervenção, este fato não foi latência (Padrão 0,004* 0,037*
observado no presente estudo, uma vez que foi possível registrar mais na latência do P300 de normalidade) (T0 57,1%% Alt) (T1 42,9%% Alt)

mudanças positivas nos testes comportamentais do que nos eletrofisiológicos. TB à OD (um ano (T2 100% Nl) (T2 100% Nl)

após TAAC).
Não foi possível comprovar a plasticidade nos sítios geradores específicos do P 300 TB OD GSI  --------
P300 → M elhor comportamento auditivo expressado: decorrente de latência (Padrão
de normalidade)
0,002*
(T0 83,3%Alt)
modificação de substrato neural em outros pontos da via auditiva (T2 83,3% Nl)
ascendente.
Hipótese elencada
GSI já haviam retornado à sua rotina, principalmente no que diz respeito à Influência de fatores não auditivos → a familiarização com os
atividades profissionais. Sousa e Koizume (1999) que também verificaram um procedimentos da avaliação → maior comodidade destes
retorno ao trabalho na maioria dos indivíduos após um ano de lesão pós TCE. indivíduos → estabilidade ou aumento da latência e
oscilação/diminuição da amplitude no reteste.

3. RESULTADOS/DISCUSSÃO 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (entre os momentos) – Testes
Eletrofisiológicos Análises comparativas (entre os momentos) – Testes
Eletrofisiológicos
Ocorrência da onda P3 Ocorrência da onda P3

P300 – P300 – P300 – P300 –


Tone Burst Tone Burst Fala Fala

Momento T0: Momento T0: Momento T0:


- 4 indivíduos (ausência da onda P3) Momento T0: - 2 indivíduos (ausência da onda P3) - 1 indivíduo (ausência da onda P3)
Momento T1: - 5 indivíduos (ausência da onda P3) Momento T1: Momento T1:
-3 indivíduos (ausência da onda P3) Momento T1: -2 indivíduos (ausência da onda P3) -1 indivíduo (ausência da onda P3)
Momento T2: -2 indivíduos (ausência da onda P3) Momento T2: Momento T2:
- Todos os indivíduos tinham Momento T2: - Todos os indivíduos tinham - Todos os indivíduos tinham
presença da onda P3 -1 indivíduo (ausência da onda P3) presença da onda P3 presença da onda P3
Momento T0:
Momento T0:
Momento T0: Momento T0: - 2 indivíduos (ausência da onda P3)
- 3 indivíduos (ausência da onda P3)
- 5 indivíduos (ausência da onda P3) - 2 indivíduos (ausência da onda P3) Momento T1:
Momento T1:
Momento T1: Momento T1: -Todos os indivíduos tinham presença da
-2 indivíduos (ausência da onda P3)
-2 indivíduos (ausência da onda P3) -1 indivíduo (ausência da onda P3) onda P3
Momento T2:
Momento T2: Momento T2: Momento T2:
- Todos os indivíduos tinham presença da
-1 indivíduo (ausência da onda P3) -1 indivíduo (ausência da onda P3) - Todos os indivíduos tinham presença da
onda P3
onda P3
3. RESULTADOS/DISCUSSÃO 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Análises comparativas (entre os momentos) – Testes Análises comparativas (entre os momentos) – Testes
Eletrofisiológicos Eletrofisiológicos

Presente estudo: melhora na morfologia também, em ambos os grupos.


É importante salientar que no momento T0, os traçados do GSI eram mais nítidos
quando comparados ao GTAAC.

Tabela 30 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabela 31 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO


Respostas ao questionário - Escala de Funcionamento
Respostas ao questionário - Escala de auditivo (SAB - Scale Auditory Behaviour) entre os
momentos
Funcionamento auditivo (SAB - Scale SAB - Questões
1 - Dificuldade para escutar ou entender em ambiente ruidoso
Discussão
Musiek e Jerger (2000): indivíduos com transtorno de processamento

Auditory Behaviour) entre o GTAAC e GSI 2- Não entender bem quando alguém fala rápido ou “abafado”
auditivo podem apresentar dificuldades de compreensão da fala e esta
piora em ambientes acusticamente desfavoráveis
= melhora observada:objetivos do TAAC.

SAB - Questões
3- Dificuldade de seguir instruções orais
4- Dificuldade na identificação e discriminação dos sons de fala Questão comparada através do GTAAC com TDCV.
T1 / T2 1 - Dificuldade para escutar ou entender em ambiente ruidoso
GTAAC: 5- Inconsistência de respostas para informações auditivas
“Algumas 2- Não entender bem quando alguém fala rápido ou “abafado” 6- Fraca habilidade de leitura Leitura de notícias ocorria em grande parte no transporte público e suas
vezes (3)” ou próprias residências, onde há ruído.

“Esporádico 3- Dificuldade de seguir instruções orais 7- Pede para repetir as coisas Segundo a ASHA (2005) esta queixas é frequente em indivíduos com
(4)” transtorno de processamento auditivo, portanto, pode-se dizer que o TAAC
GSI: desempenhou o seu papel na atenção.
4- Dificuldade na identificação e discriminação dos sons de fala
“Quase
sempre (2)”
ou “Algumas 5- Inconsistência de respostas para informações auditivas Escore: 8- Facilmente distraído Garcia et. al. (2007) e Cibian e Pereira (2015) observaram melhora neste

GTAAC 27,4
quesito pós TAAC em crianças/adolescentes.
vezes (3)”
6- Fraca habilidade de leitura
GSI, 31,5 9- Dificuldades acadêmicas ou de aprendizagem
10- Período de atenção curto Garcia et. al. (2007) e Cibian e Pereira (2015) observaram melhora neste
7- Pede para repetir as coisas
 quesito pós TAAC em crianças/adolescentes.

