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Imperfeições na
Soldagem
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Defeitos e Imperfeições na Soldagem
• Conteúdo Programático:
Programático:
• Ensaios Não destrutivos:
• Descontinuidades de Soldagem: – Inspeção Visual,
– líquido penetrante,
– inclusão de escória, – partícula magnética,
– falta de fusão, – ultra-som,
– falta de penetração, – radiografia e gamagrafia;
– mordeduras,
– porosidade, • Ensaios Destrutivos:
– trincas; – Dobramento,
– tração transversal e axial,
– Charpy V,
– Dureza.
Defeitos e Imperfeições na Soldagem
• Para definir e caracterizar as imperfeições e descontinuidades, vamos utilizar a
terminologia preconizada pela Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – FBTS.
• Micro-
Micro-trinca é uma trinca com dimensões microscópicas.
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• Aula 7 – Juntas Soldadas
• Conteúdo Programático:
Programático:
• Projeto de Juntas Soldadas; Controle de descontinuidades; Tratamentos térmicos da junta; Correção de imperfeições; procedimentos
de Soldagem; Regras de classificadoras para juntas soldadas; Estado da Arte da Soldagem na Construção Naval
Juntas Soldadas
• Antes de iniciar um trabalho de união por soldagem , é necessário a seleção de um processo de solda
para realizar uma junta de especificações e qualidade desejadas.
• Alguns processos de soldagem estão associados com trabalhos específicos e industrias. A seleção de
processo pode ser atribuída ao fato de que a junta de solda de qualidade desejada seja realizada ao menor
custo.
• Apresentaremos a seguir os principais tipos de juntas soldadas com suas principais características
Juntas Soldadas
• Junta de topo - As chapas para junta de topo podem não ser chanfradas, quando delgadas, chanfradas
num lado apenas ou chanfradas em ambos os lados. Se uma junta de topo é submetida a uma tensão de
flexão em relação ao eixo da solda, uma tira é, algumas vezes, soldada em um ou ambos os lados para
reforçá-la. Deve-se evitar este tipo de carga, se possível.
Juntas Soldadas
• Junta sobreposta - Este tipo, é uma solda em ângulo sem reforço, a outra reforçada. Se a junta é
submetida a tensões repetidas, o custo do metal de solda extra, necessário para confeccionar uma união
com concordância nestes pontos, pode ser o compensador.
Juntas Soldadas
• Junta em T. A chapa A, pode ser chanfrada num lado, em ambos os lados ou pode ser chanfrada, como
na figura. Se bem que as juntas em T devam, de preferência, ser soldadas em ambos os lados, isto nem
sempre é possível, pois depende da acessibilidade.
Juntas Soldadas
• Plana (flat):
flat): A soldagem é feita no lado superior de uma junta e a face da solda é aproximadamente
horizontal.
• Horizontal (horizontal):
horizontal): O eixo da solda é aproximadamente horizontal, mas a sua face é inclinada.
• Sobrecabeça (overhead):
overhead): A soldagem é feita do lado inferior de uma solda de eixo aproximadamente
horizontal.
• Verical (vertical):
vertical): O eixo da solda é aproximadamente vertical. A soldagem pode ser “para cima”
(vertical-up) ou “para baixo” (vertical-down).
Juntas Soldadas – Posições de Soldagem
Juntas Soldadas - Chanfros
– Processo de soldagem.
– Espessura do MB.
– Posição de soldagem.
– Profundidade no MB.
– Tensões e deformações.
– Custo.
Juntas Soldadas - Chanfros
– Antes da execução de uma solda é preciso preparar convenientemente as peças para soldar.
– A preparação em boa parte dos casos prevê a execução de um chanfro em uma ou nas duas faces das peças. Esse chanfro
pode ser feito com uma talhadeira pneumática, esmeril, maçarico de oxicorte.
– Existem máquinas elétricas ou pneumáticas especialmente concebidas para operações de chanfradura. Uma delas, por
exemplo permite executar chanfros em K, V, X ou Y, com ângulos de 15 a 60o, sobre chapas com espessuras de até 25mm.
Juntas Soldadas - Chanfros
• O objetivo das preparações é assegurar o grau de penetração e a facilidade necessárias à obtenção de uma
solda sem defeitos. Os principais aspectos que afetam a escolha de uma penetração são:
• Preparação de topo com bordas retas - Preparação na qual as faces à soldar são praticamente
perpendiculares à superfície dos elementos a soldar e paralela uma à outra. O objetivo deste gênero de
preparação é diminuir o custo de preparação das bordas, tanto quanto, diminuir a quantidade de material
depositado.
