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ARTES/LINGUAGEM DO CORPO
Equipe de Elaboração
Instituto Mineiro de Formação Continuada
Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Gerência Administrativa
Marco Antônio Gonçalves
Professor-autor
M.ª Jéssica de Freitas Lopes
Revisão
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Mateus Esteves de Oliveira
Carmópolis de Minas – MG
CEP: 35.534-000
contato@institutozayn.com.br
Olá!
Van Gogh
Organização do conteúdo:
Prof.ª M.ª Jéssica de Freitas Lopes
Carga Horária:
EMENTA
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Assim, a arte é um caminho possível para manifestações que buscam lutar pela
garantia de direitos da humanidade, a arte é expressiva e revolucionária.
Segundo Read (1958) a configuração da obra de arte é dada por uma pessoa
em particular e a essa pessoa damos o nome de artista; e um/uma artista vai muito
além de pessoas que pintam quadros.
ponto de afirmar que o que a um cura a outro pode chegar até mesmo a matar (READ,
1958).
2- Arte e capitalismo
Segundo Fischer, assim como o Rei Midas transformava tudo que tocava em
ouro, a sociedade capitalista transforma tudo em mercadoria, e numa sociedade onde
tudo é tratado como mercadoria, com certeza a obra de arte não sairia livre. E sendo
que mercadorias são na verdade trabalho humano materializado, para entender as
relações do sistema capitalista com a produção artística, é preciso compreender o
mundo das mercadorias e o trabalho humano no capitalismo (SANTOS, 2013).
Com isso, podemos compreender que a obra de arte quando tratada como
mercadoria pode acabar perdendo seu valor de essência humana, passando a ser
tratada como simples objeto de venda e lucros.
Assim, compreendemos que a ciência não pode ser vista como a única forma
de produzir conhecimento, ela pode estar atrelada a outros saberes, aqueles que
consideram a dimensão humana em todas as suas potencialidades.
LEITURA COMPLEMENTAR
1. INTRODUÇÃO
2. A DANÇA
Antes mesmo de o homem falar, ele dançou. Dançou para se manifestar, para se
comunicar e para se expressar. Dançou para a beleza física, para a guerra, para a
educação, para a fertilidade da terra e da sua própria espécie. Dançou em
falecimentos, casamentos, nascimentos e dançou para os deuses para pedir sol ou
chuva. O homem sempre dançou e como mostra Baiak (2007, p. 20), “O homem
primitivo dançava porque não sabia falar, hoje os homens falam, mas continuam
dançando, não como antes, mas dançam, mesmo depois de anos de evolução e
transformação”.
A história da dança poderia ser tão longa quanto a história da humanidade. Não é
possível dizer quando a dança tornou-se parte da cultura humana. A dança tem sido,
certamente uma parte importante de cerimônias, rituais, celebrações e entretenimento
desde antes do nascimento das primeiras civilizações humanas. Nanni (2003, p. 01)
corrobora com este pensamento quando diz que: “A Dança - em sua essência - como
manifestação primitiva, era um mergulho no mundo mágico, onde os movimentos
espontâneos surgiram da imaginação, liberação em forma de súplica e agradecimento
aos deuses. [...] mítica, lúdica e religiosa” - e ainda acrescenta que “A evolução e
progresso da Dança através da história não é aleatória. Obedece a padrões [...] ou
nascem da necessidade latente do homem de expressar seus sentimentos e
emoções, desejos e interesses, sonhos ou realidade através [...] de Dança”.
Dessa forma, pode-se compreender que a dança sempre existiu através dos
tempos e em todas as épocas da história, ela teve sua relevância, seja através da
representação de manifestações de seus povos, para aplacar seus deuses e espíritos,
seja para expressar emoções, sentimentos e comunicar-se com os seus e traduzir
suas características culturais. A dança é a manifestação natural do ser humano e
segundo Sá Earp (apud NANNI, 2003, p. 1) “Dança é a expressão da harmonia
universal em movimento” e tendo Baiak que concorda e acrescenta, quando ela diz
que “A dança é uma linguagem universal, através da qual o corpo se expressa, e os
humanos se entendem. Assim como todas as artes, a dança tem um papel importante
na sociedade, a de unir homens, natureza e de ser muito maior do que nós” (BAIAK,
2007, p. 20).
Para denominar os tipos de dança que conhecemos hoje, Bland (1976) (apud
VOLP; GASPARI, 2010, p. 49), “[...] denomina-as de as três faces da dança”, sendo
elas: “Natural - simples prazer do movimento físico; Social - elemento coesivo no grupo
3. CORPOS EM MOVIMENTO
De acordo com Laban (1978, p. 67), “[...] corpo é nosso instrumento de expressão
por via do movimento. O corpo age como uma orquestra, na qual cada seção está
relacionada com qualquer uma das outras e é uma parte do todo”. Ossona (1988, p.
