Você está na página 1de 13

FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2

• TORRES • PENTEADO Acústica


CAPÍTULO 29

LO
ÍTU

29
P
CA

ACÚSTICA

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 1 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Som, infrassom e ultrassom


Nosso sistema auditivo é sensível a ondas sonoras de frequências entre 20 Hz
e 20 kHz, aproximadamente. Ondas sonoras nessa faixa de frequências são
denominadas sons audíveis ou, simplesmente, sons.
Uma onda sonora com frequência inferior a 20 Hz é denominada infrassom e
uma com frequência superior a 20 kHz é denominada ultrassom. Essas ondas
são inaudíveis ao ser humano.
Diagnóstico
Notas baixas Animais em medicina

LUIZ RUBIO
20 Hz 20 kHz 2 MHz 200 MHz

Infrassom Som Ultrassom


Espectro acústico audível e inaudível

Obs.: Esses valores podem variar de pessoa para pessoa ou para uma mesma pessoa
ao longo da vida.

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 2 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Qualidades fisiológicas do som


Altura
Essa qualidade fisiológica do som depende apenas da frequência da onda sonora. A
altura permite classificar os sons como agudos ou altos, graves ou baixos.

Som alto 5 som agudo (frequência maior)


Som baixo 5 som grave (frequência menor)

Timbre
Quando ouvimos uma nota musical emitida por algum instrumento, o som que
ouvimos é uma combinação de várias frequências geradas simultaneamente pela
fonte sonora.

Timbre é a combinação de harmônicos que acompanham o harmônico funda-


mental em um som composto (notas musicais).

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 3 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Qualidades fisiológicas do som


Intensidade (I)
Embora sejam muito usadas no cotidiano, as expressões “volume sonoro” e “lumi-
nosidade”, do ponto de vista técnico, devem ser substituídas, respectivamente, por
intensidade sonora e intensidade luminosa.
A qualidade denominada intensidade sonora permite classificar o som como forte,
se for de grande intensidade, ou fraco, se for de pequena intensidade.
Essa concentração da energia emitida pela fonte ou intensidade é medida em W/m2.

Para uma onda esférica: I 5 P 5 P 2


S 4pd

P: potência emitida por uma fonte de ondas;


S: área da superfície sobre a qual a energia transmitida pelas ondas se distribui;
d: distância da fonte a um ponto da superfície considerada.

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 4 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Qualidades fisiológicas do som


Intensidade (I)
Em 1825, o fisiologista alemão Ernst H. Weber (1795-1878) propôs uma escala lo-
garítmica para avaliar a resposta da audição humana a vários estímulos sensoriais.
Limiar de dor
A audição humana é capaz de captar sons
com intensidades que vão do limiar au-
1 120

ditivo, cerca de 10212 W/m2, até o limiar


10–2 100
Nível sonoro [decibéis (dB)]

Região de música
Intensidade (watts/m2)

10–4
da dor, pouco maior que 1 W/m2. A lei
80
LUIZ RUBIO

Região da voz humana


10–6 60

10–8 40
de Weber para estímulos sonoros pode
10–10 20
ser escrita como segue:
Limiar de audição
–12
10 0

DN 5 N2 2 N1 5 10 ? log e o
I2
I1
20 50 100 200 500 1.000 2.000 5.000 10.000 20.000
Frequência (Hz)

N1 e N2: níveis de intensidade sonora (em dB) correspondentes a I1 e I2;


DN: variação do nível de intensidade sonora.

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 5 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Qualidades fisiológicas do som


Intensidade (I)
A figura a seguir mostra níveis sonoros associados a diversos ambientes, situações
e faixas, classificados quanto à perda de audição ou à audição normal.
dB 125 250 500 1.000 2.000 4.000 8.000 Hz
–10
0
10 Audição normal

20
fs
30
Leve
40 k
m d b ia ph g
o r ch t
50 ng sh Moderada
e l

LUIZ RUBIO
u
60
70 Severa
Perda de audição
80
90
100 Profunda
110
120

Fonte: Centro Auditivo Phonak.

