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Ciência Política
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Definição
clássica
de Estado
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Povo
Elementos
Constitutivos do
Estado
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2.3. As ideologias políticas
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"Nós começamos a reconhecer uns aos outros: aqueles que eram leais
a religião e ao rei, ficaram sentados à direita, de modo a evitar os gritos,
os juramentos e indecências que tinham rédea livre no lado oposto“
Barão de Gauville
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Progresso Tradição
Igualdade Liberdade
uma das ideias centrais para a Esquerda. um país é que todos tenham liberdade,
melhor para a sociedade que se defenda para a Direita, não é tão importante como a
com a desigualdade entre os ricos e os fazer o que quer para melhorar a sua vida.
pobres. O melhor, dizem, é que não haja Ou seja, a todos deve ser dada a
nem ricos nem pobres: todos devem ser oportunidade para ter mais, premiando
E o centro, o que é?
Mas os partidos da mesma área política não são todos iguais. Embora
tenham ideais comuns, defendem prioridades diferentes ou aceitam que
há ideias do seu lado que já estão ultrapassadas ou são menos
importantes do que outras.
Ciência Política
2.3. As ideologias políticas
O LIBERALISMO
O LIBERALISMO
Especificidade do Iluminismo escocês (Cont.)
- tolerância pela diferença, e respeito pela liberdade de pensamento e de expressão:
David Hume: «Nada neste país é mais capaz de surpreender os estrangeiros do que a
extrema liberdade que desfrutamos de comunicar ao público quando nos aprouver, e de
censurar abertamente qualquer medida que possa ser tomada pelo rei ou pelos seus
ministros.»
Adam Smith – A Riqueza das Nações (1776, 5 vols.) – cada indivíduo em busca do seu
próprio interesse irá promover o bem comum sem intervenção do Estado. Essa é a mão
invisível do mercado
- na economia de mercado, apesar da inexistência de uma entidade coordenadora do
interesse comunal, a interação dos indivíduos parece resultar numa determinada ordem.
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O LIBERALISMO
Principais representantes do liberalismo – Immanuel Kant (Alemanha (1724-1804), John
Stuart Mill (Inglaterra, 1806-1873), Friedrich August von Hayek (Áustria, 1899-1992), John
Rawls (EUA, 1921-2002) e Robert Nozick (EUA, 1938-2002).
O LIBERALISMO
2. Princípios fundamentais
Liberdade – conceito definido no século XVIII por Benjamin Constant: a liberdade dos
antigos é diferente da liberdade dos modernos:
para os antigos, liberdade significa o direito a ser-se ouvido na decisão e na
ação coletiva – é a liberdade republicana
- associa-se à democracia direta: os cidadãos são homens livres na medida em que
decidem, na praça pública, sobre as questões políticas.
- não implica nenhuma emancipação do indivíduo em relação à comunidade – a
liberdade coexiste com a submissão do indivíduo ao coletivo; embora livre de
participar na vida política, o indivíduo não pode escolher a sua religião, nem
exprimir livremente as suas opiniões nem, muitas vezes, escolher a sua atividade.
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O LIBERALISMO
2. Princípios fundamentais
Liberdade – conceito definido no século XVIII por Benjamin Constant: a liberdade dos
antigos é diferente da liberdade dos modernos:
para os modernos, liberdade significa uma esfera protegida de não-interferência ou
de independência sob o poder da lei
- emergiu na Europa e na América, a partir dos finais do séc. XVIII
- trata-se do gozo da independência privada
- está associada aos direitos do cidadão (liberdades civis e direitos e liberdades políticos)
- implica o império da lei
- permite que cada um escolha a sua religião, exprima as suas opiniões e se dedique à
atividade que bem entender
- os cidadãos podem deslocar-se para onde quiserem, dispor da sua propriedade, ocupar os
dias da forma que acharem mais proveitosa
O LIBERALISMO
2. Princípios fundamentais
Igualdade – todas as pessoas têm direito a um tratamento igual, independentemente
das respetivas crenças e conceções de bem, quer as que são, quer as que não são
aprovadas pela sociedade e desde que não violem os direitos das outras pessoas
pode ser compreendida em relação com a distribuição de determinados bens e,
como qualificativo do respeito que é devido aos sujeitos independentemente da sua
posição social
- do ponto de vista moral, os interesses de cada pessoa têm igual importância,
mas assinala que os liberais têm diferentes conceções sobre o que é tratar as
pessoas com igual consideração e respeito: a grande maioria dos liberais aceita
os direitos à mobilidade, à propriedade pessoal e à participação política, mas
recusa reconhecer quaisquer direitos coletivos, pois creem que apenas o
indivíduo pode ser considerado fonte de direitos válidos
- os políticos liberais conceberam um tipo de legislação a aplicar a todos os
indivíduos, independentemente da sua raça e etnia (colour-blind legislation).
