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Sol
Ao chegar nos receptores, a luz passa pelas partes externas das conexões nervosas que
levam a informação ao cérebro antes de chegar nos sensores, rodopsina (púrpura
vermelha) para os bastonetes e iodopsina (púrpura violácea) para os cones. Embora a
sensibilidade dos cones sejam somente 1% da máxima dos bastonetes, os três tipos
diferentes de cones combinam seus efeitos para produzir nossa visão de cor. Em baixos
níveis de luz (visão noturna), somente os bastonetes são ativados pela radiação, e a
visão é somente em branco e preto.
Aproximadamente 10 fótons são necessários para ativar cada bastonete, mas vários
bastonetes precisam ser ativados para que um pulso seja enviado ao cérebro, num total
de cerca de 200 fótons.
Incluindo a combinação de receptores diferentes, alterações na pigmentação e ajustes da
abertura, o olho pode diferenciar iluminações da ordem de um fator 109 a 1010. A
resposta à iluminação é logarítmica (lei de Weber-Fechner, Ernst Heinrich Weber
(1795-1878) & Gustav Theodor Fechner (1801-1887)]. Esta é a razão pela qual a escala
de magnitudes proposta por Hiparcos de Nicéa (c.190 a.C.-c.120 a.C.) é logarítmica. O
limite de visibilidade normal do olho, magnitude=6, corresponde a cerca de 3×10-15 W,
mas o envelhecimento normal leva uma pessoa de 60 anos a receber somente cerca de
30% da luz comparado com uma pessoa de 30 anos. As imagens formadas pelo olho são
invertidas.
Após os 50 anos, o cristalino em geral perde sua elasticidade e, portanto, sua capacidade
de mudar de forma, levando à presbiopia. A distância entre o cristalino e a retina
permanece fixa em cerca de 20 mm, de modo que a distância focal do cristalino precisa
se alterar para permitir a focalização, por exemplo, diminuir para objetos próximos.
O olho humano tem caminhos diferentes para a radiação de baixo comprimento de onda
(azul) em relação à de longo (vermelho) [D. H. Kelly (1974) "Spatio-temporal
frequency characteristics of color-vision mechanisms", Journal of the Optical Society of
America, 64, 983], resultando em menor resolução espacial para o azul (15′), enquanto
que no vermelho chega a 4′ [G. S. Brindley (1954), "The summation areas of human
colour-receptive mechanisms at increment threshold", Journal of Physiology, 124, 400].
Mais recentemente, Joy Hirsch e Christiane A. Curcio, no artigo de 1989, "The Spatial
Resolution of Human Fovael Retina", Vision Research, 1989, 29(9), 1095, calculam a
resolução dos cones do olho, a partir das medidas de seus tamanhos e distribuição, e
concluem que é da ordem de 1′, mas as medidas listadas no artigo são entre 1 e 2′. No
domínio temporal, a integração é da ordem de 100 ms (10 Hz) no azul e 30 μs (30 a
60 Hz) no vermelho, para altos níveis de radiação [J. Krauskopf & J. D. Mollon (1971)
"The independence of the temporal integration properties of individual chromatic
mechanism in the human eye", Journal of Physiology, 219, 611]