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 6 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Efeito Doppler-Fizeau
Efeito: alteração na frequência das ondas recebidas por um observador.
Causa: movimento relativo de afastamento ou de aproximação entre observador
e fonte. O comprimento de onda também se altera quando há movimento da fonte.

fO , fF fO . fF
Fonte

SELMA CAPARROZ
A vF B

fO fF
v 6 vO 5 v 6 vF

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 7 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Interferência de ondas
Quando duas ondas de mesma natureza se sobrepõem em um mesmo ponto do
meio de propagação, ocorre o fenômeno denominado interferência entre ondas.
A B C

(A) Sobreposição de ondas em concordância de fases: interferência construtiva; (B) sobreposição de ondas
em oposição de fases com amplitudes diferentes: interferência parcialmente destrutiva; (C) sobreposição
de ondas em oposição de fases com amplitudes iguais: interferência totalmente destrutiva.

Após a sobreposição, os pulsos continuam a se propagar com as mesmas caracte-


rísticas que tinham antes da sobreposição. Esse é o princípio da independência da
propagação ondulatória.

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 8 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Interferência de ondas
Para determinar o tipo de interferência que vai ocorrer em dado ponto do meio,
vamos estabelecer as seguintes condições:
I. As fontes das ondas interferentes são apenas duas e emitem ondas de mesma
natureza, mesma frequência e em fase, isto é, são fontes coerentes.
II. O módulo da diferença entre as distâncias percorridas pelas ondas deve ser múl-
tiplo inteiro de meios comprimentos de onda:
1
Dd 5 d2 2 d1 5 n ? 2 l, com n inteiro

III. Para fontes em concordância de fases, ou fontes em fase:


• se n é par, temos interferência construtiva;
• se n é ímpar, temos interferência destrutiva.
IV. Para fontes em oposição de fases, invertem-se as condições do item III.

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 9 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Ondas estacionárias
Quando ondas idênticas se sobrepõem em um mesmo meio, propagando-se em
sentidos opostos, os pontos desse meio entram em um estado de vibração no qual
não há propagação de energia através dele. Esse estado de vibração costuma ser
denominado modo estacionário de vibração ou onda estacionária.
A onda estacionária possui:
• velocidade de propagação nula;
• pontos sem vibração, que chamamos de nós;
• pontos com amplitude máxima, que chamamos de ventres.
l

V V

Ondas estacionárias em um
LUIZ RUBIO

N N trecho de uma corda.


N N N N: nós (interferência destrutiva)
V: ventres (interferência construtiva)
V V

l l
— —
4 2

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 10 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Estudo das cordas vibrantes


Harmônicos de vibração de uma corda
L L
f2 = 2 ? f 1
f1

1o harmônico ou fundamental 2o harmônico


l1 v l2
L51? ; f1 5 L52? ; f 5 2f1

SELMA CAPARROZ
2 2L 2 2

v
fn 5 n ? 2L ou fn 5 n ? f1

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 11 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Estudo dos tubos sonoros


Tubos abertos
L

ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO


V V V V V

Ar
N N N

1o harmônico 2o harmônico
l1 v v l2 v v
L51?
2
; f1 5 l 5
2L
L52?
2
; f2 5
l2 5 2 ? 2L 5 2f1
1

Harmônicos de um tubo aberto. As extremidades do tubo são


sempre ventres de deslocamento.

v
fn 5 n ? 2L 5 n ? f1

com n = 1, 2, 3...

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 12 23/06/17 13:43


FÍSICA – NICOLAU • PARTE 2
• TORRES • PENTEADO Acústica
CAPÍTULO 29

Estudo dos tubos sonoros


Tubos fechados
L

ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO


V N V N V N

Ar

1o harmônico 2o harmônico
(fundamental) (segundo modo)
l1 v v l3 v v
L51? ; f1 5 l 5 L53? ; f3 5 l 5 3 ? 5 3f1
4 1 4L 4 3 4L

Um tubo fechado só emite harmônicos de ordem ímpar.


As frequências desses harmônicos são múltiplos ímpares da
frequência do fundamental.

v
fn 5 n ? 4L 5 n ? f1

com n 5 1, 3, 5...

PDF-VDF-SP-Aula-C29-M17.indd 13 23/06/17 13:43

Você também pode gostar