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VII. Conclusão
Nós podemos agora concluir com poucas palavras. A lei
da contradição inerente aos fenômenos, quer dizer, a lei da
unidade dos contrários, é a lei fundamental da natureza e
da sociedade, por consequência a lei fundamental do
pensamento. Esta está em oposição à concepção metafísica
do mundo. A descoberta dessa lei foi uma grande revolução
na história do pensamento humano. Segundo o ponto de
vista do materialismo dialético, a contradição existe em
todos os processos dos fenômenos objetivos, bem como no
pensamento subjetivo, e penetra todos os processos, do
início ao fim; é nisso que reside a universalidade e o caráter
absoluto da contradição. Cada contradição e cada um dos
seus aspectos tem as suas particularidades; é nisso que
reside a particularidade e o carácter relativo da contradição.
Em condições determinadas, há identidade dos contrários,
eles podem, pois, coexistir na mesma unidade e
transformar-se um no outro; é nisso igualmente que reside a
particularidade e o caráter relativo da contradição. Contudo,
a luta dos contrários é ininterrupta, prossegue tanto durante
a sua coexistência como no momento da sua conversão
recíproca, momento em que se manifesta com uma
evidência particular. Novamente, é nisso que reside a
universalidade e o caráter absoluto da contradição. Quando
estudamos a particularidade e o caráter relativo da
contradição, devemos prestar atenção à diferença entre a
contradição principal e as contradições secundárias, entre o
aspecto principal e o aspecto secundário da contradição;
quando estudamos a universalidade da contradição e a luta
dos contrários, devemos prestar atenção à diferença entre
as diversas formas de luta. De outro modo cometeremos
erros.
Se, através do nosso estudo, ficarmos com uma ideia
realmente clara dos pontos essenciais acima expostos,
poderemos combater as concepções dogmáticas que violam
os princípios fundamentais do marxismo-leninismo e
prejudicam a nossa causa revolucionária, e poderemos
ajudar também nossos camaradas experimentados a
sistematizar as suas experiências, a elevá-las à categoria de
princípios e a evitar a repetição dos erros do empirismo. Tal
é a breve conclusão a que nos conduz o estudo da lei da
contradição.
12 - Frase dos anais de Tsien Han Chu (Tomo 30, “Yi Ven
Tchi”), redigidos por Ban Cu, célebre historiador chinês do
século I. Posteriormente passou a empregar-se na
linguagem corrente.