8- Facilmente distraído Valores inferiores 11- Sonha acordado, parece desatento Segundo a ASHA (2005) esta queixas é frequente em indivíduos com

9- Dificuldades acadêmicas ou de aprendizagem - Estudos em adultos: transtorno de processamento auditivo, portanto, pode-se dizer que o TAAC
desempenhou o seu papel na atenção.
Bov olini (2013), Filho e
10- Período de atenção curto Pereira (2016), Cerqueira
12- Desorganizado GTAAC: associaram este quesito com aspectos da atenção e memória.
et.al. (2018). Luria (1981): atenção é a capacidade do indivíduo em selecionar um
11- Sonha acordado, parece desatento estímulo importante e inibir estímulos que não lhe pareçam relevantes.
Grieve (2000): memória está associada a aspectos do cotidiano e da
12- Desorganizado vivência do indivíduo

Score total
Score total Sobreira (2016) verificou melhora significante pós TAAC em crianças.
Tabela 32 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO Tabela 33 3. RESULTADOS/DISCUSSÃO
Respostas ao Questionário pós Treinamento Respostas ao Questionário pós Treinamento
Auditivo Formal (TAF) – comparação entre os Auditivo Formal (TAF) – comparação entre os
grupos momentos
TAF - Questões Discussão
TAF - Questões 1 – Você observou melhora na audição?
2- Foi observada melhora para seguir instruções,
1 – Você observou melhora na audição? ordens...
3- A comunicação tem sido mais fácil?
2- Foi observada melhora para seguir 4- Houve melhora acadêmica (leitura, soletração)?
instruções, ordens... 5- Houve redução na solicitação de repetição de
T1 / T2 3- A comunicação tem sido mais fácil? enunciados?
GTAAC: Melhora 6- Os mal-entendidos na comunicação diminuíram? GTAAC: diminuição desta
moderada (2)”, 4- Houve melhora acadêmica (leitura, queixa em seu cotidiano,
“Melhora soletração)?
corroborando com a questão
05 do SAB deste estudo, para
considerável (3)” e
“Melhora 5- Houve redução na solicitação de repetição a qual relataram o mesmo
tipo de situação .
significativa (4)” de enunciados?
7- O tempo de atenção aumentou?
GSI: 6- Os mal-entendidos na comunicação
“Melhora moderada 8- O desempenho auditivo em ambiente ruidoso
diminuíram? melhorou?
(2)” ou “Melhora
considerável (3)” 7- O tempo de atenção aumentou? 9- Houve melhora no nível de atenção e alerta?
10- Houve melhora ao falar no telefone, assistir TV,
8- O desempenho auditivo em ambiente Ansiedade:
ouvir rádio, etc?
ocorrência de alguma
ruidoso melhorou? 11- Houve melhora quanto à autoestima?
dúv ida ou impotência
9- Houve melhora no nível de atenção e 12- Descreva outras mudanças observadas durante ou
do organismo em uma após o período de treinamento auditivo formal.
alerta? determinada Score total
10- Houve melhora ao falar no telefone, situação,  esta
assistir TV, ouvir rádio, etc? queixa, o indiv íduo - Apesar do SAB e do TAF possuírem 5 classificações de respostas, o TAF tem um
competência, v ocabulário mais distinto, sendo que o significado de “sutil, moderada,
11- Houve melhora quanto à autoestima?
refletindo confiança
12- Descreva outras mudanças observadas na capacidade de consideráv el e significativ a”, podem ter lev ado o indiv íduo a diferentes
durante ou após o período de treinamento respostas a situações interpretações.
adv ersas. - Necessidade de uma escala analógica visual e um roteiro com exemplos do
auditivo formal.
Score total cotidiano do indiv íduo

Conclusões – Testes comportamentais Conclusões – Testes eletrofisiológicos

Comparação entre os grupos


HSDC: Alterações comportamentais (fechamento auditivo, figura- fundo, resolução
temporal, ordenação temporal e no mecanismo de interação binaural); alterações
eletrofisiológicas (latência e ocorrência das ondas no P300) e apresentaram queixas do GSI: da amplitude do P300
comportamento auditivo (questionários). GTAAC X GSI
fala (T0, T1 e T2) - sem
influência do tempo de lesão

T1 P300 NÃO foi um


Comparação entre os grupos GTAAC: fechamento GSI: bom marcador
auditivo e figura- da amplitude do P300 TB OD para demonstrar
fundo
GTAAC: melhora GSI: ordenação
(T1 e T2) - com influência do eficácia do
GTAAC X GSI comportamental mais temporal e no tempo de lesão TAAC neste
evidente mecanismo fisiológico grupo de
de interação binaural
indivíduos.
As respostas do P300 não revelaram dados consistentes
entre os momentos, seja no parâmetro de latência como
de amplitude.
T2
GTAAC: fechamento
Apenas no GTAAC auditivo, figura-fundo e
na ordenação
temporal
GSI: mecanismo
Melhora significante nas habilidades auditiv as de fechamento, fisiológico de interação
figura-fundo, ordenação temporal e no mecanismo de interação
binaural
binaural.
Conclusões – questionários de auto-percepção

Comparação entre os grupos

GTAAC X GSI GTAAC: queixas mais


evidentes

As diminuições das
queixas no GTAAC
ocorreram ao fim
OBRIGADA!
do TAAC e
também, no
acompanhamento

→Melhora significante nas respostas aos questionários de


auto-percepção.
→GTAAC: diminuição das queixas e no questionário SAB.

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