29) aponta que:
Constata-se que tudo à nossa volta está em constante movimento, o ar, a terra,
a água, os seres vivos e os corpos para se comunicar, para pensar, se repetir,
transformar, para se expressar, para contar sua história através das épocas, para
dançar, e segundo Laban (apud NANNI, 2002, p. 17):
Constata Ossona (1988, p. 25), que: “Todo movimento, desde mecânico até o
simbólico, contém sempre uma carga expressiva”. Em Brikman (1989, p. 15-16)
observa-se que “[...] através do movimento no contexto do tempo e do espaço, a
pessoa pode adquirir consciência do que acontece com seu próprio corpo”, e ainda
“O movimento constitui uma unidade orgânica de elementos materiais e espirituais
que se integram numa totalidade”.
“O corpo fala sem palavras. Pela linguagem do corpo, você diz muitas coisas aos
outros. E eles têm muitas coisas a dizer a você. Também nosso corpo é antes de tudo
um centro de informações para nós mesmos. É uma linguagem que não mente”
(WEIL; TOMPAKOW, 2001, p. 02).
Rengel (2004, p. 05), ao se referir ao corpo no contexto histórico, diz o seguinte:
4. DANÇA E EDUCAÇÃO
Fux sentencia que a dança “[...] é a poesia encarnada nos íntimos impulsos de
um corpo, em seus ritmos e gestos” (FUX, 1983, p. 19) e para Collier (2001, p. 01), “A
Dança apesar de sua origem popular e rotineira é considerada Arte, sendo a mais
antiga manifestação artística criada pelo homem”.
Com o passar dos tempos e dos fatos históricos, o homem evoluiu e com ele
a dança também, tanto em seus conceitos quanto na própria forma de movimentar-se
e de enxergar seu novo lugar na sociedade, como afirma Nanni (2003, p. 07):
meio deste, criar novas formas e explorá-las até seu limite”, o que afirma Nanni (2002,
p. 129) e ainda complementa “A dança predispõe o homem a desenvolver e aprimorar
suas características sensoriais, emocionais, afetivas, sensibilizando pela apreciação
do belo, do estético e do moral por ser uma arte conceitual”.
Para oportunizar aos alunos, no quesito de aprimorar os elementos da cultura
corporal do movimento, nota-se que a dança é um elemento importante na educação
escolar, por observar que a aprendizagem ocorre através das relações externas e
internas de um indivíduo, através do aumento da sociabilização, criatividade,
comunicação e a sua consciência corporal.
De acordo com o dicionário, reza-se a educação como:
Vale ressaltar que a educação pela dança, mostra hoje um fator de extrema
importância, sobretudo se for permitido utilizar como manifestação cultural do
movimento, no contexto escolar, o que viria a enriquecer as aulas de Educação Física,
devido ao seu grande crescimento e riqueza de expressão e atitudes. Nanni (2003, p.
03) destaca com relevância sua importância, “Da virada do século até hoje, o
enriquecimento do ensino da dança viria, através de métodos modernos, onde o corpo
é usado como um todo com inúmeras possibilidades e infinitas combinações de
formas e movimentos como meio de expressão e comunicação”. Ehrenberg (2003, p.
57) também considera a dança como uma forma de comunicação que se utiliza da
Embora já dito que os PCNs orientem que a Educação Física oportunize e valorize
os alunos desde muito cedo, no quesito da democratização, humanização e
diversificação de sua conduta pedagógica, observa-se que, na maior parte das
escolas, o exercício de jogos competitivos ainda prevalece, em detrimento da dança
e das atividades expressivas, usando-as como atividades extracurriculares onde o
aluno faz a opção, caso queira.
Diante desta realidade, Collier (2001, p. 03) infere:
Ferreira (2009, p. 13) ainda alerta que a dança na escola, “[...] deve estar
voltada para auxílio, aquisição e manutenção da saúde e aptidão social, mental,
psíquica e física” e fala da parceria com a Educação Física, analisando: “Sua prática
deve contribuir para a consecução dos objetivos primeiros da Educação Física:
formação básica e educação dos movimentos”.
Coaduna-se com essas reflexões a autora Strazzacappa (2001, p. 71) ao
ressaltar que:
Ehrenberg (2003, p. 13) também tem a visão de que a dança agrega valores
no contexto escolar, por meio da Educação física quando objetiva: “A Educação Física
possui conhecimentos específicos a serem tratados pedagogicamente no contexto
Ferreira (2009) enfatiza que deve dar prioridade aos alunos para o
desenvolvimento dos movimentos naturais, trabalhando as qualidades lúdicas deles,
e ainda, oportunizar suas manifestações criativas como fontes de comunicação e do
poder da expressão corporal, e agregando ainda os quatro impulsos primários que o
indivíduo possui: sentimento, ritmo, movimento e expressão, onde todos unidos
formarão a base para o estímulo da dança.
MATERIAL COMPLEMENTAR:
https://www.youtube.com/watch?v=pAdET5X22VE.
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Referências
READ, Herbert. A educação pela arte. Tradução de Ana Maria Rabaça e Luis Filipe
Silva Teixeira. 70 ed, Lisboa-Portugal, 1958.