Juntas Soldadas Tipos de Preparação
• Preparação de topo com bordas retas com cobre junta - Preparação de topo com bordas retas, com um
suporte, subsistindo ou não, após a solda.
• O objetivo desta preparação é assegurar uma penetração completa no caso onde à falta de acesso à raiz,
não permite a soldagem pelo reverso.
• É necessário ajustar bem o cobre-junta a fim de evitar a formação de defeitos. Tolerância máxima de ¼
da espessura, sendo 1,5mm o máximo. indicado para solda com eletrodo revestido, e nesse caso a tira é
de aço, pois um suporte em cobre poderia contaminar o metal fundido com cobre, e dar origem a
fissurações.
• Não indicado para suportar grandes esforços de fadiga transversais.
Juntas Soldadas
• Preparação em U - Preparação com elementos chanfrados formando um U, com um trecho reto que não
ultrapasse 3mm ou ¼ da espessura do elemento mais fino. Pode ser simétrico ou não. Tem a mesma
finalidade do chanfro em V, mas os bordos do U sendo menos abertos, a largura é menor na parte
superior da junta. No caso de grandes seções esta disposição causa menor consumo de material e uma
redução da deformação. A preparação é recomendada para espessuras superiores a 20mm, quando não é
fácil soldar pelos 2 lados.
Juntas Soldadas
• Preparação em X - Preparação na qual os bordos dos dois elementos são chanfrados sobre as duas
arestas, formando dois V opostos. Pode ser igual ou desigual, simétrico ou não, com ou sem trecho
reto, esse último não passando de 3mm ou ¼ da espessura do elemento mais fino. O objetivo desta
solda é conseguir uma junta de topo completamente penetrada soldada dos dois lados, de maneira a
evitar ou reduzir as deformações, e, ao mesmo tempo economizar eletrodos.
Juntas Soldadas
Juntas Soldadas
Juntas Soldadas - Procedimento
• Um procedimento de soldagem é um conjunto de especificações que norteiam como deverá ser executada
uma tarefa de soldagem.
• Este procedimento pode ser feito para a soldagem de uma junta, um painel ou mesmo uma
submontagem.
• Deve conter todas as etapas necessárias de pré-soldagem, soldagem e pós-soldagem, tais como preparação
das juntas, pré-aquecimentos e pós aquecimentos.
Juntas Soldadas - Procedimento
• Metodologia De Soldagem:
Soldagem:
• Recozimento
• Consiste no aquecimento da peça até uma temperatura onde haja recristalização e/ou a transformação
em uma nova fase
• Para os aços, a permanência na temperatura de patamar durante um determinado tempo seria para
homogeneizar a austenita, seguido de resfriamento lento, geralmente no próprio forno. Os principais
objetivos a serem alcançados pos este Tratamento são:
– Reduzir a dureza do metal;
– Melhorar a usinabilidade;
– Remover o encruamento;
– Aliviar tensões internas;
– Homogeneizar a microestrutura de peça;
• Em algumas ligas de alumínio faz-se um envelhecimento, com temperaturas de 100 a 200 °C, usado para
restaurar a ZTA aumentando a resistência mecânica, que foi afetada pela solda deixando a região menos
dura.
• Solubilização
• É um Tratamento Térmico que faz uma solução no estado sólido de elementos que anteriormente
estavam precipitados, seguido de resfriamento rápido, o suficiente para reter na matriz os elementos na
solução, antes precipitados.
Juntas Soldadas – Tratamento térmico
• Têmpera
• Consiste no aquecimento da peça até um determinada temperatura, para austenitização do aço,
permanência nesta temperatura durante um determinado tempo para homogeneização da austenita,
seguido de refriamento rápido.
• São os seguintes os objetivos da têmpera:
– Endurecer;
– Aumentar a resistência mecânica;
– Aumentar a resistência ao desgaste;
– Aumentar a resistência ao escoamento.
• A peça temperada fica muito frágil, sendo necessário, obrigatóriamente, a aplicação do revenido após a
têmpera. Esse conjunto de operações, Têmpera e Revenimento dá-se o nome de Beneficiamento.
Juntas Soldadas – Tratamento térmico
• Préaquecimento
• Apesar de ser uma fonte de calor adicional introduzida na peça, quando se executa uma soldagem,
muitos não consideram como um Tratamento Térmico.
