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VII. Conclusão
Nós podemos agora concluir com poucas palavras. A lei da contradição
inerente aos fenômenos, quer dizer, a lei da unidade dos contrários, é a lei
fundamental da natureza e da sociedade, por consequência a lei
fundamental do pensamento. Esta está em oposição à concepção metafísica
do mundo. A descoberta dessa lei foi uma grande revolução na história do
pensamento humano. Segundo o ponto de vista do materialismo dialético, a
contradição existe em todos os processos dos fenômenos objetivos, bem
como no pensamento subjetivo, e penetra todos os processos, do início ao
fim; é nisso que reside a universalidade e o caráter absoluto da contradição.
Cada contradição e cada um dos seus aspectos tem as suas particularidades;
é nisso que reside a particularidade e o carácter relativo da contradição. Em
condições determinadas, há identidade dos contrários, eles podem, pois,
coexistir na mesma unidade e transformar-se um no outro; é nisso
igualmente que reside a particularidade e o caráter relativo da contradição.
Contudo, a luta dos contrários é ininterrupta, prossegue tanto durante a sua
coexistência como no momento da sua conversão recíproca, momento em
que se manifesta com uma evidência particular. Novamente, é nisso que
reside a universalidade e o caráter absoluto da contradição. Quando
estudamos a particularidade e o caráter relativo da contradição, devemos
prestar atenção à diferença entre a contradição principal e as contradições
secundárias, entre o aspecto principal e o aspecto secundário da
contradição; quando estudamos a universalidade da contradição e a luta dos
contrários, devemos prestar atenção à diferença entre as diversas formas de
luta. De outro modo cometeremos erros.
Se, através do nosso estudo, ficarmos com uma ideia realmente clara dos
pontos essenciais acima expostos, poderemos combater as concepções
dogmáticas que violam os princípios fundamentais do marxismo-leninismo
e prejudicam a nossa causa revolucionária, e poderemos ajudar também
nossos camaradas experimentados a sistematizar as suas experiências, a
elevá-las à categoria de princípios e a evitar a repetição dos erros do
empirismo. Tal é a breve conclusão a que nos conduz o estudo da lei da
contradição.
8 - Xan Hai Quim (O Livro dos Montes e dos Mares), obra da época dos
Reinos Combatentes (403-221 A.C.). Cuafu é uma divindade descrita neste
livro: “Cuafu perseguiu o sol. Quando chegou ao sol, sentiu sede e foi beber
no rio Amarelo e na ribeira Uei. Como esses dois cursos de água não lhe
bastassem, correu para o norte para beber no Grande Lago, mas morreu de
sede antes de chegar. O bastão que deixou transformou-se em uma floresta”
(“Hai Uei Pei Quim”).
12 - Frase dos anais de Tsien Han Chu (Tomo 30, “Yi Ven Tchi”),
redigidos por Ban Cu, célebre historiador chinês do século I.
Posteriormente passou a empregar-se na linguagem corrente.