objetivo: pôr fim a todos os tipos de discriminação e promover a integração
universal dos cidadãos no Estado (em última análise, isso acabaria com as
minorias, pois o exercício da sua “diferença” seria remetido exclusivamente para a
esfera da vida privada)
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O LIBERALISMO
2. Princípios fundamentais
- o Estado tem o dever de respeitar as diferentes conceções de bem, desde que elas
respeitem os princípios da justiça: «o bem comum é ajustado de forma a convir ao
padrão de preferências e conceções de bem que os indivíduos possuem.» (John
Rawls)
- o Estado deve impor uma legislação neutral e igual para todos os cidadãos,
independentemente de quaisquer características particulares que eles possuam
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O LIBERALISMO
3. Governo e Democracia
- o Estado liberal pode ter uma área de funções públicas, para além da proteção dos
direitos e da manutenção de justiça: defesa do Governo limitado ou constitucional:
existem restrições constitucionais ao exercício arbitrário da autoridade governamental
- o governo não pode violar os direitos e liberdades básicas (civis e políticas),
nomeadamente, o direito de propriedade, visto pelos liberais como garantia de uma
maior autonomia dos indivíduos
- o governo democrático ilimitado é uma forma de totalitarismo (porque quaisquer
maiorias políticas temporárias podem alterar as leis)
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O CONSERVADORISMO
- fundado por Edmund Burke (1729-1797, Reino Unido); perfilhado por Alexis de
Tocqueville (1805-1859, França) , por Michael Oakeshott (1901-1990, Reino Unido)
e por Irving Kristol (1920 – EUA).
Burke:
- liberal, favorável às reivindicações das colónias americanas e ao comércio livre
- crítico da Revolução Francesa Reflexões sobre a Revolução na França (1790):
revolução de tendências totalitárias e antiliberais, porque os jacobinos:
pretendiam destruir a História e a tradição francesas
agiam como conquistadores: recorriam à força contra o povo
pretendiam um nivelamento em nome da igualdade
defendiam o niilismo em nome da liberdade
defendiam o poder absoluto e total em nome do povo.
a Revolução Francesa foi obra de intelectuais políticos (por exemplo, Rousseau) que
eram inimigos da sua sociedade – convenceram o povo de fantasias como a liberdade,
a igualdade e a justiça absolutas.
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O CONSERVADORISMO
Dogmática do Conservadorismo
O CONSERVADORISMO
2. Grande fé na História e na tradição:
- a História é uma experiência concreta que liga os vivos, os mortos e os que estão
para nascer: «Quem nunca olhou para trás, para os seus antepassados, nunca olhará
para a frente, para a posteridade.» (Burke)
- o presente não é livre de refazer a estrutura social segundo a sua vontade
- a legitimidade do Estado é produto da História e das tradições, que vão muito além
dos recursos de uma única geração
- a História expressa-se através da persistência das estruturas, comunidades, hábitos
e preconceitos, geração após geração
- tem um valor prático (não vem nos livros, resulta da experiência) – opõe-se ao
caráter abstrato e às generalizações do saber que vem nos livros /alcançado
racionalmente
crítica ao utopismo e às teorias da reforma política: são ricos em princípios e
em ideais mas pobres em sentido de oportunidade e no aspeto prático, no
“saber como”
funcionam como forças motivadoras nas lutas dos povos pela liberdade (não
como direitos abstratos, por exemplo, a igualdade)
O CONSERVADORISMO Ciência Política
4. Autoridade e poder
Burke: «A única liberdade a que me refiro é uma liberdade ligada à ordem; que
não só coexiste com a ordem e a virtude mas também não pode existir sem
elas.»
necessidade de meios para reprimir as paixões dos homens, controlar a sua vontade e
contrariar certas tendências
oposição à escola dos direitos naturais – gerou indiferença perante a autoridade das
tradições e dos códigos sociais
4. Autoridade e poder
Relações de Produção: por exemplo, relação entre suserano e vassalo, relação entre
capitalista e proletário: «Na produção social da sua existência, os homens entram em
relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de
produção que correspondem a um grau de desenvolvimento determinado das suas
forças produtivas materiais. O conjunto destas relações de produção constitui a
estrutura económica da sociedade e a base concreta sobre a qual se ergue uma
superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas de consciência social
determinadas.» (Marx)
1) Forças produtivas + 2) Relações de produção = Modo de produção
- relação dialética: 1) e 2) determinam-se mutuamente
O SOCIALISMO Ciência Política
2. Proletariado
Revolução comunista
Conclusões:
O socialismo é o sistema político mais justo e solidário; acabará por chegar ao poder,
não por motivos económicos (esgotamento do capitalismo) mas por motivos morais – é
eticamente desejável.
O socialismo é compatível com a democracia.
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Teorias da Justiça
- teorias de “estado final”: a avaliação das situações distributivas é feita
apenas com base ma análise da sua estrutura (só se tem em conta os
resultados)
- teorias “históricas”: a avaliação das situações distributivas é feita com
base no estudo da forma como as pessoas obtiveram os bens de que
dispõem (tem-se em conta o processo) – são teorias da titularidade
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2.4.1. Direitos individuais e Estado mínimo – Robert Nozick
As teorias padronizadas
a distribuição deve ser feita segundo um padrão e é independente da
produção dos bens – «tratam os objetos como se tivessem surgido de lado
nenhum, a partir do nada»
«Pensar que a tarefa de uma teoria distributiva da justiça é preencher
o espaço em branco em «a cada um de acordo com o seu ___» é
estar predisposto a procurar um padrão…»
Padrões existentes:
- mérito / capacidade / necessidade / estatuto / esforço…
- Nozick discorda: «as coisas vêm ao mundo ligadas às pessoas que têm
direitos sobre elas»
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2.4.1. Direitos individuais e Estado mínimo – Robert Nozick