• O aquecimento pode muitas vezes ser feito em uma faixa que varia de 6 a 12 vezes a espessura da peça,
o aquecimento pode ser obtido por vários métodos descritos no ítem 4, o pré aquecimento tem o
objetivo de diminuir a velocidade de resfriamento de uma junta soldada, diminuindo tensões residuais.
Juntas Soldadas – Tratamento térmico
• Pós-
Pós-Aquecimento
• A principal utilização do pós-aquecimento, é a eliminação de hidrogênio induzido por processos de
soldagem, aplicados em aços ao Carbono e Baixa Liga.
• Consiste em aquecer a junta soldada em temperaturas na ordem de 250 a 400 °C por 1 a 4 horas,
imediatamente após a soldagem, aproveitando o préaquecimento.
• As temperaturas e os tempos são diretamente proporcionais à quantidade de liga do material e da
espessura.
Juntas Soldadas – Tratamento térmico
• Na maioria dos casos este aquecimento não provoca alivio de tensões, salvo em materiais onde sofreram
tempera ou são suscetíveis a ela, o pós aquecimento pode influenciar em um abaixamento de dureza,
caso as temperaturas e os patamares de revenimento do material fiquem próximas as do pós-
aquecimento.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Para cada tipo de Imperfeição das soldas existe um procedimento para corrigí-la. O uso de parâmetros
corretos de soldagem e escolha do processo adequado a cada junta e a qualificação dos soldadores,
minimiza muito o surgimento de imperfeições.
• Trincas quentes ou de Solidificação
• As trincas a quente originam-se no estágio final de solidificação, quando a tensão atingida através dos
grãos adjacentes formados excede a resistência do metal de solda quase solidificado (presença de fase
eutética segregada para a região final de solidificação, com temperatura na faixa de 900 a 1400oC).
• Meios de controle
• Existem diversos meios de controle que vão desde o controle do metal de solda e o de base (controle
metalúrgico) até o uso de condições favoráveis de soldagem (controle do processo).
• Na prática já existem disponíveis ábacos (diagrama de
Schaeffler para os aços inox, por exemplo) e fórmulas
matemáticas empíricas (como a fórmula 1 proposta
por Bailey e Jones), que possibilitam avaliar a
tendência que determinada condição de soldagem terá
ao aparecimento de fissuração à quente.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Porosidade
• O mecanismo de formação de um poro se baseia na relação velocidade da frente de solidificação versus
taxa de separação dos gases/vapores dissolvidos na poça de fusão.
• Não haverá formação de poro quando a velocidade da frente for inferior a de desprendimento
(velocidade de soldagem lenta).
• Uma das condições para o surgimento de porosidade é a presença de supersaturação total ou localizada
de gás na poça de fusão. Os gases que causam porosidade são o hidrogênio, nitrogênio, ou dióxido de
carbono. O hidrogênio tem origem na umidade presente no consumível ou no metal de base. Para o
nitrogênio a origem vem da captação do ar vizinho ao arco voltaico. No caso do dióxido de carbono a
origem está na combinação de O2 e metal de base em aço não acalmado.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Meios de controle
• Basicamente o controle para este tipo de descontinuidade se resume em:
– Limpeza adequada da região a ser soldada;
– Armazenamento adequado dos consumíveis (controle de umidade);
– Cuidado especial na soldagem de metal de base com microporos decorrentes do processo de laminação (utilização de
amanteigamento se necessário);
– Eliminação de vazamentos no sistema de refrigeração;
– Cuidado especial no controle da cratera (uso de chapa apêndice e/ou uso de rampa de corrente em conjunto com a
manipulação adequada do eletrodo – passe à ré);
– Controle da composição química do metal de base e do consumível.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Inclusão de Escória
• A origem das inclusões baseia-se no fato da presença de partículas metálicas ou não metálicas (oriundas
do eletrodo ou do fluxo), com elevado ponto de fusão, dispersas na poça de fusão. Durante o processo
de solidificação, estas inclusões ficam retidas no interior da zona fundida ou na interface ZTA/zona
fundida na soldagem multipasse.
• Meios de controle
– Limpeza adequada da região a ser soldada;
– Remoção total da escória antes do próximo passe;
– Geometria adequada da junta;
– Uso de aporte de calor adequado;
– Manipulação adequada do eletrodo ou tocha.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Mordeduras
• Quando o metal de base se funde pela ação do arco voltaico para o fundo, formando uma grande
depressão, motivado pelo alto aporte térmico.
• Por outro lado, se o metal de adição não for suficiente para encher a cavidade até o nível em que o
metal de base fundiu, então, Ter-se-á reentrâncias no metal de base adjacentes ao passe.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Métodos de correção
• Quando as mordeduras atingirem níveis inaceitáveis, deve-se remover toda a região defeituosa por
esmerilhamento e posterior deposição na região reparada.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Falta de fusão
• Esta descontinuidade caracteriza-se por uma falta de fusão localizada, isto é, uma ausência de
continuidade metalúrgica entre o metal depositado e o metal de base ou entre dois cordões adjacentes. A
falta de fusão atua como um concentrador de tensão severo, podendo facilitar a nucleação e propagação
de trincas. Além disso, pode reduzir a seção efetiva da junta.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Métodos de correção
• Quando a falta de fusão atingir níveis inaceitáveis, deve-
se remover toda a região defeituosa por esmerilhamento
ou goivagem e posterior deposição na região reparada.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Falta de penetração
• É uma descontinuidade que ocorre na raiz de uma junta soldada. Isto em decorrência da impossibilidade
de fundir e preencher completamente a raiz da junta.
• A falta de penetração atua como um grande concentrador de tensão, podendo facilitar a nucleação e
propagação de trincas. Além disso, pode reduzir a seção efetiva da junta.
• Dentre as causas principais temos:
– Manipulação incorreta do eletrodo ou tocha;
– Junta mal projetada;
– Diâmetro do eletrodo excessivo;
– Corrente de soldagem insuficiente;
– Velocidade de soldagem muito alta.
Juntas Soldadas – Correção de Imperfeições
• Métodos de correção
• Quando a falta de penetração é inaceitável, deve-se remover toda a região defeituosa por esmerilhamento
ou goivagem e posterior deposição na área recuperada. Deve-se ressaltar que muitas juntas são projetadas
para serem soldadas com penetração parcial.
Juntas Soldadas – Sociedades Classificadoras
• Apesar de variarem um pouco de uma para outra, as regras são mais ou menos comuns e se baseiam nas
principais normas internacionais que regulam e normatizam a soldagem de forma geral.
• Normalmente os livros de regras das Classificadoras tem um capítulo especial sobre Materiais e
Soldagem, com normatização sobre inspeções de materiais e consumíveis, certificações de soldadores e
equipamentos de solda e testes de validação sobre procedimentos e partes da estruturas de embarcações
Juntas Soldadas – Sociedades Classificadoras
Juntas Soldadas – Sociedades Classificadoras
Juntas Soldadas – Estado da Arte
• Quando se fala em estado da arte normalmente nos referimos ao que existe de mais moderno em termos
de tecnologia, mas podemos também nos referir à melhor tecnologia existente para um determinado
caso. É uma diferença sutil, mas importante. Na construção naval nem sempre o mais moderno é o
melhor.
• A indústria de construção naval é uma indústria de transformação, onde matérias primas são
transformadas em produtos finais, seguindo um esquema semelhante a uma linha de montagem. Porém
ao contrário da indústria automobilística não existe, mesmo nos melhores estaleiros, uma produção
seriada que justifique o emprego de certas técnicas que, mesmo sendo o “estado da arte”, não são
aplicáveis.
Juntas Soldadas – Estado da Arte
• Por exemplo, a automação total ou robotização, dificilmente será usada em larga escala dentro de um estaleiro, pois
apesar dos evidentes ganhos de produtividade e qualidade, a falta de escala de produção nos estaleiros faria com que
uma linha de produção totalmente robotizada, passasse mais tempo parada do que operando.
• Existem contudo alguns casos especiais, normalmente ligados a indústria militar onde o emprego da robotização é
usada, pois os custos passam a ser menos importantes, do que o aumento da qualidade e diminuição do tempo de
fabricação.
Juntas Soldadas – Estado da Arte
• Uma importante ferramenta que pode ser usada hoje em dia para a melhoria de um processo de soldagem, de modo
a torná-lo mais eficiente, é simulação computacional. Com a simulação, pode-se planejar o e decidir qual dos
processos possíveis se adapta melhor ao caso em questão e se os custos envolvidos num eventual “upgrade” de
processos será compensado pelo aumento de produtividade.
Juntas Soldadas – Estado da Arte
FIM
Obrigado